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Reações de Hipersensibilidade IMUNO

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IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
Hipersensibilidade: distúrbios causados 
por respostas imunes exacerbadas. 
→este termo surgiu da definição clínica 
de imunidade como uma sensibilidade, 
baseando-se na observação de que um 
indivíduo que tenha sido exposto a um 
Ag exibe uma reação detectável, ou 
torna-se sensível, a encontros 
subsequentes com esse Ag 
Causas da Hipersensibilidade 
• Autoimunidade: reações contra Ag 
próprios; 
Doenças autoimunes afetam 2 %-5% da 
população nos países desenvolvidos, 
faixa etária de 20 a 40 anos e mais 
comum em mulheres. 
• Reações contra microrganismos: 
as respostas imunes contra Ag 
microbianos podem causar 
doença se as reações forem 
excessivas ou se os microrganismos 
forem anormalmente persistentes 
- as respostas das células T contra 
microrganismos persistentes podem dar 
origem a uma inflamação grave, com a 
formação de granulomas;Ex: tuberculose 
- se forem produzidos Ac contra Ag 
microbianos, há formação de 
imunocomplexos que se depositam nos 
tecidos e desencadeiam a inflamação 
• Reações contra Ag ambientais 
Produção de Ac IgE que causam 
doenças alérgicas. 
→ o que ocorre na hipersensibilidade é 
que a resposta imune não é controlada 
adequadamente; como os estímulos 
para essas respostas imunes anormais 
são difíceis ou impossíveis de eliminar (p. 
ex., autoantígenos, microrganismos 
comensais e Ag ambientais), e o sistema 
imune possui muitas alças de 
retroalimentação positiva intrínsecas 
(mecanismos de amplificação), sempre 
que uma resposta imune patológica é 
iniciada, é difícil controlá-la. Dessa 
maneira, as doenças de 
hipersensibilidade tendem a ser crônicas 
e progressivas. 
Tipos de Hipersensibilidade 
Hipersensibilidade do tipo I ou imediata 
-é chamada de alergia ou atopia; 
causada por Ac IgE específicos para Ag 
ambientais;-é uma doença resultante da 
ativação de células T auxiliares 
produtoras de IL-4, IL-5 e IL-13, 
denominadas de Th2, onde as células T 
estimulam a produção de IgE e a 
inflamação. 
-Essas reações de hipersensibilidade 
mediada por IgE são chamadas de 
atópicas, pelo fato de terem anticorpos 
envolvidos. 
IgE liga no mastócito e no eosinófilo. 
-Mastócito tem receptor de alta 
afinidade pra IgE, em que a porção FC 
da IgE se liga no receptor com muita 
facilidade. 
-Eosinófilo tem receptor para porção FC 
da IgE, mas de baixa afinidade. 
Toda vez que o mastócito tiver o 
anticorpo ligado na sua superfície e 
quanto mais anticorpo estiver ligado a 
ele, significa que ele está sensibilizado e 
que o individuo terá alergia. 
Mastócitos liberam uma série de 
mediadores inflamatórios, histamina 
(vasodilatação, aumento de 
permeabilidade vascular, 
broncoconstrição, coceira: associada 
com fenômenos de vasos), 
prostaglandinas e leucotrienos (fatores 
quimiotáticos que atraem células de 
defesa para o local), citocinas 
(ativadoras de outras células, ajudando 
no processo de defesa), quimase, 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
triptase, que auxiliam no processo 
inflamatório. 
Doenças causadas por 
Hipersensibilidade do tipo 1 
Dermatites 
Podem ser caracterizadas pela 
dependência da IgE, ou não. Pode 
haver processo inflamatório que 
acomete pele e mucosa sem ter a 
participação da IgE. Porém se houver 
participação de IgE , essa Dermatite é a 
ATÓPICA (ALERGIAS ATÓPICAS são 
mediadas por IgE). 
Para desenvolver algum tipo de 
alergia atópica (dermatite) é preciso ter 
contato prévio com o alérgeno*. No 
primeiro contato não se desenvolve 
alergia; alergia só é desencadeada a 
partir do segundo ou sucessivos contatos 
com aquele alergeno, pois já possui uma 
pequena quantidade de anticorpo, mas 
não é suficiente para desencadear um 
reação de defesa, e para fazer 
anticorpos suficientes para essa reação 
de defesa eficiente, as células devem 
sofrer expansão clonal e produzir células 
de memória. O plasmócito tem uma 
sequência para produção dos 
anticorpos. O primeiro gene da Ig que 
está presente é o da IgM (produzida pelo 
estímulo do Ag), depois o da IgG 
(produzida pelo estímulo de citocinas IFN 
gama), posteriormente os demais. Para 
produzir IgE, a fita de DNA do linfócito B 
deve ser deletada, sendo que o estímulo 
para produção são citocinas (IL4, 
responsável pela troca de isotipo). Existe 
um gene polimorfo nos indivíduos que 
tem alergia, polimorfismo no gene da IL4, 
fator hereditário herdado do pai ou da 
mãe, que promove a produção 
exacerbada de IL4, promovendo a troca 
do isotipo para IgE, e com isso aumenta 
a produção de IgE. Assim o fator mais 
importante para desencadear alergia é 
o fator hereditário. Sendo assim quem 
tem alergia está associado com perfil 
LTh2, pois são células que produzem 
muita IL4. Além disso a IL5 tbm está 
envolvida nesse aspecto da alergia , 
atuando sobre o eosinófilo, assim o 
paciente nesse quadro se encontra uma 
eosinofilia importante. 
Alérgenos: 
São substâncias químicas e proteínas 
ambientais. Passam pela ativação da 
resposta adaptativa humoral, onde será 
fagocitado e apresentado ao LTh. Para 
que se desenvolva hipersensibilidade 
tem esse LTh tem que assumir o perfil TH2, 
que produz elevadas quantidades de IL-4 
e IL-5. 
IL-4: Faz o linfócito B se diferenciar em 
plasmócito e faz a troca de 
imunoglobulinas para IgE. 
IL-5: Atrai e ativa o eosinófilo, que 
liberam grânulos e realizam ADCC. 
Tipos de alérgenos: 
• Ácaros da poeira doméstica; 
• Veneno de abelha; 
• Penicilina; 
• Pelo de animais; 
• Pólen; 
 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
-Tem pessoas que fabricam anticorpos 
para vários tipos de alergeno, assim se 
encontra mastócitos com vários tipos de 
anticorpos que ligam a vários tipos de 
alergeno. Ex: penicilina, pelo de animal, 
ácaro, pólen, substâncias químicas, 
venenos de insetos (abelha). 
Obs: As reações fortes de defesa do 
organismo podem ser desde uma 
reação local ou generalizada, sistêmica. 
Características das manifestações 
clinicas locais: edema, prurido, 
hiperemia. Nas manifestações sistêmicas 
podem levar o indivíduo a choque 
anafilático e até ao óbito. 
Choque anafilático: Liberação de 
HISTAMINA, promove vasodilatação 
sistêmica, com queda da RPT, e queda 
da pressão, broncoconstrição, podendo 
levar a óbito. 
-Existe uma IgG do tipo 4 
(neutralizadora), que não tem a função 
de ativar o sistema complemento, pois 
ele não fixa bem nela, então ela não é 
ativadora de complemento; neutraliza o 
Ag sem causar inflamação. Assim é 
realizada a terapia de dessensibilização, 
pois é produzido esse anticorpo, IgG do 
tipo 4 para competir com a IgE. A IgG 
não consegue se ligar ao mastócito, liga 
ao alergeno antes da IgE se ligar, e com 
isso diminui a produção de IgE específica 
para aquele tipo de alergeno. É por isso 
que tem algumas crianças que tinham 
alergia e se curaram pois podem ter se 
dessensibilizadas sozinhas, outras podem 
não ter esse mecanismo, pois há um 
fator genético de forte de influência 
nesse gene. 
-Para que o mastócito libere histamina, 
tem que haver 2 anticorpos IgE próximos 
um do outro, pois o alergeno liga nas 
porção FABS dos dois anticorpos ao 
mesmo tempo( chamado de reação 
cruzada) assim inicia a cascata de 
ativação do mastócito, até que ele faça 
a liberação do primeiro mediador 
químico que é a HISTAMINA, depois que 
ele vai liberar prostaglandina e 
leucotrieno. Além disso não basta só ter 
IgE, tem que ter IgE em grande 
quantidade, para desencadear a 
hipersensibilidade. 
-O mastócito libera de várias formas, 
através do sistema complemento, no 
qual o C3a e o C5a liga no mastócito(anafilatoxina) ajudando a liberar 
histamina; trauma no local, o mastócito 
vai liberar histamina, vai ficar vermelho, 
edemaciado; picada de inseto 
Mediadores pro-inflamatórios: 
1. Mediadores primários: Histamina 
2. Mediadores secundários: 
Prostaglandinas e leucotrienos 
ANTIHISTAMÍNICO não bloqueia 
histamina, ele bloqueia seu receptor. 
Histamina: promove edema, hiperemia, 
prurido, nas vias aéreas aumenta 
secreção de muco, broncoconstrição, 
promovendo a dificuldade de expiração 
Prostaglandinas e leucotrienos: 
Quimiotáticos, ajudam no aumento da 
permeabilidade do vaso; tbm na 
broncoconstrição e no aumento da 
secreção de muco, desencadeando a 
dificuldade de expiração. 
Testes alérgicos para dosagens de IgE 
ELISA 
-Coleta de sangue; faz a técnica para 
buscar qual Ac específico para aquele 
alergeno ou só saber quanto de IgE que 
eu tenho. 
PESQUISA IgE TOTAL- SANDUICHE 
PESQUISA IgE ESPECÍFICA –TÉCNICA 
INDIRETA 
QUIMIOLUMINESCÊNCIA 
Técnica no mercado que está mais 
barata que o ELISA, mas com mesmo 
princípio, diferença do ELISA é que na 
revelação existe uma substância que da 
LUZ, chamada luminol ao invés da 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
enzima (peroxidase ou fosfatase alcalina 
usada no ELISA) 
PRICK TEST 
-verifica sensibilidade imediata mediada 
por IgE (LIBERAÇÃO DE HISTAMINA) 
ligada em mastócito que estão em pele 
e mucosa. 
É um método "in vivo" que consiste em 
detectar quais alérgenos (são 
substâncias de origem natural, ambiental 
ou alimentar que podem induzir a uma 
reação alérgica) que o indivíduo é 
sensível. 
-Coloca gotas de vários estratos de 
alérgeno no braço ou dorso das costas, 
pega uma lanceta de raspar a pele para 
substância penetrar na pele, e após 
alguns minutos pode-se ver o resultado, 
onde ficou vermelho e inchado 
corresponde ao tipo de IgE especifica 
que ligou no mastócito da pelo e 
desencadeou a liberação de histamina. 
VACINAS 
São dadas pequenas doses do alérgeno 
ao paciente, e no lugar da IgE o 
paciente vai produzindo IgG 4, em 
pequenas doses, assim como falado 
anteriormente, ela irá competir com a 
IgE. A IgG não consegue se ligar ao 
mastócito, e se liga ao alérgeno antes 
da IgE se ligar, neutralizando o mesmo, e 
com isso diminui a produção de IgE 
específica para aquele tipo de alérgeno. 
 
Hipersensibilidade do tipo 2 
- Os anticorpos IgG e IgM podem causar 
lesão tecidual por meio da ativação do 
sistema complemento, recrutando 
células inflamatórias e interferindo nas 
funções celulares normais. Alguns desses 
anticorpos são específicos para 
antígenos de determinadas células ou 
da matriz extracelular e são encontrados 
ligados a essas células ou tecidos ou 
como anticorpos livres na circulação; 
 
-Relacionado com as doenças 
autoimunes; 
-Mediada por anticorpos , IgG e IgM (em 
menor qtde), principalmente IgG, que 
vai ligar no receptor de células como a 
Natural Killer (que liga na porção fc da 
IgG), no macrófago como opsonina, 
além de que 2 IgGs ativam o sistema 
complemento, que vai gerar mecanismo 
de ação do sistema imune frente a essa 
reação. 
-Receptor para a porção Fc da IgG da 
NK chama-se Kir; 
Mecanismos 
• Opsonização e fagocitose. Os 
anticorpos que se ligam a antígenos da 
superfície celular podem opsonizar 
diretamente as células ou ativar o 
sistema complemento, resultando na 
produção de proteínas do complemento 
que opsonizam as células. Essas células 
opsonizadas são fagocitadas e 
destruídas pelos fagócitos, que 
expressam receptores para as porções 
Fc dos anticorpos IgG e receptores para 
proteínas do complemento. Este é o 
principal mecanismo de destruição 
celular na anemia hemolítica autoimune 
e púrpura trombocitopênica autoimune, 
nas quais os anticorpos específicos para 
os eritrócitos ou para as plaquetas, 
respectivamente, levam à opsonização 
e remoção dessas células da circulação. 
O mesmo mecanismo é responsável pela 
hemólise nas reações transfusionais 
• Inflamação 
Os anticorpos depositados nos tecidos 
recrutam neutrófilos e macrófagos, que 
se ligam aos anticorpos ou às proteínas 
do complemento ligadas pelos 
receptores de Fc de IgG e do 
complemento. Esses leucócitos são 
ativados pela sinalização dos receptores 
(particularmente receptores de Fc) e 
produtos de leucócitos, incluindo 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
enzimas lisossomais e espécies reativas 
de oxigênio, que são liberados e 
produzem lesão tecidual. O mecanismo 
de lesão na glomerulonefrite mediada 
por anticorpos e em muitas outras 
doenças é a inflamação e ativação de 
leucócitos. 
• Funções celulares anormais 
Os anticorpos que se ligam a receptores 
celulares normais ou outras proteínas 
podem interferir nas funções destes 
receptores ou proteínas e causar 
doença sem inflamação ou dano 
tecidual. Os anticorpos específicos para 
o receptor do hormônio estimulante da 
tireoide (FSH) ou o receptor nicotínico da 
acetilcolina provocam anormalidades 
funcionais que levam à doença de 
Graves e à miastenia grave, 
respectivamente. Os anticorpos 
específicos para o fator intrínseco, 
necessários para a absorção de vitamina 
B12, causam anemia perniciosa. 
 
Doença Hemolítica do Recém-nascido: 
A mãe é Rh- e tem um filho Rh+ e produz 
anticorpos contra o fator Rh da classe 
IgG que atravessa a placenta. Em uma 
segunda gestação, os anticorpos 
ultrapassam a barreira e se liga no 
eritrócito, levando à lise das hemácias, 
pelo sistema complemento, levando à 
falta de hemácias e anemia. 
Anemia Hemolítica do autoimune: 
Uso de medicamentos antiinflamatório 
por tempo prolongado leva a hapteno-
carreador, onde uma molécula 
quimicamente conhecida se incorpora 
em outra molécula e passa a ser 
imunogênica, podendo incorporar na 
hemácia, levando a ficar imunogênico. 
Começa desencadear uma resposta 
imune frente a esses antígenos. 
HAPTENO (qualquer substância 
quimicamente conhecida que não é 
imunogênica), PODE SER PRÓPRIA OU 
NÃO (pode ser medicamento, não ativa 
o sistema imune). Mas quando essa 
substância quimicamente conhecida 
interage com outra substância 
(ex:proteína, bactéria,) ela vai se 
modificar estruturalmente, se tornando 
imunogênico, ativando o sistema imune 
contra a parte onde a substância 
interagiu. Isso pode acontecer isso nas 
doenças auto-imunes, perdendo a 
tolerância ao próprio. 
Pênfigo: É uma doença autoimune com 
quebra da tolerância dos antígenos 
próprios. O paciente começa a produzir 
anticorpos contra uma estrutura de 
células da derme (desde a camada 
mais superficial – foliáceo- até a mais 
profunda – vulgar). 
: por algum motivo, não se sabe ao certo 
(alguns dizem que é devido a picada de 
borrachudo) + fator genético; 
suscetibilidade genética associada a 
fator externo para culminar a produção 
desses auto- anticorpos para quebrar a 
tolerância. 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
O veneno do borrachudo ativa a resposta imune, com o fator predisponente há a 
produção de Ac contra as próprias estruturas (desmogleina) molécula de junção das 
células, ativando sistema complemento gerando inflamação, ativa NK e faz ADCC, 
quebrando a tolerância ao próprio. Pênfigo (foliáceo) Primeiras células a serem 
destruídas são da camada da córnea, despregando a córnea do epitélio, formando 
bolhas. Alguns tipos de Pênfigo (vulgar) podem atingir a camada profunda, onde todo 
epitélio sai, gerando uma lesão grave além de perder a camada de proteção, sendomais susceptível a septicemia, pois bactérias podem penetrar com mais facilidade e cair 
na corrente sanguínea 
Síndrome de Goodpasture: O paciente começa a desenvolver anticorpos contra 
estruturas da membrana basal dos glomérulos e alvéolos, tendo assim o 
comprometimento renal e das células alveolares. Na evolução da doença, o paciente 
pode desenvolver insuficiência renal e respiratória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
Hipersensibilidade do tipo 3 
-mediadas por imunocomplexos de Ag 
circulantes e Ac IgM ou IgG, depositados 
nas paredes dos vasos sanguíneos dos 
tecidos, causando lesões (vasculites) 
-os imunocomplexos que causam 
doença podem ser compostos por Ac 
ligados a autoantígenos ou a Ag 
estranhos 
-doenças tendem a ser sistêmicas, mas 
os rins e as articulações são mais 
suscetíveis. 
Patogenia 
Os complexos antígenoanticorpo são 
gerados durante as respostas imunes 
normais, mas somente provocam 
doença quando são produzidos em 
quantidades excessivas, não são 
eficientemente eliminados e se 
depositam nos tecidos. Pequenos 
complexos muitas vezes não são 
fagocitados e tendem a ser mais 
depositados em vasos do que os grandes 
complexos, os quais geralmente são 
capturados pelos fagócitos. 
 
Reação de Arthus A forma localizada de 
uma vasculite experimental mediada por 
imunocomplexo é chamada de reação 
de Arthus. Ela é induzida pela injeção 
subcutânea de um antígeno em um 
animal previamente imunizado ou em 
um animal no qual tenha sido 
administrada uma injeção intravenosa 
de anticorpo específico para o antígeno. 
Os anticorpos circulantes ligam-se 
rapidamente ao antígeno injetado e 
formam imunocomplexos que são 
depositados nas paredes de pequenas 
artérias no local da injeção. Esta 
deposição dá origem a uma vasculite 
cutânea local, com trombose dos vasos 
afetados, levando à necrose tecidual. A 
relevância clínica da reação de Arthus é 
limitada; ocasionalmente, um indivíduo 
que recebeu uma dose de reforço de 
uma vacina pode desenvolver 
inflamação no local da injeção, em 
decorrência do acúmulo local de 
imunocomplexos, como em uma reação 
de Arthus. 
Os imunocomplexos depositados nas 
paredes dos vasos e nos tecidos ativam 
os leucócitos e mastócitos, que, então, 
secretam citocinas e mediadores 
vasoativos. Esses mediadores podem 
aumentar a deposição de 
imunocomplexo nas paredes dos vasos 
em razão do aumento da 
permeabilidade vascular e do fluxo 
sanguíneo que promovem. Muitas 
doenças imunológicas sistêmicas em 
seres humanos são causadas pela 
deposição de imunocomplexos nos 
vasos sanguíneos. O lúpus eritematoso 
sistêmico (LES) é uma doença autoimune 
na qual complexos constituídos de 
antígenos e anticorpos nucleares 
depositam-se nos rins, nos vasos 
sanguíneos, na pele e em outros tecidos. 
Em quase 50% dos casos de um tipo de 
vasculite mediada por imunocomplexo 
envolvendo artérias musculares médias, 
a poliarterite nodosa, os complexos são 
compostos de antígenos virais e 
anticorpos e a doença é uma 
complicação tardia da infeção viral, 
mais frequentemente com o vírus da 
hepatite B. Esse também é o mecanismo 
de uma doença chamada 
glomerulonefrite pós-estreptocócica, 
que se desenvolve em casos raros após 
a infeção estreptocócica e é causada 
por complexos de antígeno 
estreptocócico e anticorpos que se 
depositam nos glomérulos do rim. Em 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
algumas formas de glomerulonefrite, os 
imunocomplexos não são detectados na 
circulação, o que nos faz acreditar que 
os antígenos são inicialmente fixados no 
rim e os complexos se formam 
localmente. 
Doença Ag envolvido Manifestações 
clinicopatológi
cas 
Lúpus Eritematoso 
Sistêmico 
DNA, 
Nucleoproteí
nas, outros 
Nefrite 
Artrite 
vasculite 
Poliartrite nodosa Ag de 
superfície do 
vírus da 
hepatite B 
vasculite 
Glomerulonefrite 
pós-
estreptocócica 
Ag da 
parede 
celular do 
estreptococo 
nefrite 
Doença do soro Diversas ptns Artrite 
Vasculite 
nefrite 
 
Hipersensibilidade do tipo 4 ou tardia 
Mediada por células TCD4 (Th1 e Th17), 
TCD8 e citocinas 
As reações inflamatórias são 
desencadeadas principalmente por 
células T CD4+ das subpopulações TH1 e 
TH17, que secretam citocinas que 
recrutam e ativam os leucócitos. Em 
algumas doenças mediadas por células T 
os CD8+ matam as células hospedeiras. 
As células T que causam lesão dos 
tecidos podem ser autorreativas ou 
específicas para os antígenos proteicos 
estranhos que são apresentados no 
interior ou ligados a células ou tecidos. A 
lesão tecidual mediada por linfócitos T 
também pode ser acompanhada de 
fortes respostas imunes protetoras contra 
microrganismos persistentes, 
especialmente microrganismos 
intracelulares resistem à erradicação 
pelos fagócitos e Ac. 
→IL-17, produzida por células TH17, 
promove o recrutamento de neutrófilos; 
interferon-γ (IFN-γ), produzido por células 
TH1, ativa macrófagos; e o fator de 
necrose tumoral (TNF) e as quimiocinas, 
produzidos pelos linfócitos T e outras 
células, estão envolvidos no 
recrutamento e ativação de muitos tipos 
de leucócitos. 
A lesão tecidual resulta de produtos dos 
neutrófilos e macrófagos recrutados e 
ativados, tais como enzimas lisossomais, 
espécies reativas de oxigênio, óxido 
nítrico e citocinas pró-inflamatórias. As 
células endoteliais vasculares nas lesões 
podem expressar níveis aumentados de 
proteínas de superfície, tais como 
moléculas de adesão e moléculas MHC 
classe II, regulados por citocinas. A 
inflamação associada a doenças 
mediadas por células T normalmente é 
crônica, mas crises de inflamação 
aguda podem se sobrepor em uma 
condição de inflamação crônica. As 
reações inflamatórias crônicas 
frequentemente produzem fibrose, como 
resultado da secreção de citocinas e de 
fatores de crescimento por macrófagos 
e células T. 
• É tardia pois envolve células 
especializadas que têm que ser 
ativadas, sofrerem expansão clonal e 
fazer células de memória; (24-48 hrs) 
• Mediadas por linfócitos T (Helper e 
citotóxico) e citocinas 
• Para ativar o LTh, precisa de células 
APC que vão capturar e apresentar 
esses antígenos por meio da resposta 
imune adaptativa celular; 
• Para gerar resistência para essa 
infecção, os pacientes precisam 
produzir LTh1, a fim de produzir INF 
para gerar destruição dessas 
bactérias dentro da célula. Tem 
indivíduos que não conseguem 
assumir um perfil LTh1 e acabam 
assumindo LTh2, desenvolvendo o 
perfil de susceptibilidade e a forma 
mais grave da doença. 
 
 
 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
Tuberculose: Causada pelo Mycobacterium 
tuberculosis, sendo um bacilo álcool-ácido 
resistente (BAAR). 
• A bactéria é inalada e acomete, 
principalmente, o pulmão; 
• Pode ter desde uma tuberculose 
assintomática até uma muito grave. A 
forma mais grave pe quando tem 
muitos bacilos e não fica apenas 
localizada no pulmão, podendo ir 
para os rins, intestino e etc (Forma 
disseminada); 
• Cursam com LTCD8+; 
• O organismo recruta macrófagos 
para isolar e destruir a bactéria, 
quando isso acontece tem o perfil Th1 
de resistência, que controla a 
doença; 
• Cursa com a formação de 
granuloma, que precisa do LTh1. Se o 
paciente assumir o perfil Th2 irá 
disseminar a doença. 
Hanseníase: 
Causada pelo Mycobacterium leprae, que 
adentra regiões de pele e nervos periféricos, 
podendo infectar os macrófagos da pele e 
ascélulas de Schwann, gerando as 
características clínicas da hanseníase: 
• Perda da sensibilidade: O paciente 
pode ou não se curar sozinho; 
• Se tratar corretamente e não haver 
melhora, pode significar que o 
paciente assumiu um perfil Th2, 
podendo desenvolver lesões, 
chamada de forma Virchowiana, que 
é uma faz formas mais graves; 
• Pode ter poucos bacilos: Forma 
paubacilar; 
• Pode ter muitos bacilos: Forma 
multibacilar; 
• No início da infecção, pode-se 
apresentar a forma indeterminada, 
onde, geralmente, apresenta uma 
única lesão esbranquiçada no centro. 
Pode curar sozinho desde que tenha 
um perfil Th1 de resistência ou pode 
ter uma evolução para tuberculoide, 
que é uma lesão única, muito comum 
na face. Dependendo da quantidade 
de bacilo pode evoluir para a forma 
dimorfa, onde o paciente começa a 
ter mais lesões, nodulares e com 
aspecto mais agressiva. Quando 
evolui significa que está ativado o 
perfil Th2. O paciente pode até 
chegar ao óbito; 
• Pacientes que assumem o perfil Th1 
podem ter a hanseníase branca; 
• Pacientes que têm o perfil Th2 
dominante, vão ter a doença na 
forma mais grave, que é a 
lepromatosa ou Virchowiana. 
Dermatite de contato: 
É um processo inflamatório na pele por 
contato: Se tornam imunogênicos 
(haptenos) devido ao contato com algumas 
proteínas no organismo. 
• Ativa macrófagos, Thelper e LTCD8+; 
Exemplo: Brincos de níquel, esmalte, 
detergentes podem levar a uma dermatite 
de contato. Esses agentes imunogênicos, ao 
entrar na pele, são capturados por células 
que estão na nossa pele que são APCs que 
irão apresentar para o LThelper e assim 
começa a desencadear a resposta imune 
adaptativa celular. 
Esses antígenos podem interagir com 
algumas proteínas e assim passa a ser 
imunogênicos, ativando o LTh1, que 
comandam a resposta inflamatória. 
Diagnóstico: 
• Teste de contato: Usa fitas adesivas 
com antígenos impregnados e aplica 
na pele durante 48 horas. Áreas de 
positividade cursam com vermelhidão 
e inchaço. É necessário utilizar 
corticoides; 
• PPD (Derivado proteico purificado): 
Utilizado para detectar tuberculose, 
por exemplo. Coloca o extrato de 
proteína para ser usado 
intradérmico/injetado. Só é possível 
visualizar o resultado 48 horas após o 
teste. Injeta-se 0,1 ml e tem que ser 
aplicado na pele. O resultado positivo 
cursa com vermelhidão e inchaço. 
Tem que formar a pápula; 
• MITSUDA: Teste para hanseníase, usa-
se o antígeno leprominina; 
• Teste de Montenegro: Teste para 
leishmaniose. Usa-se o antígeno 
leishmanina 
 
 IMUNO N2/BRUNA ROCHA XXXVIII 
• Agentes Anti-Inflamatórios 
-uso de corticosteroides 
(antiinflamatórios). Esses fármacos inibem 
a secreção de citocinas e de outros 
mediadores de inflamação. 
• Depleção de Células e de Ac 
Os anticorpos monoclonais que 
depletam todas as células linfoides, 
somente as células B ou somente as 
células T são utilizados para tratar 
doenças inflamatórias graves. Um 
desenvolvimento recente é a utilização 
bem-sucedida do anticorpo anti-CD20 
(rituximab), que depleta apenas células 
B, para o tratamento de doenças que se 
pensava serem causadas principalmente 
pela inflamação mediada por células T. 
Este tratamento tem demonstrado 
eficácia em alguns pacientes com artrite 
reumatoide (AR), esclerose múltipla ou 
outros distúrbios autoimunes. A eficácia 
do anti-CD20 pode estar relacionada 
com um papel das células B nas 
respostas de células T, especialmente a 
geração e manutenção das células T de 
memória. A plasmaférese tem sido 
utilizada para eliminar os autoanticorpos 
e imunocomplexos circulantes. 
 
• Uso de antagonitas de citocinas 
TNF 
Mecanismo de ação: Inibe a migração 
de leucócitos para os locais de 
inflamação 
Uso: Artrite reumatoide, psoríase, doença 
intestinal inflamatória 
IL-1 
Ação: Inibe a migração de leucócitos 
para os locais de inflamação 
Uso: Síndromes autoinflamatórias raras, 
gota grave, artrite reumatoide 
IL-6, Receptor de IL-6 
Ação: Inibe inflamação, respostas de 
anticorpos? 
Uso: Artrite juvenil idiopática, artrite 
reumatoide 
IL-17 
Ação: Inibe o recrutamento de 
leucócitos para os locais de inflamação 
Uso: Psoríase; possivelmente artrite 
reumatoide (ensaios em andamento) 
IFN-α 
Ação: Pode ter múltiplos efeitos sobre a 
diferenciação de TH1, produção de 
anticorpo 
Uso: Lúpus eritematoso 
• IgG Intravenosa 
Doses elevadas de IgG intravenosa (IVIG) 
apresentam efeitos benéficos em 
algumas hipersensibilidades. 
 
• Terapias Baseadas em Células T 
Reguladoras 
Diversos ensaios clínicos estão em 
andamento para purificar Tregs de 
pacientes, expandi-las e ativá-las em 
cultura e, então, transferi-las de volta 
para os pacientes. Outra abordagem é 
tratar os pacientes com doses baixas de 
IL-2 na expectativa de ativar e manter as 
Tregs mais do que as células efetoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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