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Medidas e Avaliação - Avaliação funcional

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Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
DISCIPLINA DE MEDIDAS & AVALIAÇÕES – Avaliação Funcional 
1.0 FLEXIBILIDADE 
A flexibilidade pode ser definida como a capacidade de movimentar um segmento corporal sem ênfase na velocidade, levando uma articulação ou combinação funcional de articulações à máxima amplitude de movimentação (Farinatti & Monteiro, 2000). Podendo ser caracterizada como a amplitude máxima fisiológica passiva de um dado movimento articular. 
1.1 Fatores limitantes da flexibilidade 
Níveis específicos de flexibilidade resultam da complacência ou da propriedade de mobilidade das articulações. Portanto, envolve a participação simultânea da elasticidade dos músculos esqueléticos, da plasticidade dos ligamentos e tendões e em menor proporção, da maleabilidade da pele (Guedes & Guedes, 2006). Informações disponíveis na literatura sugerem contribuição relativa dos tecidos moles na limitação dos movimentos articulares: 
Cápsula articular: 47% 
Músculos esqueléticos e seus envoltórios: 41% 
Tendões e ligamentos: 10% 
Pele: 10% 
1.2 Métodos de avaliação da flexibilidade 
No mercado e na literatura, temos diferentes testes e formas para avaliar a flexibilidade, por exemplo, modelos lineares: distância em cm ou polegadas (banco de wells), angulares: resultados em graus (goniometria) e adimensionais que nos fornecem os resultados por meio de pontos, como o Flexiteste (para este último modelo verificar o artigo 1e 2 da unidade II: Avaliação da flexibilidade valores normativos do flexiteste dos 5 aos 91 anos de idade e Flexiteste proposição de cinco índices de variabilidade da mobilidade articular). 
Teste sentar e alcançar – Banco de Wells 
O avaliado deve estar descalço, irá sentar-se de frente para a base da caixa, com os joelhos unidos e estendidos. Colocar as mãos uma sobre a outra e elevar os braços à vertical. Inclinar o corpo para frente (flexão de coluna) e com as pontas dos 
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
dedos tentará alcançar a máxima distância sobre a régua graduada do banco, sem flexionar os joelhos ou utilizar movimentos de balanço. Realizar três tentativas e permanecer pelo menos dois segundos na posição alcança, o avaliador ao lado do avaliado mantendo os joelhos do mesmo estendidos (Figura 1). O resultado é medido a partir da maior distância alcançada na escala com as pontas dos dedos. 
Figura 1. Visão geral do teste sentar e alcançar (Banco de Wells). 
Tabela 1. Valores de referências para o sexo feminino no teste banco de Wells. 
Idade Fraco Regular Médio Bom Ótimo <20 < 24.5 25 - 30.5 31 - 35 36 – 39.5 > 40 20-29 < 25 25 - 30.5 31 - 34 35 - 38 > 39 30-39 < 24 25 – 28.5 29 – 33.5 34 – 38.5 > 39 
40-49 < 22.5 22.5 – 28.5 
29 – 32.5 33 – 37.5 > 38 
50-59 < 21.5 22 – 27.5 28 – 32.5 33 – 37.5 > 38 
>59 < 21.5 22 – 26.5 26.5 – 31.5 31.5 - 32.5 
> 33
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Tabela 2. Valores de referências para o sexo masculino no teste banco de Wells. 
Idade Fraco Regular Médio Bom Ótimo <20 < 24 24.5 - 29 20 - 34 34.5 – 39 > 39.5 20-29 < 23.5 24 - 28.5 28.5 – 32.5 33 - 37 > 37.5 30-39 < 21.5 22 – 27 27 – 31 31 – 36.5 > 37 
40-49 < 18.5 19 – 23.5 24 – 29 29.9 – 34.5 
> 35 
50-59 < 17 17.5 – 21.5 
22 – 27.4 28 – 33 > 33.5 
>59 < 15.5 16 – 21 21 – 26 26.5- 31 > 31.5 
Goniometria 
Para obter as medidas angulares associadas à flexibilidade pode-se recorrer aos chamados procedimentos diretos e indiretos. Nos meios diretos, é registrado o ângulo formado pelos segmentos ósseos envolvidos no movimento usando radiografia ou ressonância magnética. Por outro lado, os procedimentos indiretos determina o ângulo de deslocamento observado no movimento de amplitude articular usando equipamentos de fácil manuseio como goniômetros e fleximetros (Guedes & Guedes, 2006). 
Para obter medidas angulares com o goniômetro, as hastes do goniômetro devem estar alinhadas com os segmentos proximais e distais da articulação que está sendo medida. A haste fixa é ajustada ao segmento que não irá se mover e a haste móvel acompanha o segmento corporal que irá mover-se- Para orientar o alinhamento das hastes é recomendado utilizar as referências anatômicas com relação à estrutura óssea demarcadas com lápis dermográficos. O eixo do goniômetro deve coincidir com o local aproximado do centro da articulação. Com o equipamento ajustado e explicação prévia, pede-se ao avaliado para realizar o movimento articular até o limite máximo (Figura 2). Após o teste, podemos comparar o escore obtido com os valores de referências para homens e mulheres numa tabela específica. 
Figura 2. Visão geral do uso da goniometria para avaliação da fleixibilidade na articulação do quadril.
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Tabela 3. Valores de referências dos movimentos articulares para homens e mulheres (Adaptado de Guedes & Gudes, 2006).
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
2.0 POTÊNCIA ANAERÓBIA 
Com relação à potência anaeróbia, podemos dizer que é o trabalho muscular realizado por unidade de tempo, enquanto a quantidade total de trabalho muscular realizado nos testes de esforço físico é denominado capacidade anaeróbia. 
Métodos de avaliação da potência anaeróbia 
Testes de degraus – Margaria 
Teste que oferece informações por meio da potência produzida pelo avaliado ao subir degraus de uma escada em velocidade máxima. Utilizar um lance de escadas de pelo menos doze degraus. O ponto de partida ficará à 6 m antes do primeiro degrau e o avaliador deverá assinalar o terceiro, o sexto e o nono degrau. O avaliado será instruído a percorrer a distância o mais rápido possível partindo dos 6 
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
m antes do primeiro degrau percorrendo os nove degraus, três deles por vez, ou seja pisando nos degraus marcados (i.e. 3º, 6º e 9º) (Figura 3). Registra-se o tempo, mas é necessário um cronômetro com definição em milésimos. 
Figura 3. Visão geral do teste Margaria. Adaptado de Guedes & Guedes, 2006. 
Para o cálculo utiliza-se a seguinte expressão: 
P An (kgm/s) = (peso corporal x distância x 9.8) / tempo 
P An: potência anaeróbia em kgm/s 
Distância: distância vertical percorrida pelo avaliado expressa em metros 9.8: refere-se à aceleração da gravida (i.e. 9.8m/s) 
Tempo: tempo que o avaliado percorreu do 3º ao 9º degraus 
Um avaliado, peso corporal 82 kg , que percorreu do 3º ao 9º degraus em 0.741s e distância vertical 2.2 m, qual será a sua potência anaeróbia? 
P An (kgm/s) = (82 x 2.2 x 9.8) / 0.741 
P An (kgm/s) = 2.385 kgm/s
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Outro teste de laboratório muito utilizado para avaliar a potência anaeróbia é conhecido como Teste Wingate que é realizado no cicloergômetro de frenagem mecânica ou eletromagnética adaptado com dispositivo eletrônico para contagem de rotações dos pedais. Ler o artigo 3 da unidade II (Desempenho da potência anaeróbia em atletas de elite do mountain bike submetidos à suplementação aguda de creatina). 
4.0 AGILIDADE 
Ao se definir agilidade como a capacidade de mudar a posição do corpo no espaço, do ponto de vista de desempenho motor e em razão de o repertório de possíveis mudanças de posição do corpo no espaço ser extremamente grande, são encontradas enormes dificuldades para padronizar tarefas motoras que possam oferecer algum indicador dessa variável. Dessa maneira, os especialistas na área a definem como a capacidade de o avaliado mudar a direção do corpo movendo-se de um ponto a outro o mais rápido possível (Guedes & Guedes, 2006). 
Métodos de avaliação da agilidade 
“Shutllerun” (corrida de ir e vir) 
Esse teste consiste na avaliação da agilidade neuro-motora e da velocidade. Para tal, serão usado 02 (dois) blocos de madeira (5cm x 5cm x 10cm): 01 (um) cronômetro e espaço livre de obstáculos. 
Ante do início do teste, 0(a) avaliado(a) coloca-se em afastamento ântero-posterior das pernas, com o pé anterior o mais próximo possível da linha de saída. O início do teste é por meio da voz de comando do avaliado: "Prepara!.... Vai!" o(a) avaliador (a) inicia o teste com o acionamento concomitante do cronômetro. O(a) avaliado(a) em ação simultânea, corre à máxima velocidade até os blocos dispostos equidistantes da linha de saída à 9,14m (nove metros e quatorze centímetros) de distância. Chegando ao bloco, pega um deles e retorna ao ponto de partida, depositando esse bloco atrás da linha. Em seguida, sem interromper a corrida, vai à busca do segundo bloco, procedendo da mesma forma. Ao pegar ou deixar o bloco, o(a) candidato(a) terá que cumprir uma regra básica do teste, ou seja, transpor pelo menos um dos pés as linhas que limitam o espaço demarcado. O bloco não deve ser jogado, mas sim, colocado ao solo. O cronômetro é travado quando o(a) candidato(a) coloca o último bloco no solo e ultrapassa com pelo menos um dos pés a linha final (Figura 4). Para interpretar o escore existem tabelas de valores de referências em segundos para o masculino e feminino.
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Figura 4. Visão geral do teste de agilidade " Shuttle Run". 
5.0 FORÇA MUSCULAR 
A força muscular pode ser definida como a máxima força (tensão) exercida por um músculo ou grupo muscular em uma velocidade determinada. A medida e avaliação da força tem aplicação no monitoramento da melhora durante um programa que tenha como intuito o aumento da força muscular do avaliado. Levando-se em consideração que os programas de treinamento de força são utilizados por indivíduos de todas as idades e diferentes níveis de aptidão física, a avaliação correta da força muscular é uma necessidade (Robergs & Roberts, 2006). 
Métodos de avaliação da força muscular 
Força isométrica (Dinamometria) 
Um dinamômetro é o equipamento utilizado para a mediar a força isométrica (i.e. estática). Eles geralmente têm uma alavanca ajustável para que se adaptem aos diferentes tamanhos. Dessa maneira, existem dinamômetros de diferentes tamanhos para avaliar a pressão manual, a musculatura dorsal e dos membros inferiores (Figura 5). Lembre-se de verificar se os ponteiros do dinamômetro se encontram no ponto zero da escala de medida. É importante ressaltar, que hoje temos dinamômetros isocinéticos, que permite a análise de um movimento dinâmico com velocidade controlado em graus/segundo (Artigo 4 - Avaliação isocinética dos joelhos de atletas).
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Figura 5. Dinamômetros para avaliação da força muscular estática. 
Teste de pressão manual 
Dependendo do dinamômetro utilizado o avaliado se posicionará sentado ou em pé. Para a realização do teste em pé, o indivíduo permanecerá com afastamento lateral das pernas e os braços no prolongamento do corpo. Punho e antebraço em pronação, segurando o dinamômetro confortavelmente e com a escala de medida de frente para o avaliador. 
No teste sentado, o avaliado realizará o teste em uma cadeira, de preferência com apoio para o antebraço. Cotovelo flexionado a 90°, antebraço em posição neutra, punho entre 0° e 30º graus extensão (figura 6B). 
Em ambos os casos, a barra móvel do dinamômetro deve ser ajustada ao tamanho da mão do avaliado para que fique apoiada à altura da segunda falange dos quatro últimos dedos e a barra de apoio próxima às cabeças dos quatro últimos metacarpos. Nessas posições, solicitar ao avaliado que realize a maior tensão possível. Durante a execução da pressão não será permitido nenhum movimento das articulações adjacentes e também evitar a ação do polegar na pressão manual. O avaliado irá realizar três tentativas máximas de forma alternada, podendo ser avaliado ambos os membros quando for importante. Cada tentativa pode ser realizada com um intervalo mínimo de 30 segundos.
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Tração lombar 
Nesse teste o avaliado posiciona-se em pé sobre a plataforma do dinamômetro, com os joelhos completamente estendidos, tronco flexionado à frente formando um ângulo aproximado de 120º (e.g. ângulo do tronco e membros inferiores). A cabeça deve acompanhar o prolongamento do tronco com olhar fixo à frente. O cabo do dinamômetro deve ser ajustado de modo que o avaliado o segure com ambos os cotovelos estendidos e com a barra um pouco acima da articulação do joelho. A empunhadura é mista, sendo uma das mãos com empunhadura palmar e a outra dorsal (Figura 6A). 
Para a avaliação e interpretação do testes recorre-se à uma tabela com os indicadores de força estática para homens e mulheres em diferentes teste com a técnica de dinamometria. 
Figura 6. Visão geral dos testes com dinamometria. A- Tração lombar e B- Pressão manual sentado. 
Teste de força dinâmica máxima (1 RM) 
A força muscular também poder ser avaliada de maneira dinâmica com pesos livres ou aparelhos de musculação. Um dos testes mais conhecidos para tal avaliação é o teste de uma repetição máxima (1 RM), que consiste na quantidade máxima de 
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
peso em quilogramas que o avaliado consegue levantar em um ciclo completo do movimento ou uma repetição máxima. Além de avaliarmos a força muscular, podemos prescrever modelos de treinamento com cargas relativas ao 1 RM (ver artigo 5 da unidade II - Percentuais de 1RM e alometria na prescrição de exercícios resistidos). 
Outra coisa importante desse teste é lembrar do efeito de aprendizagem e da figura 1 da unidade I. Leva-se um tempo (e.g. três testes) para o valor de força estabilizar e precisamos realizar mais de um teste com intervalos de 72 horas para aferirmos a força muscular de maneira confiável. 
Os procedimentos à seguir podem ser adotados para qualquer teste de 1 RM que envolva pesos livres ou aparelhos: 
Aquecimento geral: cinco minutos em bicicleta ergométrica e/ou esteira em uma velocidade confortável para o avaliado entre 20-25km/h na bicicleta e 6-8km/h na esteira. Não é recomendado o uso de alongamento antes do teste. 
Aquecimento específico: o avaliado irá realizar uma série com 8 repetições com 50% da carga máxima estimada na familiarização ou no teste anterior. Após essa série, será dado um intervalo de 2 minutos e o avaliado irá realizar uma segunda série com 3 repetições 70% da carga máxima entre a segunda série e a primeira tentativa, seá dado um intervalo de 3 minutos. 
Número de tentativas: no máximo cinco tentativas e com intervalos entre 3-5 minutos a cada tentativa, não existe regra fixa para o aumento de carga entre uma tentativa e outra, o peso será aumentado de acordo com o feedback do avaliado. O valor de 1 RM será a máxima quantidade de peso levantada em uma das cinco tentativas. 
É fundamental para realizar esse teste a presença de dois avaliadores. Abaixo, nas tabelas 4 e 5, com o peso levantado em kg no teste dividido pelo peso corporal do indivíduo (e.g. 1RM/peso corporal) podemos classificar o nível de força do avaliado nos testes realizados nos exercícios supino horizontal com barra e leg-press. 
 
Tabela 4. Índices de força máxima dinâmica em adultos baseado na relação 1RM e peso corporal ( 1RM kg / peso corporal kg) no exercício supino horizontal com barra. 
Idade (anos) 
Mulheres
	Classificação 
	20-29 
	30-39 
	40-49 
	50-59 
	>60
	Excelente 
	>0.78 
	>0.66 
	>0.61 
	>0.54 
	> 0.55
	Bom 
	0.72 – 0.71 
	0.62 – 0.65 
	0.57 – 0.60 
	0.51 – 0.53 
	0.51 – 0.54
	Mediano 
	0.59 –0.71 
	0.53 – 0.61 
	0.48 – 0.56 
	0.43 – 0.50 
	0.41 – 0.50
	Regular 
	0.53 – 0.58 
	0.49 – 0.52 
	0.44 – 0.47 
	0.40 – 0.42 
	0.37 – 0.40
	Baixo 
	< 0.52 
	< 0.48 
	< 0.43 
	< 0.39 
	< 0.36
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Idade (anos) 
	Homens
	Classificação 
	20-29 
	30-39 
	40-49 
	50-59 
	>60
	Excelente 
	> 1.26 
	> 1.08 
	> 0.97 
	>0.86 
	> 0. 0.78
	Bom 
	1.17 – 1.25 
	1.01 – 1.07 
	0.91 – 0.96 
	0.81- 0.85 
	0.74 – 0.77
	Mediano 
	0.97 – 1.16 
	0.86 - 1.00 
	0.78 – 0.90 
	0.70 – 0.80 
	0.64 – 0.73
	Regular 
	0.88 – 0.96 
	0.79 – 0.85 
	0.72 – 0.77 
	0.65 – 0.69 
	0.60 – 0.63
	Regular 
	< 0.87 
	< 0.78 
	< 0.71 
	< 0.64 
	< 0.59
Tabela 5. Índices de força máxima dinâmica em adultos baseado na relação 1RM e peso corporal ( 1RM kg / peso corporal kg) no exercício leg-press horizontal. 
Idade (anos) 
Mulheres 
	Classificação 
	20-29 
	30-39 
	40-49 
	50-59 
	>60
	Excelente 
	> 1.63 
	> 1.42 
	> 1.32 
	> 1.26 
	> 1.15
	Bom 
	1.54 – 1.62 
	1.35 – 1.41 
	1.26 - 1.31 
	1.13 – 1.25 
	1.08 – 1.14
	Mediano 
	1.35 – 1.53 
	1.20 – 1.34 
	1.12 – 1.25 
	0.99 – 1.12 
	0.92 – 1.07
	Regular 
	1.26 – 1.34 
	1.13 – 1.19 
	1.06 – 1.11 
	0.86 – 0.98 
	0.85 – 0.91
	Baixo 
	< 1.25 
	< 1.12 
	< 1.05 
	< 0.85 
	< 0.84
	Idade (anos)
	Homens
	Classificação 
	20-29 
	30-39 
	40-49 
	50-59 
	>60
	Excelente 
	> 2.08 
	> 1.88 
	> 1.76 
	>0.1.66 
	> 1.56
	Bom 
	2.00 – 2.07 
	1.80 – 1.87 
	1.70 – 1.75 
	1.60- 1.65 
	1.50 – 1.55
	Mediano 
	1.83 – 1.99 
	1.63 - 1.79 
	1.56 – 1.69 
	1.46 – 1.59 
	1.37 – 1.49
	Regular 
	1.65 – 1.82 
	1.55 – 1.62 
	1.50 – 1.55 
	1.40 – 1.45 
	1.31 – 1.36
	Regular 
	< 1.64 
	< 1.54 
	< 1.49 
	< 1.39 
	< 1.30
6.0 POTÊNCIA E RESISTÊNCIA AERÓBIA 
Tradicionalmente o teste utilizado para a medida da resistência aeróbia é conhecido como teste de VO2máx. Em um teste de VO2máx iremos avaliar o consumo máximo de oxigênio ou o VO2máx. O VO2máx é a medida mais exata que dispomos para avaliarmos a potência aeróbia de um indivíduo ao realizar uma atividade física. E também é muito utilizado no processo de reabilitação cardíaca. Podemos defini-lo como a quantidade de oxigênio que um indivíduo consegue extrair do ar ao nível dos alvéolos e transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular em uma unidade de tempo. E importante ressaltar que o consumo de oxigênio pode variar de acordo com idade o sexo do avaliado, a composição corporal, a hereditariedade, a especificidade e o nível de treinamento. 
Para a determinação do VO2máx pode-se utilizar o método direto, por meio da ergoespirometria. Com medidas da ventilação pulmonar por fluxômetro e considerando as porcentagens constantes de oxigênio e dióxido de carbono 
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
inspirados, as diferenças entre as medidas obtidas no ar expirado e no ar inspirado possibilitam estabelecer informações sobre a quantidade de oxigênio e de dióxido de carbono produzida (i.e. troca gasosa) (Guedes & Guedes, 2006). O VO2máx será identificado quando em função do aumento da carga ocorrer um platô no consumo de oxigênio no gráfico de análise. Nesse momento, é considerado o limite fisiológico associado ao sistema de fornecimento de energia aeróbia. 
Além do platô, podemos considerar outros fatores para interrupção do teste: a) razão de troca respiratória maior que 1:1; 
b) frequência cardíaca máxima próxima ou acima da prevista para a idade; c) lactato sanguíneo acima de 8mmol; 
d) aumento no consumo de oxigênio menor que 2 mL/kg/min para aumentos de intensidade da carga entre 5 e 10%. 
Testes de campo para diferentes níveis de condicionamento físico 
Caminhada/ Corrida de 12 minutos – Cooper 
Esse teste pode ser realizado para avaliados de ambos os sexo com idades entre 10-74 anos de idade. Essa nova versão do teste de Cooper o avaliado pode percorrer a distância correndo e/ou andando a maior distância possível em 12 min. Baseado na distância percorrida em km, estima-se o VO2máx por meio da expressão: 
VO2máx. Ml/kg/min = (22.351 x distância (km)) -11.288 
No caso de um avaliado percorrer a distância de 2030m (2.03km) em 12 minutos: =VO2máx. Ml/kg/min = (22.351 x distância (km)) -11.288 
=VO2máx. Ml/kg/min = (22.351 x 2.03) -11.288 
=VO2máx. Ml/kg/min = (22.351 x distância (km)) -11.288 
=VO2máx. Ml/kg/min = 45.372 -11.288 
= VO2máx. Ml/kg/min = 34.084
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Para a classificação do nível de VO2máx precisamos recorrer à uma tabela de classificação de acordo com o sexo, a idade e o VO2máx alcançado no teste (Tabela 6) 
No artigo 6 (Correlação entre as medidas direta e indireta do VO2máx em atletas de futsal) é apresentado outro teste de campo e a sua comparação com a medida direta do VO2máx. 
Tabela 6. Valores de referências do VO2máx para homens e mulheres. 
7.0 EQUILIBRIO 
É a habilidade que permite o indivíduo manter o sistema músculo esquelético em uma posição estática eficaz e controlar uma postura eficiente, quando em movimento. 
Os principais fatores que influenciam são: 
- tônus muscular 
- funcionamento das estruturas do ouvido interno (canais semi-circulares) - percepção visual 
- sistema nervoso central 
O equilíbrio divide-se em equilíbrio dinâmico e estático:
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F 
Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Estático: dizemos que o equilíbrio é estático quando o indivíduo consegue manter o sistema músculo esquelético em uma posição eficaz. 
Dinâmico: dizemos que o equilíbrio é dinâmico quando o indivíduo consegue manter em movimento, uma postura eficiente. 
Métodos de avaliação em equilíbrio 
Posição flamingo 
Teste associado ao equilíbrio com manutenção em um único pé sobre uma trave com dimensões reduzidas. Os equipamentos utilizados são cronômetro com característica de não-regressão automática ao ponto zero, para que seja possível acioná-lo, travá-lo e acioná-lo novamente para registros de tempos consecutivos, trave de aço ou madeira com dimensões de 50 cm de comprimento, 3 cm de largura 4 cm distante do solo, precisa ser revestida com material antiderrapante. 
O avaliado irá se apoiar sobre um dos pés no eixo longitudinal da trave, com o joelho da perna livre flexionado, o pé mantido à altura dos glúteos com o auxílio da mão do mesmo lado, procurando imitar a posição de um flamingo ( Figura 7). Nessa posição, ele tentará manter o equilíbrio por 60 segundos, antes do início do teste o avaliador ajudará na manutenção da posição. Quando o avaliado abandonar o apoio começa o registo do tempo no cronômetro, que deverá ser travado e adicionado uma penalidade a cada perda de equilíbrio do avaliado, sempre repetindo o procedimento até completar 60 segundos. O valor do testo será dado por meio do número de penalidades durante o período. No caso de três penalidade, o escore do teste é três e baseado na idade e no gênero em uma tabela para faixa etária entre 12-17 anos, podemos fazer a interpretação.
Adriana Lucia Pastore e Silva 
Fisioterapeuta – Crefito 3/51683-F Disciplina de Medidas e Avaliações - UNIP 
Figura 7. Teste de equilíbrio na posição flamingo. Adaptado de Guedes & Guedes, 2006. 
Outro teste importante para a avaliação do equilíbrio é usado por meio da escala de Berg, que pode ser usada para idosos, que são muito acometidos pela falta de equilíbrio. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FARINATTI, P. T. V., MONTEIRO, W. D. Fisiologia e Avaliação Funcional. Rio de janeiro. Editora Sprint, 2000. 
Guedes, D.P. & Guedes, J.E.R.P. Manual prático para avaliação em Educação Física. Editora Manole, 2006. 
Robergs, R.A. & Roberts, S.O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício para aptidão, desempenho e saúde. Editora phorte, 2004.

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