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Resumo do Livro: Responsabilidade Social e Empresa Sustentável

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Não se pode negar a importância da responsabilidade social nos dias de hoje. Em termos gerais, a responsabilidade de uma empresa refere-se à obrigação de responder pelas consequências previsíveis das suas ações em virtude de leis, contratos, normas de grupos sociais ou de sua convicção íntima de seus agentes. Foi a partir de um texto de Milton Friedman, de 1962, que o debate sobre a Responsabilidade Social Empresarial realmente teve um avanço, afirmando que a responsabilidade social da empresa é gerar lucros dentro da lei. Porém a abordagem de Friedman só se aplicaria às sociedades anônimas, onde se torna comum associar a origem dessa teoria de responsabilidade social à obra fundadora da economia capitalista, A riqueza das nações, de Adam Smith, trazendo a ideia da mão invisível do mercado promovendo o bem-estar coletivo, onde o ser humano se move impulsionado pelo seu próprio interesse. A responsabilidade social tem como um de seus pilares a separação entre a propriedade e a administração nas grandes empresas, priorizando minimizar os conflitos entre proprietários e administradores quanto à alocação de recursos, tendo em mente a ideia de que estes são agentes dos proprietários e devem aplicar os recursos da empresa visando maximizar o retorno sobre o capital investido. Segundo a Constituição Federal de 1988, a ordem econômica, fundamentada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, de acordo com os seguintes princípios: soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, redução das desigualdades regionais, busca do pleno emprego e tratamento favorecido a empresas de pequeno porte. Friedman admitia que a concessão de recursos para atividades em benefício de outros que não sejam os proprietários pode ser considerada como ato de auto interesse. A ideia de que cada um buscando o melhor para si não gera o melhor resultado para todos tem sido mostrada por meio de simulações, onde chegou-se à conclusão de que a cooperação não se funda na confiança, mas na duração do relacionamento entre os agentes, onde o oportunismo tende a ser maior quando se trata de uma única transação ou quando não se vislumbram repetições no futuro. Nas relações reais entre agentes econômicos, ao permitir antever ganhos futuros, estimula-se práticas cooperativas, evita o oportunismo e faz da boa reputação um fator redutor dos custos de transação que podem ser repassados para ambas as partes.
A expressão stakeholder se tornou comum nos anos 1990 e significa pessoa ou grupo com interesse na empresa, que afeta ou é afetado por ela. O uso dessa palavra associada à Responsabilidade Social Empresarial confere que os interesses dos proprietários não são os únicos a serem considerados na condução das empresas. Um meio para clarificar a complexidade decorrente da diversidade das partes interessadas é classificá-las segundo algum critério. São considerados dois grupos de stakeholders: Primários: são os que as empresas não sobreviveriam sem a sua contínua participação, e os secundários: são os que influenciam ou afetam as empresas, ou são influenciados ou afetados por elas, mas não são essenciais para sua sobrevivência. A rigor, a participação de todos os humanos de todos os lugares é muito importante para os que ainda não existem fisicamente, como as gerações futuras e os que não tem voz própria. Para assegurar esse processo, as empresas necessitam ter quatro dimensões: Responsabilidade econômica, responsabilidade legal, responsabilidade ética e responsabilidade discricionária. Nas quais, a responsabilidade discricionária é essencial para o desenvolvimento de uma comunidade, pois, podemos ligá-la a filantropia. Uma empresa que pratica um programa social, não só garante a não escassez de seus próprios recursos, como também, aumenta a satisfação dos clientes e dos seus colaboradores melhorando sua imagem competitiva perante o mercado

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