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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Disciplina: Contabilidade Financeira Módulo: Atividade Individual Aluno: Mariana de Miranda Gonzalez Turma: Tarefa: Análise das Demonstrações Contábeis da empresa Magazine Luiza Introdução A análise das demonstrações contábeis basicamente é o estudo do desempenho econômico e financeiro de uma empresa em determinado período passado, buscando diagnosticar quesitos de sua posição atual a fim de prever tendências futuras, permitindo ao usuário tomar decisões gerenciais. Este tipo de análise é um dos estudos mais importantes da administração financeira, apresentando avaliações econômicas (resultado) e financeiras (patrimônio) da empresa que são indispensáveis tanto para os administradores internos como para analistas externos. Uma boa ou análise das demonstrações contábeis, consegue entender como os recursos da empresa estão aplicados e se estão gerando remuneração apropriada tanto para os recursos próprios como para os recursos de terceiros da empresa. Para elaboração destas análises são utilizados diversos demonstrativos, como por exemplo: • Balanço Patrimonial (BP) que demonstra a estrutura patrimonial e financeira da entidade por meio de origens (passivo e patrimônio líquido) e aplicação (ativo) de recursos, em determinada data; • Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que evidencia a situação econômica da entidade, relativas a um período, por meio da confrontação das receitas com as despesas, auferindo assim o lucro ou o prejuízo do exercício. (Para fins de análise de lucratividade). Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) que apresenta as entradas e as saídas líquidas de caixa das atividades operacionais, de investimentos e de financiamento para o mesmo período. De acordo com Stickney e Weil (2012) as demonstrações financeiras procuram medir o sucesso das atividades de uma empresa, proporcionando informações sobre: A posição financeira (Balanço Patrimonial); Lucratividade (Demonstração do Resultado do Exercício); Capacidade de geração de caixa (Demonstração do Fluxo de caixa). 2 Após todo o levantamento contábil, possibilitado através dos demonstrativos citados, o trabalho de análise começa e para esse diagnóstico são utilizadas algumas técnicas de análise, como por exemplo: 1) Análise horizontal (AH): realiza uma comparação entre os valores de determinada conta ou grupo de contas em um processo analítico temporal; 2) Análise Vertical (AV): O objetivo básico da aplicação dessas técnicas é a avaliação das demonstrações contábeis pela participação relativa de cada valor em relação ao total; 3) Índices de Liquidez: O objetivo desta técnica é conhecer a capacidade de pagamento da organização e também revelar o equilíbrio financeiro e sua necessidade de investimento em capital de giro. Existem diversos índices de liquidez, mas apenas quatro serão apresentados no trabalho, são elas: i) Liquidez Imediata; ii) Liquidez Corrente; iii) Liquidez Seca; iv) Liquidez Geral. 4) Índices de estrutura: Avaliam a proporção de recursos próprios e de terceiros mantidos pela organização, a dependência apresentada por dívidas de curto prazo, a natureza de suas obrigações financeiras e seu risco financeiro; 5) Análise de Rentabilidade: Apresenta o resultado dos investimentos feitos pelo empreendimento. Demostra o grau de remuneração da empresa, evidenciando o retorno sobre investimentos realizados; 6) Análise de Lucratividade: Evidencia a capacidade da companhia em gerar lucros a partir do seu exercício. O objetivo desde trabalho é construir a Análise de demonstrações contábeis da empresa MAGAZINE LUIZA, com base em relatórios contábeis dos exercícios dos anos de 2019 a 2020. A Magazine Luiza Fundada em 1957, a companhia hoje tem seu modelo de negócio caracterizado como uma plataforma digital com pontos físicos, focado no varejo de bens duráveis. Lá atrás, em 1992, quando a internet ainda dava seus primeiros passos no Brasil, a Magazine Luiza implementou o conceito de lojas virtuais, onde as vendas eram realizadas através de terminais eletrônicos 3 que exibiam os produtos com detalhes. Atualmente, seu grande sucesso está ligado a sua plataforma de varejo multicanal, onde é capaz de alcançar clientes através de aplicativos, site e lojas físicas, as quais hoje somam mais de 1110, presentes em 23 estados e 819 municípios do Brasil. Além disso, uma das principais estratégias adotadas pela companhia para crescimento e foi a de aquisições de lojas de pequeno e médio porte. Como sintetizado, a Magazine Luiza sempre esteve buscando ser uma empresa inovadora, com conceitos a frente da sua epoca, e ela não para por aí. Sua capacidade de desenvolvimento de inovações cresce cada dia com o Luizalabs, composto por mais de 1500 desenvolvedores e especialistas utilizando tecnologias para criar soluções para as diversas áreas da Companhia, com o objetivo de eliminar qualquer gargalo no processo do varejo e melhorando a experiência do cliente. A seguir, são apresentados o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultado da companhia, referentes aos exercícios de 2019 a 2020, os quais serão base de informações ao longo desse trabalho: 4 5 Dados para análise Horizontal e Vertical A seguir, são apresentadas os dados calculados para análise Horizontal e Vertical, com base nos valores apresentados no BP e na DRE, referentes aos exercícios de 2019 a 2020: 6 Análise Horizontal e Vertical Como apresentado, o objetivo da Análise horizontal (AH) é identificar se os valores das Demonstrações financeiras cresceram ou diminuíram ao longo dos exercícios analisados, evidenciando tendências. Enquanto que a Análise Vertical (AV), também chamada de Análise de proporção, demonstra a o percentual de cada item que compõe a demonstração financeira em relação ao total, evidenciando a composição de receitas, custos e despesas. A análise dos exercícios, mostrou aplicação focada na liquidez, com uma proporção sempre maior no Ativo Circulante (AC), com aproximadamente 66% de representatividade quando comparada ao Ativo não circulante (ANC), com 34% em ambos os períodos. As aplicações mais relevantes são: Contas a receber (16%), que representa as vendas a prazo da organização e está diretamente ligada à gestão do capital de giro e a geração de caixa operacional; Estoques (24%) que representa os produtos disponíveis para venda; Imobilizado (16%). Quando comparados os exercícios, houve um aumento 22% no Ativo Circulante (AC), enquanto no Ativo Não Circulante (ANC) o aumento foi de 16%, aumento esse correspondente ao incremento de 37% realizado na conta de Investimentos. Destaca-se também um acréscimo nas contas de Caixa e equivalentes de caixa de 609%, aumento de outros Ativos circulantes em 488%, redução de Aplicações financeiras em 73% e o aumento de Estoques em 56%. Em relação as origens de recursos de terceiros de curto prazo, representadas pelo Passivo circulante (PC), a empresa realizou uma captação de 52% em 2020 e 39% em 2019, com a principal conta sendo a de Fornecedores (34% - 2020 e 29% - 2019), que corresponde à compra de estoques a prazo. Outra origem relevante está na conta Empréstimo e 7 financiamentos, que representa a origem de recursos financeiros para o ativo da organização, onde em 2019 representava 0,04% e em 2020 subiu para 7,47%, demonstrando um crescimento entre períodos de 20240%. Observa-se também a diminuição no PNC e aumento no PC entre os exercícios, mostrando que a empresa concentrou suas obrigações no curto prazo, contudo cabe ressaltar que estes valores são menores que as contas de Ativos, garantindo a capacidade da companhia em cumprir com suas obrigações. A análise doPassivo Não Circulante (PNC), que seriam as dívidas de longo prazo, evidenciou uma redução de 10% entre os exercícios, com destaque na conta de Empréstimos e Financiamentos com redução de 98% (4,51% - 2019 para 0,08% - 2020). O Capital Próprio apresenta um percentual entre 41% - 2019 e 33% - 2020, demonstrando que o principal recurso vem de terceiros, contudo, apresentou redução de 3% entre os exercícios. Como destaque a conta de Reserva de Capital que em 2019 representava 1% e em 2020 atingiu os -1%, com uma involução entre os exercícios de 207%. Com os dados da DRE, observa-se um aumento da Receita Líquida de Bens ou Serviços em 41%, apurando uma margem bruta entre os exercícios com aumento de 28% (27% -2019 e 25% - 2020). Contudo, a conta Custo dos Bens ou Serviços Vendidos aumentou em 46% (73% - 2019 e 75% - 2020). Ambas as contas Despesas/Receitas operacionais (20% - 2019 e 22%-2020) e Despesas com vendas (-17% - 2019 e -17% - 2020) apresentaram acréscimo de 54% e 43% respectivamente. Ambas foram os principais impactos antes do Resultado antes do custo financeiro, o qual fechou com um decréscimo de 45% entre os exercícios, saindo de 7% em 2019 e chegando a 3% em 2020. Em ambos os períodos as Receitas Financeiras se apresentaram menores que as Despesas Financeiras, indicando um resultado financeiro líquido desfavorável ao o lucro. O Resultado antes dos tributos sobre o lucro teve um decréscimo de 69% entre os exercícios (6,6% - 2019 e 1,5% - 2020). A relação entre o Lucro Líquido do exercício e a Receita Líquida de Vendas apresentou uma redução de 57,5% entre os períodos, saindo de 4,99% em 2019 para 1,5% em 2020, o que justifica uma análise mais profunda das causas dessas reduções na lucratividade da empresa. 8 Cálculo dos índices de liquidez A palavra liquidez corresponde à facilidade e velocidade com as quais um ativo pode ser convertido em dinheiro novamente. Com isso, na contabilidade os índices de liquidez evidenciam a capacidade de uma companhia em honrar compromissos financeiros em um período. Assume-se então que quanto maior a liquidez, maior a capacidade de a companhia honrar compromissos e sugere que a empresa está com boas condições financeiras. A contabilidade trabalha com quatro tipos de índices de liquidez: índice de liquidez corrente e índice de liquidez seca, que se referem à capacidade de pagamento a curto prazo de uma empresa, índice de liquidez geral, utilizado para medir essa capacidade no longo prazo e índice de liquidez imediata que tem relação com os valores que a companhia poderia dispor imediatamente para pagar suas dívidas. Para o presente trabalho, serão calculados os quatro tipos de índices de liquidez. Liquidez Imediata Por meio da análise da Liquidez imediata, foi identificado que em 2019, para cada R$1,00 real em dívidas de curto prazo, a empresa possuía R$0,03 em recursos no caixa e bancos. Já em 2020 houve um aumento para R$0,11 disponível, indicando melhora na gestão de recursos disponíveis para quitação de dívidas. Contudo, a liquidez imediata permanece com valores menores do que 1, indicando que a empresa não possui capital imediato capaz de arcar com suas obrigações de curto prazo. Liquidez Corrente Já a análise da Liquidez Corrente, em 2019 a empresa possuía para cara R$1,00 em dívidas, R$1,69 em recursos possíveis para quita-la, já em 2020 reduzindo esse valor para R$1,29. Apesar da redução do índice entre os exercícios, a empresa o manteve acima de 1, sugerindo uma capacidade de solvência no curto prazo. 9 Liquidez Seca Utilizando o indicador de liquidez seca, a empresa em 2019 apresentava um valor de 1,20, indicando capacidade de quitação de dívidas de curto prazo. Contudo em 2020 esse índice ficou abaixo de 1, atingindo o valor de 0,81, tornando-se dependente da venda de seus produtos em estoque para pagar suas dívidas. Liquidez Geral Por fim, utilizando o índice de liquidez geral, foi observado que a empresa dispunha em 2019 para cara R$1,00 de dívida, R$1,24 para realizar o pagamento. Já em 2020, houve uma redução desse valor, atingindo R$1,09, mas apesar disso, a empresa ainda apresenta solvência para com suas obrigações de curto e longo prazo. Cálculo da estrutura de capital O cálculo dos indicadores de estrutura de capital tem como função demonstrar o grau tanto de endividamento como o de dependência de fontes internas e externas de recursos, identificando aos investidores o grau de risco financeiro da organização. Segundo Limeira (2015) estes indicadores avaliam a segurança que determinada empresa oferece aos capitais provenientes de investidores, mostrando suas políticas de captação e alocação de recursos no ativo. 10 Endividamento Geral Esse indicador retorna o quanto da dívida total da empresa pode ser liquidada com o seu Ativo total. A empresa apresentou um comprometimento do seu ativo em dívidas de curto e longo prazo de 59% em 2019, aumentando para 67% em 2020. Com isso, fica claro que a maior parte do financiamento do ativo é dependente do capital de terceiros, aumentando ainda mais sua dependência entre os exercícios, o que pode afetar o fator de risco. Espera-se que o grau de endividamento seja abaixo de 50%, garantindo que os ativos são suficientes para pagar as dívidas e que a maior parte do lucro é proveniente de recurso próprio. Composição do Endividamento Esse indicador demonstra a relação entre o passivo de curto prazo da empresa e o passivo total, medindo o percentual do passivo de curto prazo que é utilizado no financiamento de terceiros. Ou seja, demonstra a política adotada quanto à forma de captação de recursos de terceiros, indicando se a empresa concentra suas dívidas em curto ou longo prazo. Empresas que concentram seu endividamento a longo prazo ressaltam uma eficiência de política de captação de recursos, já que endividamentos de curto prazo oferecem maior risco a seus credores Os resultados das análises mostram que a empresa vem concentrando seu endividamento em curto prazo, ainda com aumento de margem entre os exercícios, passando de 65% em 2019 para 77% em 2020. 11 Grau de imobilização de capital próprio Este índice revela a dependência da empresa em relação a aporte de recursos de terceiros, ou seja, o quanto dos ativos investimentos, imobilizado e intangível é financiado pelo seu Patrimônio líquido. Quanto menor esse indicador melhor, indicando que a empresa irá buscar cada vez menos capital de terceiros (dívida) para suas atividades diárias. A análise mostrou que para cada R$100 investidos no Ativo permanente, R$66 provinham de capital de terceiros em 2019, aumentando para R$81 em 2020. Isso mostra que apesar da empresa ainda poder contar com recursos próprios, vem ficando mais dependente a cada dia de recursos de terceiros a fim de financiar seu capital de giro. Grau de imobilização de recursos não correntes O indicador mede o quanto de capital próprio e capital de terceiros, ou seja, ativos não correntes, que foi revertido para aplicação em ativos permanentes (investimentos, imobilizado e intangível). O indicador possui tem papel fundamental quando o Patrimônio líquido se mostra insuficiente para cobrir as aplicações de recursos efetuadas em ativos permanentes, fazendo com que a empresa tenha necessidade de captar recursos de terceiros a longo prazo para financiar essas aplicações. 12 Em 2019 o indicador estava 43,51%, evidenciando situação favorável a alocação de recursos de longo prazo, aumentando para 55% em 2020. Com esses valores, conclui-se que os recursos próprios são suficientes para complementar os investimentos efetuados nos ativos permanentes, não se fazendo necessário inclusão de capital de terceiros de curto prazo no financiamento.Passivo oneroso sobre o ativo Este Indicador revela o quanto a empresa depende das instituições financeiras nos investimentos totais da empresa. É importante que o conjunto dos passivos sejam menores do que os ativos, para que o patrimônio se mantenha elevado. Assim, um passivo oneroso alto pode indicar problemas de administração financeira. De acordo com as análises a empresa obteve um passivo oneroso sobre o ativo em 2019 de 21%, o que significa que 21% das aplicações efetuadas no ativo estão sendo financiadas por recursos onerosos de terceiros (empréstimos), enquanto em 2020 esse valor aumenta para 23%. Cálculo da lucratividade Os indicadores de lucratividade têm por objetivo medir a eficiência da empresa em produzir lucro através de suas vendas, revelando margens geradas sobre o faturamento líquido, relacionando-as com o produto ou a eficiência do negócio. Esses índices são inferidos com base na Demonstração do resultado do exercício. Margem Bruta Esse indicador nos revela o percentual remanescente do faturamento líquido depois de subtrairmos os custos das mercadorias e/ou produtos vendidos, demonstrando a capacidade da empresa em investir seus recursos a fim de potencializar ganhos. https://maisretorno.com/portal/termos/p/patrimonio-liquido 13 A Magazine Luiza teve uma queda no indicador ano contra ano, em 2019 apresentando uma margem bruta de 27%, enquanto 2020 já atingia 25%. Ou seja, ela perdeu lucratividade sobre o produto, reduziu a parcela de sobra do faturamento líquido disponível para arcar com despesas operacionais e obter lucro. Margem Operacional Já o indicador de margem operacional avalia o ganho operacional em relação ao faturamento líquido da empresa, medindo assim a sua eficiência operacional. Além disso, é capaz de indicar qual é a parte do caixa gerado que foi produzido pela atividade fim da empresa. Para o indicador a Magazine Luiza também apresentou redução entre os exercícios, em 2019 com 7% de Margem operacional e em 2020 com 1%. Margem Líquida A margem de lucro líquido é um indicador de eficácia da operação da empresa, que demonstra quantos % de cada real vendido restaram, após a dedução de todos os custos e despesas operacionais, impostos sobre vendas e sobre lucro, despesas e receitas financeiras, perdas e ganhos. Em 2019 a empresa apresentou 5% de Margem líquida, e assim como os ouros indicadores de lucratividade, teve redução no ano de 2020, atingindo 1% de lucratividade. Giro do ativo Por meio do Giro do ativo, é avaliado se o faturamento líquido foi suficiente para cobrir todos os investimentos realizados pela empresa. 14 De acordo com as análises, em 2019 o faturamento líquido não foi suficiente por pouco para cobrir os investimentos da companhia. Nesse ano, para cada R$1,00 investido, a empresa conseguiu recuperar R$0,99. Mas já em 2020 o cenário melhorou, a conseguindo recuperar R$ 1,17 para cada real investido. Cálculo da rentabilidade Enquanto a lucratividade relaciona o lucro líquido com a receita total da empresa em um período de tempo, a rentabilidade associa o mesmo lucro líquido ao valor investido, trazendo o retorno da operação da empresa sobre os investimentos totais. A rentabilidade utiliza 2 cálculos: ROI e ROE. Retorno do Patrimônio Líquido (ROI) O termo em inglês é “Return on Investiment” e significa retorno sobre o investimento da empresa. O indicador evidencia o quanto a empresa está obtendo de retorno em relação aos investimentos totais. Também através dele é possível determinar o tempo de payback dos investimentos. Em 2019 o lucro líquido do exercício representava 5% do total investido, com isso indicando um Payback de 20 anos, se for considerado apenas o resultado gerado em suas operações. Já em 2020, o ROI caiu para 2%, aumentando com isso o tempo do payback para 50 anos. Retorno do Patrimônio Líquido (ROE) ROE que do termo em inglês “Return on Equity” e significa retorno sobre o capital investido pelos sócios, servindo como subsídio para identificar se os investimentos realizados estão agregando valor. Em outras palavras, o ROE demonstra quanto foi acrescentado ao patrimônio dos sócios em determinado período. 15 De acordo com as análises, em 2019 a Magazine Luiza retornava R$12 a cada R$100 investidos, caindo em 2020 para R$5 de retorno. Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa Por meio das diversas análises apresentadas, conclui-se que a empresa se mostrou eficiente quanto a situação financeira, evidenciando solvência em honrar seus compromissos com terceiros. Além disso a empresa se mostrou eficiente na gestão de fluxo de caixa, não deixando elevados recursos na disponibilidade para liquidação imediata das suas obrigações com terceiros, contudo o estoque apresenta elevados números e caberia uma medida para melhor administrar esses valores. Por meio da análise de Estrutura de capital observou-se um aumento no endividamento, principalmente no curto prazo, mostrando-se também dependente de capital terceiros para o financiamento dos ativos, que é um ponto de atenção para credores. De maneira geral os indicadores sofreram queda de 2019 para 2020, com quedas mais significativas na Margem Operacional e no ROI. Esses números podem ser reflexo de uma mudança brusca no cenário econômico do país e do setor, que se encontra atualmente em meio a uma crise financeira em decorrência da pandemia de COVID 19. Com alguns pontos de ressalva, que não desqualifica o trabalho realizado até aqui, a empresa obteve bons indicadores, corroborando com a ascensão de mercado que aconteceu no mesmo período. Referências bibliográficas GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7º ed. São Paulo: Harbra, 1997. Indicadores da Economia: Indicadores Econômicos. Disponível em : https://www.institutoassaf.com.br/indicadores-da-economia/ LIMEIRA, André Luis Fernandes; SILVA, Carlos Alberto dos Santos; VIEIRA, Carlos; SILVA; Raimundo Nonato Souza. Gestão contábil financeira. 2º ed. Rio de Janeiro: FGV, 2015. https://www.institutoassaf.com.br/indicadores-da-economia/ 16 Magazine Luiza: Informações Financeiras/ Central de Resultados. Disponível em: https://ri.magazineluiza.com.br/ListResultados/Central-de- resultados?=0WX0bwP76pYcZvx+vXUnvg== MR Educação & Tecnologia Ltda. Disponível em: https://m aisretorno.com/portal/termos/l/liquidez-imediata SALIM, Jean Jacques; Oliveira, Antonieta Elisabete Magalhães. Contabilidade Financeira. 1º ed. Rio de Janeiro: FGV, 2019. O que são Indicadores de Estrutura de Capital e Como Calcular. Disponível em: https://comoinvestir.thecap.com.br/o-que-sao-indicadores-estrutura-capital/
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