Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 ANHANGUERA EDUCACIONAL Unidade de Apoio Presencial – Polo Jaraguá do Sul - SC Curso de Tecnologia em Gestão Financeira XXXXXXX – RA: XXXXX XXXXXX – RA: XXXXX XXXXXXX – RA: XXXXXX Projeto Interdisciplinar Aplicado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira (PROINTER IV) PROINTER IV – Etapa Final Jaraguá do Sul 2018 2 XXXXXXX – RA: XXXXX XXXXXX – RA: XXXXX XXXXXXX – RA: XXXXXX Projeto Interdisciplinar Aplicado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira (PROINTER IV) PROINTER IV – Etapa Final Projeto Interdisciplinar apresentado ao curso de Tecnologia em Gestão Financeira da Universidade Anhanguera como requisito parcial à obtenção de nota para aprovação da disciplina de Projeto Interdisciplinar III. Tutora a Distância: xxx Tutor Presencial: xxxx Jaraguá do Sul 2018 3 RESUMO O presente estudo propôs como tema a Gestão Financeira, e tem por finalidade mostrar a importância de um administrador financeiro em uma empresa. O Gestor Financeiro é o profissional que deve dominar o conhecimento básico em Gestão Financeira, Tributária e Cobrança. A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível o conjunto de recursos disponíveis que serão utilizados em transações e negócios, a análise dos controles se faz diária para tomada de decisão em relação aos seus bens e direitos, visando o equilíbrio entre ganhos e despesas da empresa. Dentre os assuntos abordados, podemos destacar algumas técnicas e ferramentas utilizadas, como Indicadores de Liquidez e Rentabilidade, Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e Payback, decisões de viabilidade econômico-financeira de projetos e a Gestão do Capital de Giro. Palavras-chave: Gestão Financeira, Capital de Giro, VPL, TIR, Payback, Indicadores de Liquidez, Indicadores de Rentabilidade. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUCÃO .................................................................................................................................. 5 2 ETAPA 1............................................................................................................................................. 6 2.1 Revisão Teórica sobre Gestão Financeira ................................................................ 6 2.2 Análise bibliográfica sobre Administração Financeira ............................................ 6 2.3 Análise da Gestão do Capital de Giro e Planejamento EstratégicoFinanceiro ...... 6 2.4 Estudo sobre a importância e os critérios de tomada de decisão dos indicadores ............................................................................................................................................................. 7 3 ETAPA 2............................................................................................................................................. 7 3.1 Passo 1........................................................................................................................ 9 3.2 Passo 2........................................................................................................................ 9 3.3 Passo 3...................................................................................................................... 16 3.4 Passo 4...................................................................................................................... 19 4 RELATÓRIO FINAL ....................................................................................................................... 20 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 22 5 1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento financeiro de uma empresa nasce com o planejamento, ou seja, para se colocar um negócio em funcionamento, é preciso investir capital, adquirir insumos, tecnologia, contratar funcionários e uma infinidade de quesitos que parecem não ter fim. O responsável pela gestão financeira da empresa fará um papel fundamental para que a mesma possa planejar e projetar as finanças e deverá ser capaz de detalhar a sua real situação econômica, desta forma o corpo responsável poderá tomar as decisões necessárias visando informações reais e concisas. Um bom administrador deverá saber usar todas as ferramentas disponíveis e como combinar todas as fontes de informações para a realização dos seus objetivos e estratégias, o estudo do capital de giro, análise de indicadores, viabilidade e investimentos como o Valor Presente Líquido, a Taxa Interna de Retorno e Payback são alguns dos exemplos fundamentais para a administração financeira, pois a empresa precisa recuperar todos os seus custos e despesas incorridos durante o ciclo operacional e obter o lucro desejado, especialmente devido ao fato de que o mercado financeiro se tornou nas últimas décadas mais dinâmico e complexo. E através destes, foi elaborado o desenvolvimento deste estudo de caso, que é analisar a viabilidade econômico-financeira da companhia “GFIN S.A”. Esta empresa é do segmento metal mecânico e está no mercado há mais de três décadas, passando assim por diversos ciclos econômicos. Academicamente, os resultados obtidos com este desenvolvimento de caso contribuirão para estudos futuros na área, e gerencialmente este trabalho possibilitará a organização de verificar a viabilidade econômico-financeira a fim de que a “GFIN S.A” possa alcançar o nível mais alto de governança coorporativa. 6 2 ETAPA 1 Em um cenário de cada vez mais incerteza e competitividade, conhecer os princípios fundamentais de gestão pode fazer toda a diferença para o empresário e o futuro do seu negócio. É necessário que o empreendedor planeje estratégias que se adaptem às necessidades da sua empresa, a fim de organizá-la e gerenciá-la de forma eficiente, alcançando os objetivos traçados. No entanto, essa tarefa pode ser um pouco complicada e requer esforço e dedicação. 2.1 Revisão Teórica sobre Gestão Financeira “A gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos, envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades da empresa, visando maximizar os resultados econômico-financeiros decorrentes de suas atividades operacionais”. (GITMAN [2007]). 2.2 Análise bibliográfica sobre Administração Financeira “A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa”. (WIKIPEDIA [2018]). 2.3 Análise da Gestão do Capital de Giro e Planejamento Estratégico - Financeiro “O Capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresapara financiar seu ciclo operacional. É caracterizado pelo seu grau de volatilidade, explicado pela curta duração de seus elementos e a constante mutação os ativos circulantes. O fluxo do ativo circulante ocorre de maneira ininterrupta na atividade operacional de uma empresa.” (BLOG LUZ [2018]) 7 2.4 Estudo sobre a importância e os critérios de tomada de decisão dos indicadores A análise de investimentos se baseia no emprego de técnicas contábeis e financeiras para identificar qual melhor alocação de investimento entre as diversas alternativas existentes. Ao se processar os dados, equações e cálculos relativos ao ativo, é possível enxergar se existe rentabilidade, de quanto ela pode ser e se o investimento está ou não dando certo. (BLOG VALOR [2016]). 3 ETAPA 2 A companhia “GFIN S.A” é do segmento metal mecânico e fornece peças para indústria automobilística nacional e internacional. A companhia periodicamente elabora um novo plano estratégico para que possa se manter competitiva frente às novas realidades mercadológicas. Para o novo plano estratégico, os analistas financeiros da companhia estão pensando em investir na área de infraestrutura, uma vez que o mercado nacional já demonstra sinais de recuperação econômica e o mercado internacional está se tornando cada vez mais competitivo. Diante dessa realidade irão analisar a possibilidade de realizar investimentos na ordem de R$25.000.000,00 na área de infraestrutura para atender as demandas do mercado nacional e, investimentos na ordem R$28.000.000,00 para atender o mercado internacional. Assim, a companhia, vê a possibilidade de realizar dois investimentos distintos, verificando a viabilidade econômica e financeira destes projetos. A análise da viabilidade econômica está voltada para as análises dos ativos (recursos financeiros, humanos, bens permanentes e materiais), onde mostra a capacidade do projeto em gerar lucro e verificar a capacidade de retorno do capital investido (investimento inicial) no projeto ou empreendimento. Assim, depois de estimado o investimento inicial, suas receitas e custos foram possíveis projetar as estimativas de fluxo de caixa líquido para os próximos períodos. 8 Figura 1 - Projeto 1 Infraestrutura Mercado Nacional. Fonte: Projeto Interdisciplinar - Prointer IV 3º e 4º Semestre Figura 2 - Projeto 2 Infraestrutura Mercado Internacional. Fonte: Projeto Interdisciplinar - Prointer IV 3º e 4º Semestre Além do compromisso em manter a empresa competitiva, os analistas têm a preocupação com os resultados financeiros dos investimentos e, seus reflexos sobre o preço das ações que são negociados na Bolsa de Valores da economia nacional. Dessa forma, é preciso também tomar decisões que venham a garantir o valor de mercado da companhia para os próximos anos. A seguir apresentamos a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) e o Balanço Patrimonial (BP) dos últimos anos: Figura 3 - Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Fonte: Projeto Interdisciplinar - Prointer IV 3º e 4º Semestre 9 Figura 4 - Balanço Patrimonial (BP). Fonte: Projeto Interdisciplinar - Prointer IV 3º e 4º Semestre 3.1 Passo 1 Para garantir o valor de mercado da companhia nos próximos anos, é necessário tomar decisões seguras. Os indicadores irão mostrar a exata situação da empresa no momento que são verificados. As analises financeiras tem por objetivo calcular e interpretar os índices e margens dos aspectos financeiros da GFIN S.A. Dessa forma, fazendo a analise vertical e horizontal da Demonstração de Resultados e Balanço Patrimonial para os anos de 2015 e 2016, e analisando os projetos propostos e sua solvência, poderemos concluir por qual investimento optar, sabendo que não haverá a possibilidade de realizar os dois ao mesmo tempo. 3.2 Passo 2 Compreender a situação financeira de uma organização é fundamental para que se possam tomar decisões estratégicas no curto e longo prazo, por isso, os analistas da companhia GFIN S.A estão preocupados com os resultados financeiros 10 dos futuros investimentos, tendo por objetivo calcular e interpretar os índices e margens financeiras da empresa. As demonstrações contábeis são o conjunto de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6404/76, onde a administração de uma sociedade por ações precisa repassar a sua prestação de contas para os sócios e acionistas. Os indicadores Econômicos - Financeiros são elementos que tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números que ajudem no processo de clarificação do entendimento da situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade. Tabela 1 – Índices Financeiros. Fonte: Desenvolvido pelo próprio grupo. I. Liquidez Corrente (LC) – indica quanto à empresa possui no Ativo Circulante para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Analisa a capacidade de pagamento da empresa dos valores de curto prazo. Quanto maior, melhor. Fórmula de cálculo: Com base nos resultados, a GFIN S.A no ano de 2015 possuía um capital circulante positivo e conseguia liquidar suas obrigações em curto prazo. Porém em 2016 observou–se uma queda na capacidade de pagamento de suas obrigações. INDICES FINANCEIROS 2015 2016 I. Liquidez Corrente 1,11 0,94 II. Liquidez Imediata 0,037 0,027 III. Liquidez Seca 0,78 0,59 IV. Liquidez Geral 1,28 1,18 V. Endividamento Geral 0,78 0,84 VI. Grau de Imobilização 1,56 1,94 VII. Margens de lucratividade Operacional 7,00 10,27 VIII. Margem de Lucratividade Líquida 5,10 7,40 IX. Rentabilidade do Patrimônio Líquido 30,30 71,17 X. Rentabilidade do Ativo Total 6,64 11,25 Passivo Circulante Ativo Circulante 11 II. Liquidez Imediata (LI) – indica, em determinado momento, a capacidade de pagamento das dívidas da empresa de forma imediata. Quanto à empresa consegue pagar das suas dívidas, com o que possui em disponibilidades como: o caixa da empresa, conta corrente, investimentos de curto prazo, entre outros. Geralmente, a liquidez imediata da empresa está atrelada à sua capacidade de lidar com emergências financeiras. Desse modo, um alto grau de liquidez imediata, proporciona à empresa uma boa vazão para lidar com as incertezas do mercado de forma ágil. Fórmula de cálculo: Com este índice podemos observar que a cada R$1,00 de divida a companhia dispõe para saldar suas obrigações em curto prazo, no ano de 2015 R$0,03 e no ano de 2016 R$0,02, ou seja, a cada R$1,00 as suas disponibilidades financeiras correspondem a 3% e 2%. III. Liquidez Seca (LS) – indica quanto à empresa possui de Ativo Circulante Líquido para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Este indicador tem o mesmo objetivo que o corrente, excluindo os estoques do Ativo Circulante. Este é um indicador de Liquidez mais duro, no sentido de que a exclusão dos estoques do Ativo Circulante transforma essa parcela do ativo apenas em valores recebíveis, jogando contra os valores a pagar. Fórmula de cálculo: O resultado deste índice será sempre igual ou menor ao da Liquidez Corrente, Em uma avaliaçãoparticular, sugere-se que para empresas industriais, esse indicador será conveniente quando for superior a R$0,70, desde que o índice de Liquidez Corrente apresente um valor acima de R$1,00. Portanto, para cada R$1,00, a GFIN S.A teve em 2015 R$0,78 e em 2016 R$0,59. IV. Liquidez Geral (LG) – indica quanto à empresa possui de Ativo Circulante e Realizável à Longo Prazo para cada R$1,00 de dívida total. Este indicador tem como objetivo verificar a capacidade pagamento, agora analisando as condições totais de saldos a receber e a realizar contra os valores a pagar, considerando tanto os saldos de curto como o de longo prazo. Passivo Circulante Disponível Passivo Circulante Ativo Circulante (-) Estoque 12 Fórmula de cálculo: O índice de Liquidez Geral da companhia GFIN S.A no ano de 2015 foi igual a R$1,28, no qual indica que para cada R$1,00 de dívida a empresa tem R$1,28 de investimentos realizáveis em curto prazo, ou seja, consegue pagar todas as suas dívidas e ainda dispõe de uma folga, excedente ou margem, de 28% (ou de R$0,28 para cada R$1,00 de dívida). Enquanto que em 2016 esse valor caiu, indicando que para cada R$1,00 de dívida a empresa possui R$1,18 de investimentos realizáveis, mas ainda assim, também consegue pagar todas as suas dívidas com folga disponível de 18%. V. Endividamento Geral – demonstra quanto à empresa tem de capital de terceiros para cada R$1,00 de capital próprio investido. A finalidade deste indicador é medir a estrutura de obrigações da empresa. É também um indicador entendido como um parâmetro de garantia dos credores. Em outras palavras quanto à empresa tem de Capital Próprio para garantir as dívidas contratadas para o giro e de pagamentos. Um ponto referencial é que este indicador deve sempre ser inferior a R$1,00, indicadores superiores a esta margem podem sugerir excesso de endividamento da empresa através dos empréstimos e financiamentos já contratados. Fórmula de cálculo: Esse indicador mostra que, no ano de 2015, para cada R$1,00 de capital próprio, a empresa tinha R$0,78 de capitais de terceiros e que, no ano seguinte, aumentou para R$0,84. Mesmo assim, a companhia GFIN S.A apresenta um risco baixo de inadimplência. VI. Grau de Imobilização – este índice mostra quanto do patrimônio líquido foi aplicado no ativo imobilizado. Convém observar que um elevado grau de imobilização do capital próprio pode comprometer a liquidez da empresa, além de gerar lucros fictícios em períodos inflacionários. Fórmula de cálculo: Passivo Circulante + Exigível à Longo prazo Ativo Circulante + Realizável à Longo prazo Passivo circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo Ativo Total Patrimônio Líquido Imobilizado 13 Neste índice, podemos observar que para cada R$1,00 de capital próprio, a empresa GFIN S.A havia investido em 2015 R$1,56 no ativo permanente e em 2016 R$1,94. VII. Margens de Lucratividade Operacional – este índice mostra qual o lucro operacional obtido por uma empresa para cada R$ 100,00 de venda realizada. Fórmula de cálculo: x 100 Com base nos resultados, a GFIN S.A no ano de 2015, a cada R$100 de receita que a empresa obteve R$7,00 de lucro das operações, antes do imposto de renda e da remuneração dos financiadores (capital próprio e de terceiros), já em 2016 o lucro das operações passou a ser R$10,27. VIII. Margem de Lucratividade Líquida – indica a lucratividade da empresa em função de sua venda líquida. Demonstra quanto à empresa ganhou para cada R$100,00 vendidos. Quanto maior este quociente, melhor. Fórmula de cálculo: x 100 Este índice demonstra a capacidade da GFIN S.A em transformar receitas em lucro líquido. Como se vê, houve um aumento considerável na margem de lucro da empresa, isto significa que a empresa auferiu maior lucro e ganhou muito mais por unidade vendida, ou seja, para cada R$100,00 vendidos obteve em 2015 R$5,10 de lucro e no ano de 2016 houve um aumento, no qual passou a ganhar R$7,40. IX. Rentabilidade do Patrimônio Líquido – é a indicação de quanto à empresa obteve de lucro para cada R$100,00 de Capital Próprio investido. Este é o indicador definitivo. Representa quanto foi à rentabilidade do capital que os sócios da empresa investiram no empreendimento. Esse indicador conjuga todos os demais indicadores de rentabilidade, lucratividade e de atividades, numa expressão final: o quanto ganhamos! Fórmula de cálculo: x 100 Esse indicador é comparável para qualquer empresa, de qualquer setor, de qualquer país, de qualquer investimento. Em nosso país, deveremos ter como base Receita Operacional Líquida Lucro líquido Patrimônio Líquido Lucro líquido Receita Liquida Resultado Operacional 14 para comparação o rendimento do ativo financeiro de menor risco, que no caso é a poupança. Ela rende em média 0,5% ao mês ou 6,16% ao ano. Dessa forma, não se pode conceber um retorno de investimento empresarial, cujo conteúdo de risco é significativo, que seja igual ou inferior ao rendimento da poupança garantida pelo governo. Outras opções a serem comparadas, são os rendimentos alternativos de mercado, além da Caderneta de Poupança, temos Títulos de Renda Fixa, CDBs, Letras de Câmbio, Ações, Aluguéis, Fundos de Investimentos, etc. Com isso se pode avaliar se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções. Todas essas taxas livres de impostos. Analisando a companhia GFIN S.A, observamos que a cada R$100,00 de Capital Próprio investido, a empresa conseguiu R$30,30 de Lucro em 2015. A taxa de 30,30% é superior ao que oferecem os títulos de mercado, que oscilam em torno de 6%. Normalmente, espera-se das empresas rentabilidade superior à dos títulos de mercado financeiro; possuir o investimento na empresa representa um capital de risco, ou seja, nada garante sua rentabilidade, que poderá inclusive ser negativa. No ano de 2016, entretanto, ocorreu um aumento acentuado na rentabilidade do patrimônio líquido da empresa, ficando bem acima da taxa do mercado financeiro. X. Rentabilidade do Ativo Total – indica quanto à empresa obtém de lucro líquido para cada R$100,00 de investimento total, é um dos indicadores mais enfatizados para a análise da rentabilidade de investimentos. Entretanto, como o ativo total normalmente não é financiado totalmente por capital próprio, essa rentabilidade tem sua análise prejudicada, se for feita de forma direta. Fórmula de cálculo: x 100 Para cada R$100,00 investidos, a empresa ganhou R$6,64 no ano de 2015 e R$11,25 em 2016. Houve, portanto, um apreciável aumento na rentabilidade do Ativo de um período para o outro. “Os índices financeiros são relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações contábeis que tem por objetivo fornecer-nos informações que não são fáceis de serem visualizadas de forma direta nas demonstrações contábeis.” (SILVA, 2005). Total Ativo Lucro líquido 15 A Análise Vertical e a Análise Horizontal são igualmente importantes para a tomada de decisão. A Análise Vertical consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do balanço patrimonial, em relação ao valor total do Ativo ou Passivo, determinando também a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado em relação à Receita Líquida de Vendas, considerado como sua base. Fórmula de cálculo: x 100 A Análise Horizontal é uma técnica que parte da comparaçãodo valor de cada item do demonstrativo, em cada período, com o valor correspondente em um determinado período anterior, considerado como base. Essa análise tem como objetivo mostrar a evolução de cada conta (ou grupo de contas, quando considerada de forma isolada). Fórmula de cálculo: – 1 x 100 Tabela 2 – Índice da Análise Vertical e Horizontal. Fonte: Desenvolvido pelo próprio grupo. Observa-se que pela DRE, a análise vertical mostrou a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial. Assim como identificar se a empresa está dando lucro ou prejuízo dentro do período analisado, pois ela é uma ferramenta mais eficaz para o administrador financeiro do que o Balanço Patrimonial. Portanto, a análise vertical do período de 2015, percebe- se que teve 7% do seu lucro operacional referente à receita liquida de R$3.000.000,00, que é representado pelo custo de produtos vendidos. Já em 2016 DRE 2015 AV AH 2016 AV AH Receita Líquida 3.000.000,00 100% 100% 3.300.000,00 100% 10% (-) Deduções de Receitas 30.000,00 1% 100% 33.000,00 1% 10% (=) Receitas Operacionais Líquidas 2.970.000,00 99% 100% 3.267.000,00 99% 10% (-) CMV (Custo da Mercadoria Vendida) 2.400.000,00 80% 100% 2.568.000,00 78% 7% (=) Lucro Bruto / Resultado em Vendas 570.000,00 19% 100% 699.000,00 21% 23% (-) Despesas operacionais / Custos Fixos 360.000,00 12% 100% 360.000,00 11% 0% (=) Resultado Operacional 210.000,00 7% 100% 339.000,00 10% 61% (+) Receitas Financeiras / não operacionais 4.000,00 0,13% 100% 2.800,00 0,08% -30% (-) Despesas Financeiras / não operacionais 5.000,00 0,17% 100% 8.000,00 0,24% 60% (=) Lucro antes do IR 209.000,00 7% 100% 333.800,00 10% 60% (-) IR (27,5%) 57.475,00 2% 100% 91.795,00 3% 60% (=) Lucro Líquido 151.525,00 5% 100% 242.005,00 7% 60% Receita Liquida Conta Valor do Item no Período (ano anterior) Valor Atual do Item 16 representa 10% do lucro de R$3.300.000,00 com a receita de vendas, comparando com o ano anterior. Após ter todas as deduções relativo a impostos, custos de produção e demais despesas relacionadas, assim, demonstrou que em 2016 se manteve estável nas despesas operacionais na análise horizontal de 2015, e na vertical em 2016 apresentou 11% de despesa em referente às suas receitas liquidas e em 2015 apresentou 12%. E ao final da análise horizontal e vertical o lucro líquido do exercício apresenta o valor final após a dedução das despesas, custos e impostos depara-se com o valor restante. Se caso for positivo, de nota que a empresa ganhou mais do que gastou e, portanto, está dando lucro, na análise vertical em 2016 fechou com 7% em 2015 fechou em 5%, já na análise horizontal em relação a 2015, o ano de 2016 já conseguiu ter um aumento de 60% de lucro. 3.3 Passo 3 Segundo Gaslene (1999), “para uma empresa fazer um investimento consiste em comprometer capital, sob diversas maneiras, de modo durável, na expectativa de manter ou melhorar uma situação econômica”. A análise de viabilidade do projeto utiliza os dados obtidos no fluxo de caixa a fim de visualizar através de projeções e números o real potencial de retorno do investimento e assim decidir se o projeto é economicamente interessante. Após ter realizado a projeção de receitas, custos, despesas e investimento, e ter chegado à projeção dos fluxos de caixa, partimos para a analise de indicadores. Neste estudo de caso foram utilizados três indicadores para analisar a viabilidade econômico-financeira da companhia GFIN S.A: Valor Presente Liquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Payback. Projeto 01 R$ Fluxo de Caixa Desc Fluxo de Caixa Acumulado Investimento Inicial -25.000.000,00 -25.000.000,00 -25.000.000,00 Fluxo de Caixa 01 8.000.000,00 7.272.727,00 -17.727.273,00 Fluxo de Caixa 02 8.000.000,00 6.611.570,00 -11.115.703,00 Fluxo de Caixa 03 9.000.000,00 6.761.833,00 4.353.870,00 Fluxo de Caixa 04 8.000.000,00 5.464.107,00 1.110.237,00 Fluxo de Caixa 05 5.000.000,00 3.104.606,00 4.214.843,00 Fluxo de Caixa 06 5.000.000,00 2.822.369,00 7.037.212,00 TMA 10% 17 VPL 7.037.214,64 TIR 19,65% Payback 4 anos Projeto 02 R$ Fluxo de Caixa Desc Fluxo de Caixa Acumulado Investimento Inicial -28.000.000,00 -28.000.000,00 -28.000.000,00 Fluxo de Caixa 01 2.000.000,00 1.818.181,00 -26.181.819,00 Fluxo de Caixa 02 4.000.000,00 3.305.785,00 -22.876.034,00 Fluxo de Caixa 03 9.000.000,00 6.761.833,00 -16.114.201,00 Fluxo de Caixa 04 11.000.000,00 7.513.148,00 -8.601.053,00 Fluxo de Caixa 05 10.000.000,00 6.209.213,00 -2.391.840,00 Fluxo de Caixa 06 10.000.000,00 5.644.739,00 3.252.899,00 TMA 10% VPL 3.252.900,69 TIR 13,12% Payback 4 anos e 2 meses O projeto 01 apresentou uma VPL de R$7.037.214,64, já o projeto 02 apresentou uma VPL de R$3.252.900,69 no caso os dois projetos apresentaram uma VPL positiva, porém o projeto 01 tem uma VPL com maior rentabilidade o que sugere até o momento ser o mais viável. Já a TIR resultante do projeto 01 demonstrou a porcentagem de 19,95% e no projeto 02 a TIR é de 13,12% levando em conta a TMA, os dois projetos são superiores a essa taxa, no entanto o projeto 01 mostra um resultado mais vantajoso economicamente. De acordo com os resultados obtidos pela análise Payback descontado, o projeto 01 demonstrou mais rapidez em recuperar o valor do investimento inicial. Após realizar essas três análises de viabilidade econômica, o projeto 01 de investimento em infraestrutura no mercado nacional, apresentou ser o melhor e mais rentável investimento até o momento. Mas, analisando o índice de solvência da companhia GFIN S.A, tivemos os seguintes resultados: “Nas palavras de Scarpel (2003) o modelo apresentado por Matias A. Borges (1976) “é um modelo que utilizou a analise discriminante, ao trabalhar com 100 empresas de diversos ramos de atividades das quais 50 eram solventes e 50 insolventes”. A equação desenvolvida foi a seguinte” (Convibra, s/a). ZMatias = 23,79X1 – 8,26X2 – 8,87X3 – 0,76X4 – 0,54X5 + 9,91X6 18 Onde: 23,79; 8,26; 8,87; 0,76; 0,54 e 9,91 são os pesos que devem multiplicar os índices. O risco pode ser calculado, de acordo com por Matias (1976) foi: Z > 0 empresa solvente. Z < 0 empresa insolvente. Calculando: 2015 X1 500.000 / 2.280.000 0,21 X2 440.000 + 300.000 / 1.500.000 0,49 X3 800.000 / 2.280.000 0,35 X4 1.500.000 / 1.340.000 1,11 X5 210.000 / 570.000 0,36 X6 50.000 / 2.280.000 0,02 Z Matias Z = 23,79x0,21 – 8,26x0,49 – 8,87x0,35 – 0,76x1,11 – 0,54x0,36 + 9,91x0,02 Z = 4,99 – 4,04 – 3,10 – 0,84 – 0,19 + 0,19 Z = –2,99 2016 X1 340.000 / 2.150.000 0,15 X2 235.000 + 430.000 / 1.490.000 0,44 X3 900.000 / 2.150.000 0,41 X4 1.490.000 / 1.575.000 0,94 X5 339.000 / 699.000 0,48 X6 44.000 / 2.150.000 0,02 Z Matias Z = 23,79x0,15 – 8,26x0,44 – 8,87x0,41 – 0,76x0,94 – 0,54x0,48 + 9,91x0,02 Z = 3,56 – 3,63 – 3,63 – 0,71 – 0,25 + 0,19 Z = –4,47 Considerando os critérios dados por Matias verificou-se que a companhia possui uma previsibilidade de insolvência alta, principalmente considerando o ano de 2016 de –4,47, diante dos parâmetros obtidos, existe uma considerável necessidade de replanejamento das despesas e recebimento da companhia, a fim de se obter um maior controle financeiro adequado, mantendo assim a sua posição ativa no mundo dos negócios. 19 3.4 Passo 4 Para realizar a produção de aproximadamente36 (mil) unidades do produto X, a empresa apresenta os seguintes gastos em matérias-primas. É de suma importância uma Administração Financeira e Orçamentária coesa para que a empresa não venha a sofrer com falta de matérias-primas e assim deixar de atender seus clientes o que consequentemente abriria margem para seus concorrentes. Figura 5 - Gastos com Matérias Prima. Fonte: Projeto Interdisciplinar - Prointer IV 3º e 4º Semestre Após uma pesquisa de mercado, a consultoria Ômega contratada pela empresa GFIN S.A estimou o seguinte aumento da demanda para os anos de 2020 e 2021 de, respectivamente, 3,00% e 4,00% de forma composta, enquanto a inflação esperada para o período será de 2,75%, para ambos os anos. O Gerente de Executivo gostaria de um planejamento orçamentário para 2021, de modo que não haja falta de matérias-primas para a produção das peças e, assim a GFIN S.A possa atender sua demanda. Com base nas informações acima a consultoria Ômega tem como meta apurar os resultados dos custos de produção para 2021. Tabela 3 – Planejamento Orçamentário para 2021. Fonte: Desenvolvido pelo próprio grupo. Matéria Prima Custo em reais (R$) Quantidade 2021 Valores A R$ 1,02 37.440 unid. R$ 38.188,80 B R$ 5,13 374 unid. R$ 1.918,62 C R$ 154,12 52 unid. R$ 8.014,24 Total R$ 160,27 – R$ 48.121,66 20 4 RELATÓRIO FINAL Neste trabalho abordamos o assunto sobre Planejamento Financeiro, que é uma ferramenta de suma importância para gestão organizacional. Através dela ficou evidente que a parte financeira da companhia GFIN S.A não estava solida o suficiente. Analisamos que seus índices de rentabilidade e lucratividade expressam pequenos avanços ao passo que seus índices de liquidez mostram um comprometimento em seu equilíbrio financeiro, principalmente se tratando do seu ativo com relação ao seu passivo. No entanto, sobre os projetos de investimento pretendidos, foi comprovado que o projeto 01 de investir em infraestrutura no mercado nacional, demonstrou ser viável aos seus investidores, porém seu índice de solvência mostraram resultados com índice de previsibilidade de insolvência alto, isto é, a companhia não dispõe de recursos suficientes para honrar com suas obrigações ao longo prazo. Mediante a situação, sugere a companhia GFIN S.A que faça um replanejamento estratégico em suas finanças e que também imponha mudanças na estrutura interna organizacional. Desta forma a companhia se manterá competitiva no mercado, sua entrada no mercado acionário poderá ajudar a recuperar sua saúde financeira, garantindo assim sucesso financeiro para os próximos anos. 21 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Verificou-se através deste breve estudo a importância da gestão financeira nas empresas como obtenção de sucesso e lucros, através de um conjunto de ações e procedimentos administrativos, tais como planejamento, análise e controle das atividades financeiras, a fim de apontar os indicadores como instrumentos que possibilitam aos gestores financeiros obterem um diagnóstico eficaz do contexto real da empresa, foi possível concluir que uma gestão que avalia esses indicadores através do Balanço Patrimonial e Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) exerce um papel de grande importância para seu crescimento econômico e financeiro. Mesmo a empresa, desenvolvendo toda a sua competência essencial no segmento onde atua, ela sozinha, não é o suficiente para o seu sucesso. Inúmeras empresas não alcançam o objetivo esperado pelo fato de não visualizarem a importância de uma gestão financeira estratégica. Assim sendo, é dever do gestor avaliar suas capacidades e buscar novos conhecimentos para enfrentar os desafios que lhe são impostos, cujo objetivo maior deve ser a rentabilidade e a liquidez. A Administração Financeira, ao buscar maximizar a riqueza econômica dos acionistas, é perfeitamente coerente com os objetivos das empresas. Uma empresa deve ser lucrativa o suficiente para remunerar adequadamente o capital investido. Ao fazê-lo, a organização garante sua continuidade, eleva suas expectativas de crescimento, gera empregos e trabalhos sociais. Além disso, este trabalho engloba algumas ferramentas cruciais para uma eficiente gestão financeira, no qual auxiliam no processo de tomada de decisão, como as técnicas de orçamento de capital – Payback, VPL (Valor Presente Líquido) e TIR (Taxa Interna de Retorno), Indicadores de Liquidez e Rentabilidade, além da importância da gestão do Capital de Giro e os índices de análise financeira. 22 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Antoniel Costa. Administração Financeira Do Capital De Giro Nas Empresas E A Análise De Riscos No Planejamento, 2010, site oficial. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/administracao- financeira-do-capital-de-giro-nas-empresas-e-a-analise-de-riscos-no- planejamento/38145//>. Acesso em 15 de setembro de 2018. ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. – 3ª edição – 2ª reimpressão. – São Paulo: Atlas, 2008. ASSAF NETO, Alexandre. Administração de Capital de Giro. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2010. ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do Capital de Giro. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2009. BEZERRA, Filipe. Administração Financeira e Orçamentária (AFO), 2015, site oficial. Disponível em: <http://www.portal-administracao.com/2015/01/administracao- financeira-e-orcamentaria.html/>. Acesso em 10 de outubro de 2018. BIVA BLOG. Capital De Giro: Entenda A Importância Para A Sua Empresa, 2018, site oficial. Disponível em: <https://blog.biva.com.br/empreendedor/entenda-a- importancia-do-capital-de-giro//>. Acesso em 30 de setembro de 2018. BLOG CONTA AZUL. O Sucesso De Sua Empresa Depende Da Gestão Financeira, 2017, site oficial. Disponível em: <https://blog.contaazul.com/gestao-financeira/>. Acesso em: 01 de outubro de 2018. BRAGA, R. Análise avançada do capital de giro. Caderno de Estudos FIPECAFI, nº 3, set/1991. GASLENE, J.; FENSTERSEIFER, J, & LAMB, R. Decisões de Investimento da Empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
Compartilhar