Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROFA. Dra. ELIANE CUNHA GONÇALVES OBJETIVOS FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULARES FORÇA: tensão que um músculo, ou um grupo muscular, consegue exercer contra uma resistência, num esforço máximo. capaciade de vencer resistência que se opõe ao movimento RESISTÊNCIA MUSCULAR: capacidade de um grupo muscular em realizar contrações repetidas (quer concêntricas ou excêntricas) contra uma carga ou em manter uma contração isométrica por um período de tempo prolongado. capacidade para aplicar força repetidas vezes FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR - ASPECTOS FISIOLÓGICOS Tipos de Contração Isométrica Isotônica Concêntrica Excêntrica Isocinética Aparelhos específicos PROCEDIMENTOS Respeitar os parâmetros fisiológicos para a aplicação do teste Exemplo: um teste para força explosiva (até 10 segundos) - intervalo mínimo de 2 minutos para que se possa readministrá-lo. Segurança Exemplo: aplicar o teste de 1-RM em uma pessoa que não possui experiência com este tipo de exercício, e em peso livre. PROCEDIMENTOS Organização dos testes O avaliador deve selecionar os grandes grupamentos musculares antes dos pequenos, para evitar o cansaço (fadiga) dos pequenos grupos musculares, que auxiliarão na ação motora dos grandes grupos. Exemplo: não testar força de bíceps antes de grande dorsal (Rosca direta X Puxador alto) Alternar os exercícios de empurrar com os de tracionar. Exemplo: supino com remada baixa. Alternar os exercícios de membro superior com os de membro inferior. Exemplo: leg press com supino. PROCEDIMENTOS Especificidade do teste. Exemplo: testar força máxima dinâmica de nadadores (não é o mais adequado). Organizar os testes de acordo com a exigência das qualidades físicas observando os princípios fisiológicos e neuromusculares. Exemplo: não testar resistência aeróbica antes de força explosiva. Experiência do avaliador Está relacionada com a confiança do teste. É importante na administração de um teste, que haja um avaliador experiente coordenando e supervisionando a aplicação do mesmo, e que poderá ser auxiliado por pessoas menos experientes. TIPOS DE TESTES LABORATORIAIS NÃO LABORATORIAIS TESTES LABORATORIAIS = DINAMOMETRO É um instrumento utilizado para medir a força estática e a resistência. Pode ser conectado ao computador, permitindo medidas detalhadas da força, trabalho, torque e potência gerada não somente em valores máximos, mas também em valores angulares. Apresenta confiança de r .90. Para se medir a resistência o avaliado deve resistir ao movimento por 60 segundos, registrando-se a força em kg a cada 10 segundos. A resistência relativa pode ser determinada dividindo-se a força final pela força inicial, multiplicado por 100. TESTES LABORATORIAIS = DINAMOMETRO TIPOS DE DINAMÔMETRO A1) Handgrip: - força isométrica da mão; - três tentativas, onde se registra a melhor das três; - O braço não deve mexer. TESTES LABORATORIAIS = DINAMOMETRO TIPOS DE DINAMÔMETRO A2) Dinamômetro dorsal e para membros inferiores. DINAMOMETRO = TRAÇÃO LOMBAR CLASSIFICAÇÃO HOMENS MULHERES EXCELENTE >209 >111 BOM 177 – 208 98 – 110 MEDIANO 126 – 176 52 – 97 REGULAR 91 – 125 39 – 51 BAIXO < 91 < 39 Fonte: Adaptado de Guedes & Guedes (2006) DINAMOMETRO = MANUAL Fonte: Talsania & Kozin, 1998. O dinamômetro utilizado foi o NK digits grip, a população de norte americanos e a posição foi a recomendada pela ASHT. TABELA REFERENCIA TESTES LABORATORIAIS = TENSIOMETRO Instrumento utilizado para medir a força isométrica. Pode ser utilizado em 38 grupos musculares diferentes. É utilizado um goniômetro para ajustar o cabo ao ângulo desejado. O tensiômetro produz um escore da pressão exercida no cabo durante uma contração muscular máxima. TESTES LABORATORIAIS = PLATAFORMA DE FORÇA É montada em uma base sólida contendo elementos sensitivos, colocados estrategicamente na superfície para que possa ser registrada a força em 3 planos (tridimensional). O sujeito executa um movimento ou resiste a uma força externa, resultando em uma contração muscular e os elementos sensitivos captam as variações na pressão. A força que será registrada corresponde a reações iguais ou opostas ao esforça necessário para executar um movimento. A força dinâmica transversa, vertical e frontal são amplificadas e registradas em forma de uma curva contínua com base no tempo. A plataforma não é somente utilizada para mensuração da força, como também para análise biomecânica (MONTOYE, et al., 1996). PLATAFORMA DE FORÇA TESTES LABORATORIAIS = ELETROMIOGRAFIA É um teste específico capaz de estimar: a) a excitabilidade muscular. Importante em atividades desportivas de caráter neuromuscular; b) a qualidade da contração muscular estimada pelo potencial muscular recrutado; c) a velocidade de influxo nervoso dentro de nervos motores ou sensitivos. O teste de eletromiografia também pode ser executado durante o exercício, através de telemetria e pode ser correlacionado com a fadiga e o sobretreinamento. A vantagem da eletromiografia está no fato de se poder interpretar aqueles grupos de músculos humanos cujo valor de tensão não pode ser determinado diretamente (DAL MONTE & DRAGAN, citados por MONTOYE, et al., 1996). ELETROMIOGRAFIA TESTES LABORATORIAIS = ULTRA SOM IKAI e FUKUNAGA preconizaram um estudo no qual o braço é estendido e mergulhado num tanque de água sendo a parte superior do mesmo envolvida por um transmissor de ultra-som, Os impulsos refletidos são registrados sobre um oscilógrafo. Uma vez que as ondas de ultra-som são refletidas de maneiras diferentes pelos diversos tecidos, (pele, tecido adiposo, músculos e ossos), será possível apresentar, desta maneira, um quadro do corte transversal dos membros. (HOLLMANN & HETTINGER, 1983). TESTES NÃO LABORATORIAIS PERIMETRIA Segundo HOLLMANN & HETTINGER (1983), a perimetria tem uma correlação elevada com o ganho de força para praticantes de esportes de alto rendimento que priorizam esta qualidade física (r = .93). Exemplo: halterofilistas. Nos desportistas em geral, esta correlação é de r = .80. Já em pessoas não praticantes de esporte, tem pouca ou nenhuma correlação com a força. TESTES NÃO LABORATORIAIS As medidas circunferenciais são as seguintes: Ombro Tórax Abdominal Cintura Glútea Coxas Panturrilhas Tornozelos Braços Antebraços Punhos (POLLOCK & WILMORE, 1993) TESTES NÃO LABORATORIAIS Ainda, quando da realização de uma perimetria, deve-se observar os seguintes fatores: a) a posição de colocação do instrumento é fundamental para a validação e confiança do teste: uniformidade do alinhamento da fita; colocação da fita sobre a pele nua; não colocar o dedo entre a pele e a fita. b) a tensão aplicada à musculatura - não comprimir o tecido sub-cutâneo c) é afetada pela massa magra, massa gorda e tamanho do osso. ASPECTOS INTERVENIENTES NA AVALIAÇÃO DA FORÇA Especificidade Tipo de contração muscular (estática ou dinâmica) Velocidade da contração muscular (lenta ou rápida) Ângulo da articulação testada Familiarização com os procedimentos Motivação ACSM (2000). Guidelines for exercise testing and prescription. Lippincott Wiliams & Wilkins. MODALIDADES DE TESTE DE FORÇA 1RM Maior carga que um indivíduopode levantar uma única vez de modo apropriado Variações: 4RM, 6RM, 10RM etc. ACSM (2000). Guidelines for exercise testing and prescription. Lippincott Wiliams & Wilkins PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE FORÇA Aquecimento leve - (5-10 rep. / 40-60% máximo percebido); Seguindo 1 minuto de descanso com alongamento, realiza-se 3 a 5 rep. de 60 a 80% do máximo percebido; Pouca quantidade de peso é adicionada, e 1-RM é tentada. Deve-se definir a 1-RM em 3 a 5 tentativas; O processo continua até uma tentativa falhar; 1-RM é registrada como o peso da última tentativa completada com sucesso. ACSM (2000). Guidelines for exercise testing and prescription. Lippincott Wiliams & Wilkins. Teste de predição de 1-10 RM (BAECHLER, 1992) Repetições completadas Fator de repetição 1 1.00 2 1.07 3 1.10 4 1.13 5 1.16 6 1.20 7 1.23 8 1.27 9 1.32 10 1.36 TESTES SUBMÁXIMOS Dificuldade em 1 RM Tempo Risco Contra-indicações Teste de repetição por fadiga Resistência muscular absoluta Carga fixa ou número fixo de repetições Resistência muscular relativa TESTE DE CARGA POR REPETIÇÃO Objetivo: Determinar o peso de treino em função do número de repetições e objetivos estabelecidos. Descrição: • Estipular o nº de reps objetivadas no exercício; • Selecionar o peso “feeling” adequado; • Orientarmos o aluno a executar o nº de reps previstas; Avaliação: a) facilidade na execução = peso insuficiente b) execução não concluída = peso excedente c) dificuldade na execução = peso ideal d) o aluno será novamente testado nos casos a e b. T.P.R. TESTE DE PESO POR REPETIÇÃO Objetivo Determinar o maior peso que o aluno consegue levantar em função do número de repetições previamente determinadas de acordo com os objetivos estabelecidos. Descrição Estipular o número de repetições objetivadas no exercício, de acordo com os objetivos traçados. Selecionar o peso que julgamos ("feeling") adequado para que o aluno realize no exercício o número de repetições desejadas. Orientarmos o aluno a executar o número de repetições previstas no exercício. T.P.R. TESTE DE PESO POR REPETIÇÃO Avaliação: a) Se o aluno realizou as repetições previstas mantendo a eficiência mecânica do gesto motor, com um certo grau de esforço, provavelmente este peso é o ideal para o número de repetições desejadas. b) Se o aluno apresentou facilidade na execução das repetições estabelecidas, o peso provavelmente é insuficiente para o número de repetições desejadas. c) Se o aluno não conseguir completar com sucesso as repetições objetivadas, provavelmente o peso excede a sua condição para realizar o número de repetições desejadas. d) O aluno será novamente testado nos casos b e c, com pesos maiores ou menores, respectivamente, até que se chegue a um calor ideal para o mesmo, em função do número de repetições estipuladas. T.P.R. TESTE DE PESO POR REPETIÇÃO Local: Sala de musculação. Equipamento: Módulos ou aparelhos de musculação. Pontuação: É o próprio valor do peso ideal para o número de repetições desejadas. T.P.R. TESTE DE PESO POR REPETIÇÃO Maior o peso que consegue suportar nas repetições desejadas. objetivo desenvolver R.M.L. repetições desejadas em torno de 30 peso x quilos T.P.R. TESTE DE PESO POR REPETIÇÃO Prescrevemos número de repetições; Escolhemos o peso adequado; Fazer as repetições; Avaliamos o resultado. Mais de uma sessão de aplicação; Pode ser aplicado em reabilitação; Quando há pouco peso para TESTE DE PESO MÁX.; Adaptação e base para TESTE DE PESO POR REP.; OBS.: Cuidar COLUNA VERTEBRAL Posição do corpo/equipamento; Empunhadura/pegada; Posição das articulações T.P.R. TESTE DE PESO POR REPETIÇÃO É normalmente utilizado na fase inicial dos programas de musculação. O peso utilizado no programa de adaptação serve como um referencial para a realização do teste de peso por repetição Pode ser aplicado para iniciantes adolescentes e sedentários. O teste poderá ser interrompido pelo professor, caso este perceba logo ao início do teste, que o aluno realiza as repetições com extrema facilidade ou dificuldade. Permitindo então um intervalo de 5 minutos, ou passando para outros exercícios que envolvam grupos musculares diferentes e retomando em seguida, àquele exercício, acrescenta ou diminui respectivamente o peso, pedindo ao aluno que reinicie o teste. TESTE DE 12 a 15 – RM BAECHLE, 1992 Baechle propõe um teste de peso para 12 a 15 repetições, onde o peso de trabalho será determinado em função do peso corporal multiplicado por uma constante, de acordo com cada exercício específico. Aquecimento supino P.C x .20 = peso de aquecimento. Peso de trabalho supino P.C. x .35 = peso de trabalho (de 12 a 15 RM) Se o aluno não conseguir realizar o número de repetições previstas, o peso será ajustado de acordo com a seguinte tabela TESTE DE 12 a 15 – RM BAECHLE, 1992 Repetições completadas Ajuste de peso < 7 -7 8 - 9 - 5 10 - 11 - 2 12 - 15 0 16 - 17 + 2 18 – 19 > 20 + 5 + 7 RML BASEADA EM CARGA % PC Homens mulheres repetições Rosca direta 33 25 Supino reto 66 50 Pulley 66 50 Tríceps 33 33 Extensão perna 50 50 Flexão perna 33 33 CLASSIFICAÇÃO Classificação Soma dos 6 exercícios Excelente 76 – 90 Muito boa 62 – 75 Boa 48 – 61 Razoável 34 – 47 Fraca 20 – 33 Muito fraca < 20 OUTRAS FORMAS Aquecimento prévio da técnica selecionada; Escolha do peso que permita de 1-15 repetições; Registrar um número de Avaliação e o peso levantado; Aplicar a fórmula. Fleck & Kraemer. Designing Resistance Training Programs. Human Kinetics, USA, 2004. FÓRMULA 100% CARGA = Peso levantado x 100 102,78 – (2,78 x reps) QUESTIONÁRIO escala (OMNI-RES) RESISTENCIA MUSCULAR RESISTÊNCIA MUSCULAR EM CALISTENIA Abdominais Flexão completa 1 min Reprodutibilidade 0,77 – 0,94 Flexão parcial Reprodutibilidade 0,86 – 092 Validade 0,33 – 0,50 Flexão extensão dos braços Reprodutibilidade r=0,93 TESTE ABDOMINAL = FLEXÃO TOTAL TESTE ABDOMINAL = FLEXÃO PARCIAL TESTE DE FLEXÃO DOS BRAÇOS (APOIO) Conforme Pollock e Wilmore (1993), este é um teste de RML. Se inicia com os braços totalmente estendidos. Depois flexioná- los lentamente, até que o tórax toque o chão, mantendo as costas retas. Elevar o corpo para cima e voltar à posição de braços estendidos. Para os indivíduos do sexo feminino, os joelhos poderão tocar o solo. http://www.royalmarinesbands.co.uk/actionmusic/images/burpee.gif TABELAS DE REFERÊNCIA PARA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DAS QUALIDADES FÍSICAS Testes Abdominais – Homens Número de repetições em 60 Seg. Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15-19 48 42-47 38-41 33-37 32 20-29 43 37-42 33-36 29-32 28 30-39 36 31-35 27-30 22-26 21 40-49 31 26-30 22-25 17-21 16 50-59 26 22-25 18-21 13-17 12 60-69 23 11-22 12-16 07-11 06 Fonte: Pollock, M.L.; Wilmore, J.H., Exercícios na Saúde e na Doença, 2a ed., MEDSI, RJ, 1993 TABELAS DE REFERÊNCIA PARA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DAS QUALIDADES FÍSICAS Fonte: Pollock, M.L.; Wilmore, J.H., Exercícios na Saúde e na Doença, 2a ed., MEDSI, RJ, 1993 Testes p/ Flexão dos Braços – Homens Número de repetições até a exaustão Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15-19 39 29-38 23-28 18-22 17 20-29 36 29-35 22-28 17-21 16 30-39 30 22-29 17-21 12-18 11 40-49 22 17-21 13-16 10-12 09 50-59 21 13-20 10-12 07-09 08 60-69 18 11-17 08-10 05-07 04 TABELAS DE REFERÊNCIA PARA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DAS QUALIDADES FÍSICAS Fonte: Pollock, M.L.; Wilmore, J.H., Exercícios na Saúde e na Doença, 2a ed., MEDSI, RJ, 1993 Testes Abdominais – Mulheres Número de repetições em 60 Seg. Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15-19 42 36-41 32-35 27-31 26 20-29 36 31-35 25-30 21-24 20 30-39 29 24-28 20-23 15-19 14 40-49 25 20-24 15-19 07-14 06 50-59 19 12-18 05-11 03-04 02 60-69 16 12-15 04-11 02-03 01 TABELAS DE REFERÊNCIA PARA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DAS QUALIDADES FÍSICAS Fonte: Pollock, M.L.; Wilmore, J.H., Exercícios na Saúde e na Doença, 2a ed., MEDSI, RJ, 1993 Testes p/ Flexão dos Braços – Mulheres Número de repetições até a exaustão Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15-19 33 25-32 18-24 12-17 11 20-29 30 21-29 15-20 10-14 09 30-39 27 20-26 13-19 08-12 07 40-49 24 15-23 11-14 05-10 04 50-59 21 11-20 07-10 02-06 01 60-69 17 12-16 05-11 01-04 01 P ro g re ss o Tempo Força Esteróides Hipertrofia Neural ADAPTAÇÃO NEURAL E MUSCULAR AO TREINAMENTO DE FORÇA DERMATOGLIFIA – Estuda os padrões existentes nas extremidades distais das faces ventrais dos quirodáctilos (ponta dos dedos) Exemplos de tipos de impressões digitais www.youtube.com/watch?v=JS_1M4zUa50 www.youtube.com/watch?v=6-LT80sPERY
Compartilhar