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O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE PARASITOSES (Trícuriase)

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O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE PARASITOSES
Andresa V. P. de Moraes¹, Camila Cristina Pereira da Silva¹, Eduardo Junio Tadeu Silva¹, Heloisa Fernandes Pereira¹, Lucas Aparecido Garcia¹ e Jivanildo de Almeida Santos¹
1.Graduantes do curso de Farmácia, Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo,SP
Resumo
Conhecido também como “Verme Chicote” o parasita Trichuris trichiura é o agente causador da Tricuríase, infecção que se localiza no intestino grosso, e em casos mais graves, desde o íleo até o reto. Mais prevalente em ambientes de clima quente e úmido é uma parasitose muito comum em países subdesenvolvidos, bastante frequente em áreas rurais e periferias das grandes cidades sem saneamento básico adequado. Sendo esta uma doença de transmissão fecal-oral o indivíduo se contamina ao ingerir ovos do parasita contidos em alimentos, água e solo. Estima-se que em todo mundo mais de 1 bilhão de pessoas estejam contaminadas com o parasita,embora a maioria delas não apresentam nenhum sintoma. Diante à gravidade da doença a Assistência Farmacêutica exerce papel significativo necessário à promoção, prevenção e recuperação da saúde, individual e coletiva, onde o farmacêutico pode também estar acompanhando o tratamento dessa doença e guiando o paciente no que for necessário. No decorrer do artigo é abordado temas como aspectos epidemiológicos, diagnóstico clínico e laboratorial bem como a importância do farmacêutico na prevenção e eficácia da terapia aplicada.
Palavras-chave: Tricuríase, farmacêutico, parasitoses, atenção a saúde.
Introdução
Este artigo tem como intuito o estudo da doença Trícuriase, associado ao trabalho do farmacêutico em meio à população para a prevenção e tratamento deste mal. Sendo ela uma infecção intestinal causada pelo parasito Trichuris trichiura, de família Tricuridae. O tipo de transmissão dessa doença é via fecal-oral, onde o individuo ingere alimentos, água ou tem contato com solos contaminados por ovos desse parasito. Embora a infecção seja mais comum em crianças, pois são os que mais têm contato com solos sujos por brincarem com terras, areias e etc., também pode acometer os adultos.
A Tricuríase é facilmente tratada com o uso de medicamentos vermífugos, receitados por clínico geral ou gastroenterologista. A prevenção de doenças e promoção da saúde pode ser feita pelo farmacêutico, onde pode também estar acompanhando o tratamento dessa doença, e exercendo o seu papel como farmacêutico, tendo pra si a responsabilidade da vida desse paciente junto ao médico e revendo as medicações prescritas ao paciente, informando durante todo o tratamento quais os passos a serem dados durante o processo de cura.
Em uma das colunas na Revista Guia da Farmácia (Edição 298 -01/09/17) a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti e coordenador do curso de Farmácia da Universidade Anhembi Morumbi, Geraldo Alécio de Oliveira, cita que o contato entre o farmacêutico e paciente torna possível traçar o perfil do paciente, permitindo avaliar suas limitações no entendimento da doença; o grau de entendimento que existe sobre o agravo à saúde; as comorbidades presentes; esquemas terapêuticos em uso; relação com o medicamento e comprometimento com a recuperação; rotina de vida e de administração de medicamentos; entre outros temas considerados pertinentes.
Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é apresentar a doença parasitaria tricuríase, mostrando todos os seus sintomas, dados, tratamento, diagnósticos e etc., juntamente com o papel do farmacêutico nesse meio.
Metodologia
Este trabalho se trata de uma revisão bibliográfica, que segundo Lakatos e Marconi (2010) define como algo que é indispensável para a delimitação do problema em um projeto de pesquisa e para obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um tema, sobre suas lacunas e sobre a contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento. E foi com essa intenção que decorreu o desenvolvimento do mesmo, no município de São Paulo, São Paulo, Brasil, com a orientação da professora Thais Adriana do Carmo, com o propósito de abordar nesse artigo, a atuação do farmacêutico na prevenção e tratamento de doenças parasitárias para obtenção de nota no quarto semestre letivo, nas disciplinas de assistência farmacêutica e parasitologia geral e clínica, da graduação em farmácia. O desenvolvimento e informações aqui prestados foram feitos com base em estudos e informações em livros, artigos e sites do ministério da saúde.
Tricuríase
A tricuríase é uma infecção intestinal causada por nematódeos da família Thicuridae do gênero Trichuris. Este helminto é conhecido também por Tricocéfalo, em vista de ter sido usado para ele, durante muito tempo o nome Trichocephalus trichiurus (hoje relegado à sinonímia). A doença é dita Tricuríase, tricurose ou tricocefalose. Stoll, em 1947, calculou que deveriam existir no mundo mais de 350 milhões de indivíduos infectados por essa espécie, dos quais 28 milhões na África e 30 milhões na América tropical (AMATO NETO et al 2008).
Morfologicamente o parasita se apresenta de duas formas: cística e trofozoita, seu ciclo biológico é do tipo monoxeno com reprodução assexuada, o ovo recém-eliminado desenvolve – se no ambiente para se tornar infectante, dependo das condições ambientais, podendo contaminar a água e os alimentos (são altamente resistentes) ao serem ingeridas as larvas eclodem no intestino delgado através de um dos opérculos polares. As larvas eclodem devido a exposição do ovo ao suco gástrico e pancreático, desta forma penetram inicialmente no epitélio da mucosa intestinal migram na região duodenal (permanecem por lá por 5 a 10 dias), depois ganham luz intestinal e migram para a região cecal onde completam seu desenvolvimento. A sobrevivência no homem é estimada em 2- 8 anos.
Dados epidemiológicos afirmam que a infecção por T. trichiura tem uma prevalência paralela à de A. lumbricoides, devido ao fato de o modo de transmissão ser idêntico, à grande fertilidade do parasito, bem como à resistência dos ovos às condições ambientais.
No Brasil essa parasitose é mais prevalente em áreas litorâneas e na Amazônia, onde condições climáticas favorecem a sobrevida dos ovos embrionados no solo. A faixa etária entre o 5 e 14 anos detém a maior parte dos infectados e aqueles com cargas parasitárias mais leves. (AMATO NETO et al.,2008).
A taxa média de exames positivos era igual a 29,7 % (sobre 2,9 milhões de exames coprológicos feitos pela SUCAM em 23 das 25 unidades que constituíam a Federação no período 1974 a 1976) A tricuríase incide mais intensamente na Amazônia e na faixa litorânea, de clima equatorial e chuvas distribuídas pelo ano todo, do que no planalto tropical e com estação seca. As maiores prevalências estavam em Alagoas (71%) e Sergipe (80%) (REY, 2015).
A transmissão do parasita se dá por via oral através de alimentos, bebidas ou terra contaminados. No interior do aparelho digestivo, os ovos, pela ação do suco gástrico e pancreático, sofrem amolecimento de suas membranas e liberam as larvas no intestino delgado; estas penetram nas glândulas de Lieberkun, desenvolvem – se em cinco a dez dias e passam ao cólon, onde mudas, amadurecem e vivem por aproximadamente sete anos. Em geral a infecção é assintomática, porém a infecção sintomática pode ocorrer, as leões traumáticas que o parasita causa na mucosa são mínimas. Porém mecanismos irritativos sobre as terminações nervosas da parede intestinal podem alterar o peristaltismo e a reabsorção de líquido do intestino grosso, podendo haver: febre, náuseas, dor abdominal, diarreia, síndrome da má absorção e complicações como: anemia grave, que alteram o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.
O diagnóstico da clinico não é confiável nessa patologia, pois em sua grande maioria é assintomática. O diagnóstico laboratorial da tricuriase baseia – se na pesquisa de ovos de T. Trichiura,que são de fácil identificação em exames coproparasitologicos, preferencialmente por meio das técnicas de concentração. O método de Kato-Katz permite a contagem dos ovos e avaliação da intensidade da infecção: considera-se parasitismo leve a presença de menos de 5.000 ovos por grama de fezes (opg); moderado, de 5.000 a 10.000opg, e grave acima de 10.000 opg. (AMATO NETO et. Al 2008).
As drogas mais eficientes no tratamento da tricuriase humana são os benzimidazólicos, como o Albendazol administrado em um dose única de 400mg ou mebendazol, em dose única de 500 ou 100 mg, duas vezes ao dia, durante 3 dias. (AMATO NETO el at 2008).
Já a prevenção da tricurise visa evitar contato do hospedeiro com ovos larvados, que sobrevive, no ambiente por anos; saneamento básico; cuidados sanitários, principalmente a adequada higienização de banheiros; remoção de fezes dos lugares onde os animais são mantidos estabulados; cuidados com alimentos e vegetais que possam estar contaminados, higienização das mãos antes das refeições somam –se as medidas profiláticas. 
Assistência Farmacêutica
No Brasil, o Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica e a Política de Medicamentos (1988) considerou a assistência farmacêutica como um conjunto de procedimentos necessários à promoção, prevenção e recuperação da saúde, individual e coletiva, centrado no medicamento, englobando as atividades de pesquisa, produção, distribuição, armazenamento, prescrição e dispensação, esta última entendida como o ato essencialmente de orientação quanto ao uso adequado dos medicamentos e sendo privativa do profissional farmacêutico (ARAUJO, 2007)
A prevenção de doenças e promoção de saúde pode ser feita pelo farmacêutico. A promoção da saúde pode ser entendida como uma ferramenta de preparação da comunidade para contribuir na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, exigindo o comprometimento de seus integrantes na condução desse processo (Machado e col., 2007).
O farmacêutico pode praticar a Assistência Farmacêutica desenvolvendo as habilidades da comunidade, incentivando os indivíduos à ação comunitária e levando informações sobre condições que sejam determinantes sobre o seu estado de saúde. Entre as habilidades e competências necessárias à formação do farmacêutico estão à atenção à saúde, a tomada de decisões, a comunicação, a liderança, a administração e gerenciamento e a educação permanente (CNE/CES- Resolução nº 02, de 19/02/02).
O foco do trabalho do farmacêutico no processo de acompanhamento farmacoterapêutico deve ser o paciente. Responsabilidade é a palavra chave dessa prática. O farmacêutico além de rever a medicação do paciente, prestar informações sobre uso correto e criar um plano de cuidado a partir das necessidades do mesmo, deve assumir a responsabilidade pelo acompanhamento do paciente e pelos resultados clínicos obtidos (WHO, 2006). 
Nessa prática, o farmacêutico avalia as necessidades do paciente e determina possíveis problemas relacionadas com medicamentos e, se houver, trabalha com o paciente e outros profissionais de saúde para determinar, implementar e monitorar um plano de cuidado. Este deve ser um ciclo contínuo de atividades, com o objetivo de resolver e prevenir problemas relacionados com o uso de medicamentos e assegurar que o paciente tenha uma terapia medicamentosa que seja a mais efetiva e segura possível (WHO, 2006).
É evidente que esse trabalho não pode ser isolado e deve ter a contribuição da equipe de saúde. Entende-se por equipe de saúde não somente os profissionais de saúde responsáveis pelo cuidado do paciente, mas também o próprio paciente. (WHO, 2006).
Na trícuriase ou em qualquer outra parasitose, o farmacêutico deve se comprometer com a comunidade e com o indivíduo tanto na prevenção quanto no tratamento a patologia que se manifesta através do parasita. O farmacêutico deixa a função de profissional do medicamento e age diretamente como profissional de saúde, promovendo educação para prevenção e conscientização em relação a adesão do tratamento que o paciente deve se submeter, trazendo o paciente e tornando-o peça fundamental dentro do âmbito de cuidados com a saúde.
Dentro de todo esse contexto deve-se aplicar o conceito do farmacêutico “sete estrelas”, conceito que foi introduzido pela OMS e atualizado pela Federação Internacional de Farmacêuticos (FIP) em 2000, que pontua sete atitudes e habilidades que possibilitam ao farmacêutico realizar um trabalho efetivo dentro da equipe de saúde. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia/2002 foram construídas para formar um farmacêutico “sete estrelas”: 1. Atenção à saúde, 2. Tomada de decisão, 3. Comunicação, 4. Liderança, 5. Administração e gerenciamento, 6. Educação permanente e 7. Ensino (BERGSTEN-MENDES, 2008), tais conceitos podem ser definidos da seguinte maneira:
I - Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo. (RESOLUÇÃO CNE/CES 2, DE 19/02/2002); 
II - Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas. (RESOLUÇÃO CNE/CES 2, DE 19/02/2002); 
III - Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação (RESOLUÇÃO CNE/CES 2, DE 19/02/2002); 
IV - Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumirem posições de liderança, sempre tendo em vista o bem estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz (RESOLUÇÃO CNE/CES 2, DE 19/02/2002);
V - Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde (RESOLUÇÃO CNE/CES 2, DE 19/02/2002); 
VI - Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico-profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e internacionais (RESOLUÇÃO CNE/CES 2, DE 19/02/2002); 
VII – Ensino: os profissionais têm a responsabilidade de assistir a educação e a formaçãodas futuras gerações de farmacêuticos e ao público. A participação como professor, não só transmite conhecimento para outros, mas também oferece ao uma oportunidade para ele mesmo obter novos conhecimentos e para aperfeiçoar as competências existentes (BRASIL, 2002).
 A OMS em 2006 adicionou mais uma atitude/habilidade relevante ao profissional farmacêutico: Pesquisa: O farmacêutico deve ser capaz de utilizar base de dados científica, na prática da farmácia e no sistema de saúde efetivamente, a fim de aconselhar sobre o uso racional de medicamentos na equipe de saúde. Ao documentar e partilhar experiências, o farmacêutico também pode contribuir para a base de dados com o objetivo de otimizar o cuidado ao paciente e os resultados. Como pesquisador, o farmacêutico é capaz de aumentar a acessibilidade a informações (sem viés) relacionadas a saúde e a medicamentos ao público e a outros profissionais de saúde.
Observado esse conceito, reforça-se ainda mais a atuação do farmacêutico como profissional diretamente ligado a saúde do paciente e da comunidade, visando sempre o a prevenção e o tratamento correto e com adesão total do paciente e da comunidade.
Conclusão
Pode-se concluir que mesmo com muitas pesquisas não se pode calcular ao certo os casos, devido à necessidade de estudos mais numerosos e em plano mundial. É essencial a educação da população quanto a profilaxia, incluindo os aspectros relativos a higiene, ecologia e saúde, procurar informações sobre o parasito, buscando o serviço de saúde frente as manifestações da doença, assim realizando o diagnostico e receber a terapêutica apropriada o mais rápido possível, cabe também a população exigir o seu direito ao saneamento básico e a novos remédios que sejam mais eficazes contra a tricuriase.
O setor farmacêutico esta cada vez mais associado na pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos para dar a devida atenção às “doenças negligenciadas”, porque as vítimas dessas enfermidades são pessoas de baixa renda. Mesmo tendo um grande número de volume de pesquisas para a produção de medicamentos para o tratamento dessas patologias, a grande maioria é feita em universidades e institutos públicos, e isso não garante que essas drogas serão produzidas. A saúde, por sua importância e complexidade, torna-se cada vez mais multidisciplinar, interprofissional e intersetorial com vários profissionais envolvidos como: Médicos, Enfermeiros, Fisioterapeutas, Nutricionistas, Farmacêuticos entre outros. O Farmacêutico é o profissional da saúde apto a atuar na melhoria da terapêutica dessas doenças como no desenvolvimento de novos fármacos, no acompanhamento de reações adversas (farmacovigilância), na assistência farmacêutica (com ênfase na atenção farmacêutica) e na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS)
Referências
REY, Luís. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 391 p.;
AMATO NETO, Vicente et al. Parasitologia uma abordagem Clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 434 p.;
NEVES, David Pereira et al. Parasitologia Humana. 12 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2011;
ROCHA, Arnaldo. Parasitologia. Organizado por Arnaldo Rocha. São Paulo: Rideel, 2013;
Araújo, A. L. A. et al. Perfil da assistência farmacêutica na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Rev. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13: p. 611-617, 2008;
Vinholes, E. R. et al. A percepção da comunidade sobre a atuação do Serviço de Atenção Farmacêutica em ações de educação em saúde relacionadas à promoção do uso racional de medicamentos. Rev. Saúde e Sociedade, v. 18: p. 293 - 303, 2009;
SILVA, Cristiane Vanessa; ZEITOUNE, Regina Célia Gollner. A prática de cuidar/cuidado á saúde dos adolescentes em unidade básica de saúde. In: BRASIL, Ministério da Saúde. Projeto acolher: um encontro da enfermagem com o adolescente brasileiro. Brasília: Ministério da Saúde, 2000;
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES 2 de fevereiro de 2002; Institui diretrizes Curriculares, Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. Diario Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, 04 de março de 2002, Seção 1.p.9;
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAUDE (OPAS). Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. Proposta. Atenção farmacêutica no Brasil: “trilhando caminhos” Brasilia: OPAS, 2002;
ANGONESI D, RENNÓ MUP. Dispensação Farmacêutica: proposta de um modelo para a prática. Ciência e Saúde Coletiva. 2008
BERGSTEN – MENDESG. Uso racional de medicamentos: o papel fundamental do famacêutico. Ciencia & Saúde Coletiva, 13 (SUP): 569-577, 2008.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Camâra de Educação Superior. Resolução CNE/CES 2, de 19 de fevereiro de 2002. Diario Oficial da União, Brasilia, 4 de março de 2002. Seção 1, p.9

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