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• O tecido muscular é responsável pelos movimentos corporais e é formado por células alongadas que contém filamentos responsáveis pela contração. Origem Mesoderma Mesoderma Paraxial Somitos Origem • Em geral, os músculos tem origem mesodérmica. Com a formação da notocorda, o mesoderma diferencia-se em: paraxial, intermediário e lateral. • O mesoderma paraxial ao final da 3ª semana diferencia-se em somitos. • Ao final da 5ª semana estão presentes 42 a 44 pares de somitos, que avançam cefalocaudalmente, dando origem ao esqueleto axial e a maior parte dos músculos associados. • Obs.: músculo liso e músculo cardíaco derivam do mesoderma esplâncnico. Fibras Musculares • Alongadas, fusiformes ou cilíndricas; • Contráteis; • Miofibrilas. Fibras Musculares • São as células especializadas em contração e relaxamento. Elas se agrupam em feixes para formar os músculos. • Podem ter forma alongada, fusiforme ou cilíndrica. São nutridas e inervadas por tecido conjuntivo, que as mantem unidas e permite que a força de contração seja transmitida a tendões, ligamentos e osso. • Dentro dessas fibras há microfilamentos denominados miofibrilas que preenchem o sarcoplasma (citoplasma), formando um conjunto de sarcômeros organizados e alinhados. • Os sarcômeros são as unidades contráteis formadas principalmente pelas proteínas actina e miosina. Camadas de tecido conjuntivo que envolvem as fibras musculares • Endomísio: recobre uma única fibra; • Perimísio: recobre um feixe de fibras; • Epimísio: recobre todo o músculo. Tipos de tecido muscular Músculo Estriado Esquelético • Células cilíndricas, longas, com estriações, multinucleadas, núcleos de posição periférica, contração voluntária. Músculo Estriado Esquelético • Estriações: alternância entre faixas claras (I) e escuras (A). Repetição de sarcômeros; • Núcleos próximos ao sarcolema; • Filamentos grossos: actina / filamentos finos: miosina; • Contração rápida e vigorosa; • Pequena capacidade de regeneração. Contração • A contração muscular é o deslizamento da proteína actina sobre a miosina; • Deve existir cálcio dentro da fibra muscular; • O impulso estimula o retículo sarcoplasmático a liberar cálcio; • O cálcio se liga a troponina que será deslocada e libera o encaixe da actina com a miosina e o deslizamento entre elas, promovendo a contração. Músculo Estriado Cardíaco • Células cilíndricas, ramificadas, com estriações, 1 a 2 núcleos de posição central, contração involuntária. Músculo Estriado Cardíaco • As células se unem por estruturas especiais, os discos intercalares (complexos juncionais); • Estriações transversais; • Cada fibra é recoberta por tecido conjuntivo altamente vascularizado; • Contração autorrítmica; • Não tem capacidade de se regenerar. Músculo Liso • Células fusiformes, sem estriações, núcleo único e de posição central, contração involuntária. Músculo liso • Vísceras, vasos sanguíneos, vias aéreas e a maioria dos órgãos da cavidade abdominopélvica; • Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo; • Células unidas por fibras reticulares (colágeno tipo III + glicídios) • Regeneração mais eficiente; • Junções comunicantes. Retículo Sarcoplasmático Sistema de túbulos transversais Mecanismo de contração Quando as células nervosas inervam as fibras musculares (placa motora) há uma onda de permeabilidade da membrana, que passa para os túbulos T, e assim as cisternas do retículo sarcoplasmático disponibilizam Ca2+. O Ca2+ se combina com a unidade TnC da troponina. Assim muda a conformação das três subunidades A molécula de tropomiosina é empurrada para mais para dentro do sulco da hélice de actina Ficam expostos os locais de ligação da actina com a miosina Com a combinação dos íons de cálcio com a subunidade TnC corresponde à fase em que o complexo miosina- ATP é ativado. LIBERA ADP + Pi (fosfato orgânico) + ENERGIA Com a liberação de energia, ocorre a deformação da cabeça e de parte do bastão da miosina, aumentando a curvatura da cabeça. Como a actina está combinada com a miosina, o movimento da cabeça da miosina empurra o filamento da actina, promovendo seu deslizamento sobre o filamento de miosina. CONTRAÇÃO MUSCULAR Unidade motora Executam movimentos muito precisos. Cada uma de suas fibras musculares é inervada por uma só fibra nervosa Menos precisos Uma fibra nervosa inerva várias fibras musculares Fusos Musculares e Corpúsculos Tendíneos de Golgi RECEPTORES: Proprioceptores CONSTITUÍDO: Fibras Intrafusais Fibras nervosas sensoriais penetram os fusos musculares e aí detectam modificações no comprimento da fibra intrafusal transmitindo essa informação a medula espinhal. Neste órgão são ativados diversos mecanismos complexos de complexidade variável que atuam sobre certos grupos musculares, participando do mecanismo de controle da postura e da coordenação de músculos opostos durante as atividades motoras. Fuso Muscular Fuso muscular mostrando fibras nervosas aferente e eferentes (em relação ao sistema nervoso central) que fazem sinapses com fibras musculares intrafusais (fibras musculares esqueléticas modificadas). Notar o terminal nervoso complexo nas fibras intrafusais e os dois tipos de fibras. Um tipo tem pequeno diâmetro e o outro tem uma dilatação contendo muitos núcleos. Os fusos musculares participam do controle da postura corporal e coordenam a contração de músculos que se opõem. Corpúsculo de Golgi • Esta estrutura capta informação sobre a diferença de tensão entre os tendões e transmite essa informação para o sistema nervoso central, onde elas são processadas e participam da coordenação da intensidade das contrações musculares. Sistema de Produção de Energia • Corte da língua, um órgão com muitas fibras musculares esqueléticas. Estas fibras aparecem na cor castanha porque o corte foi tratado por técnica imunocitoquímica para mioglobina. Área claras possuem contêm tecido conjuntivo. Na parte mais superior da foto nota-se o epitélio estratificado queratinizado que reveste a língua. Os núcleos celulares estão corados pela hematoxilina. Pequeno aumento. • É constituído por células alongadas e ramificadas que se prendem por meio junções intercelulares complexas. • Apresentam estriações transversais semelhantes às do músculo esquelético. • Possuem fibras com apenas um ou dois núcleos centralmente localizados. Músculo cardíaco Músculo esquelético Discos intercalares São complexos juncionais encontrados na interface de células musculares adjacentes. Essas junções aparecem como linhas retas ou exibem um aspecto em escada. Especializações juncionais: • Zônula de adesão: servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais. • Desmossomos: unem as células musculares cardíacas, impedindo que elas se separem durante a atividade contrátil. • Junções comunicantes: são responsáveis pela continuidade iônica entre células musculares vizinhas. • A estrutura e a função das proteínas contráteis das células musculares cardíacas são praticamente as mesma descritas para o músculo esquelético; • Embora...• No músculo cardíaco o sistema T e o retículo sarcoplasmático não são tão bem organizados como no músculo esquelético; • Os túbulos T cardíacos se localizam na altura da banda Z e não na junção das bandas A e I. Por isso, no músculo cardíaco existe apenas uma expansão de túbulos T por sarcômeros – representando as díades, uma das características do músculo cardíaco, constituída por um túbulo T e uma cisterna do retículo sarcoplasmático (RS). • No músculo esquelético há a presença de tríades, constituída por um túbulo T e duas cisternas do retículo sarcoplasmático (RS). • O músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias, ocupando 40% do volume citoplasmático. No músculo esquelético ocupa apenas 2%. • As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores. Esses grânulos são mais abundantes no átrio esquerdo. Eles contém a molécula precursora do hormônio ou peptídeo atrial natriurético (ANP). Hormônio esse que atua sobre os rins aumentando a eliminação de sódio e urina, e também, diminuindo a pressão arterial. O ANP têm efeito oposto à da aldosterona, que é um hormônio antidiurético, que promove a retenção de água e sódio, e aumenta a pressão arterial. • Formado por Células Longas • Com formato fusiformes • Núcleo bem Centralizado • Células unidas através de Redes de Fibras elásticas • Apresentam Cavéolas onde se acumulam íons cálcio • Transmissão do impulso nervoso se dá através de junções comunicantes Mecanismo de Contração do Músculo Liso • Embora dependente do deslizamento de filamentos de actina e miosina, o mecanismo de contração do músculo liso é diferente do observado nos músculos estriados; • Existem no sarcoplasma filamentos de actina estabilizados pela combinação com tropomiosina, porém não existem sarcômeros nem troponina; • Nos outros tecidos musculares a miosina é do tipo I e permanece sempre estirada. O músculo liso, entretanto, contém Miosina II; cujas moléculas se conservam enrodilhadas, quando não combinadas com um radical fosfato. M E C A N I S M O DE C O N T R A Ç Ã O SNA Ca++ Extracelular Intracelular CA²+ + Calmodulina CONTRAÇÃO Calmodulina-Ca²+ MLCK Fosforilação da Miosina II Forma filamentosa em que os sítios descobertos (atividade de ATPase) se combinam com a actina actina e miosina uns sobre os outros e deslizamento dos filamentos de Deformação da cabeça da Miosina II • Actina e miosina II estão ligadas a filamentos de Desmina e Vimentina presos aos CORPOS DENSOS da membrana da célula. Isto provoca a contração da célula como um todo. • A contração pode ser promovida pelo aumento sarcoplasmático de AMP-cíclico (cAMP), que ativa a quinase da cadeia leve da miosina II e a fosforilação dessa miosina. Alguns hormônios sexuais atuam dessa maneira sobre o músculo liso do útero. • Célula Muscular Lisa, além da capacidade contrátil, podem também sintetizar Colágeno Do Tipo III, Fibras Elásticas e Proteoglicanos. • Grau de controle do SNA sobre os m. lisos é muito variável. (Ex: Musculatura lisa do trato digestivo X M. liso da íriis do globo ocular). • As terminações nervosas adrenérgicas e colinérgicas atuam de modo antagônico, estimulando ou deprimindo a atividade contrátil do músculo. Em alguns órgãos as terminações colinérgicas estimulam e as adrenérgicas inibem a contração, enquanto em outros ocorre o contrário. Regeneração do Tecido Muscular • Músculo estriado esquelético: Pequena capacidade de regeneração. • Músculo estriado cardíaco: Não se regenera. • Músculo Liso: Reparação total. Myasthenia Gravis Doença Autoimune. Fraqueza muscular . Causa redução da eficiência dos Receptores de Acth. Causada por anticorpos circulante no sangue que se ligam ao receptor de Acth causando bloqueio e em seguida destruição por lisossomos. Referências bibliográficas • JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. • MOORE K L., PERSAUD T.V.N. Embriologia Clínica. 8ª Edição. Elsevier, 2008. • FATTINI, C.A.; DANGELO, J.G. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007. • SOBOTTA J. & WELSCH U. SOBOTTA Atlas de Histologia – Citologia, Histologia e Anatomia Microscópica – 7ª Edição Editora Guanabara Koogan (Grupo GEN). 2007.
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