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19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 1 Fisioterapia aplicada à Uroginecologia Prof. Ms. Juliana Lerche V. R. Pires Objetivos • Aprender sobre as disfunções uroginecológicas • Aprender sobre as disfunções coloproctológicas • Aprender sobre as disfunções sexológicas • Aprender sobre os prolapsos de órgão pélvico Estrutura do Conteúdo • ConFnência e InconFnência Urinária • Fatores de risco para inconFnência urinária • Tipos de inconFnência urinária • Esforço • Urgência • Mista • Bexiga neurogênica • Disfunções fecais • Distúrbios sexológicos • Prolapso de órgão pélvico • Avaliação perineal CONCEITOS E TERMINOLOGIAS EM UROGINECOLOGIA Sintomas de armazenamento experimentados no enchimento vesical • Frequência urinária aumentada • Queixa de micções muito frequentes durante o dia, equivalente à polaciúria • Noctúria • Quando a paciente precisa acordar para urinar mais de uma vez durante a noite • Urgência • Desejo súbito e incontrolável de urinar • IU (inconFnência urinária) • Qualquer perda involuntária de urina • IUE (inconFnência urinária de esforço) • Perda involuntária de urina associada ao esforço ou aFvidade ]sica, (tosse ou espirro) 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 2 Sintomas de armazenamento: experimentados no enchimento vesical • IUU (inconFnência urinária de urgência) • Perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida pela sensação de urgência • IUM (inconFnência urinária mista) • Perda involuntária de urina associada ao esforço e também com a sensação de urgência • Enurese • Qualquer perda involuntária de urina (na infância) • Enurese noturna • Perda de urina durante o sono • IU con`nua • Perda con`nua de urina Sintomas de armazenamento: experimentados no enchimento vesical • Sensação vesical • Maneira como a paciente percebe ou não o enchimento vesical, pode ser qualificada em cinco categorias • Sensação vesical normal • paciente é capaz de perceber o enchimento vesical e esta sensação aumenta à medida que o desejo miccional torna-se mais forte • Sensação vesical aumentada • paciente sente desejo precoce e persistente de urinar Sintomas de armazenamento: experimentados no enchimento vesical • Sensação vesical reduzida • paciente é capaz de perceber o enchimento vesical, mas não sente desejo de urinar • Sensação vesical ausente • paciente não percebe o enchimento, nem sente desejo miccional • Sensação vesical inespecífica • paciente não refere sensação vesical específica, mas pode relatar plenitude abdominal, sintomas vegetaFvos ou espasFcidade Sintomas miccionais: surgem na fase de micção • Jato urinário fraco • Fluxo reduzido, quando comparado com performances prévias; pode ser referido, também, jato em spray • Jato urinário intermitente • Fluxo urinário é interrompido e reiniciado após um intervalo, involuntariamente, uma ou mais vezes durante a micção • Hesitância • Dificuldade para iniciar a micção, resultando em retardo no início do fluxo Sintomas miccionais: surgem na fase de micção • Esforço miccional • Esforço abdominal uFlizado para iniciar, manter ou melhorar o jato urinário • Gotejamento terminal • Corresponde à duração prolongada da fase final da micção, com fluxo lento, em gotas Sintomas pós-miccionais: experimentados logo após a micção • Sensação de esvaziamento incompleto • Sensação de persistência de urina na bexiga após a micção • Gotejamento pós-miccional • Perda involuntária de urina, geralmente em gotas, imediatamente após a micção 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 3 FISIOPATOLOGIA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EQUILÍBRIO VESICO-ESFINCTERIANO CONTINÊNCIA / MICÇÃO ↓ FORÇAS DE EXPULSÃO = F. DE RETENÇÃO ►Mulher: forças de retenção vulneráveis FORÇAS DE RETENÇÃO ATIVAS • Pressão uretral → aFvidade tônica dos es]ncteres liso e estriado • P. uretra = 110cm H2O – idade • Mecanismo fisiológico da conFnência durante o enchimento vesical • Micção → relaxamento dos es]ncteres → desaparecimento da pressão uretral FORÇAS DE RETENÇÃO PASSIVAS • Resistência uretral → forças que se opõem ao escoamento da urina • Posição + formato do colo vesical • Trofismo (30% da conFnência passiva) • Mucosa da uretra; vascularização; musculatura; tecido conjunFvo peri-uretral ManFdas durante a micção • Posição + formato do colo vesical • Trofismo FORÇAS DE RETENÇÃO PASSIVAS Hormôniodependente Pós-parto Menopausa Fechamento do ângulo uretrovesical Estrógeno e AP • O bom funcionamento da musculatura do períneo está relacionado ao estrógeno • Durante a amamentação, na segunda fase do ciclo menstrual e na menopausa, há uma diminuição do nível desse hormônio, podendo ser causa das disfunções do períneo • Mulheres, após a menopausa, são mais susce`veis a terem problemas urinários, defecatórios, sexuais e prolapsos genitais. Ramos, Laira 2014. Reabilitação perineal aFva 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 4 FORÇAS DE EXPULSÃO • Hiperpressão abdominal • Contração vesical TEORIA INTEGRAL DA CONTINÊNCIA (DA INTEGRALIDADE) IUE, IUU e alterações do esvaziamento vesical ↓ Idade, hormônios, alterações teciduais dos elementos de suporte suburetral, ligamentos, mm do assoalho pélvico e tecidos cicatriciais locais ↓ Frouxidão anatômica na parede vaginal anterior ↓ AFvação de receptores de distensão no colo vesical e hipermobilidade uretral e dissipação de pressões TEORIA INTEGRAL Petros e Ulmsten • A força muscular anterior produzida pelo pubococcigeo pode desempenhar um papel importante no mecanismo de fechamento da uretra • Proposta de fator eFológico dos DAP: lesão no tecido conecFvo dos ligamentos e músculos do AP PETROS PE, ULMSTEN U. AN INTEGRAL THEORY OF FEMALE URINARY INCONTINENCE. ACTA OBSTET GYNECOL SCAND 1990; 69 (SUPPL 153):1 – 79 TEORIA INTEGRAL DA CONTINÊNCIA (DA INTEGRALIDADE) • AP → sistema integrado → 3 forças musculares diferentes atuam nos ligamentos e fáscias pélvicas para abrir e fechar o colo vesical e a uretra • Força muscular do AP → importante estabilizador do colo vesical e uretra • Conceito biomecânico: ao fortalecer um musculo → fortalecimento de seu ponto de inserção • Reabilitação do AP baseada na TI reforça este conceito biomecânico (Skilling P, Petros P, Synergic non-surgical management of pelvic floor dysfuncFon: second report. Int. Urogynecol. J. 2004; 15: 106-110) CONTINÊNCIA URINÁRIA Teoria Integral - elasFcidade vaginal + sistema de sustentação e suspensão → uretra fechada durante o repouso - elasFcidade vaginal → integridade tecidual - s i s tema suspensão → fá sc i a endopélvica e fáscia púbica 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 5 CONTINÊNCIA URINÁRIA Delancey TEORIA HAMMOCK (rede) • Fáscia pubo-cervical dá suporte ao colo vesical (rede) • Aumento da pressão intra- abdominal + compressão da uretral proximal contra a fáscia = fechamento da uretra Teoria da Transmissão de Pressão Sem hipermobilidade Com hipermobilidade SP SP BEXIGA BEXIGA TEORIA DE TRANSMISSÃO DAS PRESSÕES Enhorning e Barnes Outra teoria: Swash M, Snooks SJ, Henry MM. Unifying concept of pelvic Wloor disorders and incontinence. J R Soc Med 1985; 78:906 – 911 • Proposta de fator eFológico dos DAP: denervação dos músculos do AP devido à lesão do nervo pudendo 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 6 Fatores de risco para IU • Idade (meia-idade e idade avançada: 30 a 60%) • História familiar (parente em 1o grau) •Menopausa • Cor da pele branca • Obstétricos (gravidez, trabalho de parto, parto vaginal, parto instrumental, peso fetal: a associação desses fatores diminui com a idade) • Obesidade • AFvidade ]sica • Diabetes (neuropaFa e/ou vasculopaFa) • Histerectomia • Tabagismo e DPOC • Alcool e caféína • ConsFpação, IF, POP, , enurese, uso de diuréFcos, benzodiazepínicos Bexiga Hiperativa/ Hiperatividade do Detrusor / Instabilidade vesical Fatores de risco: • Idade • Deficiência estrogênica • Doenças neurológicas Sintomas: • Urgência miccional • IUU • é frequência urinária • Noctúria Sinais urodinâmicos: • Contrações involuntárias do detrusor, espontâneas ou provocadas Tipos e etiologia da bexiga hiperativa • Terminal • Contração única do detrusor, na capacidade cistométrica máxima, com esvaziamento vesical, pode ter sensibilidade ê • Em idosos e traumaFsmo medular • Neurogênica • CNID de grande amplitude • Distúrbio no controle neurológico da bexiga causado por doença neurológica • Lesão supraponFna, suprassacal espinhal (infraponFna), sacral • EUD: detrusor hiper ou hipoaFvo e es]ncter hiper ou hipoaFvo • IdiopáFca • As CNID acontecem em pacientes sem evidência objeFva de alteração neurológica Disfunções anorretais Incon?nência anal • Queixa de perda involuntária de fezes e/ ou flatos Fatores de risco • IU • Obesidade • Idade • Doença neurológica (AVC, demência, lesão do n. pudendo) • Cirurgia Incon?nência fecal • Queixa de perda involuntária de fezes (líquidas, sólidas ou soiling) ICS, 2010 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 7 Etiologia da IA • !/ê da disFnção da natureza do conteúdo retal • !/ê da disFnção adequada do volume e consistência das fezes • Alteração na capacidade de armazenamento de fezes pelo reto e cólon distal (complacência retal) • Alteração no funcionamento esfincteriano e dos MAP • Alteração no controle neurológico • Alteração hormonal • Alteração emocional • Alteração na capacidade de locomoção • Ex: uso abusivo de laxantes; doenças inflamatórias do intesFno; ê da complacência retal (tumores, cirurgias, doença do colágeno); sensibilidade anal alterada (doenças neurológicas); lesões obstétricas; sequelas cirúrgicas; envelhecimento; impactação fecal Baracho, 2012 Constipação Definição • Esforço • Fezes endurecidas • Sensação de evacuação incompleta • Sensação de obstrução distal • Manobras manuais • < de 3 evacuações/semana (Critérios de Roma III) Fatores de risco • Dieta • AFvidade ]sica • Idade mais avançada • Sexo feminino • Baixo nível socioeconômico • Baixo nível educacional • Diabetes • NeuropaFas (Parkinson, esclerose múlFpla) • HipoFreoidismo • CA e megacólon Escala de Bristol TRANSITO LENTO TRANSITO NORMAL OU INTERMEDIÁRIO TRANSITO ACELERADO Disfunções sexuais femininas e algias pélvicas Prof. Ms Juliana Lerche R. Pires EFenne, M. de A. Sexualidade / Disfunções e tratamentos. In: Baracho, E.Fisioterapia aplicada à Saúde da Mulher. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2012; 375-383 Sexualidade • OMS: um dos 4 pilares da QoL • Energia que moFva o indivíduo a se relacionar, capacidade de receber e transmiFr afeto • AFvidade sexual (parte da sexualidade) • Modifica ao longo da vida • Cultural Transtornos e disfunções • Dificuldade persistente e recorrente em realizar uma ou mais das fases da resposta ]sica sexual, causando sofrimento e dificuldade interpessoal Ciclo da resposta sexual [isiológica feminina Desejo – Excitação – Orgasmo – Resolução 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 8 Disfunção... • De desejo hipoa?vo ou ausência de libido: interesse sexual ê ou ausente • De excitação: ausente, insuficiente ou inadequada, mesmo com sinais ]sicos de resposta sexual • Orgásmica: retardo ou ausência recorrente de orgasmo após fase normal de excitação, ou grande diminuição da sua intensidade • Dispareunia: dor/ desconforto (superficial ou profunda) à penetração total ou parcial do pênis, ou com os movimentos do intercurso sexual. Depende de condições do intróito vaginal (pele e mucosa), tolerância à dor, insistência ou hesitação do parceiro • Aversão sexual ou ausência de prazer sexual: ansiedade e desgosto excessivo a qualquer possibilidade ou tentaFva de contato sexual • Vaginismo: contração involuntária do 1/3 distal da vagina à tentaFva de penetração. Primária/ Secundária; persistente/ recorrente; parcial/total Dor • Vulvar: na vulva ou ao redor dela • Vaginal: internamente na vagina, acima do intróito • Perineal: no períneo (entre o ânus e vagina) • Pélvica: profunda, na pelve (endometriose, aderências, cirurgias) • Cis?te inters?cial crônica: sintomas irritaFvos, dor vesical, pélvica e suprapúbica, dispareunia • Neuropa?a do pudendo: em queimação vaginal ou vulvar • no trajeto do pudendo • é ao sentar • Impede de caminhar à noite • Ausência de déficit sensorial • Alívio dos sintomas ao bloqueio do pudendo Etiologia • Fatores orgânicos, psicogênicos ou combinados • MulFfatoriais • Disfunções miccionais e evacuatórias podem influenciar e agravar as DS • Alterações congênitas ou adquiridas • prolapso, flacidez vaginal, flato vaginal, tensão muscular, cirurgia, gestação, parto • Generalizada / Situacional • Desconhecimento do próprio corpo e função das carícias preliminares 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 9 Hipertonia/Hiperatividade dos MAP • Tônus muscular: resistência oferecida pelo m. à palpação ou movimentação passiva; sofre influência das caracterísFcas estruturais e fisiológicas do m. (trofismo das fibras musculares, dos envoltórios de tecido conecFvo e pelo grau de aFvação muscular) • MAP não relaxam ou se contraem quando o relaxamento é necessário • Pode estar associada ao é do tônus dos MAP, é da rigidez à palpação e é da aFvidade elétrica dos MAP em repouso • Sintomas: • Dificuldade em urinar, defecar, dispareunia e/ou dor pélvica crônica Baracho, 2012 PROLAPSO GENITAL Prof. Juliana Lerche V. R. Pires PROLAPSO GENITAL • Deslocamento das vísceras pélvicas no senFdo caudal, em direção ao hiato genital • ICS → descenso da parede vaginal anterior e/ou posterior, do ápice da vagina (cérvix/útero) ou da cúpula vaginal (histerectomia) • Desequilíbrio → forças que empurram X que mantém os órgãos na posição normal BEZERRA, L.R.P.S. et al. Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Jul 2004, vol.26, no.6, p.441-447 FELDNER Jr, P.C.et al. Reprodu?bilidade interobservador da classificação da distopia genital proposta pela Sociedade Internacional de Con?nência. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Jun 2003, vol.25 no.5, p. 353-358 • Ponto fixo → carúncula himenal (ponto 0) • 6 pontos definidos (2 PV Ant., 2 ápice vag., 2 PV Post.) • NegaFvos (acima hímen); PosiFvos (abaixo hímem) -3 a +3 -3 (normal) <2cm >3cm 0-10cm POPQ • Estágio 0: nenhum prolapso é observado • Estágio I: a porção mais distal do prolapso está a mais de 1cm acima do nível do himem • Estágio II: a porção mais distal do prolapso está a 1cm ou menos proximal de ou distal do plano do himem • Estágio III: a porção mais distal do prolapso está a mais que 1cm abaixo do plano do himem • Esteagio IV: é observada a completa eversão do comprimento total do trato genital inferior ICS, 2010 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 10 DEFEITO ANTERIOR Válvula do espéculo → afasta PVPDEFEITO POSTERIOR Válvula do espéculo → afasta PVA Estágio II Estágio III Estágio IV DEFEITOS • ANTERIOR: ruptura fáscia pubocervical (uretrocele e cistocele) • POSTERIOR: ruptura do septo reto vaginal (retocele) • APICAL: ruptura do complexo ligamentar cardinal útero sacral do anel pericervical (prolapso uterino ou cúpula vaginal, enterocele) • DISTAL: alargamento do hiato vaginal e destruição do corpo perineal, ↓ dist. vagina-ânus, mudança na orientação da placa dos elevadores, eixo do útero apontando para o hiato → facilita o descenso h p://www.endoscopiaemginecologia.com.br/consenso/laparoscopia/textos/distopias_genitais/distopias.htm FATORES DE RISCO Intrínsecos • ♀, idade • Hereditariedade (parente 1o grau → risco 3x maior) • Raça (branca → risco e severidade) • Tecido conjunFvo (alteração colágeno Fpo I e III, nutrição → anorexia) • Lesão nervosa (espinha bífida oculta) • Esqueleto (coluna torácica e lombar, diâmetro transverso) GÉO, M.S. et al. Fisiopatologia e Abordagem Conservadora dos Prolapsos Genitais. In: BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Cap. 28, p. 300-322. COLUNA AUMENTO CIFOSE TORÁCICA REDUÇÃO LORDOSE LOMBAR ORIENTAÇÃO VERTICAL BACIA AUMENTO DIÂMETRO TRANSVERSO FATORES DE RISCO Extrínsecos • Paridade, Fpo de parto, ganho de peso na gravidez, peso e circunferência craniana do feto • Hormônios (progesterona e hipoestrogenismo) • ↑ Pressão abdominal • Tabagismo • ConsFpação intesFnal crônica • Exercício, aFvidade e trabalho ]sico • Trauma cirúrgico (pélvico) GÉO, M.S. et al. Fisiopatologia e Abordagem Conservadora dos Prolapsos Genitais. In: BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Cap. 28, p. 300-322. 19/04/17 Aula prof. Juliana Lerche Pires 11 Biomecânica • O esFramento muscular do períneo, causado pelo aumento súbito da pressão abdominal, gera um reflexo miotáFco de contração dessa musculatura (reflexo da tosse), aumentando o suporte muscular ao esforço, e evitando a sobrecarga sobre os ligamentos • A perda desse reflexo e a fraqueza muscular diminuem o suporte e aumentam o hiato urogenital, predispondo ao aparecimento de prolapsos genitais e da inconFnência. Ramos, Laira 2014. Reabilitação perineal aFva Biomecânica • A anter io r i zação da pe lve aumenta a circunferência pélvica, sobrecarregando o sistema de sustentação, mas é uma excelente postura para o parto normal • Hiperlordose aumenta a pressão sobre a parede posterior da vagina e sobre o ligamento útero- sacro, predispondo aos prolapsos da parede posterior • ReFficação da lordose aumenta a pressão sobre a parede anterior da vagina e do ligamento úraco, predispondo aos prolapsos da parede anterior. Ramos, Laira 2014. Reabilitação perineal aFva Biomecânica • Exercícios de báscula ajudam a manter a correta sinergia desses músculo e a mobilidade pélvica • Posição de cócoras é muito boa para o alongamento da musculatura do períneo. Ramos, Laira 2014. Reabilitação perineal aFva
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