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DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL PROFESSOR: MARTIRENA ALUNO: RAIMUNDO JULIO DE AQUINO ARAUJO MATRICULA 201710883 DIREITO 4AN Delitos de furto Bem jurídico tutelado: Posse, propriedade e detenção de coisa móvel Sujeitos do crime: Sujeito ativo O sujeito ativo é qualquer pessoa, menos o proprietário, na medida em que o tipo exige que a coisa seja alheia. Sujeito passivo: O sujeito passivo é o proprietário ou possuidor. Tipo subjetivo: Adequação típica O elemento subjetivo geral do tipo é o dolo. Forma culposa: Não há previsão da modalidade de furto culposo. Eventual subtração culposa constitui conduta atípica. Consumação e tentativa: Consumação Consuma-se com a retirada da coisa da esfera de disponibilidade da vítima. Trata-se de crime material. Que exige real e concreta diminuição do patrimônio da vítima. Tentativa É perfeitamente admissível a tentativa, iniciada a subtração, o autor, por causa estranha à sua vontade. É impedido de consuma-la. Classificação doutrinaria: Crime comum, de dano, material, comissivo, doloso e instantâneo. Isenção da pena: Haverá isenção de pena se for praticado contra ascendente, descendente ou cônjuge (na constância da sociedade conjugal). Apropriação indébita Bem jurídico tutelado: O bem jurídico tutelado é a inviolabilidade do patrimônio, particularmente em relação a propriedade. Ao contrário do que acorre no crime de furto, a posse não recebe, por este dispositivo, a tutela jurídica. Na verdade, protege o direito de propriedade contra eventuais abusos do possuidor, que possa ter a intenção de dispor da coisa como se fosse sua. Sujeitos do crime: Sujeito ativo Qualquer pessoa que tenha a posse ou detenção lícita de coisa alheia móvel. Assim, o proprietário não pode ser sujeito ativo deste crime. Sujeito passivo Qualquer pessoa, física ou jurídica, titular de direito patrimonial atingido pela ação tipificada: em regra, é o proprietário, e, excepcionalmente, o mero possuidor quando a posse direta decorra de direito real (usufruto ou penhor, uma vez que se relacionam à propriedade). Tipo objetivo: adequação típica Apropriar-se é tomar para si, isto é, invertera natureza da posse, passando a agir como se dono fosse da coisa alheia de quem tem posse ou detenção. Na apropriação indébita, ao contrário do furto e estelionato, o sujeito passivo tem, anteriormente, a posse licita da coisa. Recebeu-a legitimamente. Tipo subjetivo: adequação típica É dolo, constituído pela vontade e consiste de apropriar-se de coisa alheia móvel, ou, em outros termos, a vontade definitiva de não restituir a coisa alheia. Consumação e tentativa: O momento consumativo é de difícil precisão, pois depende, em última análise, de uma atitude subjetiva. Consuma-se, enfim, com a inversão da natureza da posse, caracterizada por ato demonstrativo de disposição da coisa alheia ou pela negativa em devolvê-la. Como crime material, a tentativa é possível, embora de difícil configuração. Classificação doutrinaria: Crime comum, material, doloso e instantâneo. ESTELIONATO Estelionato é um crime que possui como objetivo atingir o patrimônio de alguém a partir de enganação, golpes, fraudes e outros meios. A intenção principal do autor dessa infração é enganar para conseguir atingir o patrimônio da vítima. Bem jurídico tutelado: O bem jurídico protegido é a inviolabilidade do patrimônio, particularmente em relação aos atentados que podem ser praticados mediante fraude. Sujeitos do crime: Sujeito ativo Pode ser qualquer pessoa, sem qualquer condição especial (crime comum) Sujeito passivo Qualquer pessoa, devendo destacar-se que pode haver dois sujeitos passivos, quando a pessoa enganada for diversa da que sofre o prejuízo. Tipo objetivo: adequação tipica A ação tipificada é obter vantagem ilícita (para si ou para outrem), em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro. Tipo subjetivo: adequação típica O elemento subjetivo geral do estelionato é o dolo, representado pela vontade livre e condizente de ludibriar alguém, por qualquer meio fraudulento. Classificação doutrinaria: Trata-se de crime comum( não necessite de qualquer qualidade ou condição especial do sujeito ativo); material ( exige resultado naturalístico),doloso( não admite modalidade culposa ) e instantâneo (cujo resultado se produz de imediato). Consumação e tentativa: Consuma-se no momento e no lugar em que o agente obtém o proveito a que corresponde o prejuízo alheio. Tratando-se de crime material, que admite seu fracionamento, é perfeitamente admissível e tentativa, uma vez que o iter crimnis pode ser interrompido. Formas qualificadas ao estelionato: O estelionato não apresenta figuras qualificadas, mas prevê a majoração da pena em um terço, se a infração é cometida em prejuízo a entidades de direito público ou de economia pupilar, assistência social ou beneficência. Figuras especiais de estelionato: O crime de estelionato prevê seis modalidades especiais de estelionato: disposição de coisa alheia como própria; alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria; defraudação de penhor; fraude na entrega de coisa; fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro e fraude no pagamento por meio de cheque. Para entendermos o sujeito do crime usaremos como exemplo: Disposição de coisa alheia móvel: Consiste em realizar qualquer dos atos jurídicos mencionados tendo por objeto coisa alheia como se fosse própria. Exige-se a má fé do sujeito ativo e correspondente boa-fé do sujeito passivo, no caso, o comprador enganado, além do proprietário, é claro. Sujeito ativo =pode ser qualquer pessoa Sujeito passivo = O comprador de boa fé
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