Buscar

Processo Penal 2

Prévia do material em texto

Direito Processual Penal
Prof. Luis Antônio
Procurador de Justiça
Prova com consulta. Fundamento de Direito (CF, Lei, ou princípio) – sem fundamento perde metade da prova. 
Sugestões de leitura:
As nulidades do processo penal - ADA
08/08/2013
	SUJEITOS PROCESSUAIS
INTRODUÇÃO
São os atores do processo.
O nosso PP é do tipo acusatório, que tem como característica a separação das funções (acusar; defender e julgar).
Acusar – Autor
Defender – Réu 
Julgar – Juiz
Quadro com os sujeitos que podem ser sinônimos:
Principais
Essenciais
Necessários								Autor
Representam a matriz fundamental do processo			Réu
						Juiz
É uma relação de essencialidade, ou seja, existência.
Desta forma, podemos dizer que volta a ideia do autor, réu e juiz. Isso é muito importante, porque enquanto não tiver esses 3 a relação processual não se consolida. Esses 3 são fundamentais.
Não localizado o réu o processo fica suspenso, para fechar a tríade do processo o réu deve ser citado.
Secundários
Eventuais
Colaterias
Acessórios		Aux. de Justiça (escrivão, escrev, oficial)
Neste momento estamos falando de utilidade 		Assistente de acusação
(que podem ou não existir):		Peritos / Tradutores / Interpretes (terceiros)
Esses não são considerados fundamentais, eles são lembrados pela utilidade.
 JUIZ
Importância:
Personifica o princípio da inafastabilidade da jurisdição (Art. 5º XXXV)
Personifica o estado prestando a administração pública, adm justiça
Art. 251, CPP – Dizer o direito – demonstra que o juiz tem poder de polícia, ele dirige o processo, conforme o Princípio do Impulso Oficial
      Art. 251.  Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública.
Capacidades
Funcional – Princípio da Investidura, estar investido no cargo (alguém não dotado de investidura
Objetiva – Princípio do juiz natural – todo juiz deve ter Competência
Subjetiva – Princípio da imparcialidade, é preciso estar livre para judicar. Vinculada a três circunstâncias:
Impedimento – art 252 (não basta ser bom, tem que parecer bom). O inciso terceiro não se aplica a despacho, deve haver pronunciamento de fato e de direito (decisões interlocutórias e sentenças). A sanção é de inexistência do ato.
(Caso de nulidade absoluta em que absolveu o réu ela se convalesce com o trânsito; caso de inexistência independentemente do resultado o processo volta)
        Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
        I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
        II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
        III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
        IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
 Imcompatibilidade – art 253 A sanção é de inexistência do ato
Não pode haver parentes nos colegiados. O importante é lembrar que na revisão criminal o processo vai para outra câmara e nessa outra câmara pode haver um parente
        Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
(Colegiado = Relator + Revisor + Juiz (desembargador), somente se tiver embargos infringentes é que chamam o outros 2 juízes de 3 grau - desembargador)
Suspeição – art. 254 pode ser reconhecida pelo próprio juiz (a suspeição é sujeita à preclusão, pode ser alegada fora do tempo desde que haja prova de que só se tomou conhecimento naquele momento) – A sanção é de nulidade
Inc. I - Questão se forma na dúvida entre o que é ou não amigo íntimo e inimigo capital. (não é qualquer coisa que são)
Inc. II - Situação de casos similares há uma tendência que querer sua visar.
Inc. IV - O aconselhamento é específico e técnico
A hipótese do foro íntimo não está elencado, mas pode ser alegado pelo juiz, autorizado pela resolução 82/2009 do CNJ. O STJ alega que o rol do 254 é exaustivo, contudo, o é para as partes. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) diz que se tiver suspeição deve lançar nos autos que não pode julgar, informando porque, depois vai explicar para o corregedor. Se não conseguir provar o foro íntimo, sofrerá sanções, porque dá a ideia de que o juiz está fugindo dos processos, para não trabalhar.
      Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
        I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
        II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
        III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
        IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
        V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
        Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
	Suspeição
	Competência
	Discute a característica objetiva
	Discute a característica funcional
Poderes para poder judicar:
Ordinatório – princípio do impulso oficial – o juiz deve tocar o processo até o final, em regra com a utilização de processos.
Instrutório – a instrução deve ser regrada pelo princípio da verdade real, sabendo que não realidade ela não existe e o que vai contar no final é a verdade processual
Decisório – decide com base na verdade processual utilizando, prestando a jurisdição pelo princípio da inafastabilidade das jurisdição.
Poder de polícia – convocar a polícia para colocar ordem.
MINISTÉRIO PÚBLICO – art. 257
        Art. 257.  Ao Ministério Público cabe: 
        I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código; e
        II - fiscalizar a execução da lei. 
        Art. 258.  Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.
O MP é ao mesmo tempo parte e fiscal da lei (custos legis)
O MP não é o órgão acusador, ele é o legitimado a acusar, o que não significa que sempre vai acusar, pode pedir a absolvição ou o arquivamento também.
Este artigo demonstra a imparcialidade do promotor, vez que mostra que ele é PARTE da ação e FISCAL DA LEI ao mesmo tempo (custos legis). O grau de pureza subjetiva do juiz e do promotor é equiparado.
Tudo que se aplica ao juiz sobre a imparcialidade, aplica-se também ao promotor.
Para se ter denúncia contra alguém é necessário a existência de materialidade e indícios de autoria, senão o juiz aplica o art. 385 CPP
        Art. 385.  Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
NO INICIO DO PROCESSO INDUBIO PRO SOCIETATIS, NO FINAL DO PROCESSO INDUBIO PRO RÉU (O juízo de mérito é em favor do réu)
QUERELANTE – semestre passado
ACUSADO
Pessoa contra quem se deduz a pretensão punitiva estatal, lembrar que a presunção de inocência somente se afasta após o transito em julgado da sentença.
Lei nova diz que o delegado deve mostrar os elementos que levaram ao indiciamento no inquérito policial.
Legitimidade 
Ad causam
Autor– MP ou o ofendido. É aquele contra quem se tem elementos.
Passivo – aquele sobre o qual existem indícios de autoria e materialidade 
Ad processum
Deve ter de 18 anos para cima – na hipótese de processamento de menor, o juiz deve declarar nulo o processo, extrai cópias e encaminha à Infância e Juventude
Direitos e Garantias
Direito de presença e audiência – direito que o réu tem de estar presente aos atos processuais. Sobre isso, HC 86634 RJ – Rel. Min. Celso de Mello – Direito de audiência. 
Presença real
Presença virtual – videoconferência. Ver HC 86634 RJ (Fernandinho Beiramar)
Boa-fé objetiva não fazer aos outros aquilo que não gostaria que fizessem contigo.
Direito ao silêncio – baseado no princípio da presunção de inocência
Direito ao Devido Processo Legal
Publicidade
Motivação das decisões
Recorribilidade das decisões
Contraditório
Ampla defesa
Direito ao adv. – CF 133
261 – é indiferente o cara ter dinheiro ou não
      Art. 261.  Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
      Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. 
263 – na hipótese de troca de adv. em prazo recursivo é possível, porém o prazo é único. O acusado que não é pobre, pagará os honorários do advogado.
        Art. 263.  Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação.
        Parágrafo único.  O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
Defensor
Constituído - advogado
Público – quando o sujeito não tem condição de custear o processo, somente para pobre
Dativo (adv. indicado pela Ordem dos Advogados - OAB) – utilizado quando:
Quando o réu é pobre e não tem defensoria na cidade
Quando o réu é rico e não contratou defensor (não tem defensor público para quem tem dinheiro, para o rico é sempre dativo)
Substituto ou ad hoc (Art. 265) – se o advogado faltar (antes o código era mais duro se o adv. faltasse a audiência corria) o juiz nomeia um adv. ad hoc, pega no corredor e pede para defender o réu.
        Art. 265.  O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. 
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
Previsão no art. 268 a 273 CPP. É excepcional, não aparece sempre
CAPÍTULO IV
DOS ASSISTENTES
        Art. 268.  Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31.
        Art. 269.  O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar.
        Art. 270.  O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público.
        Art. 271.  Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1o, e 598.
        § 1o  O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas propostas pelo assistente.
        § 2o  O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior devidamente comprovado.
        Art. 272.  O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente.
        Art. 273.  Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.
Cabimento - cabível somente em ação penal pública (condicionada ou incondicionada); 
não é cabível:
 na ação penal privada o acusador é parte, 
também não é cabível no Inquérito Policial, tampouco na execução penal.
HC - ação constitucional onde se busca validar o direito de ir e vir (não há acusação)
MS é necessário o direito líquido e certo
Legitimidade (sempre na pessoa do advogado) – art. 268
Ofendido (uma pessoa física, pessoa jurídica, e o Estado (muito improvável))
Representante legal
Na falta aplica-se o art. 31 – CADI (cônjuge, ascendente e descendente)
Lei 8078/90 (CDC) art. 80 – consumidor, adm. Pública (ex. PROCON)
Decreto Lei 201/67, art. 2 o, §1 o juiz e promotor são os únicos imparciais do processo.
Portanto, PF e PJ figuram como assistente de acusação. O MP dificilmente será assistente de acusação.
15/08/13
Finalidade que leva o assistente a entrar no processo crime
Interesse particular (entendimento de alguns doutrinadores)
Ressarcitório
Indenizatório
Interesse – essa discussão não é somente terá aplicação prática
Público (primeiro)
Particular (segundo)
No Brasil predomina o entendimento de que o interesse move o assistente é a hipótese “b”.
Habilitação
Admissão - Somente poderá acontecer após o recebimento da inicial e antes do transito em julgado da sentença, tudo nos termos do art. 268 e 269 CPP.
        Art. 268.  Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31.
        Art. 269.  O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar.
Requerimento – o requerimento é feito para o juiz, se em primeiro grau, para o relator (art. 2º Lei 8038/90), se em segundo grau. O MP deverá ser ouvido Art. 272 CPP.
        Art. 272.  O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente.
Em regra o MP não é muito favorável a assistentes, nem sempre é harmoniosa a relação entre eles.
É facultado ao juiz a retirada do assistente, não está previsto em lei, mas considerando que o interesse inicial do assistente é o interesse público (entendimento admitido), se o assistente vai contra o MP é razoável que o juiz o afaste.
O MP nunca deve se manifestar de acordo com a discricionariedade (oportunidade e conveniência)
O juiz decide nos termos do art. 273. Não é despacho, é decisão, e quando fala que não tem recurso, ele quer dizer que não existe recurso no CPP, contudo é cabível o Mandado de Segurança alegando direito líquido e certo.
Entra no processo no estado em que se achar, o processo não retornará a uma situação anterior. É óbvio que não cabe Mandado de Segurança para retornar a situação pretérita. Art. 269.
        Art. 269.  O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar.
É possível através de bons argumentos retornar eventualmente a ouvir uma testemunha, depende do argumento é possível que o juiz entenda relevante ouvir novamente.
Art. 184 corpo delito é a única prova que se o juiz não conceder cabe recurso.
        Art. 184.  Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
Poderes
O rol dos poderes conferidos ao assistente está elencado no art. 271. Deve-se lembrar que o assistente é assistente enquanto o MP é quem é o autor da ação.
Propor provas
Requerer perguntas, na verdade o texto de lei esta ultrapassado, quando da redação a audiência era presidida pelo juiz e as perguntas eram feitas para ele e este reperguntava ao depoente. Hoje a sistemática é diversa passando o advogado a perguntar diretamente ao depoente.
Aditar o libelo (libelo não existe mais, era inócuo porque na verdade o promotor podia fazer qualquer alteração).
Aditar articulado (antiga denominação para alegações). Quando o processo tem alegações escritaso assistente, depois do promotor, terá o direito de fazer as dele.
Participar de debates orais – alegações orais
Arrazoar recurso do MP – não está escrito, mas também poderá contrarrazoar.
Recorrer mas não qualquer recurso – casos de impronúncia (não é uma decisão de mérito e sim uma decisão de admissibilidade. O juiz não enxergou elementos de autoria ou materialidade suficiente); reconhecimento de extinção de punibilidade; apelar quando o promotor não o fizer (parcial ou integral). O assistente não pode interpor recurso que bem entender, ele pode nos casos do artigo 584, §1 o 
Pronúncia nunca é decisão de mérito, não diz que o réu praticou o crime.
Recurso impronúncia; extinção de punibilidade; apelação supletiva (só pode apelar quando o assistente de acusação apelar)
Se o entendimento fosse que o interesse que move o assistente é particular, o assistente não poderia recorrer, visto que o interesse é indenização ou ressarcimento, sendo indiferente qual o tempo que o; se o interesse for público é cabível a apelação para majorar a pena
  Art. 271.  Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1o, e 598.
        § 1o  O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas propostas pelo assistente.
        § 2o  O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior devidamente comprovado.
Tourinho e Capez entendem que o interesse é particular; todo o restante da doutrina, jurisprudência, STF e STJ entendem como interesse público.
Prazos (não cai na prova)
Recurso em sentido estrito, se o interessa do já entrou o prazo é o do art. 586 (5 dias), se o interessado não está habilitado 598, §único (15 dias)
Apelação – habilitado: 5 dias, se não está habilitado 
REsp 205530, 665456, 
	DA PROVA
I) INTRODUÇÃO
No PP sempre haverá uma controvérsia fática, porque pelo o acusador, coforme art. 41, deverá ser feita uma narrativa fática, que é uma imputação fática (imputatio facti), fazendo um paralelo com o CPC, essa narrativa seria a CAUSA DE PEDIR. Diferentemente do Direito Civil, aqui sempre precisará fazer provas.
A partir disso a defesa poderá negar total ou parcialmente um fato ou a modificação de um fato.
Para se chegar a uma sentença de mérito é necessária a produção de provas, ainda que o réu confesse os fatos alegados, só vale se estiver em harmonia com as provas do processo. A grande questão é que se está tratando de DIREITOS INDIPONÍVEIS.
	
	
	
	
	Público
	Art. 41
	narrativa fática
	Processo 
Penal
	
	Controvérsia 
Fática
	Acusador
	Privado
	
	imputatio facti
(causa de pedir)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Defesa
	Negar
	Total ou parcialmente
	
	
	
	
	Modificar
	
	
II) CONCEITO – toda atividade desenvolvida pelas partes, por terceiros e peritos, e excepcionalmente determinada pelo juiz, que tem por objetivo demonstrar um fato para formar a convicção do julgador para a solução da causa.
O destinatário imediato da prova é o juiz. O destinatário secundário são as partes e a coletividade porque é interesse das sociedades que o processo seja justo.
	
	
	Partes
	
	
	Conceito
	Atividade
	Terceiros
	Demonstrar fato
	Convicção julgados
	
	
	Juiz
	
	(solução causa)
III) INTERESSE – o objeto é sempre provar um fato relevante, entendido em sentido amplo. Porque eu posso estar provando um acontecimento fático ou uma alegação feita.
	
	
	Relevante
	
	Objeto
	Fato
	
	Acontecimento
	
	
	Em sentido amplo
	
	
	
	
	Alegação
Não é necessário provar os fatos se forem:
Notórios
Evidentes - art. 162, §único
Presunções legais absolutas - menores
Irrelevante – cor da camisa do réu (em 1000 casos não interessa, mas eventualmente...) – é determinada caso a caso
       Parágrafo único.  Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
É necessário provar se o fato é controverso com relevância, mesmo fato incontroverso, é o caso da confissão
Fato 
Controverso 
Incontroverso (confissão do réu) 
De direito. (art. 337 do CPC por analogia). Exemplo a hipótese de lei penal em branco que é complementada por uma lei municipal. 
Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
A lei municipal, estadual,... deve ser juntada por inteiro, não é suficiente a transcrição de um único artigo, na realidade deve, ainda, ter uma certidão de que a lei estava em vigor no momento dos fatos. Não havendo a juntada a lei penal em branco não se tipifica.
IV) NATUREZA JURÍDICA INSTRUMENTAL (PROCESSUAL) de Direito subjetivo constitucional das partes.
Material – ligado ao direito/poder de punir do estado (o entendimento do professor é que representação é de direito material – diferente do Bechara). O momento levado em consideração é o dia do fato.
Instrumental – ligada ao curso do processo, o momento levado em consideração é a data do ato processual. Está é a natureza da produção de provas.
	Material
	Instrumental
	Direito de punir
	Suspender o processo
Portanto, as provas sempre serão de natureza instrumental, valendo a data do ato processual. 
Hipótese de norma híbrida é o Art. 366, suspensão do processo – intrumental; suspensão da prescrição – material. O STF decidiu que para as normas híbridas deve ser observado o conteúdo material, desta forma se mais benéfica aplica-se aos fatos anteriores, se mais severa aplica-se para fatos a partir de sua entrada em vigor.
        Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) (Vide Lei nº 11.719, de 2008) 
A NORMA DE RECURSO É INSTRUMENTAL – havia divergência porque muitos afirmavam que sempre que a matéria tratada envolvesse a ampla defesa a norma deveria ser considerada de direito material. Desta forma se lei nova retirasse algum tipo de recurso aplicável ao acusado, tal lei diminuiria as possibilidades de defesa e isso interferiria no direito à ampla defesa. Mas o STF se posicionou no sentido de que a norma de recurso é instrumental.
Ainda há quem sustente que ampla defesa é regra de direito material
V) PRINCÍPIOS
Princípio da autorresponsabilidade das partes - As partes arcam com as consequências da inatividade probatória – o ônus da prova é do acusador, se ele o fizer e o réu não, o réu dança.
Hipótese em que o acusado estava em São Paulo, a acusação apresenta testemunhas de que estava no local do crime no Rio de janeiro, e o réu não faz a prova do que estava em São Paulo pensando que o ônus da prova é da acusação. OK o ônus é da acusação e for realizado, fatalmente o réu será condenado.
Audiência contraditória – é a oportunidade para a outra parte contrariar, não é Audiência propriamente dita, e sim o próprio contraditório.
Aquisição ou comunhão da prova – adquirida pelo processo e utilizada por qualquer das partes. (um levou e o outro usa)
Concentração / oralidade / imediatidade – o procedimento foi concentrado para ouvir testemunhas de acusação e defesa, debater e julgar o processo (imediatidade – a prova é produzida imediatamente ao juiz)
Publicidade – limitado (art. 792), pode ser limitado por interesse públicoou para guardar a intimidade.
Livre convencimento motivado – art. 155 e 93 IX CF – nenhuma prova tem valor prévio, nenhuma prova vale mais que outra, que impõe o princípio seguinte da relativização do valor da prova...
Relativização do valor da prova – é claro que é a MOTIVAÇÃO. (opta por 2 testemunhas em vez de 8 em sentido contrário)
Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos Art. 5º LVI
Liberdade dos meios de prova.
VI) DISTINÇÃO TERMINOLÓGICA
Mudança de paradigma no CPP – Art. 6º, III; art. 155 (produzida em contraditório) – distinção terminológica.
      Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
        I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
       Art. 155.  O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
A) IP – elemento informativo No inquérito o que é colhido são elementos informativos, enquanto a prova é aquela submetida ao contraditório judicial. Excepcionalmente pode ser realizada uma produção antecipada de prova, que deve ser autorizada pelo juiz e sempre submetida ao contraditório. Na hipótese de um elemento informativo colhido no inquérito não for contraditado pela defesa o elemento se torna prova no processo.
O delegado faz perícia, não faz prova pericial, só será prova documental quando passar pelo contraditório.
Contraditório real é a prova que é submetida ao contraditório imediatamente.
Contraditório diferido é realizado sobre as informações colhidas previamente
B) PROVA Contraditório judicial
VII) MEIOS DE PROVA
1) Conceito -- Todos os meios, direitos ou indiretos, previstos ou não em lei utilizado para provar fatos.
2) Meios de prova -- 
Nominados – são os expressos em lei Art 202, 226, 229, 231,... inclusive em outra legislação, exemplo vistoria judicial prevista no CPC
      Art. 202.  Toda pessoa poderá ser testemunha.
        Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
         Art. 229.  A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Inominados – o exemplo clássico é a prova emprestada
3) Princípio da liberdade dos meios de prova -- Porque se tem o direito de provar? Porque é um direito subjetivo constitucional previsto na CF, 5º, LV (defesa) e no art. 129, I CF (acusação – se o MP é o titular da ação como ele não terá o direito de provar?) 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
Inadmissibilidade de provas ilícitas
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Ada – Não se pode esquecer do devido procedimento legal – deve ser realizado o contraditório, ampla defesa, ... dentro do que o procedimento fala.
A liberdade de provar não é absoluta – ampla defesa não significa que não é necessário o conhecimento da prova pela parte contrária.
	
	CF, Art. 5, LVI
	Relatório
	CPC 332
	
	Devido procedimento legal
Sempre se admite o contraditório a ampla defesa, desde que não caminhe para a má-fé.
VIII) ÔNUS DA PROVA
Conceito -- Encargo que alguém tem de demonstrar um fato que alega, sem configurar dever legal ou faculdade. O que existe é o dever legal de produzir prova. Não se pode falar em faculdade ou dever de provar.
Ônus – Dever ou Faculdade ¿ Nenhum dos dois... 
Toda vez que tiver o dever legal de provar e não faz, há prevaricação, então, não pode dizer que o MP prevaricou, por isso não pode ser dever.
Também não é faculdade, porque faz se quiser.
Então, ônus é encargo sem configurar dever legal ou faculdade.
22/08/13
VIII) PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
INQUÉRITO POLICIAL
Art. 6º - Elementos informativos
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Partes – apenas exame de corpo de delito
MP e Juiz o as requisições devem sempre ser respondidas. Não necessariamente deve cumprir é o caso da ordem manifestamente ilegal.
PROCESSO
PARTES – podem fazer requerimento ao juiz, e se o juiz aceitar dele determina que se cumpra, e autoridade deverá cumpri-la.
MP – pode fazer a requisição pelo juiz ou em particular
REALIZAÇÃO DA PROVA
LAUDO PERICIAL ART. 160, quando se tem uma prova que resulta em laudo; 180 e 181 – a autoridade pode determinar quantos laudos sejam necessários, bem como suas repetições.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
VALORAÇÃO
Intima convicção – certeza moral do julgado – o exemplo típico é o Júri onde as decisões não são motivadas. O voto é íntimo
Prova legal ou tarifada – certeza moral do legislador – quanto mais formalista o sistema mais prova legal é inserida, os exemplos no nosso ordenamento é o Art. 155 §único, e 158
Art. 155. O juiz formarásua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Livre convencimento motivado – persuasão racional. Sistema mais moderno, todas as provas tem o mesmo valor, é o sistema aplicado no Brasil.
IX) INADIMISSIBILIDADE DAS PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS Art. 5º, LVI, CF
Advém de um repúdio aos resquícios dos Estados totalitários, com o fim da 2ª guerra a dignidade da pessoa humana precisava ser desenvolvida, concretização da dignidade da pessoa humana.
As Cortes constitucionais europeias passam a se opor a utilização de provas ilícitas, Pietro Nuvolone cria a dicotomia entre provas ilegítimas e provas ilícitas.
Desde 1920 nos EUA afasta-se a prova ilícita por derivação (teoria dos frutos da árvore envenenada)
No nosso sistema temos
Provas vedadas ou proibidas: 
Prova ilegítima - prova que contraria norma processual – que pode ser na sua confecção (não observar que deve ser provado por corpo de delito) ou na sua introdução (não observar o prazo para a inserção da prova) – quanto mais prova legal, maior a possibilidade de ilegítimas. Prova que pode ser refeita
Prova ilícita – é aquela que feriu norma de direito material. Prova que não pode ser refeita.
Prova ilícita por derivação: Prova lícita em si mesma que deriva de uma ilicitude anterior ou originária que a contamina. (efeito à distância ou reflexa)
Inadminissibilidade
Argumentos: 	Estado Democrático de Direito
		Estado Legal
		Processo justo
		Devido Processo legal
Admissibilidade
Argumentos:	pro réu - 74678 – Moreira Alves – Teoria da Exclusão da Ilicitude. Configura legítima defesa de direito fundamental ou Estado de Necessidade, inexigibilidade de conduta diversa. Mais dignidade da pessoa humana.
	Pro societate – teoria da proporcionalidade, razoabilidade, interesse predominante, teoria do sacrifício. Deve ser levado em conta a proporcionalidade entre o direito à intimidade e o interesse de toda sociedade.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 157 – (bobagem do legislador) – não foi elaborado à luz da constituição extinguindo as provas ilegítimas. O entendimento deve ser feito conforme a constituição.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§1º - a questão é da jurisprudência americana
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§2ª – jurisprudência americana – ainda que use uma prova ilícita mas a descoberta é inevitável não há que se invalidar o processo por conta de prova ilícita. Hipótese do cara que matou uma menina e confessou sob tortura, mas a população estava escavando para achar o corpo, e no dia seguinte localizariam o corpo
	PROVA PERICIAL
CONCEITO - Perícia é o exame realizado por pessoa dotada de conhecimento de determinada matéria (técnico, teórico, prático, científico ou artístico) pessoa que não condição de auxiliar de justiça vai ajudar o juiz a formar a sua convicção. Não há como se falar, hoje, em julgamento sem perícia.
NATUREZA JURÍDICA – é um meio de prova nominado (expresso no sistema), de valor relativo.
PRINCÍPIO DA PERÍCIA OFICIAL - O número de peritos, antes era necessário sempre dois. De acordo com a redação do art. 159 – a perícia será feita por um perito oficial (que é concursado), ou na falta de um oficial, realizar-se-á por dois peritos não oficiais. O não oficial assume o compromisso de cumprir
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Três situações
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.
Art. 279. Não poderão ser peritos:
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
III - os analfabetos e os menores de 21 anos.
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos.
“Condução coercitiva é uma forma de restrição de liberdade”.
Art. 280 – suspeição e impedimento.
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
Obrigação que a autoridade tem de se valer dos peritos oficiais, e na necessidade de utilização dos não oficiais somente nos casos previstos em lei.
Na hipótese de uma perícia complexa é possível se valer de mais de um perito. Art. 159, §7º.
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Laudo definitivo pode contrariar o provisório.
Exceção Lei 11343/06, Art. 05, §2º
CONTRADITÓRIO – a maior crítica no nosso sistema é que as perícias em regra não são submetidas ao contraditório tendo em vista que 98% feito pela polícia, logo sem contraditório, apenas 2% realizada pelo judiciário.
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito.
Art. 177 – as partes não podem indicar o perito, e sim pedir para o juiz deprecante formular
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
159, §3º - nem quesito pode ser oferecido na fase de inquérito.
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
O único jeito de tangenciar é sugerir ao delegado os quesitos
A inovação razoável é o §5º, §6º (2.000.000 realizadas por ano)
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)§ 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parece razoável a presença de um adv. durante a fase de inquérito, embora não seja possível a realização do contraditório
160 impróprio
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
180 (valido para não oficiais ou perícia complexa)
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
29/08/13
	EXAME DE CORPO DE DELITO
CONCEITO
pericial
Exame 				materialidade
		especial
O marido de novo bate na mulher e conta que já tinha espancado, só que aí ela há não tem mais vestígios. O delegado pode pegar a ficha de atendimento e encaminha para os peritos e eles fazem o exame de corpo de delito indireto, também pode ser realizado por fotografia, o indireto é sempre realizado em vestígios secundários.
Quando os vestígios desapareceram aplica-se o 167 – prova testemunhal supletiva, não tem relação com o corpo de delito, e sim mera prova testemunhal. Se os vestígios desapareceram e não houve desídia do órgão público não tem problema. A questão é o desaparecimento da MATERIALIDADE
O 167 também fala em desídia do Estado. Por exemplo, a vítima vai até a delegacia e não é realizado o exame de corpo de delito, tal fato caracteriza desídia da polícia em não realizar o corpo de delito. Se eventualmente o juiz não observa que houve a desídia, na defesa do acusado deve ser alegada em sede de preliminares a utilização de PROVA ILEGÍTIMA.
A MATERIALIDADE É QUE DEVE SER PROVADA.
Só se utiiza das testemunhas se o Estado não foi desidioso e não foi realizado corpo de delito.
Características
Indispensabilidade (obrigatoriedade) art. 158
É claro que só é possível se os vestígios. É a única prova que negada dá mandado de segurança é o exame de corpo de delito, todas as outras quem diz se é cabível ou não é o delegado.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Indisponibilidade
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
LIBERALIDADE 161
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
A necrópsio so pode ser realizada depois de 6 horas – depois que a realidade da morte se instale
INFUNGIBILIDADE
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
	DECLARAÇÕES DO OFENDIDO
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
O ofendido é o sujeito passivo do crime, logo não é testemunha, não se colhe compromisso, mas tem a obrigação de dizer a verdade, respondendo pelos art. 339 (denunciação caluniosa), 340 (comunicação falsa de crime) e 299 (falsidade ideológica) CP.
Calúnia está no art. 138 CP – narrativa de um fato que não é verdadeiro – não é imputar um fato criminoso a alguém, o objetivo é somente atingir a honra.
Denunciação caluniosa art. 339 CP – dar causa a instauração policial contra a alguém que sabe ser inocente.
Comunicação falta de crime art. 340 CP – nesse a pessoa não é indicada, desta forma é menos grave que denunciação caluniosa.
Falsidade ideológica Art. 299 – quando se dá a declaração se faz inserir conteúdo falso diversa da que deveria constar, é o caso do golpe no valor de R$ 5000 e a vítima fala que é 50000.
Este artigo permite que o juiz ouça a vítima de ofício, logo se o MP por ventura não menciona-la na denúncia o juiz poderá ouvi-la.
§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Cabe condução coercitiva. É o caso que Nucci fala que está entre a prisão e a liberdade, é uma quase prisão, porque existe certo cerceamento de liberdade. O entendimento majoritário é que não responde por desobediência nos termos do art. 219, interpretação restritiva, o legislador quis que coubesse desobediência ele citou
§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Crítica – deve ser perguntado para a vítima se ela quer saber isso. A vítima é que deve decidir se quer saber ou não.
§ 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção do ofendido, o uso de meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
A norma no país é que ninguém recebe nada de órgão publico por e-mail, esse parágrafo fere a norma nacional
§ 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Está é uma norma programática
§ 5o Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor ou do Estado. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
A vítima vai para um tratamento psicológico, não tem como o acusado pagar antes do transito em julgado, a intenção do artigo é que a vítima tenha assistência inclusive durante o processo. Para salvar a norma, a vítima pode pagar, pegar o recibo e juntar no processo. Nos termos do art. 387, IV, CPP todos os valores dispendidos com tratamento deve ser indenizado, acaba configurando uma execução mais rápida que o art. 63 e parágrafo.
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
 
§ 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
O depoimento da vítima deve ser valorado, a regra é que a vítima não mente, ou seja, o seu depoimento tem valor. Se a vítima mente é porque existe algum antecedente. 
	PROVA TESTEMUNHAL
CONCEITO – prova produzia a partir da oitiva de um pessoa, chamada testemunha que depõe sobre fatos, a testemunha é o depoente
Testemunhar é presenciar; depor é narrar o que se testemunhou
 
MEIO DE PROVA – valor relativo
Art.203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.
CAPACIDADE
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.
Quem valora a prova é o juiz, ou seja, é independente a qualificação da testemunha (prostituta, viciados,....) o caso concreto é que vai dizer qual o valor da prova. Logo qualquer pessoa poderá ser testemunha
Não se pode invalidar depoimento de policial sob o argumento de que ele vai enaltecer a sua diligência (ninguém para as 3 horas da manhã para ser testemunha de uma ocorrência policial). Eliana Calmon em Agravo regimental APN 510 BA valida o depoimento de policial
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
O art. é quase repetido no código de ética do advogado.
Quem não está obrigado a prestar depoimento é o Diplomata. 
O profissional de imprensa não está obrigado a falar a fonte, mas o que foi dito pela fonte e o foi visto pelo profissional deve ser narrado pelo depoente.
CARACTERÍSTICA
Judicialidade – antes de alterar o art. (prova com contraditório) os autores já falavam que prova somente existe com o crivo do contraditório
Oralidade – pode ser trazido coisas escrito apontamentos, mas o depoimento não
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos.
Objetividade – sempre a testemunha for ouvida deve ser retirada toda carga de subjetivismo. É a questão de perguntar qual a velocidade que o carro estava trafegando na hora do acidente. Deve ser levado sempre em conta o homem médio, senão todo mundo vai ser condenado, tendo em vista a previsibilidade do juiz e do promotor .
Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.
Retrospectividade – deve ser verificado o histórico da testemunha, é o caso da testemunha qualificada (perito) que ante a sua qualificação pode dar um depoimento direcionado em razão dos outros casos que atuou.
Imediatidade – deve narrar o que veio até você pelos órgãos dos sentidos, não aquilo que pensa, o que contaram
Individualidade – sem manter contato, o contato entre as testemunhas, tendo em vista a cultura brasileira, em regra é prejudicial, uma pessoa influencia o depoimento da outra.
CLASSIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS
Direta – presencial – de visu – em regra o juiz dará mais valor para está, falso testemunha pode no presencial, porque todos viram e ouviram a mesma coisa.
Indireta – não presencial – sabe ouvir dizer – de auditu – muito difícil dar falso testemunho, porque na realidade apenas ouviu dizer.
Própria – testemunha do fato 
Imprópria – testemunha que depõe sobre um ato. Art. 304, §2º, que narram sobre ato:
Policial
Processual
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
Antecedentes – falar se a pessoa é boa ou não com base nos seus antecedentes.
Numerárias – júri (5); sumário (5); ordinário (8) – POR CRIME
Extranumerárias (ART 209) – aquelas que não incluem o número acima. É o caso de testemunha referida, quem decide é o juiz.
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem.
§ 2o Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à decisão da causa.
O parágrafo 2º é por conta do relatório do delegado, que de acordo com o art. 10, §2º, pode lançar testemunhas que ele não ouviu.
IMPRESSO ATÉ AQUI
05/09/13
Acórdão Resp 1224380 - SP
DEVERES DAS TESTEMUNHAS
Dever de comparecimento art. 218 e 219
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.
Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da diligência. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
O art. 453 não mais existe, desta forma a testemunha faltosa fica sujeita a crime de desobediência e as custas da diligência
Comunicar mudança de endereço
Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de um ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples omissão, às penas do não-comparecimento.
Nos termos deste artigo, se não houver a comunicação da mudança de endereço a testemunha deverá responder pro crime de desobediência bem como as diligências, por alguma razão esse artigo não é aplicado.
Identificar-se
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.
Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à verificação pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo.
A recusa pode dar o 330 se for com dolo; e 68 (contravenção) se for sem dolo. Se mentir quanto a sua identificação responde pelo 307 CP, se não couber, cabe o 68, § único (contravenções penais).
Dever de prestar compromisso
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.
Existe um dissenso entre a doutrina e a jurisprudência, para a doutrina informante também comete crime de falso testemunho, já para a jurisprudência não comete crime de falso testemunha. Por isso não pode ser contato como número de testemunha.
Se o adolescente 14 (que não é compromissado) não comete ato infracional, se for com 15 ou mais responde.
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientesmentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.
DIZER A VERDADE (342 CP)
- CALAR - é a recusa de falar, a testemunha não pode calar a verdade, salvo se o assunto versar sobre fatos que lhe incrimine
- NEGAR - nada sabe, nega que sabe mas sabe
- FALSEAR - quem conta o que ouviu dizer pode não responder, se alegar que não sabe se é verdade, mas ouviu dizer.
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
O melhor exemplo é o advogado, que tem a prerrogativa de se negar a depor, contudo se aceitar depor deverá prestar compromisso e poderá responder por falso testemunho.
PROCEDIMENTOS
Comparecimento e identificação - 203 e 205
Incomunicabilidade – 210
Audiência
Contradita 
Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208.
Toda contradita deve ser fundamentada em provas, documental ou testemunhal (característica da prova testemunhal em regra o juiz não ouve as testemunhas da contradita, mas deixa consignado o nome dessas testemunhas e se a única prova para o julgamento do caso for a testemunha contraditada ele ouve essas testemunhas para verificar o real valor daquela prova)
Compromissar
Arguição
Sistemas
Presidencialista / exame judicial (antigo sistema)
As perguntas eram realizadas para o juiz e este fazia as reperguntas ao depoente.
Direto e cruzado art. 212 - O nascedouro deste instituto é o ECA, art. 111.
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Nesse caso o juiz pergunta somente uma função supletiva.
O sistema é cruzado porque:
Testemunha de acusação		1ª Acusação		2ª defesa
Testemunha de defesa			1º Defesa		2º Acusação
Testemunha do Juízo			1ª Acusação		2º Defesa
Vítima					1º Acusação		2º Defesa
A questão fundamental é a formação do contraditório
Se houver inversão o STJ anula tudo, a única hipótese de não haver anulação é se permanecer calado.
redução à termo art. 216
Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de ambos.
	PROVA DOCUMENTAL
Documentos - art 232 / 170 - é qualquer base material que registra e pode provar um fato
Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.
Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original.
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
Documento escrito - diferença entre instrumentos e papeis.
Instrumento é o documento que nasceu com a missão de prova Escritura, letra de câmbio,...
Papel é o documento que nasceu sem a obrigação de provar, mas eventualmente pode provar algo.
	Pode ser público
	Pode ser privado - carta de injúria - papel particular que não foi feito para provar nada.
	Cópia reprográfica autenticada - vale como o original
	Cópia reprográfica não autenticada - tem valor pouco menor que o original, contudo se não for contestada tem valor de original. Argüida a falsidade deverá se seguir o ditame do art. 145, art 581, XVIII é o recurso cabível a tal decisão
Art. 145. Argüida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observará o seguinte processo:
I - mandará autuar em apartado a impugnação, e em seguida ouvirá a parte contrária, que, no prazo de 48 horas, oferecerá resposta;
II - assinará o prazo de 3 dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova (INDICAR A PROVA E NÃO PROVAR) de suas alegações;
III - conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que entender necessárias;
IV - se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público.
Para a argüição da falsidade, para imputar crime a outro por parte do procurador, exige procuração específica, que pese o advogado ter imunidade enquanto defendem o seu cliente, ele pode responder frente á OAB
Art. 146. A argüição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais. 
Art. 147. O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade. 
A inércia do juiz é referente a iniciar processo, então neste caso não pode se falar em ofensa a princípio, vez que na realidade ele está apurando um crime.
Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo penal ou civil.
Esse artigo diz que a decisão do incidente vale apenas para aquele processo. Eventualmente o adv. Não satisfeito pode entrar na seara cível para provar que o documento é falso, se o cível disser que o documento é falso ele volta no processo penal e pede a revisão penal (pro réu), o inverso não cabe, logo o MP não pode pedir revisão (pro societa), poderá apenas apurar a falsidade do documento.
	PRODUÇÃO DA PROVA
Momento
Deve ser feito a somatória dos 2 artigos.
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo.
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Pelo artigo não é possível
Espontânea ou provocada art. 234
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível.
Deve ficar claro que é necessário para ele poder bem decidir
	PROVA EMPRESTADA
Prova emprestada - é a prova que no processo A que é transportada documentalmente para o processo B para neste gerar efeitos (Ada)
Requisitos:
	mesmas partes
	No processo originário deve ter sido observada todas as formalidades legais
	O fato probando nos dois processos tem que ser idêntico - exemplo do professor de quadrilha de estelionatários que venderam 8 imóveis, inicialmente só soube de um e depois dos outros, a prova do primeiro processo vai para o outro.
	Contraditório pleno no primeiro processo, já vem válida.
Quando eu trago uma prova de outro processo e submeto ao contraditório, isso não configura prova emprestada e sim um documento emprestado. Pode furar a prova emprestada a alegação de que, quando da formação da primeira prova ele não teve como realizá-la vem
	OUTRAS PROVAS
Reprodução simulada - reconstituição art. 7º
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
Em regra não é para provar a autoria e sim para demonstrar a dinâmica dos fatos. É realizado um confronto entre as teses e dessa forma vai minando um delas, a idéia é para demonstrar que não foi de tal jeito, e aí que mentiu começa a recair certa suspeita.
Reconhecimento depessoas e coisa 226/228
A pessoa que será reconhecida deverá ser posta no meio de outras, preferencialmente semelhantes
O parágrafo único está tacitamente revogado pelo art _____
Este procedimento é aplicado na polícia e não em juízo, não é origem de nulidade.
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento.
Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicável.
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas.
ACAREAÇÃO
Não se realiza mais acareação com acusado vez que é um direito constitucional de não produzir prova contra si mesmo. Dá certo quando é feita em juízo. Pode ser requisitada pelo MP ou até mesmo pelo juiz de ofício na própria audiência.
Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.
INDÍCIOS
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
O mensalão fez revigorar os indícios. 
Através de um fato conhecido e provado por indução eu concluo outro. Funciona com a TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO.
Exemplo mais simples é a hipótese de um roubo de casa, o sujeito é pego com o todo o produto do roubo a pequena distância da casa roubada. Nesse caso temos as provas indiciárias, não há que se falar em inversão do ônus da prova porque na verdade a acusação realizou a prova (indiciária), cabe ao réu provar como aquilo chegou na mão dele. É claro que a prova indiciário deve ser veemente. Para os casos de crime graves do colarinho branco, crimes ambientais,... Deve ser utilizada, porque o cara que é bom não deixa rastros.
12/09/13
	PROCEDIMENTO COMUM
Procedimento 
Especial
Comum (mensurado pela pena máxima abstrata)
Ordinário – Pena privativa de liberdade máxima abstrata maior igual a 4 anos
Sumário– Pena privativa de liberdade máxima abstrata menor que 4 anos e maior que 2 anos
Sumaríssimo – Pena privativa de liberdade máxima abstrata menor igual a dois anos
NÃO OLHAR O PROCEDIMENTO DO JÚRI.
  Art. 394.  O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 4o  As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
O parágrafo terceiro é necessário para separar
	FASE DE ADMISSIBILIDADE OU FASE PREAMBULAR
Vale para o procedimento comum ordinário e sumário a fase é idêntica para os dois procedimentos.
        Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Oferecimento da inicial
Ordinário; sumário.
O juiz fará um juízo de admissibilidade (prelibação) podendo:
REJEITAR A INICIAL (art. 395)
        Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:  (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou  (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Inicial inepta – a referência é o CPC art. 295, § único
Faltar pedido - condenação
Faltar causa de pedir – narrativa fática, o réu de defende dos fatos e não da capitulação jurídica
Se do fato não decorre a conclusão (pouco vale para o PP porque basicamente é a condenação) – a única coisa que acaba sendo verificada é se a causa de pedir é um fato típico
Pedido juridicamente impossível – mais restritivo que no CPC, onde pode pedir qualquer coisa salvo aquilo que a lei impede. No CPP só é juridicamente possível se for um fato típico
Pedidos incompatíveis entre si – não cabe no processo penal, vez que o pedido é sempre o mesmo.
Ausência de pressuposto processual ou condição da ação
Condições da ação
Gerais
Interesse de agir
Necessidade – para condenar o único jeito de impor pena é passar pelo devido processo legal.
Adequação – 
Legitimidade ad causam – 
Ativa - Ação penal pública MP ou o ofendido se o MP quedou-se inerte; Ação Penal Privada o ofendido
Passiva – Aquela indicada no inquérito policial.
Possibilidade jurídica do pedido
Específicas – condições de procedibilidade – condição para entrar com a ação: representação; requisição do Ministro da Justiça; novas provas (para entrar com nova ação arquivada); Art. 525 – perícia;...
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Existência
Propositura da demandaJuiz com capacidade funcional
Acusado deve integrar o processo 
Validade
Juiz
Competência
Imparcialidade
Acusado
Legitimatio ad processum – necessariamente aquele que figura no polo passivo deve ser maior de idade
Capacidade postulatória
Não pode haver nem coisa julgada e nem litispendência
AUSÊNICA DE JUSTA CAUSA Art. 648, I (HC)
Fumus delicti – Ex. 312 (prisão preventiva, mas vale para o resto)
Prova do crime
Indícios suficientes de autoria
Extinta punilibilidade Art. 648, VII (HC)
        Art. 648.  A coação considerar-se-á ilegal:
        I - quando não houver justa causa; 
        VII - quando extinta a punibilidade.
Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Nos casos de rejeição liminar o MP tem o recurso especial Art. 581
Nos casos de recebimento da inicial o que cabe para o acusado é HC, Art. 648
Condição objetiva de procedibilidade 
– entrar com a ação
Condição objetiva de punibilidade
 – condição para a 
punição do agente
Matriz fundamental do processo penal
 - Juiz, autor e acusado.
Recebimento da inicial
Citação do acusado – dar ciência ao acusado de que o processo está começando, do teor da acusação e que ele tem 10 dias para oferecer a defesa.
Pessoal art. 353
Com hora certa art. 362 (mesma regra do CPC 227/229) – questão constitucional, que fere o pacto de San Jose da Costa Rica, que está sendo discutida no STF. Por enquanto o processo segue.
Por edital, art. 363, §1º, nas hipóteses em que o acusado não for localizado. Art. 366 as hipóteses são cumulativas (não comparece e não apresenta defensor – cai na suspensão do processo e na prescrição) – 
        Art. 351.  A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
        Art. 353.  Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória.
        Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.  (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 363.  O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Quando o acusado é citado por edital e não comparece e nem constitui advogado o processo vai para o MP, e este requer a suspensão do processo e da prescrição. O juiz defere o pedido e:
O período da suspensão do prazo prescricional é o máximo da pena em abstrato. SÚMULA 415 STJ - O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.
O que pode ser feito é pedido de produção antecipada de provas urgentes. Súmula 455 STJ A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo.
Se o caso decreta prisão preventiva.
Oferecimento de defesa (resposta). Art. 394 – A
Preliminares (tudo aquilo que o juiz deveria ter anteriormente)
De mérito
Documentos
Especificar provas
Arrolar testemunhas (pode ser intempestivo desde que o defensor mostre que houve justa causa para não arrolar)
Obrigatória a defesa conforme o art. 396- A, §2ª
       Art. 396-A.  Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Por analogia deve ser observado o art. 409, esta é o único momento em que se utiliza um artigo do procedimento do júri
        Art. 409.  Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Absolvição sumária Art. 397 nas seguintes hipóteses
Manifesta causa excludente de ilicitude;
Existencia de manifesta excludente de culpabilidade salvo inimputabilidade
Fato atípico
Extinta punibilidade
        Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
	FASE INSTRUTÓRIA E DECISÓRIA
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
Audiência de instrução e julgamento Art. 399 – o juiz que realizar a audiência deverá sentenciar o processo.
Art. 400 no prazo de 60 dias
Declarações do ofendido
Oitiva de testemunhas acusação e defesa (obedecendo ao sistema cruzado - contraditório) (8 testemunhas - 401)
Esclarecimentos dos peritos (os quesitos devem ser apresentados com 10 dias de antecedência)
Acareações e reconhecimentos.
Interrogatório.
Diligências art. 402
De ofício pelo juiz
Requerimento da parte		cai no art. 404 (quando tem alguma diligência tudo passa a ser por escrito (memoriais) o juiz também pode determinar que siga por escrito ante ao número de réus)
Se não houve requerimento ou o requerimento for indeferido cai no 403 – debates orais
        Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas

Continue navegando