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José Saraiva-Med/UFCA Anfenicóis . -É o grupo MAIS TÓXICO de todos! Assim, não é a primeira escolha para nada. -A resistência desse grupo é quase zero. Pois ele tem pouco uso. -Esse grupo foi introduzido na clínica em 1948. -Esses antibióticos são potentes inibidores de síntese proteica no microorganismo. -Por seu gigante espectro, esses medicamentos devem ser reservados para infecções sistêmicas potencialmente fatais. -A toxicidade é sistêmica. Para o uso tópico não apresenta danos ao paciente -Principais representantes do grupo: Cloranfenicol e tianfenicol -Além da toxicidade, esses medicamentos são pouco solúveis em água e apresentam um sabor amargo. Para reduzir isto e melhorar a adesão do paciente, são utilizados na forma de ésteres. -O Cloranfenicol utiliza-se o palmitato (oral). Já na forma parenteral usa-se hemissuccinato ( ampola) -É o Tianfenicol → usa-se o glicinato (oral) → maior meia-vida, mas usa-se pouco. Cloranfenicol . -Essa droga liga-se reversivelmente à subunidade 50S do ribossomo bacteriano, inibindo a etapa da síntese proteica, catalisada pela enzima peptidil transferase. -As Células eucarióticas podem ser afetadas através da inibição mitocondrial, principalmente nos eritrócitos. Em consequência disso, o cloranfenicol tem toxicidade hematológica. - Resistência – inativação por acetiltransferase, mas é um mecanismo raro. Espectro . -Antibiótico bacteriostático de amplo espectro, ativo contra microorganismos aeróbios e anaeróbios, gram (+) e gram (-). Dependendo da droga pode ser bactericida. 1 -É também ativo contra riquetsias, mas não contra clamídias. -Pneumococo, meningococo, H. influenzae, Neisseria meningitidis - sendo para esse grupo bactericida -Pneumococos, enterococcus, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, listéria, bacilo diftérico, treponemas e leptospiras, neisserias, Haemophilus influenzae, Campylobacter jejuni, enterobactérias dos gêneros Salmonella, Shigella, E. coli, Proteus, Citrobacter, Klebsiella e outros bacilos gram-negativos . -Atua sobre micoplasmas e as bactérias intracelulares Cloranfenicol -Para as Pseudomonas e Serratia – esse grupo apresenta resistência -O cloranfenicol é alternativa quando não se tem primeira escolha ou quando a primeira escolha falha. Isso pode ser visto no tratamento de meningite bacteriana (causada por pneumococos ou meningococos resistentes à penicilina). Posologia . • 50mg/Kg/dia e.v. 6/6h Pediatria • 50mg/Kg/dia e.v. 6/6h • Se metabolismo hepático reduzido – 25mg/Kg/dia • Neonatos • 20mg/Kg e.v. (ataque) • Manutenção • <7 dias - 25mg/Kg/dia e.v. • >7dias - 50mg/Kg/dia 12/12h Alternativas para: • Meningite – (H. influenzae, N. meningitidis e S. pneumoniae) alternativa em pacientes alérgicos à beta-lactâmicos. • Rickettsia – Alternativa para tetraciclina (pacientes alérgicos, grávidas e menores de 8 anos). • Febre tifóide – alternativa para cefalosporinas e quinolonas - 1g 6/6h (4 semanas) → cepas resistentes. Farmacocinética . -O cloranfenicol tem uma rápida e completa absorção por via oral -Para ser melhor tolerado utiliza-se Ésteres que são hidrolisados no intestino (pró-fármaco) -Geralmente utiliza-se na forma IV – casos mais graves de infecção de forma alternativa. -Parte da droga eliminada por via renal (ester) -O Cloranfenicol apresenta uma larga distribuição para todos os tecidos e fluídos orgânicos, incluindo o SNC (66%). -Esse fármaco consegue penetrar as membranas celulares facilmente. 2 -Extensamente metabolizado no fígado, cerca de 90%. Assim, qualquer fator que altere a função hepática deve ser monitorado. Pois, se tiver alguma alteração pode gerar acúmulo do fármaco que já é bastante tóxico. Além disso, ele é um potente inibidor enzimático. -Deve-se ter muito cautela com medicamentos que podem promover alterações hepáticos durante o uso do cloranfenicol -Excreção renal e uma pequena parte pela bile. Reações adversas . -Distúrbios TGI: náusea, vômitos, diarreia -Distúrbios da medula óssea é um efeito bem específico e pode gerar: supressão reversível e dose dependente da produção de células vermelhas (50mg/kg/dia, 1-2 semanas) – anemia, leucopenia ou trombocitopenia. Dessa forma, quanto maior a dose do medicamento, maiores serão os efeitos adversos. -A aplasia medular não é dose relacionada (irreversível e fatal) e ocorre no uso I.V do cloranfenicol → Vai depender do paciente → idiossincrasia. Entendendo o conceito.. Consiste em uma predisposição particular do organismo que faz que um indivíduo reaja de maneira pessoal à influência de agentes exteriores -Como o fígado nos neonatos são imaturos, o uso do Clora pode gerar a síndrome do Bebê cinzento → lesão hematológica. Ocorre uma toxicidade para recém-nascidos - pois naturalmente há uma ↓ eficácia do mecanismo de conjugação hepático responsável pela degradação. A Síndrome do bebê cinzento é um sintoma causado pelo uso do cloranfenicol (antibiótico) na gravidez, que pode levar a essa síndrome, independente da dose em que se usa, pois o bebê não possui conjugantes presentes na fase II da biotransformação hepática, o que faz com que o cloranfenicol se deposite nos tecidos do bebê deixando-o com aspecto cinzento. Consiste numa incapacidade metabólica do recém nascido devido a toxicidade mitocondrial com défice da enzima glicuronil-transferase. Apresenta inúmeros sintomas como vômitos, flacidez, hipotermia, acidose metabólica e cianose. -Bebês têm que analisar o custo benefício. Usar um indutor enzimático ( fenobarbital) junto do medicamento. -Características: vômitos, flacidez, hipotermia, cor cinzenta, choque. Dose máxima: 25 mg/kg/dia. -Reações de hipersensibilidade / Grávida-C 3
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