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FGTS (5)

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FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO art. 7º, III, CF e Lei 8036/90
- Com a CF/88 deixou de existir a estabilidade decenal (art. 492 CLT - ressalvado o direito adquirido), e em seu lugar foi estabelecido o FGTS, que abrange os empregados regidos pela CLT. É obrigatório para os empregados em geral, devendo ser depositado na conta vinculada do trabalhador.
- O Fundo possui um Conselho Curador (cujos representantes dos trabalhadores possuem estabilidade no emprego), sendo a Caixa Econômica Federal seu agente operador.
- Tanto os trabalhadores rurais quanto os avulsos têm direito ao FGTS (art. 7º. XXXIV CF)
- Os trabalhadores domésticos, antes da EC 72/2013, não tinham assegurado o direito ao FGTS (LC 150/2015)
- A base de cálculo do FGTS é a remuneração, e a alíquota, em geral, é de 8% (art, 15 da Lei)
- Para o aprendiz: art. 15, §7º.
- Não compõem a base de cálculo do FGTS valores recebidos a título de indenização, justamente por não terem natureza salarial (art. 15, §6º), e as férias indenizadas (OJ-SDI1-195). Entram no cálculo da contribuição os adicionais eventuais (súmula 63 TST) e a gratificação natalina (art. 15)
- O aviso prévio trabalhado ou indenizado integram a base de cálculo dos haveres fundiários (Súmula 305 TST)
- No caso de demissão sem justa causa, o empregador arcará com a multa compensatória do FGTS (art. 18, §1º. da Lei, art. 7º., I, CF e 10, I, ADCT)
- Em se tratando de culpa recíproca (quando empregado e empregador dão causa à extinção do contrato, reconhecido pela Justiça do Trabalho) a alíquota será de 20% (art. 18, §2º. da lei)
- A base de cálculo da multa rescisória compreende o montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, mesmo que o empregado, por qualquer razão, tenha realizado qualquer tipo de saque (inclusive sofrendo JAM) → OJ-SDI1-42
- os domésticos tem o recolhimento de 3,2% mensal do salário e não percebem a multa de 40%, e sim apenas o saque.
- aposentadoria: OJ 361 SDI1
- Saque do FGTS: Os valores depositados nas contas bancárias vinculadas dos trabalhadores não são de livre movimentação pelo seu titular, só podendo ocorrer a movimentação nas hipóteses do art. 20 da Lei
- O pedido de demissão não permite o saque do FGTS - veja o art. 484 A da reforma trabalhista
- Prescrição do FGTS: Após novembro de 2014, a prescrição do FGTS segue as mesmas regras da prescrição das demais verbas trabalhistas (art. 7º., XXIX CF)→é bienal, ou seja, ele possui prazo de 2 anos (após cessado o vínculo) para ajuizar a correspondente ação trabalhista. 
- Além disso, existe também a prescrição quinquenal, que permite ao empregado reclamar a falta de pagamento de valores devidos nos últimos 5 anos do contrato. 
- Antes de novembro de 2014, valia o prazo de 30 anos (ao invés de 5) para prescrição quanto ao recolhimento do FGTS, com base no disposto no art. 23, §5º. da Lei do FGTS → SUM 362 do TST → mudança do posicionamento do STF, em sede de recurso extraordinário, com repercussão geral reconhecida (ARE 70912), onde entendeu que a prescrição do FGTS deveria observar os mesmos cinco anos da prescrição trabalhista, já que o FGTS é também um direito trabalhista constante do art. 7º da CF. 
- Assim, o mais recente entendimento do STF é no sentido de que a prescrição do FGTS não seria mais trintenária, mas sim de cinco anos, consoante a prescrição trabalhista. Portanto, atualmente a situação da prescrição do FGTS está assim:
- De qualquer maneira, a prescrição do FGTS deve observar também o prazo de 2 anos após o término do contrato. 
- Antigamente era relevante a diferenciação entre a falta do depósito mensal e o recolhimento fundiário a menor, já que, no primeiro caso, era trintenária a prescrição (respeitada a prescrição bienal), sendo, no segundo quinquenal. Com a mudança do posicionamento quanto à prescrição do FGTS esta diferenciação possui pouca relevância prática agora.

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