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FERTILIDADE DO SOLO - SOL 375 - MICRONUTRIENTES 
 
(Junho– 2005) 
1. INTRODUÇÃO 
 
A produção agrícola de boa qualidade e com alta produtividade requer a adequação 
dos fatores de produção às necessidades das culturas. Nesses fatores estão incluídos os 
elementos essenciais ao crescimento das plantas: macronutrientes (C, H, O, N, P, K, Ca, Mg, 
S) e micronutrientes (Fe, Mn, Zn, Cu, Ni, B, Mo, Cl). A origem dessa classificação está 
relacionada a aspectos quantitativos uma vez que todos são elementos essenciais e a 
deficiência de qualquer um deles implica em queda na produção vegetal. 
Métodos de análise de rotina dos micronutrientes (Fe, Mn, Zn, Cu, B) em solos e 
plantas já são disponíveis para os estudos da Fertilidade do Solo. Esses estudos permitem, a 
partir da análise de solos e plantas, o estabelecimento de critérios de interpretação dos 
resultados das análises, visando o manejo mais eficiente da fertilização com micronutrientes 
para as culturas. Com essas informações podem ser definidas doses dos micronutrientes a 
serem aplicadas em determinadas condições. Entretanto, outros aspectos de grande 
importância como formas de aplicação (via solo ou via planta, localizada ou a lanço), tipos de 
fertilizante, época de aplicação, características do solo e da cultura e comportamento dos 
micronutrientes no solo e na planta devem ser considerados para se utilizar, com sucesso, os 
micronutrientes como insumo para a produção agrícola. 
 
2. MICRONUTRIENTES NO SOLO 
 
Entre os micronutrientes, geologicamente, o Fe é considerado elemento ‘maior’, 
estando presente em concentrações relativamente altas em muitas rochas. Os demais ocorrem 
em níveis baixos de concentrações sendo o Mn considerado elemento ‘menor’ enquanto Zn, 
Cu, Ni, B e Mo são considerados ‘elementos-traço’ (Chesworth, 1991). O termo 
micronutriente não implica que todos esses elementos ocorram em quantidades diminutas na 
litosfera e nos solos, uma vez que Fe e Mn estão entre os 12 elementos mais abundantes na 
litosfera (Harmsen & Vlek, 1985). 
Em geral, o Fe está presente no solo e na crostra terrestre em concentrações acima de 1 
dag/kg (10.000 mg/kg), o Mn pode alcançar 3.000 mg/kg enquanto os demais micronutrientes 
ficam abaixo de 300 mg/kg (Quadro 1). Os termos ‘elementos menores’ ou ‘elementos-traço’ 
são usados para elementos presentes na litosfera em concentrações menores do que 0,1 dag/kg 
(Harmsen & Vlek, 1985). Ao longo do texto, os termos micronutrientes e elementos-traço 
serão usados para designar os elementos Fe, Mn, Zn, Cu, Ni, B, Mo, Cl, reconhecidos como 
essenciais para as plantas. 
Com base nas formas predominantes na solução do solo e que são preferencialmente 
absorvidas pelas plantas Fe, Mn, Zn, Cu, e Ni são classificados como micronutrientes 
catiônicos enquanto B, Mo e Cl são os micronutrientes aniônicos. Os aniônicos B e Cl 
diferenciam-se dos catiônicos, também, por serem não-metais e o aniônico Mo se assemelha 
aos catiônicos por ser metal pesado (Fontes et al., 2001). 
Com relação à fertilidade do solo e à nutrição de plantas, Ni e Cl se distinguem dos 
demais em alguns aspectos. O Ni é o micronutriente com reconhecimento mais recente de sua 
essencialidade para as plantas superiores (Brown et al., 1987), o que explica a escassez de 
estudos de fertilidade do solo e nutrição de plantas sobre ele. Sua importância na agricultura, 
no início da última década, era relacionada apenas a áreas de exploração agrícola onde 
problemas de toxidez poderiam existir (Asher, 1991). Quanto ao Cl, mesmo sendo um 
elemento essencial para as plantas, deficiências naturais desse micronutriente praticamente 
 2
não existem na agricultura (Harmsen & Vlek, 1985). Sob o ponto de vista prático, a atuação 
do Cl diminuindo a incidência de várias doenças em pequenos grãos é, talvez, mais 
importante do que seu papel na nutrição de plantas (Mortvedt, 1999). Observa-se que as 
pesquisas com Cl, em solos e plantas, são escassas, presumivelmente, devido à ausência de 
problemas de deficiência desse micronutriente nas culturas de modo geral. Isso ocorre porque 
o ânion cloreto é suprido naturalmente às plantas por meio de reservas do solo, água da chuva, 
e poluição atmosférica (Marschner, 2001) e por ser aplicado aos solos juntamente com o KCl, 
o fertilizante potássico mais utilizado (Mortvedt, 1999). 
 
Quadro 1. Teores de micronutrientes na crostra terrestre e solos (Harmsen & Vlek, 1985; Pais 
& Jones Jr., 1997; Lindsay, 1979) 
Teores Fe Mn Zn Cu Ni B Mo 
 dag/kg --------------------------------- mg/kg ------------------------------- 
Crosta terrestre 5 1000 80 70 100 10 2,3 
Variação nos Solos 1-10 20-3000 10-300 2-100 5-500 2-100 0,2-5 
Médias nos Solos 3,8 600 50 30 40 10 2 
 
 
3. MICRONUTRIENTES NA PLANTA 
 
 A maioria dos micronutrientes é, predominantemente, constituinte de moléculas de 
enzimas sendo, assim, requeridos como elementos essenciais para as plantas, apenas em 
pequenas quantidades (Marschner, 1995). Os micronutrientes atuam, principalmente, como 
constituintes de grupos prostéticos catalizando processos de oxido-redução por transferência 
de elétrons, ligando enzimas a substratos para formar os complexos enzima-substrato, e 
influenciando a configuração molecular de uma enzima ou de um substrato de modo a 
favorecer a ação enzimática na reação (Romheld & Marscher, 1991). Considerando as plantas 
em geral, o Fe é o micronutriente presente em maiores concentrações na matéria seca 
enquanto o Mo é o que está presente nas menores concentrações (Quadro 2). 
 
 
Quadro 2. Valores (generalizados para várias espécies de plantas) das concentrações 
aproximadas de micronutrientes em tecidos de folhas maduras, distribuídos com base nos 
requerimentos nutricionais de cada elemento (Kabata-Pendias, 2001; Kabata-Pendias & 
Pendias 1984; Jones Jr., 1991). Valores entre parênteses se referem aos teores médios de 
micronutrientes na matéria seca da parte aérea considerados suficientes para o crescimento 
adequado das plantas (Marschner, 1995). 
 
Micronutriente Deficiência Suficiência (Normal)* Excesso (Toxidez) 
 ---------------------------------------mg/kg-------------------------------------
Fé <50 100-500 (100) >500 
Mn 15-25 20-300 (50) 300-500 
Zn 10-20 27-150 (20) 100-400 
Cu 2-5 5-30 (6) 20-100 
Ni -- 0,1-5 -- 10-100 
B 5-30 10-200 (20) 50-200 
Mo 0,003-0,15 0,1-2 (0,1) >100 
Cl <100 100-500 (100) 500*-1000 
* Para plantas sensíveis 
 3
4. DEFICIÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 
 
Mesmo sendo nutrientes requeridos em quantidades extremamente pequenas pelas 
plantas, deficiências de micronutrientes podem ocorrer causando limitação à produção 
agrícola. Globalmente, deficiências de micronutrientes em plantas estão tendo importância 
crescente, o cultivo extensivo de cultivares altamente produtivos, recebendo adubações 
pesadas com fertilizantes N-P-K, resulta em deficiências de micronutrients em muitos países 
(Cakmak, 2002). No Brasil, alguns fatores que ao longo dos anos tem contribuído para o 
aparecimento de deficiências de micronutrientes na agricultura são: a expansão das áreas 
agrícolas com a inclusão de solos de baixa fertilidade no sistema produtivo; a utilização de 
fertilizantes mais concentrados; o uso de variedades mais produtivas e de técnicas mais 
avançadas de cultivo; e a maior utilização de fertilizantes N-P-K devido às maiores 
produções. Sem a devida intervenção para manutenção dos teores dos micronutrientes 
adequados ao crescimento das plantas, via solo ou via aplicação foliar, a conseqüência desses 
fatores, atuando de forma continuada, é a queda do rendimento das colheitas. 
 
5. DINÂMICA DOS MICRONUTRIENTES NO SISTEMA SOLO-PLANTA 
 
Os elementos-traço estão presentes no solo em teores muito variáveis em função domaterial de origem do solo, do seu estágio de intemperismo, dos climas passado e atual e do 
uso e manejo do solo. Essa variação é dependente, também, de características do solo como 
teor de matéria orgânica, textura, potencial de óxido-redução, atividade de microrganismos e 
pH. Os elementos micronutrientes presentes no solo e em águas naturais existem em solução 
aquosa ou associados com uma ou mais fases sólidas e a maioria das reações químicas, bem 
como a absorção pelas plantas, ocorrem na solução, envolvendo íons hidratados ou complexos 
aquosos (Harmsen & Vlek, 1985). 
Na solução do solo, os micronutrientes estão presentes em concentrações muito baixas 
e suas formas solúveis estão em equilíbrio com a fração sólida do solo. A maior quantidade de 
micronutrientes está presente nos materiais minerais e orgânicos da fração sólida do solo. As 
formas solúveis dos micronutrientes, presentes na solução do solo em concentrações muito 
pequenas, constituem a fração que pode ser absorvida pelas raízes das plantas. Essas formas 
solúveis estão em equilíbrio com as formas presentes na fração sólida do solo, o que permite a 
sua reposição sempre que os micronutrientes são absorvidos pelas plantas. 
Na fração sólida, os micronutrientes podem estar retidos em partículas coloidais e não 
coloidais. A maior quantidade está retida nas partículas coloidais de argila (formas trocáveis 
e/ou fixadas na estrutura dos minerais) e matéria orgânica (formas trocáveis e/ou formando 
complexos e quelatos orgânicos). Nas partículas não coloidais (areia, silte e carbonatos) pode 
estar presente significativa proporção de alguns micronutrientes que podem ser lentamente 
liberados por meio do intemperismo (Sirivastava & Gupta, 1996). 
Na solução do solo, as formas solúveis dos micronutrientes podem se apresentar como 
íons individuais, complexos inorgânicos e complexos orgânicos Essas formas, passíveis de 
serem absorvidas pelas raízes das plantas, estão presentes em concentrações muito baixas e 
são dependentes da solubilidade dos minerais que dão origem aos micronutrientes. Essa 
solubilidade é regulada por fatores como pH do solo, condições de oxido-redução do solo, e 
presença de colóides onde ocorre a adsorção dos micronutrientes. (Sirivastava & Gupta, 
1996). 
A quantidade de micronutrientes do solo passível de ser absorvida pelas plantas vai ser 
dependente, de modo geral, da retenção desses elementos na fração sólida do solo, das suas 
concentrações na solução do solo, e dos fatores que afetam o equilíbrio entre suas formas 
retidas no solo e as que estão presentes na solução do solo. Quando a planta absorve um 
 4
micronutriente, sua concentração na solução do solo diminui e sua reposição é feita a partir 
das formas que se encontram retidas na fração sólida. Assim, a predição da disponibilidade 
dos micronutrientes para as plantas é facilitada em se conhecendo sua distribuição nas 
diferentes frações do solo. No Quadro 3 são apresentadas algumas formas em que os 
micronutrientes se apresentam no sistema solo.. 
 
Quadro 3. Formas dos elementos micronutrientes presentes no solo. 
 
Elemento Formas do solo 
Fe Fe trocável (teores muito pequenos); Óxidos 
Mn Mn-adsorvido; Mn2O3; MnO2; Mn-matéria orgânica 
Zn Zn2+ (altamente adsorvido); ZnOH+; ZnCl+; Zn-matéria orgânica 
Cu Cu2+ (altamente adsorvido); Cu-matéria orgânica 
Ni Ni trocável (pequena proporção); Ni-matéria orgânica 
Ni-fração óxidos Fe-Mn; Ni-carbonatos 
B B-adsorvido; B-matéria orgânica 
Mo Mo-adsorvido; Mo-óxidos; Mo-matéria orgânica 
Cl Cl- (adsorção desprezível); ZnCl2 
Fonte: Neves (1996) 
 
 
6. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DE MICRONUTRIENTES 
Material de origem do solo 
Os elementos químicos presentes no solo são provenientes dos diferentes tipos de 
rochas que constituem o material de origem dos solos. Tendo-se que as médias dos teores dos 
micronutrientes nos solos são próximas às médias dos seus teores na crosta terrestre (Quadro 
1) e a distribuição dos elementos micronutrientes nas rochas ígneas e sedimentares não é 
uniforme (Quadro 4), considera-se que os solos são formados de material de origem 
proveniente de todas as rochas (Harmsem & Vlek, 1985). 
 
 
 
 
 
 5
Quadro 4. Abundância de micronutrientes nas rochas ígneas e sedimentares. 
 Rochas Ígneas Rochas Sedimentares 
 Granito Basalto Calcárias Arenitos Folhelhos 
 -----------------------------------------------mg/kg----------------------------------------------- 
Fe 27000 86000 3800 9800 47000 
Mn 400 1500 1100 10 – 100 850 
Zn 40 100 20 16 95 
Cu 10 100 4 30 45 
B 15 5 20 35 100 
Mo 2 1 0,4 0,2 2,6 
Fonte: Krauskopf (1972) 
 
Os materiais rochosos que dão origem aos solos, expostos à atmosfera, estão sujeitos 
ao intemperismo físico e químico, sendo água o agente mais importante no intemperismo 
químico. Muitos dos micronutrientes estão presentes nessas rochas em minerais facilmente 
intemperizáveis. Parte do Fe e do Mn, por exemplo, será oxidada a óxidos relativamente 
insolúveis permanecendo retida no material intemperizado, ao invés de ser removida e 
carreada pela solução, a precipitação desses óxidos é favorecida pelo aumento de pH 
resultante da hidrólise de minerais primários silicatados. Nessas reações, parte dos elementos 
Fe e Mn e traços de Cu e Zn tendem a se precipitar nas proximidades das estruturas 
parcialmente decompostas dos minerais silicatados de origem criando, assim, ambiente 
favorável à formação de complexos alumino silicatos tais como minerais de argila (Harmsem 
& Vlek, 1985). 
O material de origem dos solos influencia as quantidades de elementos-traço 
disponíveis para as plantas e isto ocorre de forma diferenciada para os diversos elementos 
(Welch et al, 1991). A estabilidade relativa dos minerais (Quadro 5) também influencia os 
teores de micronutrientes no solo uma vez que as variações desses teores são dependentes da 
resistência dos minerais ao intemperismo. Cerca de 95 % da crosta terrestre é formada de 
rochas ígneas (como granito e basalto), o restante das rochas são sedimentares (Harmsen & 
Vlek, 1985). Nas rochas ígneas estão presentes minerais primários que dão origem aos 
elementos químicos do solo. Os teores de Fe, Mn, Cu e Zn tendem a serem mais elevados em 
rochas básicas (como o basalto) do que em rochas ácidas (como o granito), enquanto que as 
rochas ácidas provavelmente são mais ricas em B e Mo do que as rochas básicas (Quadro 4).
 Os elementos micronutrientes podem, também, aparecer na composição de minerais 
secundários incluindo óxidos, carbonatos, silicatos, boratos, e molibdatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
Quadro 5. Estabilidade relativa de minerais selecionados de rochas ígneas e seus 
micronutrientes associados. 
 
Grau de 
estabilidade 
 
Mineral 
Constituintes 
principais 
(Exceto Si e O) 
Constituintes 
secundários 
Estável Turmalina Ca, Mg, Fe, B, Al -- 
 Magnetita Fé Zn 
 Ilmenita Fe, Ti -- 
 Muscovita K, Al B 
 Ortoclásio K, Al Cu 
 Garnet Ca, Mg, Fe, Al Mn 
 Albita Na, Al Cu 
 Oligoclásio Na, Ca, Al Cu 
 Andesina Ca, Na, Al Cu, Mn 
 Anortita Ca, al Cu,Mn 
 Biotita K, Ng, Fe, Al Mn, Zn, Cu, B, Mo 
 Augita Ca, Mg, Al Mn, Zn, Cu 
Facilmente Hornblenda Mg, Fe, Ca, Al Mn, Zn, Cu 
 Intemperizável Olivina Mg, Fe Mn, Zn, Cu, Mo 
Fonte: Harmsen & Vlek (1985) 
 
Textura do solo 
A textura do solo influencia a disponibilidade dos micronutrientes para as plantas uma 
vez que esses elementos podem ser adsorvidos à fase sólidado solo (Quadro 3) como por 
exemplo aos minerais de argila. Esses minerais são importantes em dois aspectos em 
particular. Primeiro, devido à substituição isomórfica, esses minerais contem em suas 
estruturas elementos como Fe, Zn e Cu que podem ser liberados com a sua decomposição ou 
transformação, ficando, assim, disponíveis para as plantas. Segundo, os micronutrientes 
podem ser adsorvidos aos minerais de argila, o que previne sua lixiviação juntamente o 
movimento da água em profundidade no perfil do solo. Adicionalmente, devido à 
reversibilidade dessa adsorção, esses íons adsorvidos formam um importante reservatório de 
micronutrientes disponíveis para as plantas (Harmsen & Vlek, 1985). 
 A energia com a qual os micronutrientes ficam associados à fase sólida do solo varia 
entre os elementos químicos o que implica em mobilidade diferencial entre os micronutrientes 
no sistema-solo. Zinco e Cu possuem mobilidade muito baixa enquanto B é extremamente 
móvel no perfil do solo (Neves, 1996). A alta mobilidade do B se deve à sua presença no solo 
na forma de molécula não ionizada. Como reflexo disso, o Zn é transportado no solo por 
difusão enquanto o B é suprido às plantas pelo mecanismo de fluxo em massa. Para o Cu, 
micronutriente de menor mobilidade no solo, a maior proporção de seu suprimento às plantas 
ocorre pelo mecanismo da interceptação de raízes (Moraghan & Mascagni, 1991). A 
mobilidade dos micronutrientes no solo é importante no que diz respeito à compreensão de 
sintomas de deficiência de Zn e Cu, por exemplo, freqüentemente verificados em épocas secas 
(Neves, 1996). A difusão do Zn no solo requer, além da necessidade do estabelecimento de 
um gradiente de concentração, um bom teor de umidade no solo. Para o B, o transporte por 
fluxo em massa requer um gradiente de potencial hídrico resultante da transpiração das 
plantas que decresce nas épocas secas. Essas observações explicam porque é comum o 
desaparecimento dos sintomas de deficiência desses dois micronutrientes após as primeiras 
chuvas. Entretanto, em condições de chuvas intensas pode haver recorrência dos sintomas de 
 7
deficiência de B devido à possibilidade de sua lixiviação no perfil do solo, fato que para o Zn 
não deve ocorrer (Neves, 1996). 
pH do solo 
Os teores trocáveis de Fe, Mn, Zn e Cu são afetados de forma similar pela variação do 
pH do solo (Mortvedt, 1999). A disponibilidade desses micronutrientes torna-se menor com o 
aumento do pH do solo e uma das causas é a diminuição da solubilidade dos mesmos com o 
aumento da alcalinidade do solo. Compostos orgânicos e minerais desses elementos têm baixa 
solubilidade em pH elevado, daí o aparecimento de deficiências em solos com pH alcalino. 
Para o Ni, sua mobilidade no solo aumenta com a diminuição do pH, sendo este o fator mais 
importante na sua distribuição entre solução e fase sólida do solo (McGrath & Smith, 1993). 
A disponibilidade de B para as plantas diminui, notadamente, em pH elevado (Gupta, 
1993). A deficiência de B em culturas sensíveis é mais comum em solos com pH acima de 6,5 
que receberam calagem recente (Morangan & Mascagni, 1991). A relação entre o pH do solo 
e o B absorvido pelas plantas não mostra uma variação definida em pH do solo menor do que 
6,5 (Gupta, 1993). A disponibilidade de B é mais alta entre pH 5,5 e 7,5, diminuindo em 
valores abaixo e acima dessa faixa devido, principalmente, às reações pH dependentes 
(Mortvedt, 1999). 
A disponibilidade de Mo no solo fica maior com o aumento do pH devido à maior 
solubilidade de compostos de Mo em pH elevado e à menor adsorção de Mo aos óxidos 
hidratados de Fe quando a acidez do solo diminui (Mortvedt, 1999). 
A prática da calagem para correção da acidez do solo pode ocasionar decréscimo 
acentuado na disponibilidade dos micronutrientes, exceção para o Mo uma vez que a adição 
de calcário ao solo geralmente aumenta a absorção de Mo pelas plantas (Moraghan & 
Mascagni, 1991). Em solos onde se faz uso de elevadas doses de insumos agrícolas, a 
calagem excessiva pode causar a “super-calagem” que diminui a disponibilidade dos 
micronutrientes para as plantas, com exceção do Mo. Exemplo dessa situação é a deficiência 
de Mn na cultura da soja, observada em latossolos de textura média em regiões de Minas 
Gerais onde se utilizam altas quantidades de calcário (Neves, 1996). Considerando-se 
aspectos técnicos, operacionais e econômicos, a correção do problema gerado pela “super-
calagem” é mais difícil do que a rotineira correção da acidez do solo. Desequilíbrios 
nutricionais nas plantas devido à carência de micronutrientes, causada pela aplicação de doses 
elevadas de corretivos da acidez, pode levar à queda na produtividade das culturas (Neves, 
1996). 
 
Matéria orgânica do solo 
A habilidade que tem a matéria orgânica do solo (MOS) de complexar e reter os 
micronutrientes por um tempo considerável, e liberá-los quando necessário paras as culturas, 
é um benefício importante para as plantas. Os teores de matéria orgânica do solo podem ser 
alterados em condições adequadas de temperatura, umidade, aeração e ação otimizada dos 
microrganismos, o que resulta no favorecimento da mineralização da matéria orgânica com 
liberação dos micronutrientes. A atividade dos microrganismos pode alterar a disponibilidade 
dos micronutrientes uma vez que atuam na mineralização da MOS e nas reações de 
complexação de micronutrientes pelos compostos orgânicos. 
De modo geral, a matéria orgânica do solo protege os micronutrientes contra perdas 
por lixiviação. Ela também é capaz de suprir a solução do solo com agentes ligantes solúveis 
que previnem a fixação dos elementos-traço permitindo que eles fiquem disponíveis para as 
plantas (Srivastava & Gupta, 1996). 
As reações dos micronutrientes com a MOS afetam significativamente a 
disponibilidade de Fe, Mn, Zn e Cu para as plantas. Em alguns casos, o complexo entre o 
micronutriente e a matéria orgânica é tão estável que pode acarretar a deficiência do elemento 
 8
para as plantas. O Fe pode formar complexos com a MOS mas sua disponibilidade para as 
plantas é mais afetada pelo pH do que pela MOS. O Mn também forma complexos estáveis 
com a MOS e a estabilidade desses complexos faz com que a incidência de deficiência de Mn 
em pH acima de 6,5 seja bem menor em solos com teores consideráveis de MOS em 
comparação com solos com baixos teores. As reações do Zn com a MOS também são 
importantes como fator de favorecimento à maior disponibilidade desse elemento. Para o Cu, 
os complexos Cu-MOS são muito estáveis, principalmente com grupos carboxílicos e 
fenólicos, sendo que a estabilidade elevada de alguns desses complexos explica porque que a 
maioria dos casos de deficiência de Cu está associada a solos orgânicos (Mortvedt, 1999). 
O B também pode ser complexado pela matéria orgânica do solo (Figura 1), o que 
dificulta a lixiviação desse micronutriente (Srivastava & Gupta, 1996). A maior parte do B 
disponível no solo é encontrada na matéria orgânica e as condições de solo que favorecem a 
decomposição da MOS resultam em aumento na disponibilidade de B para as plantas 
(Mortvedt, 1999). Para o Mo, a MOS parece ter um efeito muito menor em sua 
disponibilidade do que o pH do solo, entretanto, há evidências de que o Mo é fixado pela 
MOS (Moraghan & Mascagni, 1991). 
Considera-se que todas as práticas de manejo e conservação do solo que resultem na 
manutenção dos teores MOS terão aspectos positivos para a disponibilidade de 
micronutrientes para as plantas. 
 
Figura 1. Esquema representativo da formação do complexo B-matéria orgânica.
Fonte: Srivastava & Gupta (1996).
+
HO
HO
B OH
C
C=
- OH=
- OH
C
C=
=
O
B OH
O
Figura 1. Esquema representativo da formação do complexo B-matéria orgânica.
Fonte: Srivastava & Gupta (1996).
+
HO
HO
B OH
HO
HO
B OHC
C=
- OH=
- OH
C
C=
- OH=
- OH=
- OH=
- OH
C
C=
=
O
B OH
OC
C=
=C
C=
=
O
B OH
O
O
B OH
O
 
 
Potencial de Óxido-redução do solo 
As reações de oxido-redução são muito comuns nos solos e afetam a disponibilidade 
de alguns micronutrientes. O potencial de óxido-redução do solo é dependente do pH, 
umidade, aeração e atividade microbiana do solo. Alterações nesse potencial dão origem a 
diferentes formas químicas de Fe e Mn devido à variação dos seus números de oxidação e isso 
reflete em suas disponibilidades para as plantas. A forma reduzida do Fe (Fe2+) é encontrada 
em condições de solos alagados enquanto a forma oxidada (Fe3+) é encontrada em condições 
de maior aeração. O Mn do solo encontra-se, de modo geral, em 3 estados de oxidação (Mn2+, 
Mn3+, Mn4+) (Figura 2). A forma reduzida (Mn2+) predomina em solução aquosa, enquanto as 
formas Mn3+, Mn4+ tendem a precipitar formando óxidos de baixa solubilidade. As formas 
reduzidas de Fe e Mn (Fe2+ e Mn2+), presentes na solução do solo, são preferencialmente 
absorvidas pelas plantas. 
Na prática observa-se que em plantas cultivadas em áreas de baixada (várzeas úmidas) 
há grande possibilidade de ocorrência de toxicidade de Fe e Mn devido à predominância das 
formas reduzidas. No caso da cultura de arroz, essa toxicidade pode ser minimizada pois suas 
plantas possuem uma estrutura chamada arênquima, que possibilita a condução do oxigênio 
da parte aérea para as raízes. Na cultura do arroz, em condições de campo, é comum a 
observação de coloração marron-avermelhada na superfície das raízes, o que indica a presença 
de Fe na forma oxidada (Fe3+). Neste caso, provavelmente, o Mn também passou para as 
 9
formas oxidadas que não representam risco de toxicidade. Para as culturas de modo geral, o 
cultivo sob condições de baixo potencial redox e, pricipalmente, em ambientes redutores 
acarreta em grande possibilidade de ocorrência de toxicidade de Fe e Mn (Neves, 1996). 
Microrganismos podem atuar no no ciclo de óxido-redução do Mn no solo alterando 
sua disponibilidade que é diminuída quando há oxidação do Mn2+ (Figura 2). A variação do 
pH do solo é importante nesse processo, uma vez que a oxidação biológica do Mn é maior 
entre pH 6,0 e 7,5, faixa em que a atividade dos microorganismos que oxidam o Mn é 
maximizada. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Ciclo de oxidação e redução do Mn no solo; identificação da forma 
disponível e formas não disponíveis para as plantas; equilibrio entre Mn2+ (solução do 
solo) e óxidos Mn2O3 e MnO2 formados devido à precipitação. 
 
Uso e manejo dos solos 
Com referência ao uso e manejo do solo, além dos fatores já abordados, deve-se dar 
atenção à formação de camadas compactadas que pode ocorrer em áreas com intensa 
exploração agrícola. A mecanização agrícola inadequada, o tipo de preparo do solo e a 
aplicação de doses elevadas e repetidas de calcário e outros insumos são responsáveis por boa 
parte dos problemas de compactação observados (Neves, 1996). Nas camadas compactadas 
pode ocorrer a diminuição do potencial de óxido-redução do solo a níveis que poderiam 
resultar em toxicidade devido ao excesso de Mn2+. A diminuição da aeração do solo, devido à 
compactação que diminui os espaços entre as partículas, favorece a redução do Mn do solo 
(Figura 2) que dá origem à forma disponível para a absorção pelas plantas. 
 
 
7. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE MICRONUTRIENTES 
 
Os teores de micronutrientes no solo dependem da composição de seu material de 
origem. A distribuição dos elementos-traço no perfil e a associação com os componentes do 
solo tem influência em sua disponibilidade para as plantas (Sirivastava& Gupta, 1996). A 
relação entre os teores disponíveis para as plantas e os teores totais de micronutrientes no solo 
é complexa e difere entre os micronutrientes. Os teores totais refletem a influência do material 
de origem e dos fatores de formação do solo e são relativamente estáveis com o tempo. Já os 
teores disponíveis são dinâmicos e dependem das condições do solo e do clima durante o 
crescimento das plantas e podem variar com o tempo, com a profundidade do solo, com as 
características do solo e outros fatores (Vlek, 1985; Srivastava & Gupta, 1996). Do ponto de 
vista agronômico, os teores de micronutrientes disponíveis para as plantas são mais 
importantes do que os teores totais no solo (Vlek, 1985). 
Considerando-se os micronutrientes como componente dos fatores de produção solo, a 
manutenção de seus teores disponíveis às plantas em níveis adequados, é indispensável para 
que se tenha alta produtividade agrícola e produtos de boa qualidade. A utilização dos 
micronutrientes como insumo no sistema solo-planta deve se basear em critérios científicos 
 Mn2+(disponível) 
 
 
 Mn3+ Mn4+ 
 
 (não disponíveis) 
(Solução do solo) 
(Mn2O3.nH2O) (MnO2.nH2O) 
 10
para que se garantir ganho econômico, conservação do ambiente e boa qualidade do produto 
agrícola. Estudos de avaliação da fertilidade do solo auxiliam na definição desses critérios. 
Nesses estudos, em lugar da quantidade total do elemento, o extrator deve remover do solo a 
quantidade correspondente ao que está prontamente disponível para absorção pelas raízes das 
plantas. Assim, no extrato de solo será quantificado o teor do elemento representativo do que 
está disponível, efetivamente, para as plantas. Um bom método de determinação da 
disponibilidade de um elemento no solo deve incluir a extração de quantidades que se 
correlacionem com as quantidades do elemento que as plantas absorvem (Sims, 1996). 
É possível fazer a avaliação da disponibilidade dos micronutrientes por meio da 
análise química do solo utilizando-se extratores adequados, o que deve ser precedido pela 
amostragem criteriosa da área a ser cultivada. Essas análises, juntamente com os estudos de 
calibração, embora ainda pouco freqüentes para os micronutrientes, permitem o 
estabelecimento de classes de fertilidade que devem norteiar a recomendação de fertilizantes 
de micronutrientes para as culturas. 
Determinações das disponibilidades de Fe, Mn, Zn, Cu por extrações com DTPA e do 
B por extração com água quente são utilizadas para a recomendação de adubação no Estado 
de São Paulo (Raij et al., 1996). Em Minas Gerais, a primeira aproximação para interpretação 
dos resultados da análise de micronutrientes em solos inclui classes de fertilidade para Fe, 
Mn, Zn e Cu, extraídos com Mehlich-1, e para B, extraído com água quente (Alvarez V. et al., 
1999). Para o Mo ainda não há informações suficientes para se estabelecer um método de 
determinação que seja utilizado, rotineiramente, na recomendação de adubação. Embora Cl 
seja um micronutriente essencial, sua deficiência é tão rara que para ele a análise de solo é 
desnecessária (Lindsay & Cox, 1985). Em relação ao Ni, as análises que aparecem na 
literatura são mais relacionadas à diagnose de toxidez, o acetato de amônio pode ser utilizado 
para extração de Ni do solo visando identificar teores possíveis de causar fitotoxidez 
(Sirivastava & Gupta, 1996). 
 
8. FONTES DE MICRONUTRIENTES E SUAS CARACTERÍSTICAS 
As fontes de micronutrientes variam consideravelmente com o estado físico, a 
reatividade química, a concentração dos elementos, a solubilidade dos produtos 
(importante para a disponibilidade do micronutriente para as plantas) e o custo dos 
produtos (Mortvedt, 1991; Neves, 1996). Existem três classes principais de fontes de 
micronutrientes: os inorgânicos (Quadro 8), os quelatos sintéticos, e os complexos 
orgânicos naturais (Quadro 9). Existem também os produtos comerciais chamados “fritas” 
(fritted trace elements) (Quadro 10). As “fritas”, oxi-silicatos obtidos pela fusão de 
silicatos ou fosfatos com um ou mais micronutrientesa altas temperaturas, são 
considerados como fontes para a manutenção dos teores de micronutrientes no solo, 
entretanto, são consideradas menos eficientes para a correção de deficiências (Mortvedt, 
1991). 
 
 
 
 
 11
Quadro 8. Fertilizantes inorgânicos de micronutrientes. 
Elemento Fonte Solubilidade (água) Teor do elemento 
 (g/L) ---------g/kg----------- 
Fe Fe SO4.7 H2O 156 200 
 Fe2(SO4)3.9 H2O 4400 200 
Mn Mn SO4.3 H2O 742 260-280 
 MnO Insolúvel 410-680 
 Oxi-Sulfato de Mn Variável 300-500 
Zn Zn SO4.7H2O 965 230 
 Complexo Zn SO4-NH3 Solúvel 100-150 
 ZnO Insolúvel 600-780 
 Oxi-sulfato de Zn Variável 180-500 
 ZnEDTA Solúvel 60-140 
 
Cu CuSO45 H2O 316 250 
 CuO Insolúvel 500-750 
B H3BO3 (ácido bórico) 63 170 
 Na2B4O7.5H2O (borato 46) 226 150 
 Na2B4O7.10 H2O (bórax) 20 110 
 NaCaB5O9.8 H2O (Ulexita) Levemente Solúvel 100 
 Ca2B6O11.5 H2O Insolúvel 100 
 Na2B8O13.4H2O (solubor) 97 20 
Mo Na2MoO4.2H2O 562 390 
 (NH4)6Mo7O24.4H2O 430 540 
 (NH4)2MoO4 Solúvel 490 
 MoO3 1 660 
Fonte: Motvedt (2001). 
 
 
 
 
 
 
 12
Quadro 9. Quelatos comerciais utilizados como fontes de micronutrientes. 
Principais quelatos comerciais fornecedores de micronutrientes 
Elemento Fonte Fórmula Teor do elemento 
 --------dag/kg------
Fe Quelato sintético NaFeEDTA 5 – 14 
 Quelato sintético NaFeHEDTA 5 – 9 
 Quelato sintético NaFeEDDHA 6 
 Quelato sintético NaFeDTPA 10 
 Quelato natural Poliflavonóides 9 – 10 
 Quelato natural Lignossulfonatos 5 – 8 
 Metoxifenil propano FeMPP 5 
 
Mn Quelato sintético MnEDTA 12 
 Quelato natural Poliflavonóides 8,5 
 Metoxifenil propano MnMPP 10 – 12 
 
Zn Quelato sintético Na2ZnEDTA 14 
 Quelato sintético NaZnEDTA 13 
 Quelato sintético NaZnHEDTA 9 
 Quelato natural Poliflavonóides 10 
 Quelato natural Lignossulfonatos 5 
 
Cu Oxalato CuC2O4.5H2O 40 
 Quelato sintético Na2CuEDTA 13 
 Quelato sintético NaCuEDTA 9 
 Quelato natural Poliflavonóides 5 – 7 
Fonte: Malavolta (1981) 
Quadro 10. “Fritas” comercializadas no Brasil e seus teores de micronutrientes. 
 Micronutriente 
Produto Fe Mn Zn Cu B Mo Co
 Garantia (%)
FTE-Br-8 5,0 10,0 7,0 1,0 2,5 0,1 --
FTE-Br-9 6,0 3,0 6,0 0,8 2,0 0,1 --
FTE-Br-10 4,0 4,0 7,0 1,0 2,5 0,1 0,1
FTE-Br-12 3,0 3,0 9,0 0,8 1,8 0,1 --
FTE-Br-13 2,0 2,0 7,0 2,0 1,5 0,1 --
FTE-Br-15 -- -- 8,0 0,8 2,8 0,1 --
FTE-Br-16 -- 0,4 3,5 3,5 1,5 0,2 --
FTE-Br-18 -- -- 18,0 1,6 3,6 0,2 --
FTE-Br-24 6,0 4,0 18,0 1,6 3,6 0,2 --
FTE “oeste-baiano” 2,0 8,0 5,0 4,5 2,0 0,1 --
FTE “Centro-oeste” -- 10,0 15,0 2,0 2,0 -- --
FTE “Cerrado” -- 4,0 15,0 1,6 2,0 0,2 --
Fonte: Malavolta (1986) 
 
 
 13
9. RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES 
 
Para que se possa usar de forma mais eficiente e balanceada os fertilizantes de 
micronutrientes há que se ter critérios seguros e extrapoláveis, concernentes ao nível de 
fertilidade do solo e ao estado nutricional das plantas. Para isso, há que se valer de um 
processo integrado onde se consideram parâmetros diretos (análises de solo e de plantas, 
testes bioquímicos, sintomas visuais de deficiências e excessos) e indiretos (pH do solo, 
potencial redox do solo, conteúdo volumétrico de água, teor de matéria orgânica, histórico do 
uso da área) de solo e de planta (Neves, 1996). Marschner (1995), faz uma comparação 
entre a análise de solos e a análise de plantas, indicando que, em princípio, a combinação 
das duas fornece um melhor embasamento para as recomendações de adubação. Ele 
ressalta, entretanto, que para espécies florestais e frutíferas, ou seja, plantas perenes, a 
análise foliar é mais útil do que análise do solo, o mesmo ocorrendo para as pastagens 
devido à sua importância para a nutrição animal, entre outros fatores. Com relação as 
culturas anuais ele considera que a análise da planta apresenta severas limitações para 
servir de base para recomendações de adubação. 
Mortvedt (1991) chama a atenção para duas filosofias referentes aos métodos de 
adubação a serem consideradas nas práticas de fertilização com micronutrientes. Em uma 
delas, a aplicação de todos os micronutrientes, no solo ou via foliar, é feita 
independentemente se há deficiências ou não, como se fosse uma adubação de 
manutenção, e na outra, a adubação é baseada em resultados de análises que determinam 
qual (ou quais) micronutriente(s) deve(m) ser aplicado(s). Essa última, denominada 
filosofia da prescrição (Lopes & Souza, 2001), se baseia em análise de solos e plantas 
juntamente com outras avaliações que ajudem na recomendação e tem a mesma 
fundamentação do processo em que se utilizam parâmetros diretos e indiretos de solo e de 
planta. O autor comenta que a primeira filosofia de adubação é aconselhável quando se 
tem cultura de alto retorno sendo citados, como exemplos, o cafeeiro, as hortaliças e 
algumas fruteiras e amendoeiras. Para a maioria das culturas, principalmente aquelas que 
tem baixo retorno econômico, o autor indica a adubação baseada nas análises, isto é, 
aplicar apenas os micronutrientes necessários para as culturas. Considerando-se a 
recomendação de adubação baseada em resultados de análise e outras avaliações dos 
fatores de produção, há um aspecto que passa a ser inerente ao processo, o uso da 
adubação visando o retorno econômico mas ao mesmo tempo garantindo a 
sustentabilidade na exploração do solo. Nas práticas de adubação deve-se ter a 
preocupação de se contribuir para o máximo retorno econômico com o mínimo impacto 
negativo para o solo e para as culturas ou, em sentido mais amplo, para o sistema solo-
água-planta. Martens e Westermann (1991) chamam a atenção para o fato de que 
fitotoxidez devido a aplicação indevida da maioria dos micronutrientes existe porque a 
lixiviação é pequena (exceção para B), a necessidade das plantas é pequena, e a reversão 
de formas disponíveis é relativamente lenta. A fitotoxidez causa queda na produção e 
qualidade do produto, a correção pode ser difícil e há possibilidade de entrada do 
elemento químico na cadeia alimentar. Nesse aspecto, as fontes de micronutrientes 
compostas por quelatados tem maior potencial para fitotoxidez do que as inorgânicas 
enquanto que aplicações foliares de quelatados, tem maior potencial de fitotoxidez do que 
as aplicações localizadas no sulco de plantio. O menor potencial é quando se faz a 
aplicação a lanço (Marteen e Westermann, 1991). 
 Nas práticas de adubação, os micronutrientes podem ser fornecidos via solo ou 
através de pulverizações foliares. A aplicação direta no solo pode ser feita juntamente com 
a adubação básica com fertilizantes N-P-K o que permite uma melhor distribuição dos 
 14
produtos em uma só operação, com menores custos e maior uniformidade de distribuição 
dos nutrientes. A aplicação do adubo contendo micronutrientes no sulco de plantio deve 
ser cuidadosa uma vez que o contato fertilizante-semente pode levar à toxidez na fase 
inicial de desenvolvimento das plantas, especialmente quando se aplica o boro. 
Já existem, em alguns estados do Brasil, manuais de recomendação para orientar os 
agricultores sobre o uso de corretivos e fertilizantes de modo a possibilitar a utilização da 
filosofia de prescrição. Nesses manuais estão disponíveis informações sobre doses, 
épocas, e fontes de alguns micronutrientes a serem aplicados para algumas culturas. 
Alguns descrevem os extratores químicos utilizados, relacionando os níveis críticos dos 
micronutrientes no solo (Quadro 6) assim como os seus teores foliares usados como 
referência para diversas culturas (Quadro 7). Esses níveis críticos dos micronutrientes em 
solos e plantas para as diversas culturas, resultado dos estudos de calibração e correlação, 
permitem uma informação mais completa para orientar o agricultor na adubação com 
micronutrientes (Fontes, 1997). 
 
Quadro 6. Níveis críticos de algunsmicronutrientes no solo. 
Micronutriente disponível Extrator Nível Crítico 
 -------------mg/dm3---------- 
Fe Mehlich-1 30,0 
Mn Mehlich-1 8,0 
Zn Mehlich-1 1,5 
Cu Mehlich-1 1,2 
B Água quente 0,6 
Fonte: Alvarez V. et al. (1999) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15
Quadro 7. Níveis foliares adequados dos micronutrientes para diversas culturas. 
Cultura Fe Mn Zn Cu B Mo 
 -----------------------------------mg.kg-1 ------------------------------------
Abacate 100-200 50-200 10-15 9-12 30-40 - 
Alho 190 100 75 28 55 - 
Ameixa,Caqui,Figo, 
Nectarina,Nespereira, 
Pêssego 
 
- 
 
100-150 
 
30-40 
 
- 
 
40-60 
 
- 
Feijão 100-450 30-300 20-100 10-20 30-60 - 
Arroz 70-300 30-60 20-150 5-20 20-100 0,5-2,0 
Banana Prata 8-360 20-200 20-50 6-30 10-25 - 
Batata 800-1000 - - 5-8 40-50 - 
Cacau 150-200 150 50-70 10-15 30-40 0,5-1,0 
Café 100-130 80-100 15-20 11-14 50-60 0,10-0,15
Cana de açúcar (Planta) 200-500 100-250 - 8-10 15-50 0,15-0,30
Cana de açúcar (Soca) 80-150 50-125 25-30 8-10 - - 
Laranja/Limão 60-120 25-100 25-100 5-16 36-100 0,1-1,0 
Macadamia >20 100 15 4,5 75 - 
Mamão 291 - 43 11 15 - 
Mandioca 120-140 50-120 30-60 6-10 30-60 - 
Maracujá 120-200 400-600 25-40 10-20 40-50 - 
Milho 50-250 50-150 15-20 6-20 15-20 0,15-0,20
Morango 700 65 60 14 45 - 
Quiabo 70 55 60 20 107 6,5 
Repolho 150 35 30 15 - - 
Couve flor - 6- - 5 40 - 
Seringueira 70-90 15-40 20-30 10-15 20-70 1,5-2,0 
Tomate 500-700 250-400 60-70 10-15 50-70 - 
Uva - 40-100 25-40 15 30-40 - 
FONTE: Prezotti (1992). 
 
Outro aspecto importante é a relação dos micronutrientes com a manifestação de 
doenças em plantas. A manutenção da fertilidade do solo, um dos fatores responsáveis 
pelo fornecimento de todos os nutrientes essenciais às plantas, é imprescindível para a boa 
nutrição das plantas. Uma nutrição adequada com micronutrientes deveria ser considerada 
como um componente essencial de qualquer programa integrado para proteção de plantas 
devido ao baixo requerimento dos mesmos e ao longo efeito residual de alguns deles o que 
faz seu custo de utilização ser barato (Graham e Webb, 1991). Embora resistência e 
tolerância sejam fatores geneticamente controlados, eles podem ser consideravelmente 
influenciados pela nutrição mineral de plantas que seria considerada como um fator 
ambiental que pode ser manipulado com relativa facilidade (Marschner, 1995). Sob o 
ponto de vista bioquímico, os micronutrientes podem estar relacionados a etapas 
 16
específicas nas rotas bioquímicas que participam na defesa da planta contra patógenos 
(Graham e Webb, 1991). 
Thongbai et al. (1993) reduziram a incidência de uma doença causada pelo fungo 
Rhizoctonia solani de 42% para 21%, na cultura de cevada através da correção da 
deficiência de zinco no solo. Os autores relatam, também, que a elevação do teor de zinco 
na matéria seca em plantas de trigo para 20 mg/kg diminuiu drasticamente os danos 
causados pelo Rhizoctonia solani no sistema radicular das plantas de trigo. O efeito do 
boro ajudando a reduzir a infecção da podridão radicular de Roselínea em soja (Yamada e 
Castro, 1996) é outro exemplo da atuação dos micronutrientes. 
10. FERTILIZAÇÃO COM MICRONUTRIENTES 
 
 Após estabelecimento da necessidade de aplicação de micronutrientes para produção 
agrícola esta pode ser feita: 1) via solo (misturados às misturas de grânulos NPK; 
incorporados às misturas granuladas, fertilizantes granulados e fertilizantes simples; como 
revestimento dos fertilizantes NPK; e em aplicações via adubação fluida e fertirrigação); 2) 
via adubação foliar; 3) pelo tratamento das sementes; e 4) pela aplicação em raízes e mudas 
A adubação fluida e a fertirrigação constituem-se, ainda, em alternativas pouco estudadas no 
Brasil. A adubação foliar, o tratamento de sementes e a aplicação em raízes e mudas são 
outras modalidades de aplicação de micronutrientes com resultados amplamente positivos 
para certas condições específicas (Lopes & Souza, 2001). 
 Recomendações para a aplicação de doses de micronutrientes, via solo e via foliar, 
com inferência à localização da adubação no solo, são exemplificadas com as culturas de 
arroz e de milho no Quadro 11. Nesse exemplo deve-se observar que as deficiências de Fe e 
Mn são comuns apenas em solos com reação alcalina ou pH próximo de 7, e que a deficiência 
de Mo pode ocorrer em solos com pH muito baixo, podendo ser controlada com a correção da 
acidez (Fagéria, 1997). Na fertilização com micronutrientes devem ser consideradas as 
características das fontes utilizadas e nas aplicações via solo considerar, também, a 
localização dessa aplicação, a qual depende da mobilidade do elemento no solo. Outro aspecto 
é a dose do micronutriente a ser aplicada, uma vez que nutrientes requeridos em quantidades 
muito baixas como por exemplo o Mo, tem sua incorporação ao solo dificultada o que pode 
resultar em má uniformidade na aplicação. No caso do Mo a incorporação/peletização de 
sementes é freqüentemente usada com bons resultados. As aplicações via foliar tem limitações 
considerando que os micronutrientes, em sua maioria, tem baixa mobilidade nas plantas, o 
que exige repetidas aplicações ao longo do tempo. Por outro lado, nas aplicações via solo, os 
micronutrientes ficam sujeitos `a lixiviação, como acontece para o B aplicado em épocas 
muito chuvosas a solos com baixos teores de matéria orgânica e/ou elevada permeabilidade; 
ou para Zn e Cu devido aos processos de precipitação/adsorção (Neves, 1996). 
A publicação “Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Central 
do Brasil 1996/97” (1996) sugere uma adubação preventiva com micronutrientes, 
recomendando as seguintes dosagens para aplicação: Zn = 4,0 a 6,0 kg/ha; B = 0,5 a 1,0 
kg/ha; Cu = 0,5 a 2,0 kg/ha; Mn = 2,5 a 6,0 kg/ha; Mo = 50 a 250 g/ha; Co = 50 a 250 
g/ha. Nessas dosagens, de acordo com a recomendação, a aplicação a lanço tem um efeito 
residual de pelo menos cinco anos devendo-se fazer análises foliares para avaliar a 
necessidade de reaplicação. Para aplicação no sulco recomendam-se doses com ¼ da 
quantidade aplicada a lanço, distribuídas em 4 anos consecutivos. Para Mo e Co, 
recomenda-se o tratamento das sementes com 12 a 25 g/ha, respectivamente. 
Em solos de Londrina, Medianeira e Ponta Grossa, PR, a aplicação de Mo via 
foliar ou via semente aumentou a produção de grãos de soja, quando comparado com 
 17
tratamento que não recebeu Mo (Sfredo et al, 1995). Nesse trabalho os autores chamam a 
atenção para o fato de que indícios de deficiências de micronutrientes, entre eles o Mo, 
estão aparecendo em solos do Paraná e associam isto à maior retirada dos micronutrientes 
com as colheitas, cada vez maiores devido às variedades mais produtivas. Segundo os 
autores, devido à presença natural de micronutrientes nos solos do Estado do Paraná, não 
era comum a adubação com fertilizantes desses elementos no preparo do solo para a 
cultura da soja, que foi introduzida no estado no início dos anos 70. 
As Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja no Rio Grande do Sul e Santa 
Catarina (Costa e Thomas, 1995) mostram a ocorrência de respostas significativas no 
rendimento de grãos de soja com a aplicação de Mo, junto às sementes, na dosagem de 8 a 
10 kg/ha em solo Podzólico Vermelho-Amarelo na região de São Pedro, RGS. Com 
relação à aplicação de Zn, Cu, B, Fe, Mn e Co o trabalho indica que só é justificada 
quando for constatada deficiência pela análise de solos e/ou tecido vegetal. 
 
Quadro 11. Doses micronutrientes para aplicação via solo (micronutriente) e via foliar 
(produto com o micronutriente) nas culturas de arroz e de milho (Fagéria, 1997). 
Micronutriente Método deaplicação 
 Via solo Via foliar (fonte) 
 kg/ha g/L 
Fe 30 – 100 20 (FeSO4) ou 0,2 – 0,5 (quelato de Fe) 
Mn 5 – 30 1 – 2,5 (MnSO4) 
Zn 1 – 3 1 – 5 (ZnSO4) 
Cu 1 – 5 1 – 2 (CuSO4) 
B 1 – 5 1 – 2,5 (bórax) 
Mo 0,20 – 0,50 0,7 – 1 (NH4)2MoO4.2H2O) 
Via solo (para cada elemento): aplicação da dose maior no sulco e da dose menor a lanço. 
Via foliar: aplicações das misturas dos produtos na proporção 400 L/ha. 
 
Um aspecto a ser considerado na adubação com os micronutrientes é a natureza das 
curvas de resposta das plantas à adição de nutrientes. Para os macronutrientes, a região teto da 
produção em resposta à sua adição é bastante extensa, implicando em baixo risco de um 
eventual excesso causar decréscimo na produção física das plantas. Já para os 
micronutrientes, notadamente para o B, a transição entre as regiões de deficiência e de 
toxicidade é muito abrúptica. Assim, um excesso de B, ou da maioria dos outros 
 18
micronutrientes, adicionado via fertilizantes poderá causar grandes prejuízos à produção física 
e, obviamente, ainda mais à produção econômica (Neves, 1996). 
 
10. MICRONUTRIENTES NO SISTEMA SOLO-PLANTA 
 
FERRO (Fe) 
 
 O Fe apresenta-se no solo nas formas Fe2+ (forma solúvel) e Fe3+ (baixa solubilidade), 
sendo absorvido pelas plantas como Fe2+. A baixa solubilidade dos compostos de Fe3+ limita 
severamente a disponibilidade desse íon para as plantas, entretanto, ele pode ser transportado 
para a região das raízes como quelatos de Fe3+. Os fatores que favorecem a prevalecência da 
forma Fe2+ (forma solúvel) aumentam a disponibilidade de Fe para as plantas. 
A solubilidade do Fe na solução do solo é muito dependente do pH, o acréscimo de 
uma unidade no pH diminui em 100 vezes a solubilidade do Fe2+. Alguns complexos 
orgânicos solúveis formam quelatos com o Fe da solução do solo o que proporciona uma 
maior solubilidade desse micronutriente no solo em comparação ao que ocorreria se 
existissem apenas os compostos inorgânicos. As substâncias orgânicas capazes de quelatar o 
Fe originam-se dos exsudados das raízes, da matéria orgânica, da atividade microbiana e de 
fertilizantes específicos. Reações de oxi-redução, dependentes do conteúdo de água do solo, 
influenciam a concentração de Fe na solução do solo de tal modo que a forma de baixa 
solubilidade (Fe3+) predomina em solos bem drenados enquanto a forma solúvel (Fe2+), 
disponível para as plantas, predomina em condições de maior umidade (correspondente a 
maior déficit de O2 no solo). Assim, o aumento do pH do solo reduz a disponibilidade de Fe 
para as plantas enquanto a matéria orgânica pode aumentar sua disponibilidade devido à 
maior solubilidade do Fe na forma de quelatos. 
O Fluxo em Massa e a Difusão são os mecanismos responsáveis pelo movimento do 
Fe do solo para as raízes. A difusão é citada como mecanismo predominante no transporte de 
Fe no solo. 
Existem plantas eficientes na absorção e translocação de Fe o que lhes permite tolerar 
e se adaptar à carência de Fe. Alguns dos mecanismos que atuam nessas plantas são: excreção 
de H+ pelas raízes que resulta em acidificação do solo; excreção de substâncias redutoras 
pelas raízes; transporte mais eficiente do Fe das raízes para parte área; aumento na taxa de 
redução de Fe3+ a Fe2+ na seiva das raízes; menor acúmulo de P nas raízes e parte aérea; 
excreção de radicais orgânicos que quelatam o Fe2+. 
 
MANGANÊS (Mn) 
 
O Mn na forma solúvel (solução do solo) é a forma disponível para as plantas e está em 
equilíbrio com as outras formas desse micronutriente no solo (Figura 3). Os fatores que 
favorecem a prevalecência dessa forma aumentam a disponibilidade de Mn para as plantas. 
 
 Figura 3. Esquema representativo dos equilíbrios entre as formas de Mn no solo 
 19
O potencial de óxido-redução do solo, dependente de seu conteúdo de água, influencia 
a concentração de Mn na solução do solo de tal modo que a forma solúvel (Mn2+) predomina 
em solos com maior conteúdo de umidade (correspondente a maior déficit de O2 no solo), 
enquanto em solos bem drenados há tendência de se formarem óxidos de Mn que são formas 
pouco solúveis, sendo assim indisponíveis para as plantas (Figura 4). Solos submersos ou com 
excesso de H2O tem seu potencial redox reduzido o que resulta em maior quantidade de Mn2+ 
solúvel. Isto acontece principalmente em solos ácidos com alto teor de Mn. O acúmulo de 
CO2 nas raízes ou outros sítios do solo causa aumento no Mn disponível. 
O Aumento do pH do solo acarreta queda na disponibilidade de Mn uma vez que o 
acréscimo de uma unidade no pH diminui em 100 vezes a concentração de Mn2+ na solução 
do solo. Isso ocorre porque com o aumento do pH há uma tendência do Mn2+ ser oxidado a 
Mn3+ ou Mn4+ que formam óxidos de baixa solubilidade, não disponíveis´para as plantas. 
Adicionalmente, a atividade dos microrganismos que oxidam o Mn2+ atinge seu máximo em 
pH próximo de 7,0. Embora a matéria orgânica forme complexos estáveis com o Mn no solo, 
podendo contribuir para diminuição da deficiência de Mn em pH acima de 6,5 (Mortvedt, 
1999), é possível que altos teores de matéria orgânica em solo de pH elevado resulte na queda 
da disponibilidade de Mn devido à elevada estabilidade dos quelatos. A adição, ao solo, de 
fertilizantes nitrogenados que o acidificam resulta em aumento na disponibilidade do Mn. Em 
solos muito ácidos a solubilidade do Mn pode ser alta o suficiente para causar toxidez em 
plantas sensíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A difusão é o mecanismo de transporte de nutrientes do solo considerado mais 
importante para a movimentação de Mn2+ do solo para a região das raízes. O 
desbalanceamento de íons no solo, principalmente de metais pesados, devido aos altos níveis 
de Cu, Fe, Zn, por exemplo, dificulta a absorção de Mn pelas plantas 
Quanto aos fatores relacionados às plantas, a exemplo do Fe, existem plantas 
eficientes na utilização do Mn. É possível que os fatores que atuam nessas plantas eficientes 
para Mn sejam semelhantes aos observados para o caso do Fe. 
 
 
• Mn2+ Mn3+ Mn4+ 
 
 Solubilidade e disponibilidade diminuem nesse sentido 
 
Figura 4. Manganês no solo: representação esquemática do equilibrio entre a forma 
disponível para as plantas, Mn2+ (solução do solo), e os óxidos Mn2O3 e MnO2 (baixa 
solubilidade) formados a partir de Mn3+ e Mn4+, formas não disponíveis. 
 20
ZINCO (Zn) 
As formas de Zn no solo são: Zn2+ trocável; Zn2+ solúvel em H2O; Zn adsorvido (argila, 
matéria orgânica, óxidos minerais, carbonatos); Zn complexado organicamente. Na solução 
do solo o Zn é encontrado como Zn2+, forma em que é absorvido preferencialmente pelas 
plantas. A sua movimentação no solo se dá por difusão (mecanismo responsável pelo 
transporte de Zn para a região das raízes). 
As condições de solo mais associadas com a deficiência de zinco são: solos arenosos e 
ácidos com baixo teor de Zn; solos neutros ou básicos; solos com alto teor de argila e de silte; 
solos com alto teor de P disponível; e alguns solos orgânicos. Um dos fatores que mais afetam 
a sua disponibilidade é o pH do solo, a deficiência de Zn ocorre geralmente na faixa de pH 
entre 6 e 8 e, principalmente, em solos calcários. Observa-se que a solubilidade do Zn diminui 
de 100 vezes com o acréscimo de uma unidade no pH. Outro fator importante é a adsorção do 
Zn às partículas coloidais do solo como, por exemplo, a óxidos de minerais argilosos como os 
óxidos de Fe e Al (Figura 5). Em solos muito argilosos, dependendo do tipo de argila, a 
adsorção intensa do Zn pode dificultar sua liberação para a solução do solo, resultando em 
problemas de deficiência para as plantas. 
 
 
 
 
 
COBRE (Cu) 
 
O Cu2+ (iônico ou quelatado) presente na solução do solo é a forma desse 
micronutriente preferencialmenteabsorvida pelas plantas. Adicionalmente, o Cu do solo 
pode-ser encontrado na forma trocável (adsorvido à argila e à M.O.), especificamente 
adsorvido a óxidos de Fe, Al, Mn), e ligado a compostos orgânicos. 
A disponibilidade de Cu para as plantas é influenciada pela textura do solo (maior teor 
de argila está associado à maior retenção de Cu2+ no solo); pelo pH do solo (para uma unidade 
de acréscimo no pH a solubilidade do Cu2+ diminui 100 vezes); e pela matéria orgânica do 
solo que complexa o elemento. A concentração de Cu2+ na solução do solo é muito baixa 
sendo controlada pelos mecanismos de adsorção de Cu2+ a superfícies de óxidos de Fe, Al e 
Mn e pela sua ligação com a matéria orgânica do solo. Na matéria orgânica, o Cu2+ se liga 
diretamente a grupos funcionais como carboxílicos, carbonílicos, fenólicos, formando 
complexos de alta estabilidade, como exemplificado na Figura 6. A alta estabilidade desses 
complexos, principalmente com grupos carboxílicos e fenólicos, explica porque que a maioria 
dos casos de deficiência de Cu está associada a solos orgânicos (Mortvedt, 1999). 
Figura 5. Esquema representativo do equilibrio entre Zn2+ (solução do solo), disponível para 
as plantas, e Zn adsorvido a óxidos de Fe. Fonte: Quirk and Posner (1975) 
 21
Devido à imobilidade do Cu no solo, a sua chegada às raízes das plantas ocorre, 
principalmente, pelo mecanismo de interceptação de raízes. 
Alguns mecanismos explicam diferenças observadas entre espécies na utilização do Cu 
pelas plantas. A capacidade de absorção de Cu é maior em algumas plantas que exploram 
maior volume de solo através de um sistema radicular mais longo (mais raízes por planta ou 
por unidade de área); que tem o sistema radicular com maior contato com o solo, devido a 
pêlos radiculares mais longos; que liberam exsudados (pelas raízes), que aumentam a 
mobilização do Cu na rizosfera aumentando sua disponibilidade; que acidificam o solo na 
região das raízes aumentando a solubilidade de compostos de Cu. 
 
C u
OC
C
C O
O
O
C u
O
C
C
C
O O
C
C
C C
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F ig u ra 6 . E sq u e m a rep resen ta tiv o d a fo rm ação d e q u e la to d e C u co m a m até ria
o rg ân ica : (a ) C u lig ad o a 2 g ru p o s ca rb o x ílico s ad jacen tes; (b ) C u lig ad o a 1
g ru p o carb o x ílico e 1 g ru p o fen ó lico -O H ad jacen te . N o s d o is co m p lex o s 1 á to m o
d e o x ig ên io d e cad a g ru p o fo rm a u m a lig ação s im p les co m C u 2+ .
F o n te : B o yd e t a l.(1 9 8 1 ); P icco lo & S tev en so n (1 9 8 2 ).
(a ) (b )
C u
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C
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F ig u ra 6 . E sq u e m a rep resen ta tiv o d a fo rm ação d e q u e la to d e C u co m a m até ria
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g ru p o carb o x ílico e 1 g ru p o fen ó lico -O H ad jacen te . N o s d o is co m p lex o s 1 á to m o
d e o x ig ên io d e cad a g ru p o fo rm a u m a lig ação s im p les co m C u 2+ .
F o n te : B o yd e t a l.(1 9 8 1 ); P icco lo & S tev en so n (1 9 8 2 ).
(a ) (b )
 
 
 
BORO (B) 
 
O B é absorvido pelas plantas na forma de H3BO3 não dissociado que predomina na 
solução do solo na faixa de pH adequada para a agricultura. Em pH elevado é formado o 
ânion B(OH)-4 (borato) na solução do dolo. O B pode ser adsorvido a óxidos hidratados de Fe 
e Al (Figura 7) com a máxima adsorção ocorrendo a pH 9 para os óxidos de Fe e a pH 7 para 
os óxidos de Al. Ele pode estar, também, complexado por moléculas orgânicas no solo 
(Figura 1). 
O transporte de B do solo para a região das raízes ocorre preferencialmente por fluxo 
em massa. Os fatores do solo que afetam sua disponibilidade são: textura, quantidade e tipo de 
argila, pH do solo e calagem (a calagem de solos ácidos pode induzir carência temporária de 
B em plantas sensíveis), teor de matéria orgânica, umidade do solo. A deficiência de B é 
associada a clima e condições de baixa umidade do solo. 
 Nas plantas, existe uma estreita margem entre os níveis suficientes e níveis tóxicos de 
B, sendo a sensibilidade das culturas ao excesso de boro aspecto importante. Diferenças 
genéticas contribuem para variações na absorção e na concentração de B entre plantas de 
diferentes culturas. A sensibilidade das culturas a B é variável como se vê em alguns 
 22
exemplos: pêssego, uva, feijão, soja e trigo são mais sensíveis; tomate, tabaco, milho e batata 
são semi tolerantes; beterraba, algodão e nabo são mais tolerantes. 
 
M
OO
M
O O
H
H H
OO
M
O O
H
M+ B
O
OH
B
O
HO
HO
HO
+ 2H2O
Figura 7. Esquema representativo do equilibrio entre H3BO3 (solução do solo), forma 
disponível, e H3BO3 adsorvido a óxidos de Fe e Al (representados por M).
Fonte: Ellis & Knezek (1972).
M
OO
M
O O
H
H H
M
OO
M
O O
H
H H
OO
M
O O
H
H H
OO
M
O O
H
M+ B
O
OHOH
B
O
HOHO
HO
HO
+ 2H2O
Figura 7. Esquema representativo do equilibrio entre H3BO3 (solução do solo), forma 
disponível, e H3BO3 adsorvido a óxidos de Fe e Al (representados por M).
Fonte: Ellis & Knezek (1972). 
 
Após movimentar-se na planta via fluxo da transpiração o boro se deposita nos 
tecidos, tendo sido considerado, ao longo dos anos, imóvel no floema das plantas. Estudos 
recentes com espécies de plantas que transportam o sorbitol, um açúcar que complexa o 
boro, em seu floema, tem levantado dúvidas sobre a imobilidade do boro para todas as 
culturas. Brown e Hu (1996) verificaram que em espécies ricas em sorbitol (castanheira, 
macieira e nectarina) houve transporte do boro aplicado na forma de isótopo, das folhas 
que receberam pulverização, para tecidos adjacentes e tecidos dos frutos. Entretanto, em 
espécies pobres em sorbitol (figueira, nogueira e pistachio) não houve nenhum movimento 
do B aplicado nas folhas para outras partes da planta. Em um experimento com mudas de 
maçã eles demonstraram a eficácia da aplicação foliar com ácido bórico para a cultura da 
maçã. Os autores comentam que a alta mobilidade do B em espécies produtoras de 
sorbitol resulta em importante implicações para o manejo de B nessas espécies. Em uma 
avaliação desses novos rumos da pesquisa com boro, é comentado que outras culturas 
como coqueiro e videira podem ter o sorbitol como o principal produto primário da 
fotossíntese e que esses estudos indicam que a utilização de pulverizações foliares para 
fornecimento de B às plantas deve ser avaliada com um novo enfoque que considere a 
presença de sorbitol nas plantas e sua atuação no transporte de boro nas diversas espécies 
(Boron in Agriculture, 1996). 
 
 
MOLIBDÊNIO (Mo) 
 
 As formas de Mo comumente encontradas no solo são: MoO42- na solução do solo 
(forma absorvida pelas plantas), Mo complexado organicamente e Mo adsorvido a óxidos 
hidratados de Fe e Al (Figura 8). Sua concentração na solução do solo é extremamente baixa o 
que reflete o baixo conteúdo de Mo encontrado em plantas. A mobilização de Mo no solo 
pode ser feita por fluxo em massa ou por difusão, o que depende das condições do solo (Lavy 
& Barber, 1964), concentrações maiores na solução do solo favorecem o fluxo em massa. 
O Mo tem sua disponibilidade aumentada com o aumento do pH do solo, o acréscimo 
de uma unidade no pH resulta em aumento de 10 vezes na atividade do MoO42-. A adsorção 
de MoO42- a óxidos de Fe e Al do solo (Figura 8) retira o Mo da solução do solo diminuindo a 
concentração disponível à absorção pelas plantas. Essa adsorção é semelhanteà do fosfato e à 
do sulfato. Em condições de seca, com a baixa umidade do solo, há diminuição do transporte 
 23
de Mo por difusão ou fluxo de massa o que resulta em deficiência mais severa de Mo em 
plantas. 
O excesso de Mo em pastagens é motivo de preocupação uma vez que o excesso de 
Mo é tóxico para o gado e outros rebanhos, podendo causar problemas nutricionais devido à 
ingestão, pelos animais, das plantas com teores elevados deste micronutriente. O excesso de 
Mo, particularmente nos ruminantes, pode causar a “molibdenose”, doença relacionada ao 
desbalanceamento nutricional de Cu nos animais (Marschner, 1995). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Níquel (Ni) 
O Ni é o micronutriente reconhecido mais recentemente elemento essencial para 
as plantas superiores. A evidência de atuação do níquel na urease em plantas superiores, o 
requerimento de níquel em leguminosas, independentemente do tipo de nutrição 
nitrogenada, e a essencialidade do níquel para não leguminosas (Dixon et al., 1976; Eskew 
et al., 1984; Brown et al., 1987) foram estudos que levaram ao reconhecimento do Ni 
como elemento essencial para as plantas superiores (Marschner, 1995). De acordo com os 
estudos, as plantas não podem completar seu ciclo de vida sem a presença de um 
adequado suprimento de níquel. Marschner (1995) ressalta que ainda não há evidencia de 
deficiencia de níquel para plantas cultivadas em solo e cita trabalhos salientando que a 
maior preocupação é com sua toxicidade, principalmente em solos que recebem adições de 
lodo de esgoto. 
 
 
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Figura 8. Esquema representativo do equilibrio entre MoO42- (solução do solo), 
disponível para as plantas, e MoO42- adsorvido a óxidos de Fe. 
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