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CLORANFENICOL E TETRACICLINAS

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FARMACOLOGIA – CLORANFENICOL E TETRACICLINAS
CLORANFENICOL
Boa absorção por via oral
Tempo de meia vida no adulto = 4h
Tempo de meia vida no RN = 9h
Tempo de vida no bebê prematuro = 12h
50 – 60% de ligação com proteínas plasmáticas
Consegue atravessar a barreira hematoencefálica Droga lipossolúvel
Não é dialisável
Para que estas drogas sejam excretadas, elas necessitam do processo de conjugação para que assim se tornem hidrossolúveis. 	
No recém-nascido e no bebê prematuro as enzimas responsáveis pela conjugação ainda não estão totalmente formadas, então esse processo de conjugação demora mais, e a droga acaba ficando mais tempo no organismo. 
O paciente com insuficiência hepática também tem perda de função, e por isso deve receber uma dose menor da droga do que os pacientes normais. 
O paciente que realiza hemodiálise e possui insuficiência renal também deve receber uma dose menor da droga, e ela deve ser administrada após o procedimento. 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO 
Palmitato Via oral 
Succinato Via parenteral
Essas formas são consideradas PRÓ-DROGAS, e precisam sofrer hidrólise para que se ativem.
A forma PALMITATO sofre hidrólise no INTESTINO DELGADO, e vai ser transformada em BASE, sendo essa sua forma ativa.
A forma SUCCINATO sofre hidrólise no FÍGADO, RINS e PULMÕES, e vai ser transformada em BASE, sendo essa sua forma ativa. 
As enzimas são responsáveis por fazer essa hidrólise.
O sistema GLICURONILTRANSFERASE é responsável pela conjugação da droga com o ácido glicurônico, formando uma molécula hidrossolúvel que será excretada pelos rins.
A droga possui excreção renal.
OBS: O cloranfenicol possui um índice terapêutico estreito, e quando se acumula no organismo, causa efeitos adversos principalmente no sistema hematopoiético, como anemias e até depressão medular Isso ocorre principalmente em pacientes com insuficiência hepática.
OBS: A anemia é a aplástica, e é considerada uma reação idiossincrásica.
OBS: A terapia com cloranfenicol deve ser indicada para doenças onde seu BENEFÍCIO seja maior que seu risco EX: Diarreia por Salmonella.
FARMACODINÂMICA
Ação BACTERIOSTÁTICA Inibe síntese proteica
OBS: Dependendo da sensibilidade da cepa, o bacteriostático pode acabar tendo uma ação bactericida, ou caso seja administrada uma dose muito alta da droga, ela também pode se tornar bactericida.
ESPECTRO
Possui amplo espectro
Bactérias gram + 
Bactérias gram – 
Bactérias aeróbias e anaeróbias
Rickettsias
Espiroquetas
Micoplasmas
Enterobactérias (E.coli, Shigella, Salmonella).
FARMACODINÂMICA
São inibidores da síntese proteica que atuam na subunidade 50s do ribossomo bacteriano.
A subunidade fica impedida, ou seja, a enzima peptidiltransferase não consegue unir os aminoácidos que chegam até a subunidade, assim não ocorre a translocação e não forma a proteína.
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Pseudomonas: Serratia, enterobacter e providencia.
USOS CLÍNICOS
Febre tifoide
Meningite (H. influenzae, N. meningitidis, S. pneumoniae)
Infecções oftalmológicas e otológicas
OBS: O cloranfenicol é uma terapia alternativa, caso haja uma droga menos tóxica que ele, e que funcione para essas doenças, deve usar a menos tóxica. 
EFEITOS ADVERSOS
Anemias (dose dependente)
Anemia aplástica (não é dose dependente) É uma reação idiossincrásica 
Síndrome cinzenta ou do bebê cinzento: Como o metabolismo hepático dos bebês ainda não é amadurecido, caso eles façam uso de cloranfenicol, a droga vai se acumular no organismo e causar cianose nas extremidades, deixando a cor acinzentada nos membros.
Inibidor enzimático: Reduz a ação das enzimas que metabolizam outras drogas, assim as drogas ficam mais tempo na corrente sanguínea e exercem maior efeito farmacológico.
Efeitos no feto O cloranfenicol pode atravessar a barreira placentária, portanto é contra-indicado na gravidez.
Reações neurológicas: confusão mental, cefaleias..
Reações gastrointestinais: Flatulência, anorexia..
OBS: O cloranfenicol causa efeitos benéficos quando associado a penicilina Evidências clínicas. 
TETRACICLINAS
São três grupos, e o que muda entre eles é sua estrutura:
Ação curta (6 – 9h): Cerca de 50% lipossolúveis
Oxitetraciclina 
Tetraciclina
Ação intermediária (12 – 14h): Cerca de 60% lipossolúveis
Demeclociclina 
Metaciclina
Ação longa (acima de 16h): Cerca de 90% lipossolúveis
Doxiciclina
Minociclina
FARMACOCINÉTICA
A maioria é administrada por via oral.
São absorvidas de maneira irregular e incompleta Os alimentos interferem nessa absorção, com exceção das tetraciclinas de ação longa.
Formação de QUELATOS (compostos não absorvíveis): As tetraciclinas não podem ser ingeridas com leite Os quelatos são formados quando a droga entra em contato com cálcio, magnésio, zinco, ferro, alumínio etc..
As tetraciclinas possuem afinidade por tecidos em formação, e por isso seu uso deve ser evitado desde o nascimento até os 8 anos de idade Tecidos em formação seriam ossos, dentes, fígado..
DOXICICLINA e MINOCICLINA possuem maior penetração nos tecidos por serem mais lipossolúveis, e também possuem excreção biliar As demais tetraciclinas são excretadas por via renal.
FARMACODINÂMICA
São bacteriostáticas.
O espectro de ação é semelhante ao cloranfenicol: Cobre gram +, gram -, bactérias aeróbias e anaeróbias, rickettsias, espiroquetas, micoplasmas e enterobacterias.
É sensível contra Plasmodium falciparum em doses elevadas, porém não é muito utilizada.
MECANISMO DE AÇÃO: Inibe síntese proteica A droga se liga a subunidade 30s do ribossomo, e assim impede que o transportador se fixe, inibindo a translocação e formação de proteínas. 
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Bomba de efluxo: Retira o medicamento de dentro da bactéria através de proteínas carreadoras e bombas de energia da membrana. 
EFEITOS ADVERSOS
Gastrointestinal: Anorexia, náuseas, vômito, flatulência, alteração da flora intestinal (principalmente as tetraciclinas de curta duração).
Hepatotoxicidade: Ocorre quando são utilizadas altas doses da droga (causa lesão do hepatócito).
Nefrotoxicidade: Aumento da uremia em pacientes com insuficiência renal aguda.
Fototoxicidade: Quando o paciente se expõe a luz fica com manchas vermelhas como queimaduras Doxiciclina é a tetraciclina que mais causa esse efeito.
Crescimento alterado do feto
Descoloramento dos dentes
Hipoplasia de esmalte
É um medicamento contra-indicado na gravidez
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Anticoncepcional oral
Leite, suplementos vitamínicos, antiácidos, catárticos (laxantes) Todos esses elementos causam formação de quelatos ao entrarem em contato com a droga.
Possuem interação com o efeito bactericida das penicilinas Por serem drogas bacteriostáticas, quando entram em contato com bactericidas elas não conseguem exercer efeito, porque as bactérias estarão mortas, logo não tem como inibir seu crescimento. 
USOS CLÍNICOS
Doença de Lyme
Riquétsias
Micoplasmas
Brucelose
Clamídias
Acne (doxiciclina)
Malária
Leptospirose
Gonorréia
Sífilis
Linfogranuloma venéreo
Patologias odontológicas
Diarreia do viajante
Antraz
GLICILINAS 
Tigeciclina
É originada da minociclina
Administração por via endovenosa 100mg seguido de 50mg a cada 12h; Infusão de 30 a 60 minutos por 5 a 14 dias.
É uma droga com espectro de ação ampliado, e com menos mecanismos de resistência bacteriana.
Para pessoas com insuficiência hepática a dose deve ser reajustada.
USOS CLÍNICOS
Infecções complicadas de pele e tecidos moles E.coli, S. aureus, Klebsiella, Enterobacter, Enterococcus, Streptococcus.
Infecções intra-abdominais complicadas.

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