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Artigo Hiperatividade TDA/H

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Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade TDA/H
Um desafio educacional
Rosângela da Silva Oliveira
 Pedagoga, discente do curso de Especialização em Psicopedagogia pela Facibra. 
RESUMO: Este trabalho tem a intenção de mostrar por meio de uma revisão de literatura, as questões relacionadas ao Transtorno do Déficit de Atenção (TDA/H). O Transtorno do Déficit de Atenção é uma deficiência no lobo central do cérebro e atinge muitas crianças. As suas características, na maioria das vezes, são comparadas a desinteresse da criança na escola e na aprendizagem. O objetivo deste artigo é esclarecer o que realmente é esse transtorno e quais são as suas implicações para a vida das crianças, assim como apresentar quais as maneiras de tratar ou amenizar os impactos dele na vida dos indivíduos e as estratégias de intervenções pedagógicas para a facilitação do trabalho do professor. Este trabalho surgiu diante de muitas queixas por professores em relação à dificuldade em trabalhar com crianças que apresentam dificuldades de concentração nas aulas e pelo fato de cada vez mais frequentemente estas crianças estão sendo medicadas sem antes mesmas delas terem uma avaliação com profissionais da área. É importante para o profissional ter este conhecimento sobre o TDA/H. 
Palavra-chave: Transtorno, Déficit, Atenção, Estratégias, Concepção, 
ABSTRACT: This paper intends to show, through a literature review, issues related to Attention Deficit Disorder (AD/HD). Attention Deficit Disorder is a deficiency in the central lobe of the brain and affects many children. Their characteristics, most of the time, are compared to the child's lack of interest in school and learning. The purpose of this article is to clarify what this disorder really is and what its implications are for the children's lives, as well as to present ways of treating or mitigating their impacts on the lives of individuals and the strategies of pedagogical interventions for facilitation of the teacher's work. This work has arisen in the face of many complaints by teachers about the difficulty in working with children who have difficulty concentrating in the classes and the fact that these children are being medicated more and more often without having them evaluated by professionals in the area. It is important for the professional to have this knowledge about AD/HD.
Key words: Attention Deficit Disorder, Strategies, Conception
INTRODUÇÃO
Este trabalho surgiu a partir das observações de alunos nas escolas, principalmente daqueles alunos que apresentavam déficits de atenção, dificuldades de aprendizagem e distúrbios de comportamento. O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade TDA/H é uma das grandes dificuldades no processo de ensino-aprendizagem enfrentadas pelos alunos. Para os professores é um desafio.
Diante disso, houve a necessidade em desenvolver essa pesquisa sobre TDA/H. Esse trabalho teve como objetivo coletar informações através de pesquisas de autores cujas obras relatam sobre o tema. Para esclarecer a definição do que é o TDA/H, as causas, os tipos e as consequências na vida dos educandos. Também compreender quais estratégias de intervenções. 
Atualmente, vem crescendo o número de alunos com TDA/H. De acordo com Silva (2003.p.23) “O TDA/H atinge 6% a 8% da população infantil, em idade pré- escolar e, como eles são prejudicados pelo seu comportamento involuntário na sala de aula”. Assim sendo os educadores devem procurar informações que levem a identificar os comportamentos destes alunos. Para Mattos (2004. p.31) As crianças que apresentam esse transtorno não são bem diagnosticadas e tratadas. 
Nesse sentido, o preparo do educador da Educação Infantil e do Ensino Fundamental é de fundamental importância.
Essa pesquisa buscou esclarecer pontos relevantes sobre esse transtorno, destacando quais são suas reais implicações sobre a vida do sujeito que tem TDA/H. Através de uma revisão de literatura e pesquisa qualitativa, foram abordadas as questões relacionadas a esse transtorno que aflige pais e professores. Os objetivos deste trabalho foram: esclarecer o que realmente é esse transtorno, analisar quais são suas implicações para a vida das crianças e apresentarem quais as maneiras de tratar ou amenizar os impactos dele na vida do indivíduo. Para a realização dessa pesquisa, serão utilizados embasamentos teóricos expostos em livros, monografias, artigos e base de dados da internet, tais como SCIELO (Scientific Electronic Library), Google acadêmicos, dentre outros.
1 DEFINIÇÃO E CAUSAS DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDA/H) - DIFERENTES CONCEPÇÕES DOS AUTORES QUE TRATAM DESTA TEMÁTICA.
A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) define o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade TDA/H como um transtorno neurobiológico, de causas genéticas que aparecem na infância e frequentemente acompanham as pessoas na fase adulta. Ele se caracteriza por sintoma de desatenção, inquietude e impulsividade. Quando não diagnosticado e tratado corretamente, ele causa diversos danos à formação das crianças, tanto nos aspectos educacionais quanto sociais.
O TDA/H geralmente surge durante a infância, porém, na maioria dos casos só é percebido na fase educacional, pela preocupação dos pais e professores em ensinar a criança, porém a observação geralmente é tardia. Bonadio (2013, p.44), descreve que os professores e pais devem ficar atentos àquelas crianças ainda pequenas e que não permanecem interessadas ou envolvidas em atividades com muita frequência de brinquedos ou de tarefa. Ele chama a atenção também pelo fato de que o diagnóstico antes dos cinco anos raramente é feito, pois o comportamento dessas crianças nessa fase é muito variável.
Estudos recentes destacam a relevância de se considerar a genética como uma das principais causas. Além da genética, situações externas, como os fatores ambientais têm sido associados a um risco aumentando para criança desenvolver o TDA/H. Esses elementos são: o abuso materno de nicotina e de álcool durante a gestação. Esses fatores orgânicos podem ocasionar atraso no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais. Supõe-se que todos esses fatores podem levar o individuo a predisposição a desenvolverem esse problema. Além disso, um desequilíbrio familiar e fatores que geram ansiedade podem agir como desencadeadores dos sintomas. Para Silva (2003) e Mattos ( 2004), a herança genética parece não ser o único fator determinante para o aparecimento do TDA/H, mas é de longe o mais importante. 
 Quanto às causas, encontramos as seguintes descrições: O TDA/H trata se de uma alteração cerebral ocorrida por alguns fatores e não é considerado como doença. O cérebro de um TDA/H, em forma e aparência em nada difere dos demais cérebros.
 
O Distúrbio do Déficit de Atenção deriva de um funcionamento alterado no sistema neurobiológico cerebral, isto significa que substâncias químicas produzidas pelo cérebro, chamadas neurotransmissores, apresentam-se alteradas quantitativa e/ou qualitativamente no interior dos sistemas cerebrais que são responsáveis pelas funções da atenção, impulsividade e atividade física e mental no comportamento humano. Trata-se de uma disfunção e não de uma lesão como anteriormente se pensava. O cérebro de um DDA, em forma e aparência, em nada difere dos demais cérebros, que não apresentam um funcionamento DDA; a diferença está no íntimo dos circuitos cerebrais que são movidos e organizados pelos neurotransmissores que, em última instância, seriam os combustíveis que alimentam, modulam e fazem funcionar todas as funções cerebrais. Assim, os neurotransmissores seriam a gasolina dos carros, as quedas-d’água que geram a energia das grandes hidrelétricas ou mesmo a energia atômica das usinas nucleares.(SILVA,2013,p.120)
	Para Valle (2009, p.202) “o que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substânciasquímicas chamadas de neurotransmissores principalmente a dopamina e a noradrenalina que passam informações para células nervosas.” Daí o TDA/H não conseguem concentrar e prestar atenção e consequentemente é rotulada de a criança que não aprende.
2 O TDA/H NA CONCEPÇÃO DE PROFESSORES 
A maior preocupação dos professores hoje é a dificuldade que encontram para trabalharem com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem associadas aos comportamentos de desatenção, inquietude e impulsividade. “Cada vez mais nos deparamos com crianças excluídas nas salas de aulas sendo taxadas como: “bagunceiras,” “sem limites,” “não aprendem,” e que” “vivem no mundo da lua”. Pelo fato de os educadores não possuem conhecimentos sobre o apresentam dificuldade em criar estratégias de mediação para desenvolver o aprendizado do aluno.
Embora as crianças e os adolescentes com TDAH cometem muitos erros por desatenção (errar “Bobagens”) e acabem não estudando o suficiente porque não conseguem ficar com um livro muito tempo, eles não têm dificuldades de compreensão e, quando se esforçam mais ou conseguem controlar os sintomas, têm um desempenho normal [...] A maioria dos portadores de TDAH não apresenta transtornos do aprendizado. (MATOS, 2004. p. 36/37)
O preparo do professor da Educação Infantil e Ensino Fundamental são de fundamental importância, pois são eles quem irá detectar esse transtorno através do comportamento do aluno em sala de aula, já que os sintomas acentuam mais nessa fase. A necessidade de atenção para os sintomas e comportamentos relacionados ao TDA/H é essencial para uma primeira abordagem e encaminhamento a especialistas, é importante que ele seja abordado de forma precoce. 
		Assim sendo, o trabalho do professor é indispensável, pois ele é na maioria das vezes, a primeira fonte de informação para determinar o diagnóstico do TDA/H e, são eles quem solicita uma avaliação profissional para seu aluno. 
Apesar de todo esse processo, a dificuldade do TDA/H, ultrapassa o cotidiano escolar, familiar e médico. Assim, é de suma importância que a escola receba orientação que ajude a criança no processo de desenvolvimento da sua autonomia, identidade e sua inserção no mundo que a cerca: 
O portador do TDA/H tem déficits que dificultam que ele se comporte ou realize as tarefas no mesmo modo que as outras crianças. Portanto, é importante tentar amenizar o impacto do TDA/H tanto na vida acadêmica da criança quanto em sua vida social. Desse modo, os professores devem dar um tratamento diferenciado ao aluno, que aumente suas chances de ser bem sucedido apesar de seus déficits. Rigor excessivo irá apenas contribuir para acentuar as dificuldades e diminuir a autoestima. Se a criança for cobrada por comportamentos que ela não é capaz de ter ou, ainda, for unida por isso pode ficar frustrada e pouco cooperativa. Deve estabelecer metas que ela possa cumprir, fazendo exigências de um modo coerente. (MATOS, 2004, p. 111)
		Diante dos expostos, nota-se a necessidade de desenvolver atividades pedagógicas direcionadas para cada criança de acordo com suas necessidades para atingir os objetivos de aprendizagem desses alunos, porém, não precisando de salas de recursos e educação especial, apenas de métodos e técnicas que facilitem sua aprendizagem.
		
 3 CLASSIFICAÇÃO DO TDA/H NA ESCOLA.
	Existem diferentes tipos de TDA/H, Phelan (2005, p.37) classifica como: Tipo Desatento, Tipo Hiperativo / Impulsivo Tipo Combinado e Tipo não Especifico. Porém, para que a criança seja diagnosticada com TDA/H é necessário que ela tenha seis (6) ou mais sintomas típicos e que esteja correlacionado com dois ou mais ambiente como: na escola, em casa e no trabalho. Silva. (2003.p. 227). Mattos (2004, P. 20) também afirmam que as características do TDA/H são apresentadas por uma combinação de dois ou mais grupos de sintomas. Como a desatenção, a hiperatividade/ impulsividade. 
	
3.1 Tipo Desatento 
	A criança do Tipo Desatento apresenta muitas características do Tipo Combinado, menos o do comportamento. Geralmente ocorre mais em meninas e ela são mais tímidas, quietas sonhadoras e desligadas. Geralmente são vistas como lentas na aprendizagem. Seus sintomas são:
Frequentemente não presta atenção a detalhes ou comete erros por omissão em atividades escolares, de trabalhos ou outras.
Com frequências tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
Com frequência parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra
Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções)
Com frequência tem dificuldades para organizar tarefas e atividades
Com frequência evita, demonstra ojeriza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante ( como tarefas escolares ou deveres de casa)
Com frequência perde as coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa
Com frequências apresenta esquecimento em atividades diárias (SILVA, 2009, p. 227).
3.2 Tipo Hiperatividade/ Impulsivo
	Há a predominância dos sintomas de hiperatividade e impulsividade, mas, entretanto, algum grau de desatenção, nesse tipo a criança tende a ser mais agitada e causando podendo causar mais transtornos e reclamações pelos que as rodeiam. Os principais sintomas são:
(a) frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
(b) frequentemente abandona sua cadeira na sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado
(c) frequentemente corre ou escala m demasia, em situações imprópria ( em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação)
(d) com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividade de lazer
(e) está frequentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”
(f) frequentemente fala em demasia
 (g) frequentemente dá respostas precipitadas antes das perguntas terem sido completamente formuladas 
(h) com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez
(i) frequentemente interrompe ou se intromete em assuntos alheio (p. ex., em conversa ou brincadeiras) (SILVA, 2009, p.228).
3.3 Tipo Combinado
	O tipo combinado é quando existem muitos sintomas correlacionados de desatenção, hiperativo/ impulsivo. Para Mattos (2004) É o tipo mais comum e aparece mais em meninos, acentuando os sintomas desde a fase pé- escolar. Para Phelan a criança que apresento o TDA/H do tipo combinado é uma criança que vai constantemente desconsertar seus pais e nunca consegue entender os motivos ela vai muitas vezes se tornar a ovelha negra da família.
4 CONSEQUÊNCIAS DO TDA/H NA VIDA DOS EDUCANDOS.
O TDA/H para algumas pessoas tem um impacto produtivo, porém, para outros não tanto, o TDA/H é uma questão de saúde e atinge as crianças com maiores frequências e são elas as mais prejudicadas por necessitarem de ficarem sentadas em sala de aula para prestarem atenção. As crianças que apresentam esse transtorno não são bem diagnosticadas e tratadas, sofrem com as consequências. Para Mattos (2004. P.31) as principais pesquisas em que as crianças e adolescentes com TDA/H foram acompanhados até a vida adulta mostram que comparados aos demais sofrem as seguintes consequências.
Completam menos anos de escolaridade.
Têm maior incidência de uso de álcool e drogas.
Sofrem mais acidentes e, quando eles ocorrem, tendem a ser mais graves.
Têm maior índice de desemprego.
Têm maior de divórcio.
Têm mais frequentemente baixa autoestima.
Têm menos habilidades sociais.
Têm mais isolamento social.
Têm maior incidência de tentativas de suicídio.
5. AS ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
O educador é a primeira pessoa a perceber que seu aluno presentaum comportamento diferente dos demais, ou quando se entende porque, o aluno apresenta alguma dificuldade podendo ser classificado como TDA/H, existe necessidade de uma investigação com profissionais da área. A melhor maneira para o educador diferenciar se o educando apresenta o TDA/H é através da observação. Caso o aluno é diagnosticado com o TDA/H, cabe ao professor a realização de um trabalho adequado em sala de aula e usar as estratégias de intervenções adequadas para criança de acordo com sua especificidade. 
Cabe aos professores a tarefa de garantir ao aluno uma formação que lhe propicie o acesso aos conhecimentos socialmente acumulados e a aquisição dos comportamentos de auto governo, capacitando-o a atuar sob novas contingências e agir com sucesso em relação ao mundo em um tempo futuro. Dessa forma, os professores necessitam de um vasto conjunto de conhecimentos científicos sobre o mundo físico e social e sobre o comportamento humano, de modo a responder pelo ensino de forma eficiente. (VALLE, 2009, p.203).
Valle (2009, p.2003) ressalta que os professores necessitam de um vasto conjunto de conhecimentos científicos sobre o mundo físico e social e sobre tudo o comportamento humano, de modo a responder pelo ensino de forma eficiente. Zanotto (2004, apud Valle 2009), entre eles o comportamento de crianças com TDA/H, de forma que, sabendo identificá-los e conhecer estratégias para lidar com eles, possibilitaria a elas acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento pessoal. Para promover um ensino de qualidade que possa abranger a todos os alunos com ou sem TDA/H, o professor deve estar bem preparado com conhecimento sobre como trabalhar e qual objetivo que queira alcançar com este ou aquele aluno. Com a criança que apresenta o TDA/H o professor deve ter em mente que ele necessita de uma estratégia diferenciada. Algumas estratégias param se trabalhar com criança com TDA/H é sugerido por Mattos ( 2004, p.105.)
Manter uma rotina constante e previsível: uma criança com TDAH requer um meio estruturado que tenha regras claramente estabelecidas e que estabeleça limites ao seu comportamento ( pois ela tem dificuldades de gerar sozinha essa estruturação e esse controle). Evite mudar de horários o tempo todo, trocar as “regras do jogo” no que diz respeito às avaliações (uma hora vale uma coisa, outra hora vale outra);
O professor deve sempre deixar claro o que é esperado dos alunos desde o primeiro dia, falando de modo bem explícito. Alguns professores acham bom colocar as regras por escrito em um cartaz no mural da sala;
O professor deve se expressar claramente, de modo conciso e de preferência, apresentar aquilo que está sendo dito também sob forma visual (slides, quadro-negro, pôsteres), em função das dificuldades de manutenção da atenção;
A criança com TDAH necessita de um nível um pouco mais alto de estimulação para funcionar melhor. Mas se o estímulo for exagerado, ela irá tornar-se superestimada, o que é ruim. Assim, embora as rotinas sejam necessárias, é interessante eventualmente introduzir novidades, deste que isso seja feito com preparo prévio (evite improvisações).
É importante conversar com a criança sobre suas dificuldades e ouvir sugestões sobre como as coisas poderiam ficar mais fáceis. Envolvê-la nos discussões faz com que as mudanças se tornem um projeto conjunto e que ela perceba as atitudes do professor de forma mais positiva;
Essas intervenções devem ser feitas de forma específicas para que, o educador tenha sucesso na sala de aula. É preciso antes de tudo estar preparado para receber este aluno e ter noção de como trabalhar com ele, pois a maior parte pode ficar numa classe comum, tornando-se, de fundamental importância, algumas adaptações na sala. O aluno que apresenta o TDA/H necessita de um trabalho diferenciado, porém não individual. Algumas adaptações são importantes como: não rotular estes alunos, trabalhar em pequenos grupos, a sala não pode ser poluída visualmente, Bonadio (2013, p.215). É necessário que o professor administre os estímulos secundários que estarão presentes em menor ou maior frequência e, consequentemente, a realização da tarefa e à aprendizagem. Ministrar atividades curtas e intercaladas que requer pouco tempo de estudo, pois criança com TDA/H não consegue ficar muito tempo parada, o elogio é muito satisfatório para essas crianças, dar responsabilidades é uma forma de incentiva-la prestar atenção, colocar o aluno sempre na frente e na fila do meio na sala de aula.
Desta maneira, deduzimos que o papel do professor não é diagnosticar, mas reconhecer os sinais do TDAH em sala de aula, investigar dentro das suas competências outras situações ou condições que podem estar desencadeando os sintomas. Deverá observar as atitudes do aluno diante das regras estabelecidas se das atividades propostas, o modo como ele aprende e se relaciona com os colegas, a maneira que se comporta diante das situações de aprendizagem. Conhecendo melhor seu aluno o professor poderá partilhar informações e solicitara outros profissionais e estratégias de intervenções educacionais e formas de apoio que possam atender as necessidades do aluno. ( DÍAZ, 2009, p. 251)
 É importante também destacar que, a escola desempenha um papel de fundamental importância no tratamento de alunos com TDA/H e no auxílio aos educadores. Ainda para Mattos ( 2004, p.109) existem escolas que possibilitam o acesso de criança com TDA/H no ensino Fundamental e essas escolas levam em conta as diferenças individuais de aprendizagem e possibilidade de adaptar o método de ensino às necessidade dessas crianças.
É importante destacar que, para estes alunos, será também necessária, a revisão do papel da avaliação, não podendo ser somente por notas e sim, por diagnósticos contínuos, visando que a aprendizagem desses alunos se desenvolve de maneira mais lenta que os demais alunos.
6 POSSÍVEIS TRATAMENTOS PARA O TDA/H
 O tratamento do TDA/H quanto mais cedo for, melhor é para as crianças que apresentam esse distúrbio, para que elas possam ter uma vida saudável, de boa qualidade e produtiva. Por isso é importante que seja diagnosticada corretamente e rápido. O tratamento do TDA/H é multidisciplinar, baseia se na intervenção com profissionais de várias áreas médicas. Luengo (2010, p.69)
Há hoje, no Brasil, uma equipe bem constituída de profissionais, como pediatras, neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e neuropsicólogos, que acreditam que esse transtorno de fato existe e precisa ser cuidado através de uma equipe multidisciplinar, pois, devidamente tratada e medicada, a criança pode ter avanços na aprendizagem e no convívio escolar. 
 Silva (2009) A psiquiatria tem a tarefa, ao mesmo tempo nobre e desafiadora, de cuidar da mente humana. Para ela as discussões sobre os conceitos de causas, doença, saúde, cura e tratamento sempre provocaram grandes confrontos de oposições que ultrapassaram os limites das ciências. 
Phelan (2005, p. 61). É importante que o tratamento dessas crianças seja feito com profissionais que tenham conhecimento sobre o TDA/H. 
É necessário que, além do tratamento com medicamento é indispensável à intervenção pedagógica. Mattos (2004, p.54) descreve que os medicamentos usados no tratamento do TDA/H permitem que algumas funções mentais sejam normalizadas. O uso do medicamento no tratamento diminui as ocorrências de problemas futuros como o uso de drogas que é uma das consequências na vida de um TDA/H.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir esta pesquisa ficou claro que o TDA/H é considerado como um transtorno neurológico, causado por uma disfunção no lobo frontal do cérebro, onde não são filtrados os estímulos. A causa pode ser genética, anormalidades cerebrais, fatores ambientais como baixo peso ao nascer, mãe fumante, uso de álcool, isso acarreta prejuízos no desenvolvimento da criança no processo educacional. Tendo em vista que esta criança necessita de estar atenta para aprender,com a dificuldade em concentração ela terá dificuldade na aquisição do processo linguístico.
Como os sintomas são apresentados na forma de desatenção, inquietação e Hiperatividade/impulsividade, cabe ao educador e os pais estarem atentos para com essas características para logo cedo elas serem diagnosticadas e serem encaminhadas para ter um acompanhamento com profissionais. Quanto aos professores: devem fazer usos das estratégias em sala de aula para que essas crianças tenham uma aprendizagem adequada. Pois ao serem diagnosticadas com TDA/H é importante o tratamento. Porém o profissional da área tem que ter muito conhecimento para poder ajudar a criança com TDA/H. O medicamento não resolve todos os problemas, ele é apenas uma das ferramentas.
É necessário que, o educador tenha consciência que este aluno precisa, tanto de estimulo, apoio, compreensão sobre tudo a atenção necessária para seu desenvolvimento e que deverá contar com o apoio de toda a equipe multidisciplinar.
REFERÊNCIAS
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