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IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII Hipersensibilidade: distúrbios causados por respostas imunes exacerbadas. →este termo surgiu da definição clínica de imunidade como uma sensibilidade, baseando-se na observação de que um indivíduo que tenha sido exposto a um Ag exibe uma reação detectável, ou torna-se sensível, a encontros subsequentes com esse Ag Causas da Hipersensibilidade • Autoimunidade: reações contra Ag próprios; Doenças autoimunes afetam 2 %-5% da população nos países desenvolvidos, faixa etária de 20 a 40 anos e mais comum em mulheres. • Reações contra microrganismos: as respostas imunes contra Ag microbianos podem causar doença se as reações forem excessivas ou se os microrganismos forem anormalmente persistentes - as respostas das células T contra microrganismos persistentes podem dar origem a uma inflamação grave, com a formação de granulomas;Ex: tuberculose - se forem produzidos Ac contra Ag microbianos, há formação de imunocomplexos que se depositam nos tecidos e desencadeiam a inflamação • Reações contra Ag ambientais Produção de Ac IgE que causam doenças alérgicas. → o que ocorre na hipersensibilidade é que a resposta imune não é controlada adequadamente; como os estímulos para essas respostas imunes anormais são difíceis ou impossíveis de eliminar (p. ex., autoantígenos, microrganismos comensais e Ag ambientais), e o sistema imune possui muitas alças de retroalimentação positiva intrínsecas (mecanismos de amplificação), sempre que uma resposta imune patológica é iniciada, é difícil controlá-la. Dessa maneira, as doenças de hipersensibilidade tendem a ser crônicas e progressivas. Tipos de Hipersensibilidade Hipersensibilidade do tipo I ou imediata -é chamada de alergia ou atopia; causada por Ac IgE específicos para Ag ambientais;-é uma doença resultante da ativação de células T auxiliares produtoras de IL-4, IL-5 e IL-13, denominadas de Th2, onde as células T estimulam a produção de IgE e a inflamação. -Essas reações de hipersensibilidade mediada por IgE são chamadas de atópicas, pelo fato de terem anticorpos envolvidos. IgE liga no mastócito e no eosinófilo. -Mastócito tem receptor de alta afinidade pra IgE, em que a porção FC da IgE se liga no receptor com muita facilidade. -Eosinófilo tem receptor para porção FC da IgE, mas de baixa afinidade. Toda vez que o mastócito tiver o anticorpo ligado na sua superfície e quanto mais anticorpo estiver ligado a ele, significa que ele está sensibilizado e que o individuo terá alergia. Mastócitos liberam uma série de mediadores inflamatórios, histamina (vasodilatação, aumento de permeabilidade vascular, broncoconstrição, coceira: associada com fenômenos de vasos), prostaglandinas e leucotrienos (fatores quimiotáticos que atraem células de defesa para o local), citocinas (ativadoras de outras células, ajudando no processo de defesa), quimase, IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII triptase, que auxiliam no processo inflamatório. Doenças causadas por Hipersensibilidade do tipo 1 Dermatites Podem ser caracterizadas pela dependência da IgE, ou não. Pode haver processo inflamatório que acomete pele e mucosa sem ter a participação da IgE. Porém se houver participação de IgE , essa Dermatite é a ATÓPICA (ALERGIAS ATÓPICAS são mediadas por IgE). Para desenvolver algum tipo de alergia atópica (dermatite) é preciso ter contato prévio com o alérgeno*. No primeiro contato não se desenvolve alergia; alergia só é desencadeada a partir do segundo ou sucessivos contatos com aquele alergeno, pois já possui uma pequena quantidade de anticorpo, mas não é suficiente para desencadear um reação de defesa, e para fazer anticorpos suficientes para essa reação de defesa eficiente, as células devem sofrer expansão clonal e produzir células de memória. O plasmócito tem uma sequência para produção dos anticorpos. O primeiro gene da Ig que está presente é o da IgM (produzida pelo estímulo do Ag), depois o da IgG (produzida pelo estímulo de citocinas IFN gama), posteriormente os demais. Para produzir IgE, a fita de DNA do linfócito B deve ser deletada, sendo que o estímulo para produção são citocinas (IL4, responsável pela troca de isotipo). Existe um gene polimorfo nos indivíduos que tem alergia, polimorfismo no gene da IL4, fator hereditário herdado do pai ou da mãe, que promove a produção exacerbada de IL4, promovendo a troca do isotipo para IgE, e com isso aumenta a produção de IgE. Assim o fator mais importante para desencadear alergia é o fator hereditário. Sendo assim quem tem alergia está associado com perfil LTh2, pois são células que produzem muita IL4. Além disso a IL5 tbm está envolvida nesse aspecto da alergia , atuando sobre o eosinófilo, assim o paciente nesse quadro se encontra uma eosinofilia importante. Alérgenos: São substâncias químicas e proteínas ambientais. Passam pela ativação da resposta adaptativa humoral, onde será fagocitado e apresentado ao LTh. Para que se desenvolva hipersensibilidade tem esse LTh tem que assumir o perfil TH2, que produz elevadas quantidades de IL-4 e IL-5. IL-4: Faz o linfócito B se diferenciar em plasmócito e faz a troca de imunoglobulinas para IgE. IL-5: Atrai e ativa o eosinófilo, que liberam grânulos e realizam ADCC. Tipos de alérgenos: • Ácaros da poeira doméstica; • Veneno de abelha; • Penicilina; • Pelo de animais; • Pólen; IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII -Tem pessoas que fabricam anticorpos para vários tipos de alergeno, assim se encontra mastócitos com vários tipos de anticorpos que ligam a vários tipos de alergeno. Ex: penicilina, pelo de animal, ácaro, pólen, substâncias químicas, venenos de insetos (abelha). Obs: As reações fortes de defesa do organismo podem ser desde uma reação local ou generalizada, sistêmica. Características das manifestações clinicas locais: edema, prurido, hiperemia. Nas manifestações sistêmicas podem levar o indivíduo a choque anafilático e até ao óbito. Choque anafilático: Liberação de HISTAMINA, promove vasodilatação sistêmica, com queda da RPT, e queda da pressão, broncoconstrição, podendo levar a óbito. -Existe uma IgG do tipo 4 (neutralizadora), que não tem a função de ativar o sistema complemento, pois ele não fixa bem nela, então ela não é ativadora de complemento; neutraliza o Ag sem causar inflamação. Assim é realizada a terapia de dessensibilização, pois é produzido esse anticorpo, IgG do tipo 4 para competir com a IgE. A IgG não consegue se ligar ao mastócito, liga ao alergeno antes da IgE se ligar, e com isso diminui a produção de IgE específica para aquele tipo de alergeno. É por isso que tem algumas crianças que tinham alergia e se curaram pois podem ter se dessensibilizadas sozinhas, outras podem não ter esse mecanismo, pois há um fator genético de forte de influência nesse gene. -Para que o mastócito libere histamina, tem que haver 2 anticorpos IgE próximos um do outro, pois o alergeno liga nas porção FABS dos dois anticorpos ao mesmo tempo( chamado de reação cruzada) assim inicia a cascata de ativação do mastócito, até que ele faça a liberação do primeiro mediador químico que é a HISTAMINA, depois que ele vai liberar prostaglandina e leucotrieno. Além disso não basta só ter IgE, tem que ter IgE em grande quantidade, para desencadear a hipersensibilidade. -O mastócito libera de várias formas, através do sistema complemento, no qual o C3a e o C5a liga no mastócito(anafilatoxina) ajudando a liberar histamina; trauma no local, o mastócito vai liberar histamina, vai ficar vermelho, edemaciado; picada de inseto Mediadores pro-inflamatórios: 1. Mediadores primários: Histamina 2. Mediadores secundários: Prostaglandinas e leucotrienos ANTIHISTAMÍNICO não bloqueia histamina, ele bloqueia seu receptor. Histamina: promove edema, hiperemia, prurido, nas vias aéreas aumenta secreção de muco, broncoconstrição, promovendo a dificuldade de expiração Prostaglandinas e leucotrienos: Quimiotáticos, ajudam no aumento da permeabilidade do vaso; tbm na broncoconstrição e no aumento da secreção de muco, desencadeando a dificuldade de expiração. Testes alérgicos para dosagens de IgE ELISA -Coleta de sangue; faz a técnica para buscar qual Ac específico para aquele alergeno ou só saber quanto de IgE que eu tenho. PESQUISA IgE TOTAL- SANDUICHE PESQUISA IgE ESPECÍFICA –TÉCNICA INDIRETA QUIMIOLUMINESCÊNCIA Técnica no mercado que está mais barata que o ELISA, mas com mesmo princípio, diferença do ELISA é que na revelação existe uma substância que da LUZ, chamada luminol ao invés da IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII enzima (peroxidase ou fosfatase alcalina usada no ELISA) PRICK TEST -verifica sensibilidade imediata mediada por IgE (LIBERAÇÃO DE HISTAMINA) ligada em mastócito que estão em pele e mucosa. É um método "in vivo" que consiste em detectar quais alérgenos (são substâncias de origem natural, ambiental ou alimentar que podem induzir a uma reação alérgica) que o indivíduo é sensível. -Coloca gotas de vários estratos de alérgeno no braço ou dorso das costas, pega uma lanceta de raspar a pele para substância penetrar na pele, e após alguns minutos pode-se ver o resultado, onde ficou vermelho e inchado corresponde ao tipo de IgE especifica que ligou no mastócito da pelo e desencadeou a liberação de histamina. VACINAS São dadas pequenas doses do alérgeno ao paciente, e no lugar da IgE o paciente vai produzindo IgG 4, em pequenas doses, assim como falado anteriormente, ela irá competir com a IgE. A IgG não consegue se ligar ao mastócito, e se liga ao alérgeno antes da IgE se ligar, neutralizando o mesmo, e com isso diminui a produção de IgE específica para aquele tipo de alérgeno. Hipersensibilidade do tipo 2 - Os anticorpos IgG e IgM podem causar lesão tecidual por meio da ativação do sistema complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas funções celulares normais. Alguns desses anticorpos são específicos para antígenos de determinadas células ou da matriz extracelular e são encontrados ligados a essas células ou tecidos ou como anticorpos livres na circulação; -Relacionado com as doenças autoimunes; -Mediada por anticorpos , IgG e IgM (em menor qtde), principalmente IgG, que vai ligar no receptor de células como a Natural Killer (que liga na porção fc da IgG), no macrófago como opsonina, além de que 2 IgGs ativam o sistema complemento, que vai gerar mecanismo de ação do sistema imune frente a essa reação. -Receptor para a porção Fc da IgG da NK chama-se Kir; Mecanismos • Opsonização e fagocitose. Os anticorpos que se ligam a antígenos da superfície celular podem opsonizar diretamente as células ou ativar o sistema complemento, resultando na produção de proteínas do complemento que opsonizam as células. Essas células opsonizadas são fagocitadas e destruídas pelos fagócitos, que expressam receptores para as porções Fc dos anticorpos IgG e receptores para proteínas do complemento. Este é o principal mecanismo de destruição celular na anemia hemolítica autoimune e púrpura trombocitopênica autoimune, nas quais os anticorpos específicos para os eritrócitos ou para as plaquetas, respectivamente, levam à opsonização e remoção dessas células da circulação. O mesmo mecanismo é responsável pela hemólise nas reações transfusionais • Inflamação Os anticorpos depositados nos tecidos recrutam neutrófilos e macrófagos, que se ligam aos anticorpos ou às proteínas do complemento ligadas pelos receptores de Fc de IgG e do complemento. Esses leucócitos são ativados pela sinalização dos receptores (particularmente receptores de Fc) e produtos de leucócitos, incluindo IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII enzimas lisossomais e espécies reativas de oxigênio, que são liberados e produzem lesão tecidual. O mecanismo de lesão na glomerulonefrite mediada por anticorpos e em muitas outras doenças é a inflamação e ativação de leucócitos. • Funções celulares anormais Os anticorpos que se ligam a receptores celulares normais ou outras proteínas podem interferir nas funções destes receptores ou proteínas e causar doença sem inflamação ou dano tecidual. Os anticorpos específicos para o receptor do hormônio estimulante da tireoide (FSH) ou o receptor nicotínico da acetilcolina provocam anormalidades funcionais que levam à doença de Graves e à miastenia grave, respectivamente. Os anticorpos específicos para o fator intrínseco, necessários para a absorção de vitamina B12, causam anemia perniciosa. Doença Hemolítica do Recém-nascido: A mãe é Rh- e tem um filho Rh+ e produz anticorpos contra o fator Rh da classe IgG que atravessa a placenta. Em uma segunda gestação, os anticorpos ultrapassam a barreira e se liga no eritrócito, levando à lise das hemácias, pelo sistema complemento, levando à falta de hemácias e anemia. Anemia Hemolítica do autoimune: Uso de medicamentos antiinflamatório por tempo prolongado leva a hapteno- carreador, onde uma molécula quimicamente conhecida se incorpora em outra molécula e passa a ser imunogênica, podendo incorporar na hemácia, levando a ficar imunogênico. Começa desencadear uma resposta imune frente a esses antígenos. HAPTENO (qualquer substância quimicamente conhecida que não é imunogênica), PODE SER PRÓPRIA OU NÃO (pode ser medicamento, não ativa o sistema imune). Mas quando essa substância quimicamente conhecida interage com outra substância (ex:proteína, bactéria,) ela vai se modificar estruturalmente, se tornando imunogênico, ativando o sistema imune contra a parte onde a substância interagiu. Isso pode acontecer isso nas doenças auto-imunes, perdendo a tolerância ao próprio. Pênfigo: É uma doença autoimune com quebra da tolerância dos antígenos próprios. O paciente começa a produzir anticorpos contra uma estrutura de células da derme (desde a camada mais superficial – foliáceo- até a mais profunda – vulgar). : por algum motivo, não se sabe ao certo (alguns dizem que é devido a picada de borrachudo) + fator genético; suscetibilidade genética associada a fator externo para culminar a produção desses auto- anticorpos para quebrar a tolerância. IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII O veneno do borrachudo ativa a resposta imune, com o fator predisponente há a produção de Ac contra as próprias estruturas (desmogleina) molécula de junção das células, ativando sistema complemento gerando inflamação, ativa NK e faz ADCC, quebrando a tolerância ao próprio. Pênfigo (foliáceo) Primeiras células a serem destruídas são da camada da córnea, despregando a córnea do epitélio, formando bolhas. Alguns tipos de Pênfigo (vulgar) podem atingir a camada profunda, onde todo epitélio sai, gerando uma lesão grave além de perder a camada de proteção, sendomais susceptível a septicemia, pois bactérias podem penetrar com mais facilidade e cair na corrente sanguínea Síndrome de Goodpasture: O paciente começa a desenvolver anticorpos contra estruturas da membrana basal dos glomérulos e alvéolos, tendo assim o comprometimento renal e das células alveolares. Na evolução da doença, o paciente pode desenvolver insuficiência renal e respiratória. IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII Hipersensibilidade do tipo 3 -mediadas por imunocomplexos de Ag circulantes e Ac IgM ou IgG, depositados nas paredes dos vasos sanguíneos dos tecidos, causando lesões (vasculites) -os imunocomplexos que causam doença podem ser compostos por Ac ligados a autoantígenos ou a Ag estranhos -doenças tendem a ser sistêmicas, mas os rins e as articulações são mais suscetíveis. Patogenia Os complexos antígenoanticorpo são gerados durante as respostas imunes normais, mas somente provocam doença quando são produzidos em quantidades excessivas, não são eficientemente eliminados e se depositam nos tecidos. Pequenos complexos muitas vezes não são fagocitados e tendem a ser mais depositados em vasos do que os grandes complexos, os quais geralmente são capturados pelos fagócitos. Reação de Arthus A forma localizada de uma vasculite experimental mediada por imunocomplexo é chamada de reação de Arthus. Ela é induzida pela injeção subcutânea de um antígeno em um animal previamente imunizado ou em um animal no qual tenha sido administrada uma injeção intravenosa de anticorpo específico para o antígeno. Os anticorpos circulantes ligam-se rapidamente ao antígeno injetado e formam imunocomplexos que são depositados nas paredes de pequenas artérias no local da injeção. Esta deposição dá origem a uma vasculite cutânea local, com trombose dos vasos afetados, levando à necrose tecidual. A relevância clínica da reação de Arthus é limitada; ocasionalmente, um indivíduo que recebeu uma dose de reforço de uma vacina pode desenvolver inflamação no local da injeção, em decorrência do acúmulo local de imunocomplexos, como em uma reação de Arthus. Os imunocomplexos depositados nas paredes dos vasos e nos tecidos ativam os leucócitos e mastócitos, que, então, secretam citocinas e mediadores vasoativos. Esses mediadores podem aumentar a deposição de imunocomplexo nas paredes dos vasos em razão do aumento da permeabilidade vascular e do fluxo sanguíneo que promovem. Muitas doenças imunológicas sistêmicas em seres humanos são causadas pela deposição de imunocomplexos nos vasos sanguíneos. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune na qual complexos constituídos de antígenos e anticorpos nucleares depositam-se nos rins, nos vasos sanguíneos, na pele e em outros tecidos. Em quase 50% dos casos de um tipo de vasculite mediada por imunocomplexo envolvendo artérias musculares médias, a poliarterite nodosa, os complexos são compostos de antígenos virais e anticorpos e a doença é uma complicação tardia da infeção viral, mais frequentemente com o vírus da hepatite B. Esse também é o mecanismo de uma doença chamada glomerulonefrite pós-estreptocócica, que se desenvolve em casos raros após a infeção estreptocócica e é causada por complexos de antígeno estreptocócico e anticorpos que se depositam nos glomérulos do rim. Em IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII algumas formas de glomerulonefrite, os imunocomplexos não são detectados na circulação, o que nos faz acreditar que os antígenos são inicialmente fixados no rim e os complexos se formam localmente. Doença Ag envolvido Manifestações clinicopatológi cas Lúpus Eritematoso Sistêmico DNA, Nucleoproteí nas, outros Nefrite Artrite vasculite Poliartrite nodosa Ag de superfície do vírus da hepatite B vasculite Glomerulonefrite pós- estreptocócica Ag da parede celular do estreptococo nefrite Doença do soro Diversas ptns Artrite Vasculite nefrite Hipersensibilidade do tipo 4 ou tardia Mediada por células TCD4 (Th1 e Th17), TCD8 e citocinas As reações inflamatórias são desencadeadas principalmente por células T CD4+ das subpopulações TH1 e TH17, que secretam citocinas que recrutam e ativam os leucócitos. Em algumas doenças mediadas por células T os CD8+ matam as células hospedeiras. As células T que causam lesão dos tecidos podem ser autorreativas ou específicas para os antígenos proteicos estranhos que são apresentados no interior ou ligados a células ou tecidos. A lesão tecidual mediada por linfócitos T também pode ser acompanhada de fortes respostas imunes protetoras contra microrganismos persistentes, especialmente microrganismos intracelulares resistem à erradicação pelos fagócitos e Ac. →IL-17, produzida por células TH17, promove o recrutamento de neutrófilos; interferon-γ (IFN-γ), produzido por células TH1, ativa macrófagos; e o fator de necrose tumoral (TNF) e as quimiocinas, produzidos pelos linfócitos T e outras células, estão envolvidos no recrutamento e ativação de muitos tipos de leucócitos. A lesão tecidual resulta de produtos dos neutrófilos e macrófagos recrutados e ativados, tais como enzimas lisossomais, espécies reativas de oxigênio, óxido nítrico e citocinas pró-inflamatórias. As células endoteliais vasculares nas lesões podem expressar níveis aumentados de proteínas de superfície, tais como moléculas de adesão e moléculas MHC classe II, regulados por citocinas. A inflamação associada a doenças mediadas por células T normalmente é crônica, mas crises de inflamação aguda podem se sobrepor em uma condição de inflamação crônica. As reações inflamatórias crônicas frequentemente produzem fibrose, como resultado da secreção de citocinas e de fatores de crescimento por macrófagos e células T. • É tardia pois envolve células especializadas que têm que ser ativadas, sofrerem expansão clonal e fazer células de memória; (24-48 hrs) • Mediadas por linfócitos T (Helper e citotóxico) e citocinas • Para ativar o LTh, precisa de células APC que vão capturar e apresentar esses antígenos por meio da resposta imune adaptativa celular; • Para gerar resistência para essa infecção, os pacientes precisam produzir LTh1, a fim de produzir INF para gerar destruição dessas bactérias dentro da célula. Tem indivíduos que não conseguem assumir um perfil LTh1 e acabam assumindo LTh2, desenvolvendo o perfil de susceptibilidade e a forma mais grave da doença. IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII Tuberculose: Causada pelo Mycobacterium tuberculosis, sendo um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR). • A bactéria é inalada e acomete, principalmente, o pulmão; • Pode ter desde uma tuberculose assintomática até uma muito grave. A forma mais grave pe quando tem muitos bacilos e não fica apenas localizada no pulmão, podendo ir para os rins, intestino e etc (Forma disseminada); • Cursam com LTCD8+; • O organismo recruta macrófagos para isolar e destruir a bactéria, quando isso acontece tem o perfil Th1 de resistência, que controla a doença; • Cursa com a formação de granuloma, que precisa do LTh1. Se o paciente assumir o perfil Th2 irá disseminar a doença. Hanseníase: Causada pelo Mycobacterium leprae, que adentra regiões de pele e nervos periféricos, podendo infectar os macrófagos da pele e ascélulas de Schwann, gerando as características clínicas da hanseníase: • Perda da sensibilidade: O paciente pode ou não se curar sozinho; • Se tratar corretamente e não haver melhora, pode significar que o paciente assumiu um perfil Th2, podendo desenvolver lesões, chamada de forma Virchowiana, que é uma faz formas mais graves; • Pode ter poucos bacilos: Forma paubacilar; • Pode ter muitos bacilos: Forma multibacilar; • No início da infecção, pode-se apresentar a forma indeterminada, onde, geralmente, apresenta uma única lesão esbranquiçada no centro. Pode curar sozinho desde que tenha um perfil Th1 de resistência ou pode ter uma evolução para tuberculoide, que é uma lesão única, muito comum na face. Dependendo da quantidade de bacilo pode evoluir para a forma dimorfa, onde o paciente começa a ter mais lesões, nodulares e com aspecto mais agressiva. Quando evolui significa que está ativado o perfil Th2. O paciente pode até chegar ao óbito; • Pacientes que assumem o perfil Th1 podem ter a hanseníase branca; • Pacientes que têm o perfil Th2 dominante, vão ter a doença na forma mais grave, que é a lepromatosa ou Virchowiana. Dermatite de contato: É um processo inflamatório na pele por contato: Se tornam imunogênicos (haptenos) devido ao contato com algumas proteínas no organismo. • Ativa macrófagos, Thelper e LTCD8+; Exemplo: Brincos de níquel, esmalte, detergentes podem levar a uma dermatite de contato. Esses agentes imunogênicos, ao entrar na pele, são capturados por células que estão na nossa pele que são APCs que irão apresentar para o LThelper e assim começa a desencadear a resposta imune adaptativa celular. Esses antígenos podem interagir com algumas proteínas e assim passa a ser imunogênicos, ativando o LTh1, que comandam a resposta inflamatória. Diagnóstico: • Teste de contato: Usa fitas adesivas com antígenos impregnados e aplica na pele durante 48 horas. Áreas de positividade cursam com vermelhidão e inchaço. É necessário utilizar corticoides; • PPD (Derivado proteico purificado): Utilizado para detectar tuberculose, por exemplo. Coloca o extrato de proteína para ser usado intradérmico/injetado. Só é possível visualizar o resultado 48 horas após o teste. Injeta-se 0,1 ml e tem que ser aplicado na pele. O resultado positivo cursa com vermelhidão e inchaço. Tem que formar a pápula; • MITSUDA: Teste para hanseníase, usa- se o antígeno leprominina; • Teste de Montenegro: Teste para leishmaniose. Usa-se o antígeno leishmanina IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII • Agentes Anti-Inflamatórios -uso de corticosteroides (antiinflamatórios). Esses fármacos inibem a secreção de citocinas e de outros mediadores de inflamação. • Depleção de Células e de Ac Os anticorpos monoclonais que depletam todas as células linfoides, somente as células B ou somente as células T são utilizados para tratar doenças inflamatórias graves. Um desenvolvimento recente é a utilização bem-sucedida do anticorpo anti-CD20 (rituximab), que depleta apenas células B, para o tratamento de doenças que se pensava serem causadas principalmente pela inflamação mediada por células T. Este tratamento tem demonstrado eficácia em alguns pacientes com artrite reumatoide (AR), esclerose múltipla ou outros distúrbios autoimunes. A eficácia do anti-CD20 pode estar relacionada com um papel das células B nas respostas de células T, especialmente a geração e manutenção das células T de memória. A plasmaférese tem sido utilizada para eliminar os autoanticorpos e imunocomplexos circulantes. • Uso de antagonitas de citocinas TNF Mecanismo de ação: Inibe a migração de leucócitos para os locais de inflamação Uso: Artrite reumatoide, psoríase, doença intestinal inflamatória IL-1 Ação: Inibe a migração de leucócitos para os locais de inflamação Uso: Síndromes autoinflamatórias raras, gota grave, artrite reumatoide IL-6, Receptor de IL-6 Ação: Inibe inflamação, respostas de anticorpos? Uso: Artrite juvenil idiopática, artrite reumatoide IL-17 Ação: Inibe o recrutamento de leucócitos para os locais de inflamação Uso: Psoríase; possivelmente artrite reumatoide (ensaios em andamento) IFN-α Ação: Pode ter múltiplos efeitos sobre a diferenciação de TH1, produção de anticorpo Uso: Lúpus eritematoso • IgG Intravenosa Doses elevadas de IgG intravenosa (IVIG) apresentam efeitos benéficos em algumas hipersensibilidades. • Terapias Baseadas em Células T Reguladoras Diversos ensaios clínicos estão em andamento para purificar Tregs de pacientes, expandi-las e ativá-las em cultura e, então, transferi-las de volta para os pacientes. Outra abordagem é tratar os pacientes com doses baixas de IL-2 na expectativa de ativar e manter as Tregs mais do que as células efetoras. IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII
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