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@unipinterativa.edu.br Curso PSA Teste PSA Iniciado 10/11/18 20:30 Enviado 10/11/18 21:54 Resultado da tentativa 10 em 10 pontos Tempo decorrido 1 hora, 23 minutos Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos Leia a tirinha e o texto a seguir. O que faço se meu chefe é muito centralizador? Gilberto Guimarães Pergunta. Sou assessora executiva do CEO da minha empresa. Sempre observei o seu comportamento centralizador. Ele quer estar por dentro de tudo e não dá autonomia para seus liderados. Em conversas paralelas, a opinião sobre ele é unânime, muito centralizador e não dá oportunidades para as pessoas decidirem. Como nós, liderados, devemos nos posicionar para termos mais autonomia? O que faço se meu chefe é muito centralizador? Comentário. Líder e liderados devem posicionar-se para conseguirem atingir os objetivos comuns compartilhados com o máximo de produtividade. O importante é conseguir os resultados. Para isso, na verdade, é o líder que deve se adaptar a cada um dos seus liderados, e não o inverso. É o líder que precisa usar modelos e estilos diferentes, de acordo com cada situação, cada tarefa, cada momento, para cada liderado. A escolha de uma atitude depende de cada pessoa, do tipo de empresa, do tipo de equipe e da situação do momento. Um líder sempre terá que fazer escolhas em busca de um estilo que se adapte melhor às circunstâncias, ou seja, às situações, ao momento, aos indivíduos, às tarefas e às empresas. É importante também que o líder tenha consciência de que liderança significa responsabilidade. Um líder não pode ser permissivo, nem culpar os outros. Líderes eficazes encorajam e incentivam os liderados, mas sempre assumem a responsabilidade final. Valorizam sua equipe e cercam-se de pessoas independentes e autoconfiantes. Liderança é confiança e respeito. Líderes positivos são flexíveis e acreditam nas pessoas. Sabem que devem se expor e agradar aos funcionários, clientes e fornecedores, transformando-os em parceiros comprometidos e fiéis. Além disso, devem estabelecer padrões bem altos para os serviços e níveis de atendimento, que devem ser medidos, avaliados e cumpridos. Dessa forma, serão considerados como líderes positivos, tornando-se fonte de credibilidade e admiração. Disponível em <https://www.valor.com.br/carreira/diva-executivo/5828115/o-que-faco-se- meu-chefe-e-muito-centralizador>. Acesso em 17 set. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Na tirinha, o líder, que está com uma máscara preta, conseguiu os resultados adaptando-se aos seus liderados, uma vez que todos concordaram com o nome “Estrela da morte”. II. Um líder que não é centralizador é considerado permissivo, pois, ao não “tomar as III. rédeas” das decisões, ele pode colocar a responsabilidade final nos seus liderados. IV. Os líderes que valorizam as pessoas e não temem exposições são, em geral, líderes positivos e fonte de credibilidade e admiração. V. Para que não existam conflitos, a escolha dos liderados é feita em função das características do líder, não importando o grau de eficiência dos serviços e os níveis de atendimento. É correto o que se afirma apenas em: Resposta Selecionada: a. III. Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos Leia a charge a seguir. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. II. O objetivo da charge é criticar a falta de acesso do povo brasileiro aos meios de comunicação. III. A charge ilustra a relação do poder da mídia com as camadas sociais, indicando a gradação decrescente de proximidade, conforme se passa da classe mais privilegiada para as classes menos privilegiadas. IV. A charge procura estimular o interesse da população brasileira pela política, mostrando a importância de se assistir aos programas eleitorais. É correto o que se afirma apenas em: Resposta Selecionada: b. II. Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos Leia os textos a seguir. TEXTO 1 Chimamanda Adichie é uma escritora nigeriana que, quando criança, convivia com Fide, um menino que trabalhava na sua casa e tudo o que ela sabia sobre ele, pelas palavras de sua mãe, é que ele era muito pobre; porém, Chimamanda ficou surpresa ao ver um cesto feito pelo irmão de Fide, numa visita que ela fez à aldeia do menino. “Tudo o que eu tinha ouvido sobre eles era como eram pobres, assim havia se tornado impossível para mim vê-los como alguma coisa além de pobres. Sua pobreza era minha história única sobre eles”, Chimamanda afirma em sua palestra sobre o perigo de uma única história, quando toda a complexidade de uma pessoa e de seu contexto é reduzido a um único aspecto. SADA, J. Eu e o outro: o perigo da história única. Disponível em <http://educacaointegral.org.br/reportagens/eu-outro-perigo-da-historia-unica/>. Acesso em 03 ago. 2018 (com adaptações). TEXTO 2 Você já ouviu falar em um projeto de lei que cria uma cota para homossexuais em concursos públicos? Ou alguém te enviou pelo WhatsApp um alerta de que pagará multa de R$ 150 se perder o prazo de cadastramento da biometria para votar em 2018? Se a resposta for sim, você foi alvo das fake news. O termo foi escolhido como palavra do ano de 2017, pelo dicionário da editora britânica Collins, e designa notícias fabricadas para enganar pessoas. Esse tipo de mentira já teve protagonismo nas eleições americanas e deve causar impacto semelhante no pleito brasileiro. MONNERAT, A.; RIGA, M.; RAMOS, P.; Fake news devem causar impacto em eleições de 2018. Disponível em <http://infograficos.estadao.com.br/focas/politico-em- construcao/materia/fake-news-devem-causar-impacto-em-eleicoes-de-2018>. Acesso em 03 ago. 2018 Com base na leitura, analise as afirmativas. I. A escritora nigeriana foi vítima de fake news, uma vez que ela formou uma imagem falsa a respeito do menino que trabalhava em sua casa. II. Os dois textos têm em comum o tema da falsa percepção dos fatos ou das pessoas, motivada por informações insuficientes ou falsas. III. Os dois textos criticam as fake news, mostrando que elas podem ter consequências negativas tanto na vida pessoal dos cidadãos quanto na esfera política de um país. É correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: b. II. Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos O objetivo da ilustração é: Resposta Selecionada: c. criticar a homogeneização do pensamento e do comportamento. Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto de André Paulo dos Santos Pereira. A imigração venezuelana para o Brasil Como é de conhecimento nacional, com o agravamento da situação política e econômica da Venezuela, milhares de pessoas estão migrando para o Brasil, através da fronteira terrestre da cidade de Pacaraima (RR), no extremo norte do país. Consequentemente, o estado de Roraima passa por uma crise inesperada e inigualável e se vê num drama humano sem precedentes: como receber milhares de estrangeiros, oferecer a eles serviços de educação e saúde pública, acomodação, alimentação, higiene e, quiçá, um emprego sem impactos significativos na vida dos roraimenses? Os abrigos de Boa Vista não são suficientes, e imigrantes acampam ou dormem ao relento em praças e calçadas. Há muitos venezuelanos nos semáforos locais com cartazes pedindo dinheiro e emprego; não raro, famílias inteiras. Igrejas, organizações não governamentais, empresários e inúmeros roraimenses se desdobram num esforço hercúleo para oferecer algum alimento, mas a demanda é crescente, e o desafio se avoluma. Partindo-se dessa contextualização, focos específicos com forte sentimento de hostilidade surgiram em redes sociais e grupos de aplicativos de mensagens com teor xenofóbico e racista. Muitos passarama culpar os imigrantes pela insuficiência de recursos na educação, saúde e segurança. Essa onda virtual ganhou repercussão local e chegou a marcar uma manifestação em frente a uma praça de grande aglomeração de venezuelanos para protestar contra eles. O Ministério Público de Roraima requisitou a instauração de inquérito policial e iniciou uma campanha de conscientização, buscando esclarecer à população sobre o discurso de ódio contra imigrantes e suas consequências jurídicas. Posteriormente, houve um expressivo arrefecimento e muita gente passou a postar mensagens contra o racismo e a xenofobia. Portanto, não podemos fechar os olhos à ameaça do racismo e da xenofobia, e as novas tecnologias constituem um desafio para os operadores do Direito; há que se educar para prevenir e há que se reprimir para evitar a impunidade. Compete a cada um de nós levar adiante esta mensagem; cabe-nos fugir aos clichês do senso comum daqueles que dizem que aqui o racismo não existe, pois essa ameaça é real e nos espreita como uma doença perniciosa que, ao descuido, se dissemina, a corroer a beleza da convivência plural e da inclusividade como fator de enriquecimento cultural e humano. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2018-abr-09/imigracao-venezuelana-desafio- combate-xenofobia>. Acesso em 05 ago. 2018. Assinale a alternativa correta em relação ao conteúdo do texto. Resposta Selecionada: d. A crescente onda de xenofobia no Brasil, expressa fortemente nas redes sociais, evidencia que o preconceito e a rejeição têm estreita relação com racismo e discriminação social. Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos Leia a charge e a reportagem a seguir. Dados do IBGE mostram que desigualdade ainda é batalha a ser vencida IBGE mostrou que 1% mais ricos recebe 36 vezes mais que os 50% mais pobres Marcello Corrêa - 29/11/2017 RIO - Dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE sugerem que a desigualdade social, intensificada pela recessão econômica, deve demorar a ser superada no país, na avaliação de especialistas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, metade dos trabalhadores tinha renda média inferior a um salário mínimo em 2016. Além disso, a parcela dos 1% com mais rendimentos recebia 36 vezes mais que os 50% mais pobres. Por mudanças metodológicas na pesquisa, os números não podem ser comparados com os de anos anteriores. Portanto, o IBGE não divulgou a variação em relação a 2015. Mas, para o economista Cláudio Dedecca, especialista em trabalho e rendimento da Unicamp, há sinais de que a desigualdade aumentou no ano passado. — Os 10% mais ricos do país concentram 43,4% dos rendimentos. Pela metodologia antiga, esse número era de cerca de 40%. Por mais que haja alteração da amostra, diria que os indicadores sugerem uma aceleração da desigualdade enorme — disse o pesquisador, que considera correto o cuidado do IBGE em não comparar diretamente dados de pesquisas diferentes. Disponível em <https://oglobo.globo.com/economia/economistas-dados-do-ibge-mostram-que- desigualdade-ainda-batalha-ser-vencida-22128307 >.Acesso em 16 set. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. II. O objetivo da charge é criticar as pessoas que, sem verificarem se as informações recebidas são verdadeiras, fazem comentários sobre a situação do país. III. A charge e o texto evidenciam a desigualdade social no Brasil. De acordo com os dados, 1% da população tem renda igual à soma das rendas recebidas por 50% dos trabalhadores. IV. Segundo os dados apresentados, infere-se que os mais pobres concentram quase 60% da riqueza gerada no país. V. Na charge, encontra-se uma crítica à falta de percepção da realidade, pois o personagem com o celular não enxerga a desigualdade na situação cotidiana. É correto o que se afirma somente em Resposta Selecionada: e. IV. Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir. Profissional generalista ou especialista? Fernanda Andrade - 17 de setembro de 2018 Essa é uma dúvida que sempre gera questionamentos em muitos profissionais. Embora a grande maioria das formações disponíveis no mercado estejam direcionadas para preparar especialistas, o mercado tem valorizado cada vez mais os profissionais generalistas, aqueles que tem uma visão mais holística. Um estudo realizado pela Columbia Business School e a Tulane University acompanhou mais de 400 estudantes que se formaram nos melhores MBAs dos Estados Unidos, entre 2008 e 2009, e seguiram carreira em bancos de investimento. A amostra foi dividida em dois grupos. O grupo dos especialistas, que era formado por pessoas que já trabalhavam com investimentos antes do MBA, fez estágio na área e aprofundou-se em finanças. O grupo dos generalistas que, antes do curso, atuou em outras áreas, como publicidade, fez estágio em uma consultoria e só mais tarde foi para o mundo dos investimentos. O resultado foi o seguinte: os bônus recebidos pelos especialistas eram até 36% mais baixos do que os recebidos pelos generalistas. Outro estudo, feito pela IDC em parceria com a Microsoft, aponta o mesmo resultado. A pesquisa analisou mais de 76 milhões de vagas de emprego nos Estados Unidos para selecionar aquelas que teriam maiores salários e melhores condições de ascensão profissional entre 2016 e 2024. A conclusão é a de que as oportunidades mais promissoras exigem competências multifuncionais, em detrimento de habilidades técnicas ou específicas. Novamente, os generalistas aparecem como os mais valorizados. Contudo, cabe destacar que os profissionais generalistas não são melhores do que os especialistas. A diferença, basicamente, está no fato de que os generalistas costumam assumir os cargos mais elevados, como diretoria e presidência. Esses cargos exigem, além de conhecimento técnico, habilidades em comunicação, negociação, inteligência emocional, empatia e, logicamente, uma ampla visão do mercado em que se atua. Entretanto, sempre haverá espaço para os especialistas, afinal, as questões técnicas devem ser executadas por eles. Para minimizar as desigualdades entre os dois perfis profissionais, é importante que as empresas possibilitem a gestão de carreiras em Y. Nesse sentido, esse novo modelo visa à maior valorização do conhecimento técnico, entendido, atualmente, como tão importante quanto o conhecimento estratégico e gerencial. Nesse formato, especialistas podem ganhar tanto quanto generalistas e os dois profissionais são reconhecidos de acordo com a sua relevância. Colocar os dois perfis em pé de igualdade é fundamental para criar um ambiente de trabalho harmônico e que favoreça uma competição saudável entre todos, independentemente da função que desempenhem. Também é possível que um especialista se torne um generalista e um generalista, um especialista. A transição entre os perfis pode ser muito enriquecedora nos dois casos. O mundo corporativo é muito volátil e tudo muda o tempo todo. Com foco e determinação, é possível se preparar para assumir funções diferentes, mesmo depois de tantos anos executando a mesma função. Os profissionais devem estar antenados nas oportunidades, estando sempre preparados para quando elas surgirem, seja como especialista ou como generalista. Disponível em <http://cio.com.br/carreira/2018/09/17/profissional-generalista-ou- especialista/>. Acesso em 18 set. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. I. É importante que as empresas possibilitem a gestão de carreiras em Y, com a intenção de que as diferenças entre os profissionais generalistas e os profissionais especialistas possam ser minimizadas e de que se criem oportunidades para ambos. PORQUE II. Os profissionais generalistas não são melhoresdo que os especialistas, mas costumam assumir cargos mais elevados nas organizações, como diretoria e presidência, que exigem, além de conhecimento técnico, habilidades em comunicação, negociação, inteligência emocional, empatia e ampla visão do mercado em que se atua. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II não justifica a I. Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos Leia o trecho do rap do grupo Racionais MC’s (texto 1) e a matéria jornalística sobre o massacre do Carandiru (texto 2). Texto 1 Diário de um detento Racionais MC's São Paulo, dia 1º de outubro de 1992, 8h da manhã Aqui estou, mais um dia Sob o olhar sanguinário do vigia Você não sabe como é caminhar com a cabeça na mira de uma HK Metralhadora alemã ou de Israel Estraçalha ladrão que nem papel Na muralha, em pé, mais um cidadão José Servindo o Estado, um PM bom Passa fome, metido a Charles Bronson Ele sabe o que eu desejo Sabe o que eu penso O dia tá chuvoso. O clima tá tenso Vários tentaram fugir, eu também quero Mas de um a cem, a minha chance é zero Será que Deus ouviu minha oração? Será que o juiz aceitou a apelação? Mando um recado lá pro meu irmão Se tiver usando droga, tá ruim na minha mão Ele ainda tá com aquela mina Pode crer, moleque é gente fina Tirei um dia a menos ou um dia a mais, sei lá Tanto faz, os dias são iguais Acendo um cigarro, e vejo o dia passar Disponível em <https://www.letras.mus.br/racionais-mcs/63369/>. Acesso em 03 jul. 2018. Texto 2 No dia 2 de outubro de 1992, o pavilhão 9 da Casa de Detenção Carandiru foi o cenário de um dos episódios mais sangrentos da história penitenciária mundial. Quase 25 anos depois, o caso ainda é alvo de controvérsia. De um lado, o chefe da operação diz que agiu no estrito cumprimento do dever. Do outro, grupos de direitos humanos acreditam que houve intenção de exterminar os presos e reclamam que ninguém foi punido. O massacre em números • 8 presos mortos. Foi o que a polícia divulgou no dia, véspera de eleição. • 111 presos mortos (é o número oficial, apesar de ex-detentos insistirem em mais de 200). • 103 vítimas de disparos. • 8 vítimas de objetos cortantes. • 0 policial morto. • 130 detentos feridos. • 23 policiais feridos. • 515 tiros disparados. • 120 policiais indiciados. • 86 policiais julgados. • 1 policial condenado (cel. Ubiratan). • 632 anos de prisão foi a sentença. Disponível em <https://super.abril.com.br/historia/como-foi-o-massacre-do- carandiru/>. Acesso em 29 jul. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. II. A letra do rap dá voz a um detento, que descreve sua visão do cotidiano prisional no dia anterior ao do massacre do Carandiru, em que, oficialmente, 111 presos foram mortos. III. IV. Os dois textos mostram visões antagônicas sobre o clima na prisão, pois o personagem da música descreve o ambiente como pacífico e tedioso e a matéria narra episódios de conflito. V. O objetivo do rap é mostrar a perspectiva de um detento injustamente condenado, vítima da repressão policial. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: e. I, apenas. Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir. Bolo de rolo O bolo de rolo, uma espécie de rocambole com camadas finíssimas de pão-de-ló, é um doce brasileiro, originário de Pernambuco, reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do Estado, em 2007, pela Lei Ordinária Nº 379. Considerado como uma das especialidades típicas da cozinha pernambucana, assim como o famoso bolo Souza Leão (também reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco, em 2008), o bolo de rolo derivou-se do bolo português conhecido como colchão de noiva, que era recheado com amêndoas. No Brasil, o colchão de noiva foi se transformando e sofrendo adaptações devido à falta de ingredientes das receitas originais na região Nordeste. O recheio de amêndoas acabou sendo substituído por goiabada, de preferência feita em casa. A massa passou a ser enrolada em camadas cada vez mais finas. Ao final, o bolo ficou parecido com um rolo, daí a origem do seu nome. Era servido como sobremesa ou lanche. Um visitante ilustre não poderia sair de uma casa sem degustar uma fatia de bolo de rolo. Dessa maneira, foi sendo utilizado como forma de estreitar os laços de amizades, como forma de agradecimento, como presente e até para “amolecer corações”. Até o papa João Paulo II, quando da visita ao Recife, em 1980, provou uma fatia. Passando a ser cada vez mais conhecido e divulgado, o bolo de rolo ganhou fama e começou a ser feito em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro, embora o original de Pernambuco guarde características diferentes tanto no sabor como na maneira de fazer. Turistas, e até pessoas de outros estados, "encomendam" o doce a algum amigo ou parente quando têm oportunidade. Hoje, o bolo de rolo e o Souza Leão são receitas protegidas, conservadas e valorizadas por sua importância histórica, cultural e gastronômica para o país. Disponível em <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id =468&Itemid=1>. Acesso em 03 ago. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas. I. A adaptação às condições da natureza brasileira provocou mudanças na receita do bolo colchão de noiva e deu origem à produção do bolo de rolo, iguaria reconhecida como tipicamente pernambucana. II. A Lei Ordinária No 379 visa a proteger o direito do estado de Pernambuco de ser o único produtor nacional do bolo de rolo, do bolo Souza Leão e do bolo colchão de noiva. III. O bolo de rolo pernambucano representa tradições que se mantiveram inalteradas ao longo do tempo, o que garantiu ao doce ser hoje uma receita protegida, conservada e valorizada por sua importância histórica, cultural e gastronômica para o Brasil. É correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: d. I. Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos Leia a charge e o texto com dados do IBGE, de 26.04.18. Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017 A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada hoje pelo IBGE. Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões. Os 4,8 milhões de novos idosos em cinco anos correspondem a um crescimento de 18% desse grupo etário, que tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. As mulheres são maioria expressiva nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3 milhões (44% do grupo). “Não só no Brasil, mas no mundo todo vem se observando essa tendência de envelhecimento da população nos últimos anos. Ela decorre tanto do aumento da expectativa de vida pela melhoria nas condições de saúde quanto da redução da taxa de fecundidade, pois o número médio de filhos por mulher vem caindo. Esse é um fenômeno mundial, não só no Brasil. Aqui demorou até mais que no resto do mundo para acontecer”, explica a gerente da PNAD Contínua, Maria Lúcia Vieira. Entre 2012 e 2017, a quantidade de idosos cresceu em todas as unidades da federação, sendo os estados com maior proporção de idosos o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, ambos com 18,6% de suas populações dentro do grupo de 60 anos ou mais. O Amapá, por sua vez, é o estado com menor percentual de idosos, com apenas 7,2% da população. Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em- 2017.html>. Acesso em 29 jul. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. A charge mostra um cenário promissor em termos de ocupação para a população, que, conforme os dados do IBGE, está envelhecendo. II. De acordo com o texto, os idosos representam 18% da população brasileira. III. O texto afirma que a melhoria nas condições de saúde da população é um dos fatores responsáveis pelo aumento da expectativa de vida e, portanto, pelo envelhecimento populacional. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: c. III, apenas. Pergunta 11 0,5 em 0,5 pontos Leia a reportagem a seguir, publicada em dezembro de 2017. Brasil tem a 3ª maior população carcerária do mundo, com 726.712 mil presos O total de pessoas encarceradas no Brasil chegou a 726.712 em junho de 2016, quase o dobro do número de vagas (368.049 no mesmo período). Em dezembro de 2014, eram 622.202 presos, o que representa crescimento de mais de 104 mil pessoas em 18 meses - mais de 5,7 mil por mês, em média. Os números absolutos, no entanto, não captam o aumento da população brasileira no período. O ritmo do aumento da população encarcerada baseia-se na taxa de aprisionamento, em que o número de presos é dividido pela população, obtendo-se o número de presos por grupo de 100 mil habitantes. O Brasil é terceiro país com maior número de pessoas presas, atrás dos Estados Unidos e da China, sendo seguido na quarta colocação pela Rússia. A taxa de presos para cada 100 mil habitantes subiu para 342,6 indivíduos em junho de 2016. Em 2014, era de 306,22 pessoas presas para cada 100 mil habitantes. Em 2014, o Brasil ocupava o quarto lugar, mas ultrapassou a Rússia nos últimos anos. O número de vagas no sistema prisional brasileiro está estabilizado nos últimos anos. “Temos dois presos para cada vaga no sistema prisional”, disse o diretor-geral do Depen, Jefferson de Almeida. “Houve um pequeno acréscimo nas unidades prisionais, muito embora não seja suficiente para abrigar a massa carcerária que vem aumentando no Brasil”, afirmou nesta sexta. De acordo com o relatório, 89% da população prisional está em unidades superlotadas: 78% dos estabelecimentos penais têm mais presos que o número de vagas. Comparando-se os dados de dezembro de 2014 com os de junho de 2016, o déficit de vagas passou de 250.318 para 358.663. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2017-dez-08/brasil-maior-populacao-carceraria- mundo-726-mil-presos>. Acesso em 20 dez. 2017 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Dos países listados no gráfico, o Brasil é o que apresenta maior taxa de ocupação, o que indica que as vagas no sistema prisional do país são insuficientes. II. O Brasil ocupa atualmente o terceiro lugar mundial no ranking da população prisional, sendo que seu percentual de presos fica atrás apenas dos percentuais da China e dos Estados Unidos. III. O crescimento da população carcerária no Brasil revela diminuição no número de crimes impunes e aumento da segurança. IV. Pelos dados, de cada 100 presos no Brasil, cerca de 37 não foram condenados. Está correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: a. I e IV. Pergunta 12 0,5 em 0,5 pontos Leia a charge e o texto a seguir. Gente que comenta sem ler Reflexões sobre uma epidemia digital Danilo Venticinque – 08/04/2014 Clique em qualquer notícia de um grande portal, vá à seção de comentários e faça sua aposta: quantas pessoas realmente leram todo o texto antes de comentar? Quando comecei no jornalismo, ingênuo, acreditava que todos liam tudo. Os anos me tornaram cético. Hoje, tenho certeza de que o número é próximo de zero. Na internet, quase todos nós lemos muito mal. Num universo de leitura fragmentada, os comentaristas conseguem se destacar negativamente. Ao contrário dos outros maus leitores, que prestam conta apenas às suas consciências, quem comenta deixa registrada, definitivamente, a sua falta de atenção. Só não morrem de vergonha disso porque sabem que ninguém notará suas falhas. Afinal, se quase ninguém lê as notícias, é seguro apostar que mesmo o mais absurdo dos comentários passará despercebido por todos. Exceto, é claro, por outros comentaristas. Quanto maior a audiência de uma notícia, maior a chance de a caixa de comentários se transformar numa sala de bate-papo delirante, sem nenhuma relação com o assunto original. Não importa se o texto é sobre a Petrobras, sobre novas marcas de esmalte ou sobre o álbum da Copa: sempre haverá uma desculpa para transformá-lo em palco para brigas políticas. Quando a vontade de expressar uma opinião é irresistível, a lógica é o que menos importa. O Flamengo perdeu? A culpa é da Dilma. O vocalista do Muse perdeu a voz? A culpa é da Dilma. Pensei num terceiro exemplo, mas tive um branco momentâneo. A culpa disso, evidentemente, é da Dilma. Sempre há um ou outro justiceiro que gasta seu tempo apontando incoerências nos comentários alheios. São criaturas exóticas: leem não só os textos, como também os comentários - e ainda se dão ao trabalho de notar quando não há qualquer relação entre uma coisa e outra. Os esforços desses bravos heróis são em vão: a horda de comentaristas enfurecidos imediatamente os descartará como lacaios de algum partido político ou, pior ainda, metidos a intelectuais. Bem feito. Quem mandou gastar seu tempo lendo um texto na internet? Comentários em redes sociais são ainda piores. Lá, não é necessário nem mesmo clicar na notícia para palpitar sobre ela. Basta ler o título do post que um amigo compartilhou e o campo de comentários estará logo abaixo, com todos os seus encantos. Eu falei em ler o título? Bobagem. Não importa o que esteja escrito lá: a culpa sempre será da Dilma. Ou seria do PSDB? No último primeiro de abril, o site da National Public Radio (NPR) aplicou uma pegadinha impiedosa em seus leitores: publicou, no Facebook, um texto com o título "Por que a América não lê". Centenas de pessoas comentaram o assunto. Algumas discordavam, indignadas. Outras concordavam e discorriam longamente sobre as causas desse fenômeno. O texto da notícia, que ninguém leu, explicava a piada e dizia algo como "os americanos leem, mas temos a impressão de que eles só olham o título antes de comentar". Eu não saberia dizer precisamente o que estava escrito lá: confesso que não li o texto da NPR. Vi o link no Facebook de um ou dois amigos e decidi comentar sobre o assunto mesmo assim. Por muito tempo, acreditei que a multidão que comenta sem ler era a escória da internet. Que o mundo seria melhor se lêssemos todos os textos antes de palpitar sobre eles. Eu estava errado. Hoje penso exatamente o contrário. A enorme maioria dos textos que circulam pela internet é inútil. Os comentaristas ensandecidos simplesmente decidiram parar de perder tempo com esse tipo de bobagem. São seres mais evoluídos do que nós. Basta aplicarem em algo útil todas as horas de leitura superficial que economizam e logo dominarão o mundo. Saber comentar sem ler é uma habilidade indispensável para ser bem sucedido no mundo digital. Se você ainda não aderiu, pare de ler agora e junte-se a nós. Seja bem- vindo ao futuro. O próximo passo rumo à iluminação digital é aprender a não ler e não comentar. As discussões na internet, convenhamos, nunca mudaram a opinião de ninguém. Nos meus anos menos esclarecidos, li muitos debates em seções de comentários. Nunca vi um crítico do governo terminar uma discussão com "pensando bem, acho que a culpa não é da Dilma". Ou um ativista, após longas réplicas e tréplicas, decidir dar o braço a torcer: "diante de todos os argumentos aqui expostos, cheguei à conclusão de que #vaitercopa".As discussões virtuais são tão dispensáveis quanto as notícias que as antecedem. Abençoado seja quem guarda sua opinião para si e cultiva o silêncio digital. É o que vou fazer agora. Até a próxima semana. https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/04/gente-que- bcomenta-sem-lerb.html Com base na leitura, analise as afirmativas a seguir. I. A charge apresenta um posicionamento oposto ao do artigo, uma vez que ela critica o ato de comentar sem ler e o autor do texto afirma que “comentar sem ler é uma habilidade indispensável para ser bem sucedido no mundo digital”. II. A charge faz referência aos conhecidos macacos (“não vejo”, “não falo”, “não ouço”) e, ao modificar as características deles, elogia aquele que, em vez de ficar mudo, manifesta-se nas redes sociais. III. De acordo com o artigo, o número de pessoas que comentam textos sem ler não é minoritário. É correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: e. III. Pergunta 13 0,5 em 0,5 pontos Leia o trecho extraído do livro As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano. É a América Latina, a região das veias abertas. Do descobrimento aos nossos dias, tudo sempre se transformou em capital europeu ou, mais tarde, norte-americano, e como tal se acumulou e se acumula nos distantes centros do poder. Tudo: a terra, seus frutos e suas profundezas ricas em minerais, os homens e sua capacidade de trabalho e de consumo, os recursos naturais e os recursos humanos. O modo de produção e a estrutura de classes de cada lugar foram sucessivamente determinados, do exterior, por sua incorporação à engrenagem universal do capitalismo. Para cada um, se atribuiu uma função, sempre em benefício do desenvolvimento da metrópole estrangeira do momento, e se tornou infinita a cadeia de sucessivas dependências, que têm muito mais do que dois elos e que, por certo, também compreende, dentro da América Latina, a opressão de países pequenos pelos seus vizinhos maiores, e fronteiras adentro de cada país, a exploração de suas fontes internas de víveres e mão de obra pelas grandes cidades e portos. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. De acordo com o autor, historicamente, a América Latina serviu aos interesses dos países centrais do capitalismo internacional. II. Segundo o texto, os países da América Latina são explorados pela Europa e pelos Estados Unidos, mas são parceiros e solidários entre si. III. A organização social, econômica e política dos países latino-americanos, segundo Galeano, foi determinada de modo a atender à engrenagem do sistema capitalista internacional. IV. A metáfora das veias abertas refere-se à cordialidade e à pouca produtividade dos povos latinos, responsáveis pelo baixo desenvolvimento econômico desses países. É correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: c. I e III. Pergunta 14 0,5 em 0,5 pontos Leia os fragmentos dos textos a seguir. O primeiro aborda a lenda das cobras Norato e Caninana. O segundo apresenta a definição da lenda como gênero textual. Texto 1 No paranã do Cachoeiri, entre o Amazonas e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria, Maria Caninana. ... A mãe sentiu-se grávida quando se banhava no rio Claro. Os filhos eram gêmeos e vieram ao mundo na forma de duas serpentes escuras. ... Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém. ... Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos. ... No porto da Cidade de Óbitos, no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do altar da Senhora Sant'Ana, na Igreja que é da mãe de Nossa Senhora. ... se a serpente acordar, a Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de Óbidos. ... Cobra Norato matou Maria Cananina porque ela era violenta e má. E ficou sozinho, nadando nos igarapés, nos rios, no silêncio dos paranãs. CASCUDO, L. C. Lendas brasileiras para jovens. São Paulo: Global, 2015. Texto 2 Lenda: narrativa ou crendice acerca de seres maravilhosos ou encantatórios, de origem humana ou não, existente no imaginário popular. Trata-se de história, também chamada legenda, cheia de mistério e fantasia, de origem no conto popular, que nasceu com o objetivo de explicar acontecimentos que teriam causas desconhecidas. Nessa busca do maravilhoso, o ser humano sempre procurou dar sentido à movimentação dos astros, à migração de animais, aos fenômenos naturais, etc. Essa narrativa de caráter maravilhoso pode também se referir a um fato histórico que, centralizado em torno de algum herói popular (revolucionário, santo, guerreiro), se amplifica e se transforma sob o efeito da invocação poética ou da imaginação popular. Desse modo, como o conto popular oral, apresenta algumas características básicas: (i) rica em ações e situações antigas; (ii) permanência no tempo; (iii) de autoria anônima ou desconhecida; (iv) transmissão e divulgação de geração em geração entre pessoas e comunidades; (v) convergência das ações para o tema ou foco da lenda, como a busca, por exemplo, de um mundo feliz, de paz, de justiça, etc.; (vi) sequência lógica no tempo e no espaço narrativo; (vii) destaque de algum personagem por seus poderes sobrenaturais ou atos de heroísmo; (viii) relação direta da história com o momento histórico da região e da comunidade que a cria; (ix) final emblemático, com desenlace maravilhoso ou extraordinário. COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. I. A história da lenda do texto 1 tem fundo maniqueísta, pois revela a disputa entre o bem e o mal, com final moralista. II. De acordo com o texto 2, a lenda caracteriza-se como crendice fantasiosa e imaginativa e, por isso, não tem validade no conhecimento dos fenômenos, sejam eles naturais ou sociais. III. Na lenda do texto 1, observam-se algumas características enumeradas pelo texto 2, como a busca de justiça, o destaque de algum personagem por seus poderes sobrenaturais ou atos de heroísmo e o desenlace maravilhoso ou extraordinário. É correto o que se afirma somente em Resposta Selecionada: d. I e III. Pergunta 15 0,5 em 0,5 pontos Leia a matéria a seguir, publicada no jornal O Globo. Cientistas veem retrocessos no cenário das pesquisas Levantamento expõe decepção com perda de apoio público Renato Grandelle Grande parte dos pesquisadores compartilha da mesma inquietação e lamenta o cenário nacional da ciência, duramente afetado pela crise financeira dos cofres públicos, que começou a se agravar em 2015. O otimismo vivido no início da década deu lugar a críticas e consternação. Com a crise econômica, os laboratórios brasileiros perderam força. Desde 2015, pesquisadores veteranos e cientistas iniciantes convivem com atrasos de pagamento, ameaças e cortes efetivos de verba. Esta realidade é observada tanto em órgãos federais, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), quanto estaduais, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj). Agora, analise a tabela abaixo. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. I. II. De acordo com o infográfico, o Brasil é uma nação com alta relevância no ambiente acadêmico, já que está entre os dez primeiros no ranking de países com maiores números de publicações científicas. III. De acordo com o texto, a crise nos cofres públicos afetou duramente o cenário nacional da ciência,entretanto foram mantidos a integridade financeira dos pesquisadores e o subsídio de verbas para os laboratórios. IV. Segundo o infográfico, a Austrália e o Brasil ocupam posições imediatamente subsequentes entre os países mais citados em outros trabalhos acadêmicos. V. Os EUA, de acordo com o infográfico, são o país mais bem colocado no ranking de artigos que foram mais citados em outros trabalhos, o que evidencia sua credibilidade mundial na pesquisa científica. É correto somente o que se afirma em: Resposta Selecionada: e. IV. Pergunta 16 0,5 em 0,5 pontos Os gráficos a seguir apresentam a evolução das porcentagens de diferentes impostos, em relação ao total de impostos, na Argentina e no Brasil. Nos eixos verticais, temos a porcentagem em relação ao total de impostos e, nos eixos horizontais, o ano. Com base nos gráficos, analise as afirmativas. I. Depois de 2010, tanto a Argentina quanto o Brasil apresentaram tendência de queda nos percentuais de impostos sobre bens e serviços em relação ao total de impostos. II. De 1990 a 2000, a taxa de crescimento dos percentuais dos impostos sobre lucros e rendimentos em relação ao total de impostos foi maior na Argentina do que no Brasil. III. Os dados apresentados permitem concluir que, com exceção dos impostos relativos aos lucros e aos rendimentos, a carga tributária na Argentina é maior do que a do Brasil. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: a. I e II, apenas. Pergunta 17 0,5 em 0,5 pontos Leia os gráficos a seguir. Considerando as informações apresentadas nos gráficos, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: b. A partir de 2009, a taxa de mortalidade anual manteve-se praticamente estável em 6.000 pessoas para cada milhão de habitantes. Pergunta 18 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto e a figura a seguir. Brasil é líder de descarte de lixo eletrônico da América Latina; reciclagem é o caminho para evitar danos à saúde humana e ao meio ambiente Mathias Felipe - 18/09/2018. O Brasil é o líder na América Latina, e sétimo no mundo, na produção de lixo eletrônico. Segundo estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o país produz anualmente 1,5 tonelada de lixo eletrônico. De todo lixo eletrônico produzido pelo país, apenas 3% é coletado de maneira adequada para ser reciclado ou descartado de forma apropriada. A destinação apropriada para o lixo eletrônico é importante pois, os equipamentos eletrônicos têm componentes feitos com materiais que em sua composição química possuem substâncias altamente tóxicas e sua decomposição pode trazer muitos prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente. O lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo, é composto por produtos eletrônicos que não têm mais valor. A categoria inclui refrigeradores, máquinas de lavar, micro- ondas, televisores, computadores, telefones celulares, tablets, drones, pilhas, baterias, cartuchos e toners. O destino dos resíduos dessa categoria virou um desafio planetário. Os especialistas apontam que esses aparelhos devem ser reciclados de forma cuidadosa por pessoas especializadas. Caso contrário, o risco de contaminação para o meio ambiente e perigo à saúde humana são altos. Países em desenvolvimento como a Índia e a China, quarto e primeiro lugar na produção de lixo no mundo, apresentaram um crescente corpo de evidências epidemiológicas e clínicas que ligaram o alerta vermelho a ameaça do lixo eletrônico. No Brasil, um exemplo recente foi o caso da empresa Saturnia, uma das maiores fábricas de baterias industriais e de automóveis do país, que tinha o chumbo como um dos principais componentes na fabricação de seus produtos. O processo inadequado de desmonte e reciclagem das baterias causou a poluição do solo na sede da empresa. A exposição humana aos metais pesados como o chumbo, com o tempo, pode causar doenças cardiovasculares, hepáticas e do sistema nervoso. Os cartuchos de toners de impressora contêm um pó, que, ao entrar em contato com o fogo, libera gás metano que, além de agredir o meio ambiente, pode causar problemas respiratórios. O descarte incorreto da tinta proveniente desses cartuchos pode contaminar o solo e o lençol freático, o que deixa inapropriados o terreno para uso e a água para consumo. Como medida para resolver o problema, o governo brasileiro criou em 2010, pela Lei Nº 12.305/10, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que instituiu a responsabilidade compartilhada entre os fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza sobre os resíduos e embalagens pós-consumo. A PNRS é uma orientação para que os responsáveis tomem medidas para minimizar o volume de resíduos gerados e instituir uma cadeia de recolhimento e destinação ambientalmente adequada aos resíduos e embalagens pós-consumo. Para as companhias de tecnologia o descarte de resíduos eletrônicos passou a ser um dos principais desafios ambientais. Por isso algumas marcas criaram formas de implementar a logística reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo. A proposta é diminuir o impacto do e-lixo ao realizar a análise dos componentes durante o desmonte desses resíduos. A fabricante é responsável por separar os componentes e garantir a destinação adequada de cada um deles, a fim de enviá-los para reciclagem, utilizá-los em novos produtos ou encaminhá-los para aterros especiais. Disponível em <https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/09/o-que-e-lixo-eletronico-veja- dicas-de-descarte-e-reciclagem-no-brasil.ghtml>. Acesso em 18 set. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: c. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem por objetivo a redução do volume de resíduos gerados e a destinação adequada desses resíduos, feita por meio de uma cadeia de recolhimento e destinação ambientalmente desejável. Pergunta 19 0,5 em 0,5 pontos O infográfico a seguir, apresentado pelo IBGE e publicado pelo Jornal O Globo, apresenta o comportamento do desempenho da indústria brasileira entre os anos de 2014 e 2016. Nesse infográfico, mostram-se as quedas percentuais da produção industrial em relação ao mês anterior. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Entre 2014 e 2016, o desempenho da indústria brasileira foi negativo, com trinta e quatro quedas consecutivas. II. A queda de desempenho menos intensa para o setor industrial foi registrada em dezembro de 2016, com índice de -0,1%. III. Em três anos, a queda da produção acumulada para a indústria geral foi de 16,9% sendo as indústrias de bens de capital e de consumo de bens duráveis as mais afetadas. IV. A queda menos intensa em dezembro de 2016 foi um indicativo seguro de que indústria brasileira teve um comportamento de desempenho positivo nos períodos subsequentes. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: a. I, II e III, apenas. Pergunta 20 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto, publicado pela Folha de S. Paulo em 14 de setembro de 2018, e o gráfico a seguir. IDH do Brasil estagna, e país fica na 79ª posição no ranking da ONU Aumento na renda fez índice subir 0,001 ponto e chegar a 0,759 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil subiu 0,001 ponto em 2017 na comparação com 2016, chegando a 0,759 numa escala que varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), um incremento de 0,14% na renda média per capita do brasileiro garantiu que o país continuasse avançando, mesmo timidamente, no desenvolvimentohumano em 2017, apesar das desigualdades no acesso da população à saúde, educação e perspectivas econômicas ainda persistirem. O novo índice manteve o Brasil na 79ª posição no ranking que inclui 189 países. Na América Latina, o país ocupa o 5º lugar, perdendo para Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela. O IDH da média regional da América Latina e Caribe é de 0,758. AJUSTES Quando o órgão inclui na conta um ajuste com relação a desigualdades de renda, saúde e educação, o IDH brasileiro despenca para 0,578. O Brasil tem o 9º pior coeficiente de Gini - que mede exclusivamente a renda - na comparação mundial. Entre os países da América do Sul, o Brasil é o terceiro mais afetado por esse ajuste da desigualdade, ficando atrás do Paraguai e da Bolívia. Na relação com dados colhidos desde 1990, o país registrou um crescimento de 0,81% da taxa anual do IDH, com acréscimo de mais de 10 anos na expectativa de vida, que passou a ser de 75,7 anos, e de 3,2 anos na expectativa de tempo de escolaridade de crianças a partir do ingresso nas escolas em idade regular. A média de estudos de adultos com 25 anos ou mais passou de 3,8 anos para 7,8 anos, e a renda média dos brasileiros neste mesmo período cresceu 28,6%. MUNDO Noruega (0,953), Suíça (0,944), Austrália (0,939), Irlanda (0,938) e Alemanha (0,936) lideram o ranking com os melhores resultados. Os cinco últimos países no ranking são: Burundi (0,417), Chade (0,404), Sudão do Sul (0,388), República Centro-Africana (0,367) e Níger (0,354). A Irlanda registrou um dos maiores crescimentos ao subir 13 posições de 2012 para 2017. Violência, conflitos armados e crises internas fizeram com que países como Síria, Líbia, Iêmen e Venezuela registrassem as maiores quedas do índice, respectivamente, 27, 26, 20 e 16 posições. Considerando a realidade de 1990, o IDH global aumentou 21,7% e o número de países classificados como de “muito alto desenvolvimento humano” aumentou de 12 para 59 e os de “baixo desenvolvimento humano” caiu de 62 para 38 neste período. A expectativa de vida das pessoas, ao nascer, passou de 65,4 anos em 1990 para 72,2 anos em 2017, e mais de 130 países conseguiram universalizar as matrículas de crianças no ensino primário. Mundialmente, a diferença na distribuição de renda chega a 22,6%, enquanto as desigualdades nos ganhos em educação são de 22% e em saúde, 15,2%. Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/idh-do-brasil-estagna-e- pais-fica-na-79a-posicao-no-ranking-da-onu.shtml>. Acesso em 14 set. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Segundo o gráfico, a maior taxa de crescimento anual do IDH do Brasil ocorreu de 2013 para 2014, quando o país atingiu seu máximo valor desse índice, igual a 0,754. II. De acordo com o texto, a posição do Brasil é mais negativamente afetada pelo IDH ajustado à desigualdade de renda, saúde e educação do que a posição da Venezuela. III. Em termos de médias mundiais, conforme dito no texto, desde 1990, houve aumento no IDH global, elevação na expectativa de vida das pessoas ao nascer e acréscimo no número de matrículas de crianças no ensino primário, o que contradiz a ideia de haver diferenças na distribuição de renda e no acesso à saúde e à educação. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: c. II, apenas. Sábado, 10 de Novembro de 2018 21h54min53s BRST
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