Buscar

Aula 06 Disfunçao urinaria e sexual

Prévia do material em texto

19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 1	
Fisioterapia	aplicada	à	Uroginecologia	
Prof.	Ms.	Juliana	Lerche	V.	R.	Pires	
Objetivos		
• Aprender	sobre	as	disfunções	
uroginecológicas	
• Aprender	sobre	as	disfunções	
coloproctológicas	
• Aprender	sobre	as	disfunções	sexológicas	
• Aprender	sobre	os	prolapsos	de	órgão	
pélvico	
Estrutura	do	Conteúdo		
•  ConFnência	e	InconFnência	Urinária	
•  Fatores	de	risco	para	inconFnência	urinária	
•  Tipos	de	inconFnência	urinária	
•  Esforço	
•  Urgência	
•  Mista	
•  Bexiga	neurogênica	
•  Disfunções	fecais	
•  Distúrbios	sexológicos	
•  Prolapso	de	órgão	pélvico	
•  Avaliação	perineal	
CONCEITOS	E	TERMINOLOGIAS	EM		UROGINECOLOGIA	
Sintomas	de	armazenamento	experimentados	no	enchimento	vesical	
•  Frequência	urinária	aumentada	
•  Queixa	de	micções	muito	frequentes	durante	o	dia,	
equivalente	à	polaciúria	
• Noctúria	
•  Quando	a	paciente	precisa	acordar	para	urinar	mais	de	
uma	vez	durante	a	noite	
• Urgência	
•  Desejo	súbito	e	incontrolável	de	urinar	
•  IU	(inconFnência	urinária)	
•  Qualquer	perda	involuntária	de	urina	
•  IUE	(inconFnência	urinária	de	esforço)	
•  Perda	involuntária	de	urina	associada	ao	esforço	ou	
aFvidade	]sica,	(tosse	ou	espirro)	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 2	
Sintomas	de	armazenamento:	experimentados	no	enchimento	vesical	
•  IUU	(inconFnência	urinária	de	urgência)	
•  Perda	involuntária	de	urina	acompanhada	ou	
imediatamente	precedida	pela	sensação	de	urgência	
•  IUM	(inconFnência	urinária	mista)	
•  Perda	involuntária	de	urina	associada	ao	esforço	e	
também	com	a	sensação	de	urgência	
•  Enurese	
•  Qualquer	perda	involuntária	de	urina	(na	infância)	
•  Enurese	noturna	
•  Perda	de	urina	durante	o	sono	
•  IU	con`nua	
•  Perda	con`nua	de	urina	
Sintomas	de	armazenamento:	experimentados	no	enchimento	vesical	
• Sensação	vesical	
• Maneira	como	a	paciente	percebe	ou	não	o	
enchimento	vesical,	pode	ser	qualificada	em	
cinco	categorias	
• Sensação	vesical	normal	
• paciente	é	capaz	de	perceber	o	enchimento	
vesical	e	esta	sensação	aumenta	à	medida	que	
o	desejo	miccional	torna-se	mais	forte	
• Sensação	vesical	aumentada	
• paciente	sente	desejo	precoce	e	persistente	
de	urinar	
Sintomas	de	armazenamento:	experimentados	no	enchimento	vesical	
• Sensação	vesical	reduzida	
• paciente	é	capaz	de	perceber	o	enchimento	
vesical,	mas	não	sente	desejo	de	urinar	
• Sensação	vesical	ausente	
• paciente	não	percebe	o	enchimento,	nem	
sente	desejo	miccional	
• Sensação	vesical	inespecífica	
• paciente	não	refere	sensação	vesical	
específica,	mas	pode	relatar	plenitude	
abdominal,	sintomas	vegetaFvos	ou	
espasFcidade	
Sintomas	miccionais:	surgem	na	fase	de	micção	
• Jato	urinário	fraco	
•  Fluxo	reduzido,	quando	comparado	com	
performances	prévias;	pode	ser	referido,	
também,	jato	em	spray	
• Jato	urinário	intermitente	
•  Fluxo	urinário	é	interrompido	e	reiniciado	após	
um	intervalo,	involuntariamente,	uma	ou	mais	
vezes	durante	a	micção	
• Hesitância	
• Dificuldade	para	iniciar	a	micção,	resultando	
em	retardo	no	início	do	fluxo	
Sintomas	miccionais:		surgem	na	fase	de	micção	
• Esforço	miccional	
• Esforço	abdominal	uFlizado	para	iniciar,	
manter	ou	melhorar	o	jato	urinário	
• Gotejamento	terminal	
• Corresponde	à	duração	prolongada	da	
fase	final	da	micção,	com	fluxo	lento,	em	
gotas	
Sintomas	pós-miccionais:	experimentados	logo	após	a	micção	
• Sensação	de	esvaziamento	incompleto	
• Sensação	de	persistência	de	urina	na	
bexiga	após	a	micção	
• Gotejamento	pós-miccional	
• Perda	involuntária	de	urina,	geralmente	
em	gotas,	imediatamente	após	a	micção	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 3	
FISIOPATOLOGIA	DA	INCONTINÊNCIA	URINÁRIA	
EQUILÍBRIO		
VESICO-ESFINCTERIANO	
CONTINÊNCIA	/	MICÇÃO	
↓	
FORÇAS	DE	EXPULSÃO	=	F.	DE	RETENÇÃO	
	
	
►Mulher:	forças	de	retenção	vulneráveis	
	
FORÇAS	DE	RETENÇÃO	ATIVAS	
• Pressão	uretral	→	aFvidade	tônica	dos	
es]ncteres	liso	e	estriado	
• P.	uretra	=	110cm	H2O	–	idade	
• Mecanismo	fisiológico	da	conFnência	
durante	o	enchimento	vesical	
• Micção	→	relaxamento	dos	es]ncteres	→	
desaparecimento	da	pressão	uretral	
FORÇAS	DE	RETENÇÃO	PASSIVAS	
• Resistência	uretral	→	forças	que	se	opõem	ao	
escoamento	da	urina	
• Posição	+	formato	do	colo	vesical	
• Trofismo	(30%	da	conFnência	passiva)	
•  Mucosa	da	uretra;	vascularização;	musculatura;	
tecido	conjunFvo	peri-uretral	
ManFdas	durante	a	micção	
•  Posição	+	formato	do	colo	vesical	
•  Trofismo	
FORÇAS	DE		
RETENÇÃO	PASSIVAS	
Hormôniodependente	
Pós-parto	 Menopausa	
Fechamento	do	ângulo	
uretrovesical	
Estrógeno	e	AP	
•  O	 bom	 funcionamento	 da	 musculatura	 do	 períneo	 está	
relacionado	ao	estrógeno	
•  Durante	a	amamentação,	na	segunda	fase	do	ciclo	menstrual	
e	na	menopausa,	há	uma	diminuição	do	nível	desse	hormônio,	
podendo	ser	causa	das	disfunções	do	períneo	
•  Mulheres,	 após	 a	 menopausa,	 são	 mais	 susce`veis	 a	 terem	
problemas	 urinários,	 defecatórios,	 sexuais	 e	 prolapsos	
genitais.		
Ramos,	Laira	2014.	Reabilitação	perineal	aFva	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 4	
FORÇAS	DE	EXPULSÃO	
• Hiperpressão	abdominal	
• Contração	vesical	
TEORIA	INTEGRAL	DA	CONTINÊNCIA	
(DA	INTEGRALIDADE)	
IUE,	IUU	e	alterações	do	esvaziamento	vesical	
↓	
Idade,	hormônios,	alterações	teciduais	dos	
elementos	de	suporte	suburetral,	ligamentos,	mm	
do	assoalho	pélvico	e	tecidos	cicatriciais	locais	
↓	
Frouxidão	anatômica	na	parede	vaginal	anterior	
↓	
AFvação	de	receptores	de	distensão	no	colo	vesical	
e	hipermobilidade	uretral	e	dissipação	de	pressões	
TEORIA	INTEGRAL	Petros	e	Ulmsten	
• A	força	muscular	anterior	produzida	pelo	
pubococcigeo	pode	desempenhar	um	papel	
importante	no	mecanismo	de	fechamento	
da	uretra	
• Proposta	de	fator	eFológico	dos	DAP:	lesão	
no	tecido	conecFvo	dos	ligamentos	e	
músculos	do	AP	
PETROS	PE,	ULMSTEN	U.	AN	INTEGRAL	THEORY	OF	FEMALE	URINARY	INCONTINENCE.	
ACTA	OBSTET	GYNECOL	SCAND	1990;	69	(SUPPL	153):1	–	79	
TEORIA	INTEGRAL	DA	CONTINÊNCIA	
(DA	INTEGRALIDADE)	
•  AP	→	sistema	integrado	→	3	forças	musculares	
diferentes	atuam	nos	ligamentos	e	fáscias	pélvicas	
para	abrir	e	fechar	o	colo	vesical	e	a	uretra	
•  Força	muscular	do	AP	→	importante	estabilizador	do	
colo	vesical	e	uretra		
•  Conceito	biomecânico:	ao	fortalecer	um	musculo	→	
fortalecimento	de	seu	ponto	de	inserção	
•  Reabilitação	do	AP	baseada	na	TI	reforça	este	
conceito	biomecânico	
 
(Skilling	P,	Petros	P,	Synergic	non-surgical	management	of	pelvic	floor	dysfuncFon:	second	report.	
Int.	Urogynecol.	J.	2004;	15:	106-110)	
CONTINÊNCIA	URINÁRIA	
Teoria	Integral	
- elasFcidade	 vaginal	 +	 sistema	 de	
sustentação	 e	 suspensão	 →	 uretra	
fechada	durante	o	repouso	
- elasFcidade	 vaginal	 →	 integridade	
tecidual	
- s i s tema	 suspensão	 →	 fá sc i a	
endopélvica	e	fáscia	púbica	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 5	
CONTINÊNCIA	URINÁRIA	
Delancey	 TEORIA	HAMMOCK	(rede)	
• Fáscia	pubo-cervical	dá	suporte	
ao	colo	vesical	(rede)	
• Aumento	da	pressão	intra-
abdominal	+	compressão	da	
uretral	proximal	contra	a	fáscia	=	
fechamento	da	uretra	
Teoria da Transmissão de Pressão 
Sem hipermobilidade Com hipermobilidade 
SP 
SP 
BEXIGA BEXIGA 
TEORIA	DE	TRANSMISSÃO	
DAS	PRESSÕES	
Enhorning	e	Barnes	
Outra	teoria:	
Swash	M,	Snooks	SJ,	Henry	MM.	Unifying	concept	of	pelvic	Wloor	disorders	and	incontinence.	J	R	Soc	Med	1985;	78:906	–	911	
• Proposta	de	fator	eFológico	dos	DAP:	
denervação	dos	músculos	do	AP	
devido	à	lesão	do	nervo	pudendo	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 6	
Fatores	de	risco	para	IU	
•  Idade	(meia-idade	e	idade	avançada:	30	a	60%)	
•  História	familiar	(parente	em	1o	grau)	
•Menopausa	
•  Cor	da	pele	branca	
•  Obstétricos	(gravidez,	trabalho	de	parto,	parto	vaginal,	parto	
instrumental,	peso	fetal:	a	associação	desses	fatores	diminui	com	a	
idade)	
•  Obesidade	
•  AFvidade	]sica	
•  Diabetes	(neuropaFa	e/ou	vasculopaFa)	
•  Histerectomia	
•  Tabagismo	e	DPOC	
•  Alcool	e	caféína	
•  ConsFpação,	IF,	POP,	,	enurese,	uso	de	diuréFcos,	benzodiazepínicos	
Bexiga	Hiperativa/	Hiperatividade	do	Detrusor	/	Instabilidade	vesical	
Fatores	de	risco:		
•  Idade	
•  Deficiência	estrogênica	
•  Doenças	neurológicas	
Sintomas:	
•  Urgência	miccional	
•  IUU	
• é	frequência	urinária	
•  Noctúria	
Sinais	urodinâmicos:	
•  Contrações	involuntárias	do	
detrusor,	espontâneas	ou	
provocadas	
Tipos	e	etiologia	da	bexiga	hiperativa	
•  Terminal	
•  Contração	única	do	detrusor,	na	capacidade	cistométrica	
máxima,	com	esvaziamento	vesical,	pode	ter	sensibilidade	ê	
•  Em	idosos	e	traumaFsmo	medular	
•  Neurogênica	
•  CNID	de	grande	amplitude	
•  Distúrbio	no	controle	neurológico	da	bexiga	causado	por	doença	
neurológica	
•  Lesão	supraponFna,	suprassacal	espinhal	(infraponFna),	sacral	
•  EUD:	detrusor	hiper	ou	hipoaFvo	e	es]ncter	hiper	ou	hipoaFvo	
•  IdiopáFca	
•  As	CNID	acontecem	em	pacientes	sem	evidência	objeFva	de	
alteração	neurológica	
Disfunções	anorretais	
Incon?nência	anal	
•  Queixa	de	perda	
involuntária	de	fezes	e/
ou	flatos	
Fatores	de	risco	
•  IU	
•  Obesidade	
•  Idade	
•  Doença	neurológica	
(AVC,	demência,	lesão	
do	n.	pudendo)	
•  Cirurgia	
Incon?nência	fecal	
•  Queixa	de	perda	
involuntária	de	fezes	
(líquidas,	sólidas	ou	soiling)	
ICS,	2010	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 7	
Etiologia	da	IA	
•  !/ê	da	disFnção	da	natureza	do	conteúdo	retal	
•  	!/ê	da	disFnção	adequada	do	volume	e	consistência	das	fezes	
•  Alteração	na	capacidade	de	armazenamento	de	fezes	pelo	reto	e	
cólon	distal	(complacência	retal)	
•  Alteração	no	funcionamento	esfincteriano	e	dos	MAP	
•  Alteração	no	controle	neurológico	
•  Alteração	hormonal	
•  Alteração	emocional	
•  Alteração	na	capacidade	de	locomoção	
•  Ex:	uso	abusivo	de	laxantes;	doenças	inflamatórias	do	intesFno;	
ê	da	complacência	retal	(tumores,	cirurgias,	doença	do	
colágeno);	sensibilidade	anal	alterada	(doenças	neurológicas);	
lesões	obstétricas;	sequelas	cirúrgicas;	envelhecimento;	
impactação	fecal	
Baracho,	2012	
Constipação	
Definição	
•  Esforço	
•  Fezes	endurecidas	
•  Sensação	de	evacuação	
incompleta	
•  Sensação	de	obstrução	
distal	
•  Manobras	manuais	
•  <	de	3	evacuações/semana	
(Critérios	de	Roma	III)	
Fatores	de	risco	
•  Dieta	
•  AFvidade	]sica	
•  Idade	mais	avançada	
•  Sexo	feminino	
•  Baixo	nível	socioeconômico	
•  Baixo	nível	educacional	
•  Diabetes	
•  NeuropaFas	(Parkinson,	
esclerose	múlFpla)	
•  HipoFreoidismo	
•  CA	e	megacólon	
Escala	de	Bristol	
TRANSITO	LENTO	
TRANSITO	NORMAL	
OU	INTERMEDIÁRIO	
TRANSITO	ACELERADO	
Disfunções	sexuais	
femininas	e	algias	
pélvicas	
Prof.	Ms	Juliana	Lerche	R.	Pires	
EFenne,	M.	de	A.	Sexualidade	/	Disfunções	e	tratamentos.	In:	Baracho,	E.Fisioterapia	
aplicada	à	Saúde	da	Mulher.	Rio	de	Janeiro.	Guanabara	Koogan.	2012;	375-383	
Sexualidade	
• OMS:	um	dos	4	pilares	
da	QoL	
•  Energia	que	moFva	o	
indivíduo	a	se	
relacionar,	capacidade	
de	receber	e	transmiFr	
afeto	
• AFvidade	sexual	(parte	
da	sexualidade)	
•  Modifica	ao	longo	da	vida	
•  Cultural	
Transtornos	e	
disfunções	
• Dificuldade	
persistente	e	
recorrente	em	
realizar	uma	ou	mais	
das	fases	da	resposta	
]sica	sexual,	
causando	sofrimento	
e	dificuldade	
interpessoal	
Ciclo	da	resposta	sexual		
[isiológica	feminina	
	Desejo	–	Excitação	–	Orgasmo	–	Resolução		
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 8	
Disfunção...		
• De	desejo	hipoa?vo	ou	ausência	de	
libido:	interesse	sexual	ê	ou	ausente	
• De	excitação:	ausente,	insuficiente	ou	
inadequada,	mesmo	com	sinais	]sicos	de	
resposta	sexual	
• Orgásmica:	retardo	ou	ausência	
recorrente	de	orgasmo	após	fase	normal	
de	excitação,	ou	grande	diminuição	da	sua	
intensidade	
• Dispareunia:	dor/
desconforto	(superficial	
ou	profunda)	à	
penetração	total	ou	
parcial	do	pênis,	ou	com	
os	movimentos	do	
intercurso	sexual.	
Depende	de	condições	
do	intróito	vaginal	(pele	
e	mucosa),	tolerância	à	
dor,	insistência	ou	
hesitação	do	parceiro	
• Aversão	sexual	ou	
ausência	de	prazer	
sexual:	ansiedade	e	
desgosto	excessivo	a	
qualquer	possibilidade	
ou	tentaFva	de	contato	
sexual	
• Vaginismo:	contração	
involuntária	do	1/3	distal	
da	vagina	à	tentaFva	de	
penetração.	Primária/
Secundária;	persistente/
recorrente;	parcial/total	
Dor	
•  Vulvar:	na	vulva	ou	ao	redor	dela	
•  Vaginal:	internamente	na	vagina,	acima	do	intróito	
•  Perineal:	no	períneo	(entre	o	ânus	e	vagina)	
•  Pélvica:	profunda,	na	pelve	(endometriose,	aderências,	
cirurgias)	
•  Cis?te	inters?cial	crônica:	sintomas	irritaFvos,	dor	vesical,	
pélvica	e	suprapúbica,	dispareunia	
•  Neuropa?a	do	pudendo:	em	queimação	vaginal	ou	vulvar		
•  no	trajeto	do	pudendo	
•  é	ao	sentar	
•  Impede	de	caminhar	à	noite	
•  Ausência	de	déficit	sensorial		
•  Alívio	dos	sintomas	ao	bloqueio	do	pudendo	
Etiologia	
•  Fatores	orgânicos,	psicogênicos	ou	combinados	
• MulFfatoriais	
• Disfunções	miccionais	e	evacuatórias	podem	
influenciar	e	agravar	as	DS	
• Alterações	congênitas	ou	adquiridas		
• prolapso,	flacidez	vaginal,	flato	vaginal,	tensão	
muscular,	cirurgia,	gestação,	parto	
• Generalizada	/	Situacional	
• Desconhecimento	do	próprio	corpo	e	função	das	
carícias	preliminares	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 9	
Hipertonia/Hiperatividade	dos	MAP	
•  Tônus	muscular:	resistência	oferecida	pelo	m.	à	palpação	ou	
movimentação	passiva;	sofre	influência	das	caracterísFcas	
estruturais	e	fisiológicas	do	m.	(trofismo	das	fibras	
musculares,	dos	envoltórios	de	tecido	conecFvo	e	pelo	grau	
de	aFvação	muscular)	
•  MAP	não	relaxam	ou	se	contraem	quando	o	relaxamento	é	
necessário	
•  Pode	estar	associada	ao	é	do	tônus	dos	MAP,	é	da	rigidez	à	
palpação	e	é	da	aFvidade	elétrica	dos	MAP	em	repouso	
•  Sintomas:	
•  Dificuldade	em	urinar,	defecar,	dispareunia	e/ou	dor	pélvica	
crônica	
Baracho,	2012	
PROLAPSO	GENITAL	
Prof.	Juliana	Lerche	V.	R.	Pires	
PROLAPSO	GENITAL	
• Deslocamento	das	vísceras	pélvicas	no	senFdo	
caudal,	em	direção	ao	hiato	genital	
•  ICS	→	descenso	da	parede	vaginal	anterior	e/ou	
posterior,	do	ápice	da	vagina	(cérvix/útero)	ou	da	
cúpula	vaginal	(histerectomia)	
• Desequilíbrio	→	forças	que	empurram	X	que	
mantém	os	órgãos	na	posição	normal	
	
	BEZERRA,	L.R.P.S.	et	al.	Comparação	entre	as	terminologias	padronizadas	por	
Baden	e	Walker	e	pela	ICS	para	o	prolapso	pélvico	feminino.	Rev.	Bras.	Ginecol.	
Obstet.,	Jul	2004,	vol.26,	no.6,	p.441-447	
FELDNER	Jr,	P.C.et	al.	Reprodu?bilidade	interobservador	da	classificação	da	distopia	genital	proposta		
pela	Sociedade	Internacional	de	Con?nência.	Rev.	Bras.	Ginecol.	Obstet.,	Jun	2003,	vol.25	no.5,	p.	353-358	
•  Ponto	fixo	→	carúncula	himenal	(ponto	0)	
•  6	pontos	definidos	(2	PV	Ant.,	2	ápice	vag.,	2	PV	Post.)	
•  NegaFvos	(acima	hímen);	PosiFvos	(abaixo	hímem)	
-3	a	+3	
-3	(normal)	
<2cm	 >3cm	
0-10cm	
POPQ	
•  Estágio	0:	nenhum	prolapso	é	observado	
•  Estágio	I:	a	porção	mais	distal	do	prolapso	está	a	
mais		de	1cm	acima	do	nível	do	himem	
•  Estágio	II:	a	porção	mais	distal	do	prolapso	está	
a	1cm	ou	menos	proximal	de	ou	distal	do	plano	
do	himem	
•  Estágio	III:	a	porção	mais	distal	do	prolapso	está	
a	mais	que	1cm	abaixo	do	plano	do	himem	
•  Esteagio	IV:	é	observada	a	completa	eversão	do	
comprimento	total	do	trato	genital	inferior	
ICS,	2010	
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 10	
DEFEITO	ANTERIOR	
Válvula	do	espéculo	→	afasta	PVPDEFEITO	POSTERIOR	
Válvula	do	espéculo	→	afasta	PVA	
Estágio	II	
Estágio	III	
Estágio	IV	
DEFEITOS	
• ANTERIOR:	ruptura	fáscia	pubocervical	(uretrocele	
e	cistocele)	
• POSTERIOR:	ruptura	do	septo	reto	vaginal	
(retocele)	
• APICAL:	ruptura	do	complexo	ligamentar	cardinal	
útero	sacral	do	anel	pericervical	(prolapso	uterino	
ou	cúpula	vaginal,	enterocele)	
• DISTAL:	alargamento	do	hiato	vaginal	e	destruição	
do	corpo	perineal,	↓	dist.	vagina-ânus,	mudança	na	
orientação	da	placa	dos	elevadores,	eixo	do	útero	
apontando	para	o	hiato	→	facilita	o	descenso	
h…p://www.endoscopiaemginecologia.com.br/consenso/laparoscopia/textos/distopias_genitais/distopias.htm	
FATORES	DE	RISCO	
Intrínsecos	
• ♀,	idade	
• Hereditariedade	(parente	1o	grau	→	risco	3x	
maior)	
• Raça	(branca	→	risco	e	severidade)	
•  Tecido	conjunFvo	(alteração	colágeno	Fpo	I	e	III,	
nutrição	→	anorexia)	
•  Lesão	nervosa	(espinha	bífida	oculta)	
•  Esqueleto	(coluna	torácica	e	lombar,	diâmetro	
transverso)	
GÉO,	M.S.	et	al.	Fisiopatologia	e	Abordagem	Conservadora	dos	Prolapsos	Genitais.	In:	BARACHO,	Elza.	
Fisioterapia	aplicada	à	obstetrícia,	uroginecologia	e	aspectos	de	mastologia.	4.ed.	Rio	de	Janeiro:	
	Guanabara	Koogan,	2007.	Cap.	28,	p.	300-322.		
COLUNA	
AUMENTO	CIFOSE	TORÁCICA	
REDUÇÃO	LORDOSE	LOMBAR	
ORIENTAÇÃO	VERTICAL	BACIA	
AUMENTO	DIÂMETRO	TRANSVERSO	
	
FATORES	DE	RISCO	
Extrínsecos	
• Paridade,	Fpo	de	parto,	ganho	de	peso	na	
gravidez,	peso	e	circunferência	craniana	do	feto	
• Hormônios	(progesterona	e	hipoestrogenismo)	
• ↑	Pressão	abdominal	
• Tabagismo	
• ConsFpação	intesFnal	crônica	
• Exercício,	aFvidade	e	trabalho	]sico	
• Trauma	cirúrgico	(pélvico)	
GÉO,	M.S.	et	al.	Fisiopatologia	e	Abordagem	Conservadora	dos	Prolapsos	Genitais.	In:	BARACHO,	Elza.	
Fisioterapia	aplicada	à	obstetrícia,	uroginecologia	e	aspectos	de	mastologia.	4.ed.	Rio	de	Janeiro:	
	Guanabara	Koogan,	2007.	Cap.	28,	p.	300-322.		
19/04/17	
Aula	prof.	Juliana	Lerche	Pires	 11	
Biomecânica	
• O	 esFramento	 muscular	 do	 períneo,	 causado	
pelo	aumento	súbito	da	pressão	abdominal,	gera	
um	 reflexo	 miotáFco	 de	 contração	 dessa	
musculatura	 (reflexo	 da	 tosse),	 aumentando	 o	
suporte	 muscular	 ao	 esforço,	 e	 evitando	 a	
sobrecarga	sobre	os	ligamentos	
• A	 perda	 desse	 reflexo	 e	 a	 fraqueza	 muscular	
diminuem	 o	 suporte	 e	 aumentam	 o	 hiato	
urogenital,	 predispondo	 ao	 aparecimento	 de	
prolapsos	genitais	e	da	inconFnência.		
Ramos,	Laira	2014.	Reabilitação	perineal	aFva	
Biomecânica	
•  A	 anter io r i zação	 da	 pe lve	 aumenta	 a	
circunferência	pélvica,	sobrecarregando	o	sistema	
de	sustentação,	mas	é	uma	excelente	postura	para	
o	parto	normal	
•  Hiperlordose	 aumenta	 a	 pressão	 sobre	 a	 parede	
posterior	 da	 vagina	 e	 sobre	 o	 ligamento	 útero-
sacro,	 predispondo	 aos	 prolapsos	 da	 parede	
posterior	
•  ReFficação	da	lordose	aumenta	a	pressão	sobre	a	
parede	 anterior	 da	 vagina	 e	 do	 ligamento	 úraco,	
predispondo	aos	prolapsos	da	parede	anterior.		
Ramos,	Laira	2014.	Reabilitação	perineal	aFva	
Biomecânica	
•  Exercícios	de	báscula	ajudam	a	manter	a	correta	
sinergia	desses	músculo	e	a	mobilidade	pélvica	
•  Posição	 de	 cócoras	 é	 muito	 boa	 para	 o	
alongamento	da	musculatura	do	períneo.		
Ramos,	Laira	2014.	Reabilitação	perineal	aFva

Continue navegando