Buscar

Tipos de Hipersensibilidade Imunologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

HIPERSENSIBILIDADE
Hipersensibilidade se refere às reações excessivas, indesejáveis (danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imune normal. Reações de hipersensibilidade requerem um estado pré-sensibilizado (imune) do hospedeiro. Reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV, baseados nos mecanismos envolvidos e tempo levado para a reação. Frequentemente, uma condição clínica particular (doença) pode envolver mais de um tipo de reação. Veremos a seguir como funciona esses tipos correlacionando com algumas patologias.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I
-Th2
-Alergia/Atopia
-3 fases:
Sensibilização
Ativação
Efetora

Conhecida também como anafilática ou imediata, necessita de exposição subsequente a um alérgeno, com resposta imune TH2. Pode envolver tecido da pele (urticária), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorréia), tecidos broncopulmonares (asma) e gastrointestinais (gastroenterite). Alérgeno é qualquer partícula inócua de baixo peso molecular e alta solubilidade, que devia ser tolerada, entretanto o organismo ultrapassa as barreiras da tolerância desempenhando uma resposta exagerada.
Primeiramente, a célula dendrítica captura o antígeno inócuo, realizando a apresentação e liberação das IL-12, IL-18 e TGF-β aos linfócitos T naive, estes sofrem processo de diferenciação para os linfócitos TH2. Os Linfócitos TH2 (maturo) secreta as interleucina IL-4, IL-5, IL-9 e IL-13, estas que de modo geral atuarão suprimindo respostas TH1 e estimulando os Linfócitos B Naive que apresenta receptores IgM e IgG (BCR), ao qual farão o processo de swit, a fim da troca para classe de imunoglobulinas IgE. A porção FAB do anticorpo se ligará a porção FCεRI expressada pelos mastócitos (Centro de desenvolvimento do Hiper I), processo esse que se chama sensibilização
‘’PRIMEIRO CONTATO’’. Já no segundo contato, ocorrerá o processo de ligação cruzada, ao qual é caracterizado pela ligação antígeno-anticorpo-mastócito, como visto na imagem abaixo:
Esta reação liberará mediadores para duas fases, a fase inicial e fase tardia.
Fase Inicial: A fase inicial é caracterizada pela degranulação dos mastócitos (Histamina, enzimas e proteoglicanos) e liberação dos fosfolipídios de membrana (Cascata do ácido aracdônico – leucotrienos, prostaglandinas, tromboxano e prostaciclina- e PAF- Fator indutor de plaquetas), que em geral farão vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e contração do musculo liso, causando assim edema e dor dos sinais cardinais. Têm início no tempo de 5-30 minutos e começa a decair a partir de 60 minutos.
Fase tardia: Será caracterizado pela secreção de citocinas, TNF-α, IL-4, IL1. Causando assim a reação inflamatória, broncoespasmo, destruição tecidual e infiltração tecidual, inicia-se 2-8 horas posteriormente o segundo contato com o alérgeno.
Segue o esquema a seguir resumindo a hipersensibilidade:
HIPERSENSIBILIDADE TIPO II
Direcionado contra antígenos próprios fixos sendo decorrente de uma ação citotóxicas. Os antígenos podem ser componentes celulares ou teciduais, estes podem ser moléculas normais, intrínsecas a membrana celular ou matriz celular e antígenos exógenos adsorvidos. Ocorre a participação de anticorpos IgG e IgM, podendo desenvolver uma resposta TH1 ou TH17, ou seja, participação das células NK e polimorfonucleares. Em relação aos mecanismos possuímos 3 mecanismos; Opsonização e fagocitose, complemento e receptores FC mediadores da inflamação, disfunção celular mediada por anticorpos.
Opsonização e fagocitose: As células teciduais alvos, são recobertos com anticorpos com ou sem ativação de complementos (opsonização), já que os anticorpos possuem o sítio FC onde o complemento pode se ligar e ativar sua cascata pela via
clássica. Assim estas células tornam-se alvos de macrófagos e neutrófilos, estas possuem receptores nos sítios FC da IgG e do C3 (complemento).
Complemento e receptores FC mediadores da inflamação: Os anticorpos se ligam a antígenos celulares ou teciduais e ativam o sistema complemento pela via “clássica”, gerando produtos que irão realizar a quimiotaxia (Fragmentos de complemento C3A, C4A e C5A), atuarão recrutando neutrófilos e monócitos, desencadeando inflamação nos tecidos. Estes podem ser ativados pela ligação dos receptores de Fc, que reconhecem os anticorpos ligados (ex:pênfigo), estas células normalmente são destruídas no baço, este fato apresenta importância clínica na esplenectomia em doenças autoimunes.
Disfunção celular mediada por anticorpos: Em alguns casos, anticorpos direcionados contra receptores da superfície celular alteram ou desregulam a função celular sem causar danos ou inflamação. Os anticorpos também podem estimular a função das células de modo excessivo podendo o anticorpo atuar de modo a bloquear hormônios. Anticorpos contra hormônios e outras proteínas essenciais podem neutralizar e bloquear as ações dessas moléculas, causando alterações funcionais.
Todos esses fatores, podem gerar imunocomplexos, principalmente decorrente do processo inflamatório, com liberação de leucotrienos, prostaglandinas, enzimas lisossômicas que acabam degradando o tecido, estes se ligam aos anticorpos e proteínas do sistema complemento, gerando assim os imunocomplexos.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO III
Basicamente podemos ter o desenvolvimento da resposta por intermédio de IgM e IgG, o antígeno é solúvel com tempo de resposta de 3-8 horas, necessitando de uma sensibilização prévia do sistema imune pelos antígenos, assim como nas demais hipersensibilidades. Essa resposta causa eritema, edema e necrose, um exemplo de patologia causada é a dengue hemorrágica. O antígeno pode ter origem endógena (decorrente do metabolismo ou doenças autoimunes), bem como origem exógena decorrente da destruição de microrganismos invasores. Estes antígenos se ligam a anticorpos circulantes (IgM e IgG), que por sua vez ligam-se ao sistema complemento formando imunocomplexos.
O mecanismo consiste na produção de imunocomplexos pela lesão tecidual somatizado a queda ou supersaturação do sistema complemento, ou seja, o aporte de sistema complemento não será mais suficiente para realizar a opsonização do complexo e carreamento pelos receptores da hemácia. Assim, os imunocomplexos passam a circular livremente pego sangue, estacionando e impedindo o fluxo nos pequenos vasos, outra hipótese é a ligação dos anticorpos do imunocomplexo pelo sitio FAB do mesmo.
Os imunocomplexos estacionários ou circulantes, por sua vez, liberam fragmento do sistema complemento, estes podem atuar como quimiotáticos (C3A, C4A, C5A), principalmente de macrófagos e neutrófilos, assim como na opsonização (C3B) e Complexo de ataque a membrana (MAC). Os polimorfonucleares possuem receptores para o fragmento C3B, no caso o CR1, fazendo com que estas células liberem enzima líticas causando danos teciduais e produção de mais restos celulares, gerando mais imunocomplexos.
Os polimorfonucleares e fagócitos na tentativa de fagocitar o imunocomplexo acaba liberando citocinas quimiotáticas, enzimas lisossômicas e espécies reativas de oxigênio, lesando o tecido e causando a liberação de prostaglandinas, peptídeos vasodilatadores.
Ocorre ainda a ativação plaquetário XXII, Fator de Hageman, culminando na agregação plaquetária e gerando micro trombos levando a vasculite. Essa vasculite pode levar ao desenvolvimento de patologias, acometendo principalmente a pele, articulações e o rim, o ultimo se deve ao fato da característica de filtração glomerular (vasos pouco calibrosos), desenvolvendo assim a glomerulonefrite.
Podemos ainda classificar o desenvolvimento dessas patologias como locais e sistêmicas, as locais geram edema com hemorragia e em alguns casos a ulceração. Já a sistêmica, pode ser dividida em três etapa: 1- formação complexo-antígeno na circulação, 2- depósito em vários tecidos e 3- reação inflamatória nos locais de deposito, o resultado final são sintomas de febre, urticária, artralgias, linfadenopatia,danos teciduais com proteinúria.
Doenças relacionadas: Lúpus Eritematoso Sistêmico, Glomerulonefrite, Poliartrite nodosa, Doença do Sono, Reação de Arthus e Artrite Reumatoide.
Hipersensibilidade IV
A hipersensibilidade tipo IV não tem a participação de nenhum anticorpo e causam lesões teciduais, por meio de linfócitos T, já que é muito comum que os Antígenos nessa resposta sejam tecidos do nosso corpo. O tempo de resposta desta é de 48-72 horas. E para isto, o Ag precisa ser apresentado pelas APCs à TCD4, causando uma resposta tardia, no caso a mais comum ou à TCD8, causando uma resposta celular por citotoxidade direta (resposta imediata).
Tardia por TCD4:
A APC libera IL-12 ao apresentar o Ag ao CD4, e essa libera IFN-gama, que recrutará os macrófagos. Este, por meio de coestimuladores, liberará interleucinas, que dependendo das quais, ativará Th1 (IL-12 E IFN-gama) ou Th17 (IL-1, IL-6 e IL-23), após a ativação das Th17, elas irão liberar IL-17, que recrutará células pró-inflamátorias (neutrófilos e monócitos). Estas causarão inflamações que podem ser diferenciadas em hipersensibilidade de contato, tuberculínica ou granulomatosa.
HIPERSENSIBILIDADE RESUMIDAS
IMUNODEFICIÊNCIAS ADQUIRIDAS E RESPOSTA IMUNE
As imunodeficiências primárias são defeitos de um ou mais componentes do sistema imunológico, de caráter congênito e hereditário. Consistem em desordens imunológicas, acometendo a imunidade inata e a adaptativa. Tal fato gera um mecanismo inespecífico de resposta, mediados por barreiras epiteliais, proteínas do sistema complemento e células (NK, macrófagos entre outros).
As imunodeficiências secundárias são um prejuízo do sistema imune que resulta na enfermidade de uma pessoa que, anteriormente, não tinha essa resposta inadequada do sistema imune, que não possui caráter hereditário. A Hanseníase, e as suas diversas
formas como a Tuberculínica e a Virchoviana que são hipersensibilidade do tipo IV e III sendo uma imunodeficiência secundária. Os diferentes padrões de resposta imunes alteram a manifestação da doença no portador.
Por exemplo: A Hanseníase tuberculínica consiste em uma hipersensibilidade tipo IV com resposta TH1, já que envolve uma Mycobactéria, sendo está uma parasita intracelular obrigatória. No entanto, quando o paciente ou portador desenvolve uma imunodeficiência, ocorre a queda na resposta TH1, sobretudo pela diminuição de INF-γ, causando assim uma transição do balanço dos macrófagos M1 (Pró-inflamatórios)  M2 (Anti-inflamatórios). Nesse momento o organismo entende a queda de citocinas pró-inflamatória é uma busca do organismo à homeostase, transitando assim para resposta TH2(Supressora), tal mecanismo torna-se inadequado aos artifícios de infecção da Mycobacterium Leprae, contribuindo assim para disseminação da doença e transição da Hanseníase Tuberculínica para com a Virchoviana.

Continue navegando