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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO É o componente eferente do sistema nervoso visceral. É dividido em simpático e parassimpático SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE As fibras viscerais aferentes conduzem impulsos nervosos originados em receptores situados nas vísceras (visceroceptores). Em geral, essas fibras integram nervos predominantemente viscerais, juntamente com as fibras do SNA. Assim, sabe-se hoje que a grande maioria das fibras aferentes que veiculam a dor visceral acompanha as fibras do SN simpático, fazendo exceção as fibras que inervam alguns órgãos pélvicos que acompanham nervos parassimpáticos Os impulsos nervosos aferentes viscerais, antes de penetrar no SNC, passam por gânglios sensitivos. No caso de impulsos que penetram pelos nervos espinais, estes gânglios são os gânglios espinais Grande parte das fibras viscerais conduzem impulsos que não se tornam conscientes, importantes para a realização de reflexos viscerais ou viscerossomáticos. Ex: visceroceptores: seio carotídeo (sensível à variação de pressão arterial) e corpo carotídeo (sensível às variações nas taxas de O2 do sangue), situados próximo à bifurcação da carótida comum. Impulsos neles são levados ao SNC pelo nervo glossofaríngeo. Muitos impulsos se tornam conscientes, manifestando-se sob a forma de sede, dor, fome, plenitude gástrica... A sensibilidade visceral difere da somática principalmente por ser mais difusa, não permitindo localização precisa. Além disso, os estímulos que determinam dor somática são diferentes daqueles que determinam dor visceral. Ex: secção da pele é dolorosa, mas de uma víscera não. A distensão de uma víscera é muito dolorosa, o que não ocorre na pele. Há a dor referida. Frequentemente é observada manifestação dolorosa em determinados territórios cutâneos. Ex: diafragma ombro; apendicite parede abdominal da fossa ilíaca direita DIFERENÇAS ENTRE O SN SOMÁTICO EFERENTE E VISCERAL EFERENTE/AUTÔNOMO No SN somático apenas um neurônio que liga o SNC ao órgão efetor corpo, na medula, localiza-se na coluna anterior, saindo o axônio pela raiz anterior e terminando em placas motoras nos mm. estriados esqueléticos No SNA, há dois neurônios unindo o SNC ao órgão efetuador. Um deles tem o corpo dentro do SNC (medula ou tronco encefálico), o outro tem seu corpo localizado no SNP (são neurônios multipolares) Os neurônios que têm seus corpos dentro do SNC neurônios pré-ganglionares Os neurônios que tem seus corpos fora do SNC neurônios pós-ganglionares Obs: não existem placas motoras no SNA ORGANIZAÇÃO GERAL DO SNA Corpos dos neurônios pré-ganglionares *medula espinal (T1-L2 coluna lateral) + (S2-S4) *tronco encefálico (núcleos de alguns nervos cranianos. Ex: vago) Corpo do neurônio pós-ganglionar gânglios do SNA, onde são envolvidos por anficitos (neuróglia) Fibra pré-ganglionar axônio do neurônio pré-ganglionar, envolvido pela bainha de neurilema (lemócitos) e pela bainha de mielina neurônio mielínico Fibra pós-ganglionar axônio do neurônio pós-ganglionar, envolvido apenas pela bainha de neurilema Nos gânglios do SNA, a proporção entre fibras pré e pós-ganglionares varia muito. Já no simpático, usualmente uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um grande número de neurônios pós-ganglionares *Hipotálamo e sistema límbico regulam as funções viscerais e também estão relacionadas com o comportamento emocional. Impulsos nervosos originados nessas estruturas são levados por fibras especiais que terminam nos neurônios pré-ganglionares. Por este mecanismo, o SNC influencia o funcionamento das vísceras. Dessa forma, é possível compreender as alterações do funcionamento das vísceras que frequentemente acompanham os graves distúrbios emocionais DIFERENÇAS ENTRE O SNA SIMPÁTICO E O PARASSIMPÁTICO DIFERENÇAS ANATÔMICAS POSIÇÃO DOS NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES Simpático localizam-se na medula torácica e lombar (entre T1-L2) Parassimpático localizam-se no tronco encefálico (núcleos dos nervos cranianos III, VII, IX, X) e na medula sacral (S2-S4) POSIÇÃO DOS NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES Simpático gânglios localizam-se longe das vísceras e próximos da coluna vertebral (gânglios paravertebrais e pré-vertebrais) Parassimpático gânglios próximos ou dentro das vísceras TAMANHO DAS FIBRAS PRÉ-GANGLIONARES Simpático curtas Parassimpático longas TAMANHO DAS FIBRAS PÓS-GANGLIONARES Simpático longas Parassimpático curtas ULTRAESTRUTURA DA FIBRA PÓS-GANGLIONAR Sabe-se que as fibras pós-ganglionares possuem vesículas sinápticas de dois tipos: granulares e agranulares, podendo as primeiras serem grandes ou pequenas A presença de vesículas granulares pequenas é uma característica exclusiva das fibras pós-ganglionares SIMPÁTICAS Nas fibras pós-ganglionares parassimpáticas predomina-se vesículas agranulares No SNP, as vesículas granulares pequenas contém noradrenalina, enquanto na maioria das vesículas agranulares há acetilcolina DIFERENÇAS FARMACOLÓGICAS Dizem respeito à ação de drogas As fibras nervosas que liberam acetilcolina são chamadas colinérgicas e as que liberam noradrenalina, adrenérgicas (hoje sabe-se que nos mamíferos, é a noradrenalina e não a adrenalina o principal neurotransmissor nas fibras adrenérgicas) As fibras pré-ganglionares, tanto simpáticas como parassimpáticas, e as fibras pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas Contudo, a grande maioria das fibras pós-ganglionares do sistema simpático é adrenérgica Fazem exceção as fibras que inervam as glândulas sudoríparas e os vasos dos mm. estriados esqueléticos, que, apesar de serem simpáticas, são colinérgicas DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS De modo geral, o sistema simpático tem ação antagonista à do parassimpático em um determinado órgão. Há exceções. Ex: nas glândulas salivares os dois sistemas aumentam a secreção Além disso, eles trabalham harmonicamente na coordenação da atividade visceral, adequando o funcionamento de cada órgão às diversas situações a que é submetido o organismo Na maioria dos órgãos, a inervação autônoma é mista. Entretanto, alguns órgãos possuem inervação puramente simpática, como as glândulas sudoríparas, os mm. eretores dos pelos e o corpo pineal de vários animais. Na maioria das glândulas endócrinas, as células secretoras não são inervadas, uma vez que seu controle é hormonal, existindo apenas a inervação simpática da parede dos vasos. Em algumas glândulas exócrinas (ex. lacrimais), a inervação do parênquima é parassimpático, ficando o simpático restrito aos vasos O parassimpático possui ações sempre localizadas a um órgão ou setor do organismo, enquanto o simpático embora, também possa ter ação localizada, tendem a ser difusas, atingindo vários órgãos No parassimpático, uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um número relativamente pequeno de fibras pós-ganglionares. Já no simpático, a fibra pré-ganglionar faz sinapse com um número elevado de fibras pós-ganglionares SNA SIMPÁTICO Dilatação da pupila (MIDRÍASE) Aumento do ritmo cardíaco e da circulação coronária (dilatação) Vasoconstrição nos vasos mesentéricos e cutâneos (mobiliza o sangue para os mm. estriados) Aumento na pressão arterial Dilatação dos brônquios Diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres Aumento da sudorese e ereção dos pelos Aumento da liberação de glicose no fígado Diminuição da secreção das glândulas digestivas e pâncreas Ejaculação Lipólise no tecido adiposo Imunossupressão nos órgãos linfoides SNA PARASSIMPÁTICO Constrição da pupila (MIOSE) Diminuição do ritmo cardíaco e constrição das coronárias Diminuição da pressão arterial Constrição dos brônquios Aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres Armazenamento de glicogênio Ereção Imunoativação nos órgãos linfoides OBS: medula da glândula suprarrenal possui inervação exclusivamente simpática OBS: glândula sudorífera, mm. eretores dos pelos, vasos sanguíneos acetilcolina ao invés de noraepinefrina, apesar da inervação ser simpática SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO As fibras do sistema nervoso simpáticodeixam a medula espinal pelos ramos ventrais e penetram no tronco simpático TRONCO SIMPÁTICO cadeia de gânglios paravertebrais unidos através de ramos interganglionares. Cada tronco estende-se da base do crânio até o cóccix, onde termina unindo-se com o lado oposto Porção cervical: gânglios cervicais superior, médio e inferior, sendo o médio, as vezes, não visualizado no homem. Quando o gânglio cervical inferior está fundido ao primeiro torácico, é chamado gânglio cervicotorácico/estrelado Na porção torácica, o número de gânglios (10-12) geralmente é menor que o de nervos espinais (fusão de gânglios). Há, na porção lombar, 3 a 5 gânglios, na porção sacral 4 a 5 e na coccígea apenas 1 (gânglio ímpar) NERVOS ESPLÂNCNNICOS E GÂNGLIOS PRÉ-VERTEBRAIS Os nervos esplâncnicos são constituídos por fibras pré-ganglionares, além de fibras aferentes viscerais Os nervos esplâncnicos maior, menor e imo originam-se na porção torácica do tronco simpático a partir de T5 e apresentam trajeto descendente. Atravessam o diafragma e terminam nos gânglios pré-vertebrais Existem dois gânglios celíacos, dois aórtico renais, um mesentérico superior, um mesentérico inferior Os nn. esplâncnicos maior e menor terminam, respectivamente, nos gânglios celíaco e aórtico-renal OBS: apesar dos nervos esplâncnicos se originarem aparentemente dos gânglios paravertebrais, eles são constituídos por fibras mielínicas pré-ganglionaresm além de um número considerável de fibras viscerais aferentes RAMOS COMUNICANTES Unem o tronco simpático aos nervos espinais Os BRANCOS ligam a medula ao tronco simpático, sendo constituídos de fibras pré-ganglionares além de fibras aferentes viscerais. Os CINZENTOS são constituídos de fibras pós-ganglionares, amielínicas. Obs: somente existem ramos comunicantes brancos nas regiões torácica e lombar alta (T1-L2), visto que as fibras pré-ganglionares emergem apenas desses níveis. Já os cinzentos ligam o tronco simpático a todos os nervos espinais FILETES VASCULARES e NERVOS CARDÍACOS FIBRAS PRÉ-GANGLIONARES - localização dos corpos dos neurônios: coluna lateral da medula espinal (T1-L2) - destino e trajeto: 1) gânglio paravertebral situado no mesmo nível, de onde a fibra saiu pelo ramo comunicante branco 2) gânglio paravertebral situado acima ou abaixo deste nível. As fibras, neste caso, chegam ao gânglio pelos ramos interganglionares. Por este trajeto as fibras chegam a gânglios acima de T1 ou abaixo de L2 (em níveis onde já não emergem fibras pré-ganglionares simpáticas da medula, não existindo, pois, ramos comunicantes brancos) 3) gânglio pré-vertebral. As fibras chegam pelos nervos esplâncnicos (fibras pré-ganglionares que passam pelos gânglios paravertebrais sem, no entanto, aí fazerem sinapse) FIBRAS PÓS-GANGLIONARES - localização dos corpos dos neurônios: gânglios para e pré-vertebrais - destino: glândula, músculo liso ou cardíaco - trajetos: 1) por intermédio de um nervo espinal Neste caso, as fibras voltam ao nervo espinal pelo ramo comunicante cinzento e se distribuem no território de inervação desse nervo 2) por intermédio de um nervo independente Nervo liga diretamente o gânglio à víscera 3) por intermédio de uma artéria Fibras pós ganglionares acolam-se à artéria e a acompanham em seu território de vascularização SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Neurônios estão situados no tronco encefálico e na medula sacral Suas fbs não trafegam pelos ramos dos nervos espinais (segmentos sacrais são exceções), mas em 4 nervos cranianos (III, VII, IX, X) Realizam sinapse com neurônios pós-ganglionares em gânglios próximos ou no interior das paredes das vísceras inervadas PARTE CRANIANA DO PARASSIMPÁTICO Constituída por alguns núcleos do tronco encefálico, gânglios e fibras nervosas em relação com alguns nervos cranianos Nos núcleos localizam-se os corpos dos neurônios pré-ganglionares, cujas fibras pré0ganglionares atingem os gânglios através dos pares cranianos 3, 7, 9 e 10. Dos gânglios saem fibras pós-ganglionares para as glândulas, mm. liso ou cardíaco. Núcleo acessório do nervo oculomotor (III par) gânglio ciliar Inerva m. esfíncter da pupila e m. ciliar Núcleo salivatório superior (VII par – nervo intermédio) gânglio submandibular Inerva glândulas submandibular e sublingual Núcleo salivatório inferior (IX par) gânglio ótico Inerva glândula parótida Núcleo lacrimal (VII par – nervo intermédio) gânglio pterigopalatino Inerva glândula lacrimal Núcleo dorsal do vago (X par) gânglios nas vísceras torácicas e abdominais (ventrais e torácicos) Inerva vísceras torácicas e abdominais GÂNGLIOS CILIAR Situado na cavidade orbitária, lateralmente ao nervo óptico, relaciona-se com o ramo oftálmico do trigêmeo Recebe fbs pré-ganglionares do III par (oculomotor) e envia (por meio dos nervos ciliares curtos) fibras pós-ganglionares, que ganham o bulbo ocular e inervam os mm. ciliar e esfíncter da pupila PTERIGOPALATINO Situado na fossa pterigopalatina Ligado ao ramo maxilar do n. trigêmeo Recebe fibras pré-ganglionares do VII par e envia fbs pós-ganglionares para a glândula lacrimal (e para glândulas da mucosa da cavidade nasal) ÓTICO Situado junto ao ramo mandibular do trigêmeo, logo abaixo do forame oval Recebe fibras pré do IX par e manda pós para a parótida, por meio do nervo auticolotemporal SUBMANDIBULAR Situado junto ao nervo lingual, no ponto em que este se aproxima da glândula submandibular Recebe fibras pré-ganglionares do VII par e manda fibras pós-ganglionares para as glândulas submandibular e sublingual O trajeto das fibras pré-ganglionares até o gânglio pode ser muito complexo. Frequentemente, ela chega ao gânglio por um nervo diferente daquele no qual saiu do tronco encefálico PARTE SACRAL DO PARASSIMPÁTICO Neurônios pré-ganglionares nos segmentos sacrais S2, S3 e S4. As fibras pré saem pelas raízes ventrais dos nervos sacrais correspondentes, ganham o tronco desses nervos, dos quais se destacam para formam os nervos esplâncnicos pélvicos Por meio destes nervos, atingem as vísceras da cavidade pélvica, onde terminam fazendo sinapse nos gânglios aí localizados. Obs: tmb são chamados de nervos eretores. Sua lesão causa a impotência PLEXOS VISCERAIS Emaranhado de filetes nervosos e gânglios, que contém elementos tanto do sistema simpático quanto do parassimpático, amém de fibras aferentes viscerais. Obs: nos plexos entéricos ainda há neurônios não ganglionares - CARDÍACO, PULMONAR, ESOFÁGICO - CELÍACO Localizado na parte profunda da região epigástrica, adiante da aorta abdominal e dos pilares do diafragma, na altura do tronco celíaco. Maioria dos nervos que contribuem com fibras pré-ganglionares para esse plexo tem origem na cavidade torácica: nervos esplâncnicos maior e menor, troncos vagais anterior e posterior - ENTÉRICOS (mioentérico e submucoso) No interior das paredes do trato gastrointestinal. Além de neurônios ganglionares, há interneurônios e neurônios sensoriais - PLEXOS DA CAVIDADE PÉLVICA Hipogástricos superior e inferior Para formação dos plexos hipogástricos: *filetes nervosos dos plexos aórtico-abdominal, *nervos esplâncnicos pélvicos, *filetes nervosos que se destacam dos gânglios lombares e sacrais do tronco simpático INERVAÇÃO DA BEXIGA Fibras viscerais aferentes da bexiga ganham a medula através do SN simpático e parassimpático SIMPÁTICO sobem pelos nervos hipogástrico e plexo hipogástrico superior, atingindo os segmentos torácicos baixos lombares da medula (T10-L2) PARASSIMPÁTICO seguem pelos nervos esplâncnicos pélvicos, terminando na medula sacral por meio das raízes dos nervos S2, S3 e S4 - ARCO REFLEXO DA MICÇÃO: a partir das fibras aferentes que chegam à região sacral. A parte eferente está a cargo da inervação parassimpática Os impulsos parassimpáticos causam relaxamento doesfíncter e a contração do músculo detrusor, permitindo o esvaziamento vesical. Assim, o sistema simpático possui pouca ou nenhuma influência na micção O estímulo para o reflexo da micção (que existe até aprox. 1 ano) é devido à distensão da bexiga urinária Neurônios pré-ganglionares em S2, S3 e S4 fibras pré-ganglionares nervos esplâncnicos pélvicos gânglios parassimpáticos do plexo pélvico na parede da bexiga fibras pós-ganglionares (muito curtas) contração da musculatura lisa da parede da bexiga (m. detrusor) e relaxamento do esfíncter esvaziamento vesical
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