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Biologia Vegetal II (relações hidricas)

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BIOLOGIA	VEGETAL	II	
Daniel	Machado	
Gabriella	Oliveira	
Nivaldo	José	
Ecossistemas	desérticos,	áridos,	
salinos	(halófitas):	Desertos	e	
Caatinga	
1.	Caracterização	
		
2.	Adaptações	vegetais.		
• Mecanismos	e	
• Estruturas	morfológicas	e	Anatômicas.	
Deserto	(árido)	
• Deserto,	 em	 geografia,	 é	 uma	 região	 que	 recebe	
pouca	precipitação,	tendo	no	geral	uma	média	anual	de	
precipitação	abaixo	de	400	mm.	
• Resultando	 em	 ambientes	 quente	 e	 áridos,	 tendo	 a	
reputação	de	serem	capazes	de	sustentar	pouca	vida.	
Aproximadamente	20%	da	superfície	
continental	da	Terra	é	desértica.		
Solo:	areia		
Dunas		
Fauna:	animais	roedores,	
répteis	e	insetos.		
Vegetação:	gramíneas	e	pequenos	arbustos	espaçados	e	ralo.	Ocupam	apenas	lugares	em	
que	a	pouca	água	existente	pode	se	acumular	(fendas	do	solo	ou	debaixo	das	rochas	
República da Namíbia, é um país da África 
limitado por Angola e Zâmbia	
Oasis no deserto no Peru 
Os	oásis	são	formados	devido	à	ação	do	vento	que	desloca	grandes	
porções	de	areia	deixando	o	nível	do	solo	rebaixados,	fazendo	que	este	
fique	próximo	ao	lençol	freático	subterrâneo.		
Oasis de Bahariya, Egito 
O	solo	também	pode	ser	rochoso,	refletindo	o	reduzido	
desenvolvimento	do	solo	e	a	escassez	de	vegetação.	
	As	terras	baixas	podem	ser	planícies	cobertas	com	sal	que	passam	
pelo	processos	de	erosão	eólica.	
Caatinga	
(semi-árido)	
Possui	cerca	de	844.453	Km²	
de	extensão	e	é	o	único	bioma	
com	distribuição	
exclusivamente	brasileira.		
Estende-se	por	todo	estado	do	Ceará	e	mais	de	metade	da	Bahia,	Paraíba,	Pernambuco,	Piauí	e	Rio	Grande	do	
Norte;	quase	metade	de	Alagoas	e	Sergipe,	além	de	pequenas	porções	em	Minas	Gerais	e	Maranhão.		
O	nome	Caatinga	significa	mata	branca	em	tupi-guarani,	fazendo	uma	referência	
à	vegetação	desse	bioma	no	período	de	seca,	que	perde	suas	folhas	e	fica	com	
aspecto	esbranquiçado.	
Características	
•  Clima	 da	 Caatinga	 é	 semiárido,	 caracterizado	 por	
altas	 temperaturas,	 com	médias	anuais	entre	25ºC	
e	30ºC.		
•  O	 sistema	 de	 chuvas	 é	 complexo.	Durante	 poucos	
meses	 caem	 chuvas	 irregulares	 e	 alguns	 anos	 são	
mais	chuvosos	alternados	irregularmente	com	anos	
de	secas.	
Durante	poucos	meses	caem	chuvas	irregulares	e	alguns	anos	são	mais	
chuvosos	alternados	irregularmente	com	anos	de	secas.	Além	disso,	
serras	e	chapadas	mais	altas	da	Caatinga	recebem	maior	quantidade	de	
chuvas,	que	escoam	dando	origem	aos	rios	e	lagos	temporários	da	região.	
Os	solos	possuem	alta	variabilidade,	com	maior	ou	menor	
capacidade	de	reter	as	chuvas.	Os	solos	mais	argilosos	retêm	
mais	água	e	nutrientes,	já	os	de	textura	mais	arenosa	tem	
pouca	capacidade	de	retenção.	Fragmentos	de	rochas	são	
frequentes	na	superfície,	resultando	em	um	solo	com	aspecto	
pedregoso.	
Devido	ao	solo	ser	rico	em	minerais,	quando	chove	
as	regiões	secas	se	transformam	rapidamente	e	dão	
lugar	a	gramíneas	e	árvores	cobertas	por	folhas.	
Essa	floresta	é	formada	por	árvores	e	arbustos	baixos	com	galhos	
retorcidos,	ervas	rasteiras	e	cactos.	A	maioria	das	espécies	vegetais	da	
Caatinga	possui	características	xerofíticas	que	lhes	permitem	
sobreviver	em	condições	de	aridez.	
As	adaptações	incluem	folhas	
reduzidas	ou	modificadas	em	
espinhos	para	reduzir	a	
transpiração,	queda	das	folhas	
durante	a	estação	seca,	raízes	
profundas	para	absorver	água	do	
solo,	sistema	de	armazenamento	de	
água	modificado	no	caule	e	nas	
raízes	e	suculência.	
Mandacaru	
A	 maioria	 das	 espécies	 vegetais	 da	 Caatinga	 possui	
características	 xerofíticas	 que	 lhes	 permitem	 sobreviver	
em	condições	de	aridez.	
As	 adaptações	 incluem	 folhas	
reduzidas	ou	modificadas:	
	
E s p i n h o s	 p a r a	 r e d u z i r 	 a	
transpiração,	 queda	 das	 folhas	
durante	 a	 estação	 seca	 (plantas	
caducifólias).	
	
Raízes	 profundas	 para	 absorver	
água	 do	 so l o ,	 s i s t ema	 de	
a r m a z e n am e n t o	 d e	 á g u a	
modificado	no	 caule	 e	nas	 raízes	 e	
suculência	(tecido	especializado	no	
armazenamento	de	água).	
Harrisia	adscendens	
Manguezais	(Salinos)	
Manguezal	é	uma	zona	úmida,	definida	como	ecossistema	costeiro,	
de	transição	entre	os	ambientes	terrestre	e	marinho,	característico	
de	regiões	tropicais	e	subtropicais,	sujeito	ao	regime	das	marés.	
Manguezais	(Salinos)	
Os	manguezais	são	formados	por	uma	série	de	fisionomias	vegetais	
resistentes	ao	fluxo	das	marés,	desde	árvores	e	outras	espécies	
arbustivas.	
Manguezais	(Salinos)	
Passando	por	bancos	de	lama	e	de	sal,	salinas	e	pântanos	salinos.	
Cientificamente	são	definidos	como	um	ecótono	(uma	zona	de	
transição)	e	tem	a	característica	de	ser	geralmente	de	solo	arenoso,	
sem	cobertura	vegetal	ou	abrigando	uma	vegetação	herbácea.		
Os	Mangues	são	as	regiões	sujeitas	à	invasão	do	mar	
durante	as	marés	altas.	Apresentam	solos	lodosos	
pobre	em	oxigenação	e	rico	em	nutrientes	com	
vegetação	tipo	halófitas	e	os	vegetais	hidrófitos		
A	vegetação	dos	manguezais	é		ampla	e	bem	
diversificada.	Características	de	uma	região	é	
diferente	de	outras,	sendo	influenciada	por	fatores	
como	salinidade,	pH	e	teor	de	matéria	orgânica.	
Efeitos	da	salinidade	
Dentre	os	efeitos	mais	estudados,	destaca-se	a	redução	da	concentração	de	
K+	em	função	do	incremento	da	salinidade	(mecanismo	de	tolerância).	
A	capacidade	de	absorção	seletiva	de	K+	esta	associada	à	eliminação	de	Na	+.		
Efeitos	da	salinidade	
A	eliminação	de	Na+		do	citosol,	
para	o	vacúolo	ou	para	o	apoplasto,	
ocorre	através	do	antiporte	Na+	/
H+	.	O	antiporte	é	um	transporte	
ativo	secundário	que	utiliza	o	
gradiente	eletroquímico	
estabelecido	por	H+-ATPase	
Classificação	das	plantas	quanto	a	
quantidade	de	água	disponível	
• Hidrófitas	-	Crescem	parcial	ou	totalmente	submersas,	onde	a	água	
é	abundante,	podendo	viver	em	água	doce	ou	alta	salinidade.	
Classificação	das	plantas	quanto	a	
quantidade	de	água	disponível	
• Mesófitas	–	vivem	bem	onde	a	disponibilidade	hídrica	é	
intermediária	e	as	precipitações	são	adequadas,	ou	a	água	
necessária	é	fornecida	por	irrigação	
Classificação	das	plantas	quanto	a	
quantidade	de	água	disponível	
• Halófitas	–		São	essencialmente	terrestres,	estão	adaptadas	a	
viverem	no	mar	ou	próximo	dele,	sendo	tolerantes	à	salinidade.	A	
sua	tolerância	pode	atingir	até	cerca	de	15	g	de	cloreto	de	sódio	por	
litro,	equivalente	a	metade	da	concentração	da	água	do	mar	
Classificação	das	plantas	quanto	a	
quantidade	de	água	disponível	
• c)	Xerófitas	-	Ocorrem	geralmente	em	desertos	ou	em	regiões	de	
baixa	precipitação	pluviométrica.		
Xerófitas	
Características	
Folhas	pequenas	 Presença	de	pelos	e	espinhos	
Armazenam	água	
em	caules	e	folhas	
Cutícula	cerosa	
Quase	sempre	
apresentam	o	
metabolismo	CAM	
Metabolismo	ácido	das	crassuláceas	
O comportamento CAM não permite uma grande acúmulo de matéria 
seca, porém economiza água, podendo então ser considerado como a 
única via fotossintética que confere adaptação à seca	
PEPcase	
Rubisco	
Bombeamento	de	K+	direciona	água	
↑[K]		
>P.O.		
Célula	Turgida	
↓[K]		
<P.O.		
Célula		Flácida	
•  Planta	do	
deserto	
Mecanismos	de	adaptação	
	Os	mecanismos	de	resistência	à	seca	podem	ser	entendidos	no	
sentido	de	prevenir	a	queda	no	potencial	água	nos	tecidos	vegetais	
(prevenção	à	seca)	ou	tolerar	a	queda	no	potencial	água	dos	tecidos	
provocada	pela	desidratação	celular	sem	ocorrer	danos	fatais	nos	
processos	metabólicos	(tolerância	à	seca).	
	
• Considerável aumento na espessura epidérmica da raiz conforme a 
salinidade dos habitats aumentou. 
 
• Consistente e expressivo aumento na espessura da região cortical da raiz 
de acordocom os níveis crescentes de salinidade dos habitats. 
• A área celular da endoderme e periciclo sofreram gradual e significativo 
aumento à medida em que os níveis de salinidade dos habitats 
aumentaram. 
• Nos caules observou-se gradual e significativo aumento da área do feixe 
vascular conforme o nível de salinidade dos habitats aumentava. 
• A superfície da folha, tanto a adaxial quanto abaxial, exibiu notável 
aumento nas suas áreas de células epidérmicas juntamente com o 
gradiente de salinidade do habitat. 
•  A espessura foliar e a área do feixe vascular aumentaram 
significativamente, conforme o aumento no gradiente salino do habitat. Tal 
adaptação ocorria enquanto o ambiente sustentasse um nível moderado 
de salinidade.

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