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Universidade Estácio de Sá Aluna: Karina Mattos – 201401326404 CASO CONCRETO 1 Reflexos da decisão do STF que acolheu a socioafetividade e a multiparentalidade. Às portas da primavera o Supremo Tribunal Federal aprovou uma relevante tese sobre direito de família, delineando alguns contornos da parentalidade no atual cenário jurídico brasileiro. A manifestação do STF contribui para a tradução contemporânea das categorias da filiação e parentesco, sendo um paradigmático leading case na temática. O tema de Repercussão Geral 622, de Relatoria do Ministro Luiz Fux, envolvia a análise de uma eventual prevalência da paternidade socioafetiva em detrimento da paternidade biológica. Ao deliberar sobre o mérito da questão, o STF optou por não afirmar nenhuma prevalência entre as referidas modalidades de vínculo parental, apontando para a possibilidade de coexistência de ambas as paternidades. Esses novOs conflitos familiares refletem alguns dos desafios que as múltiplas relações interpessoais apresentam aos juristas. No complexo, fragmentado e líquido cenário da atualidade, a possibilidade de pluralidade de vínculos parentais é uma realidade fática que exige uma acomodação jurídica. A tese aprovada em repercussão geral ao apreciar a temática subjacente à referida repercussão geral o plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria, houve por bem em aprovar uma diretriz que servirá de parâmetro para casos semelhantes. A tese aprovada tem o seguinte teor: A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios". O texto foi proposto pelo Min. Relator Luiz Fux, tendo sido aprovado por ampla maioria, restando vencidos apenas os Ministros Dias Toffoli e Marco Aurélio, que discordavam parcialmente da redação final sugerida. A tese é explícita em afirmar a possibilidade de cumulação de uma paternidade socioafetiva concomitantemente com uma paternidade biológica, mantendo-se ambas em determinado caso concreto, admitindo, com isso, a possibilidade da existência jurídica de dois pais. Ao prever expressamente a possibilidade jurídica da pluralidade de vínculos familiares nossa Corte Suprema consagra um importante avanço: o reconhecimento da multiparentalidade, um dos novíssimos temas do direito de família. Fonte: Site do IBDFAM, 26/09/2016, retirado do http://www.conjur.com.br/2016-set- 25/processo-familiar-reflexos-decisao-stf-acolher-socioafetividade-multiparentalidade Pergunta-se: Da análise do artigo acima citado, conforme os princípios do Direito de Família, quais as bases da família que estão sendo valorizadas? Conceitue os referidos princípios citados, justificando com base na lei em vigor. Amor, afeto, consideração e respeito. Princípio da dignidade da pessoa humana, melhor interesse da criança com paternidade responsável e afetividade. São inovações do Direito de Família, exceto: a) A substituição da Família Matrimonial hierarquizada pelo modelo de cogestão que assegura a isonomia dos cônjuges na sociedade conjugal; b) A dignificação humana reconhecida nas uniões homoafetivas, possibilitando o casamento entre pessoas do mesmo sexo; c) O reconhecimento do casamento como única fonte de família e a união estável como realidade periférica; d) A valorização do afeto. CASO CONCRETO 2 Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique sua resposta. Não, pois Gabriel é seu irmão unilateral, logo é seu parente na linha colateral de 2° grau. De acordo com o Código Civil, a atitude de Camila é discriminatória já que a legislação não prevê diferença nos direitos dos filhos concebidos dentro ou fora do casamento. O art. 227, § 6°, CF consagra a igualdade jurídica entre os filhos. Lisbela possui um irmão chamado Gregório que é casado com Silmara. Lisbela, em razão de desavenças com Silmara, insiste em afirmar que não possui grau de parentesco com ela, mas resolveu estudar o assunto com sua vizinha Magda, advogada. Magda respondeu para Lisbela que, de acordo com o Código Civil brasileiro, Silmara é sua parente: a) por afinidade em linha colateral de primeiro grau. b) por afinidade em linha colateral de terceiro grau. c) por afinidade em linha colateral de segundo grau. d) civil em linha colateral de terceiro grau. e) natural em linha colateral de primeiro grau. CASO CONCRETO 3 Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização. A princípio, não podem casar pois não tem idade núbil. Somente com gravidez o suprimento judicial seria possível (art. 1520, CC). De acordo com a jurisprudência, o juiz poderá suprir judicialmente, desde que analisando a situação fática, ouvindo os nubentes e entendendo que eles têm noção do ato do casamento. (PCMA 2012) - A respeito do instituto do casamento, analise as afirmativas a seguir. I. Os pais, tutores ou curadores podem revogar a autorização até à data da celebração do casamento. II. Quando injusta, a denegação do consentimento, pode ser suprida pelo juiz. III. Será permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil apenas em caso de gravidez. Assinale: a) Se somente a afirmativa I estiver correta. b) Se somente a afirmativa II estiver correta. c) Se somente a afirmativa III estiver correta. d) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) Se todas as afirmativas estiverem corretas. CASO CONCRETO 4 Leonardo e Ana após passarem por todo o processo de habilitação para o casamento e de posse do certificado de habilitação, agendam, perante o oficial do registro, dia, hora e local para a celebração do casamento. No dia, hora e local indicados, os nubentes, as testemunhas e a autoridade celebrante competente comparecem pessoalmente. Iniciada a cerimônia, a autoridade celebrante ouve os nubentes que expressamente declaram sua vontade de contraírem o matrimônio por livre e espontânea vontade. Após a manifestação dos nubentes, inesperadamente a autoridade celebrante sofre um mal súbito que lhe retira a vida imediatamente. Diante do exposto, responda, de forma justificada, o que se pede a seguir: a) Em razão do ocorrido, o casamento poderia ser retomado em continuidade por outro oficial que se fizesse presente? Sim, pois não está nas condições impostas pelo art. 1538, CC. Poderia ser retomada por outro oficial que se fizesse presente. b) Leonardo e Ana podem ser considerados casados? Caso não haja substituição do oficial, eles não serão considerados casados, pois não houve declaração da autoridade competente (art. 1514 c/c art. 1535, CC) (MPE-MG-2012) - Quanto ao processo de habilitação para o casamento, é INCORRETO afirmar que: a) a habilitação será feita pessoalmente perante o oficialdo registro Civil, com a audiência do Ministério Público. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz b) é dever do oficial do registro civil esclarecer aos nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. c) tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas. d) a eficácia da habilitação será de 120 (cento e vinte) dias a contar da data em que foi extraído o certificado. CASO CONCRETO 5 Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação declaratória de nulidade do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas. O MP possui legitimidade pois trata-se de impedimento matrimonial, vide art. 1521, II, CC, que proíbe o casamento de parentes afins em linha reta. Neste caso, trata-se de parentes afins em linha reta, entre João e a menina, conforme art. 1595, CC. De acordo com o art. 1595, § 2°, CC e o art. 1548, II, CC, o casamento será nulo, podendo ser declarado de ofício pelo juiz ou requerida ação de nulidade pelo Ministério Público (art. 1522, parágrafo único, CC). Considerando ainda que esses impedimentos matrimoniais do art. 1521, CC são imprescritíveis. (TJPE 2013) - São impedidos de casar: a) o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal. b) o tutor com a pessoa tutelada, enquanto não cessar a tutela e não estiverem saldadas as respectivas contas. c) os parentes colaterais até o quarto grau. d) os afins em linha reta e em linha colateral. e) o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante. CASO CONCRETO 6 Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação. Poderá ocorrer a anulação do casamento apenas por mero interesse econômico com base no art. 1557, I, CC, de acordo com a jurisprudência. O prazo decadencial é de três anos. (MPPR 2013) - É hipótese de nulidade do casamento: a) O casamento do menor de 16 anos; b) O casamento com infringência de impedimento; c) O casamento contraído com erro sobre a pessoa do outro nubente; d) O casamento do menor entre 16 e 18 anos não autorizado por seu representante legal; e) O casamento do menor emancipado, sem autorização de seu representante legal. CASO CONCRETO 7 Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. Sim, através de ação de retificação do nome na Vara de Registro Público, a qualquer tempo, sem prazo definido, com consenso da esposa (Lei 6.015/73, arts. 57 e 109). (DPE-SC Técnico Administrativo 2013) - Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Civil brasileiro. a) Poderá ser anulado o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública. b) As convenções antenupciais começam a vigorar desde a data do casamento. c) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 60 anos. d) É admissível alteração do regime de bens, mediante pedido motivado de ambos os cônjuges ao juiz, apurada a procedência das razõs invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. CASO CONCRETO 8 Aline e Carlos são casados pelo regime legal desde 2005 e durante o casamento constituíram considerável patrimônio. Decidem dissolver o casamento mas entram em litígio por conta da partilha de bens do casamento. O casal adquiriu durante o casamento dois imóveis e dois automóveis, mas o primeiro imóvel foi adquirido com o produto da venda de um terreno que pertencia a Carlos antes do casamento mas tal fato não restou consignado no título aquisitivo do imóvel. Aline alega que o bem terá que ser igualmente dividido e Carlos alega que o bem deverá ter seu valor proporcionalmente dividido, abatendo-se do valor total o correspondente ao que ele integralizou em decorrência da venda do referido terreno. Analise a questão sob a ótica das regras aplicáveis ao regime de bens, informado justificadamente a quem assiste razão. Carlos, a princípio teria razão. Todavia conforme entendimento jurisprudencial, a sub-rogação deveria constar em escritura pública. Como não constava, Aline terá direito a metade do valor do imóvel. (TJPR 2013) Tendo em vista as disposições da lei civil com relação ao regime matrimonial de bens, assinale a alternativa INCORRETA: a) O regime de bens entre os cônjuges, seja o legal seja o contratual, este estabelecido por meio do denominado pacto antenupcial, somente começa a vigorar desde a data do casamento. b) Mesmo não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. c) Nada interferindo no regime de bens, pode qualquer dos cônjuges, livremente, independente um da autorização do outro, reivindicar os bens comuns, sejam móveis sejam imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino. d) Estabelecido o regime matrimonial de bens, por força de pacto antenupcial ou adoção do regi me legal, não é possível, por conta da imutabilidade, a alteração posterior do regime matrimonial de bens. CASO CONCRETO 9 Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. O casalnão possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido na Espanha mesmo? Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? Explique suas respostas em no máximo seis linhas. De acordo com a Lei 12.574/13, pode se separar no consulado com o advogado. Faz-se uma escritura pública. Não pode ter filhos menores, caso haja, eles devem retornar ao Brasil e obedecer os requisitos da Lei 11.441/2007. Se for consensual, não deve ter filhos incapazes ou menores e ter advogados. (Defensor Público AM 2013) O divórcio: a) não pode ser concedido sem prévia partilha dos bens. b) demanda prévia separação judicial, há pelo menos um ano, ou de fato, há pelo menos dois. c) só pode ser requerido se comprovada culpa de um dos cônjuges. d) pode dar ensejo à obrigação de prestar alimentos, a qual não se extingue com novo casamento do alimentante. e) não importa restrição aos direitos e deveres decorrentes do poder familiar, salvo na hipótese de casamento de qualquer dos pais. CASO CONCRETO 10 Maria e João constituíram união estável a partir de julho de 2010 mas não formalizaram através de contrato escrito para regular as relações patrimoniais decorrentes da aludida entidade familiar. Maria era divorciada e João apenas separado de fato de sua esposa Janaína. Em maio de 2015, Maria recebeu R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de herança de seu tio e com este valor adquiriu em julho de 2015 um imóvel em Saquarema – Rio de Janeiro, fazendo constar na escritura a origem do valor pago pelo imóvel, bem como consta na sua declaração de imposto de renda . Em fevereiro de 2017, João e Maria se separam dissolvendo assim a união estável. João procura um advogado indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Maria em Saquarema em julho de 2015. Qual a orientação correta a ser dada a João. Responda justificadamente. João não teria direito pois trata-se de bem sub-rogado com escritura pública. Não se comunica, pois trata-se de herança (arts. 1.659 e 1.725, CC) (MPES 2013) Considerando as normas que regem o instituto da união estável e o entendimento jurisprudencial dominante, assinale a alternativa correta. a) A pessoa casada, mas separada de fato, está impedida de constituir união estável até que se divorcie de seu cônjuge. b) A união estável constituída quando um dos companheiros é maior de 70 (setenta) anos não prejudica a comunicação dos bens adquiridos na constância da união. c) Ao contrário do casamento, os companheiros não podem pedir uns aos outros alimentos de que necessitem d) Na união estável, aplica-se às relações patrimoniais o regime de comunhão universal de bens, salvo contrato escrito. e) As causas suspensivas para contrair casamento não impedem a constituição de união estável. CASO CONCRETO 11 Roberto e Marcela, divorciados, são os pais de João. Quando João completou 18 anos, Roberto, que se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar pensão alimentícia sem prévia autorização judicial. A conduta praticada por Roberto foi por ele justificada sob o argumento de que cessa automaticamente o dever de as sistência dos pais em relação aos filhos quando estes atingem a maioridade. João, que necessita da prestação alimentícia é estudante cursando o primeiro período da graduação em Direito, procura advogado para saber se a conduta e os argumentos utilizados por Roberto procedem e qual seria a medida cabível a ser aplicada. Qual a orientação correta a ser dada no caso concreto? Justifique sua resposta. A conduta de Roberto não procede, pois ele só deveria ter efetuado o pedido de exoneração caso o filho não estivesse estudando. Como o filho está estudando, a obrigação de Roberto é a de continuar pagando pensão. Caso Roberto pare de pagar, João pode pedir execução da pensão. (MPE –SC -2013) Com relação ao tema alimentos, marque a opção correta: a) Fixados judicialmente os alimentos gravídicos, com base na análise da necessidade da parte autora e das possibilidades da parte ré, estes perdurarão somente até a data do nascimento da criança, devendo a parte interessada buscar, após essa data, através de nova ação, o pensionamento alimentar. b) Os alimentos pagos deverão ser restituídos se for desconstituído o título que serviu de base para o pagamento. c) A obrigação dos avós de prestar alimentos aos netos é sucessiva e complementar, podendo o alimentado, diante do mero inadimplemento da prestação alimentícia pelo genitor, pleitear alimentos diretamente dos avós. d) De acordo com o Código Civil, a pretensão de cobrança de um crédito alimentar prescreve em dois anos a partir do vencimento de cada prestação. CASO CONCRETO 12 Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê- lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez linhas. Não existe lei própria ou regulamentação para este tipo de situação. A alternativa seria a multiparentalidade no registro de nascimento da criança através de discussões judiciais, decidindo a coexistência da maternidade ou parentalidade afetiva com a biológica. (TJRO 2012) Em relação ao registro de filhos, analise as assertivas em conformidade com o disposto no Código Civil. I. A lei presume que os filhos de mulheres casadas há mais de 180 dias são do marido, sendo dispensável a presença do pai no dia do registro. II. Para registrar o filho nascido após a morte do marido, será necessária a concordância dos herdeiros, não recaindo nenhum tipo de presunção. III. O reconhecimento voluntário do filho pode ser tanto direto no registro, como em escritura pública apartada. IV. O reconhecimento voluntário do filho pode ser anterior ao seu nascimento, e é por natureza irretratável. Assinale a alternativa correta: a) São verdadeiras apenas as assertivas III e IV. b) São verdadeiras apenas as assertivas I e II. c) Todas as assertivas são verdadeiras. d) São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV. CASO CONCRETO 13 (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens. a) Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? Caso Luzia não tenha provado justo interesse, ela não pode ingressar com a negatória de paternidade, somente o pai (art. 1.601, CC) b) Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso? Sim. De acordo com o art. 1.601, parágrafo único, CC, os herdeiros podem prosseguir. O instituto processual é o de sucessão processual. Luzia e Pedro são os pais da menor Isabela e encontram -se divorciados há cerca de um ano. Apesar do tempo transcorrido, o casal não consegue entendimento sobre o regime de convivência dos genitores com a filha, que se mantém residindo com a mãe e periodicamente,em horários estabelecidos exclusivamente pela genitora, recebe a visita do pai. Inconformado com a situação, principalmente porque sempre que visita a filha vê-se compelido a supervisão da genitora da menor que não deixa sozinhos em momento algum, Pedro promove uma ação de guarda compartilhada. Em repúdio a pretensão de Pedro, Luzia alega que a criança conta com pouca idade, apenas 3 anos, e que por isso depende excessivamente de seus cuidados e que se opõe por tais justificativas a fixação judicial da guarda compartilhada. Diante dos fatos narrados, e analisando a questão sob a perspectiva atualizada dos nossos tribunais, explique se procede a alegação de Luzia indicando os fundamentos legais. Fundamentos legais: arts. 1.583 e 1.584, CC A princípio, a alegação de Luzia não procede. O juiz, através de mediação, conciliação e estudo social, pode estimular a guarda compartilhada, vide Enunciado 335 da IV Jornada de Direito Civil, em prol da criança. (MPAP 2012) Mauro e José contam, respectivamente, com dezoito e treze anos de idade. Paulo declara -se pai de Mauro e José neste ano de 2012 e pretende reconhecê-los como filhos, pois ambos seriam frutos de um relacionamento de oito anos que manteve com Ana, genitora de Mauro e José. Nesta hipótese, de acordo com o Código Civil, Paulo: a) não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. b) não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos dois anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. c) precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até dois anos após à maioridade ou à emancipação. d) precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. e) precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até três anos após à maioridade ou à emancipação. (TJPR 2013) No que concerne ao poder familiar, assinale a alternativa correta. a) O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo companheiro. b) Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição. c) Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso. d) Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de dependência econômica. CASO CONCRETO 14 Josefa encontra-se separada de fato de Carlos, pai de seu filho, com quem manteve uma união estável por cinco anos. Hoje o menor conta com 4 anos de idade e começa a manifestar comportamento arredio ao convívio com o genitor e seus familiares. Por outro lado, por diversas vezes o pai tenta exercer a convivência com o filho mas é surpreendido pela informação dada por Josefa de que ela e o filho já tinham compromisso e por isso não poderá deixa-lo encontrar com a criança. Diante dos fatos narrados pergunta-se: a) Seria possível identificar indícios da prática de atos de alienação parental? Justifique. Sim, com base no art. 2° da Lei 12.318/2010: Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. b) Constatado a prática da alienação parental, quais seriam as medidas cabíveis a serem determinadas pelo juízo para evitar efeitos mais danosos aos interesses do menor? Justifique. Com base no art. 6° da Lei 12.318/2010, o juiz pode: I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. (Defensor Público RR 2013) - No que se refere à guarda e ao direito de convivência entre familiares, assinale a opção correta. a) A guarda compartilhada não impede a fixação de alimentos em favor do filho. b) De acordo com a jurisprudência do STJ, a fixação da guarda compartilhada pressupõe, necessariamente, o consenso entre os pais. c) A guarda compartilhada está vinculada à repartição de tempo de permanência dos pais separados para com seus filhos comuns, conferindo-se de forma exclusiva o poder parental por períodos preestabelecidos, geralmente de forma equânime, entre as casas dos genitores. d) Atendendo à doutrina da preferência materna, o Código Civil prioriza a guarda unilateral em favor da mãe do menor. e) O inadimplemento da pensão alimentícia fixada em favor do menor impede o exercício do direito de visitar pelo genitor que não detiver a guarda. CASO CONCRETO 15 Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família. Vou perder um destes dois imóveis? O que farei? Explique a resposta ao seu cliente em no máximo cinco linhas. Embora André tenha dois imóveis, ambos são considerados seus Bens de Família, pois utilizados par a residência própria e residência de seus filhos (Família, em sentido amplo) ainda menores. A jurisprudência do STJ entende ser possível ampli ar o conceito de Bem de Família para atingir dois imóveis do devedor nessas situações,resguardando -se o direito fundamental à moradia e à dignidade da pessoa humana. (MPPR 2013) A impenhorabilidade do bem de família legal (Lei nº 8.009/90) não é oponível: I. Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; II. Pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III. Pelo credor de pensão alimentícia; IV. Para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar. a) Todas estão corretas; b) Nenhuma está correta; c) Estão corretas apenas as assertivas I e II; d) Está correta apenas a assertiva III; e) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.
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