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COPROCOLÓGICO FUNCIONAL INTERPRETAÇÃO 
 
PADRÃO DE REFERÊNCIA E INTERPRETAÇÃO DO EXAME FÍSICO, QUÍMICO E 
MICROSCÓPICO DAS FEZES NO EXAME COPROCOLÓGICO FUNCIONAL 
 
Critério avaliado Padrão de referência Interpretação 
Exame físico 
Forma Moldada - 
Cor Castanha parda 
As fezes duras dos constipados são mais escuras que o 
normal, e as dejeções diarreicas tendem a ser mais claras, 
mesmo que neste último caso haja numerosas exceções. 
Consistência Sólida 
Os constipados realizam evacuações pequenas, duras e com 
frequência em “cíbalos” ou “caprinas”. 
As falsas diarreias dos constipados caracterizam-se pela 
evacuação mista, compacta na primeira parte e pastosa no 
final. 
Nas diarreias, as fezes são fluidas, pastosas ou líquidas. 
Odor Sui generis 
Torna-se fétido em todos os processos que se acompanham 
de putrefação das proteínas ingeridas ou endógenas (o que 
pode ocorrer, ainda que nem sempre, em pacientes com 
insuficiência gástrica, biliar ou pancreática, colite, câncer, 
etc.) e, sobretudo nas melenas, no câncer de cólon e no 
abscesso aberto no intestino grosso. 
De odor rançoso, azedo, são as “diarreias de fermentação” 
com trânsito rápido a partir do ceco. 
As dejeções tornam-se inodoras durante tratamento com 
antibióticos intestinais. 
Nas diarreias urêmicas e nas fístulas retrovesicais, são de 
odor amoniacal. 
Viscosidade Diminuída 
Em geral a viscosidade está aumentada na presença de 
gordura nas fezes. 
Deve-se suspeitar de déficit de lipases ou de bile ou 
colestase hepática. Associar exames com prova de função 
hepática (TGO, TGP, GGT, bilirrubina direta, bilirrubina 
indireta e fosfatase alcalina). 
Viscosidade nas fezes pode indicar distúrbios do trato 
gastrintestinal com infecções bacterianas, obstruções 
COPROCOLÓGICO FUNCIONAL INTERPRETAÇÃO 
 
intestinais, síndrome do cólon irritável e doença inflamatória 
intestinal. 
Muco Ausente 
Seu significado clínico é muito diferente, se está presente de 
maneira isolada como muco perolado, transparente, ou se é 
opaco, misturado com células epiteliais, sangue ou pus. 
No primeiro caso, trata-se de catarro alérgico, puramente 
funcional, ou mixoneurose (“cólon irritável”), e, de modo 
excepcional, se é muito abundante, de um tumor viloso, 
ainda que, no segundo caso, assinale a existência de um 
processo inflamatório, mais ou menos profundo (enterite e 
colite verdadeiras). 
O muco das fezes pode também sinalizar alergia alimentar. 
Exame químico 
pH 6,0 
As fezes em geral são neutras ou um pouco mais alcalinas, 
porém a reação depende de múltiplos fatores, dietéticos e 
endógenos, porque suas variações, tanto na saúde como na 
doença, são irregulares e de pouco valor clínico. Apresentam 
reação ácida as fezes dos pacientes com “dispepsia de 
fermentação”, mesmo que sejam alcalinas nas diarreias de 
putrefação. Também costumam ser alcalinas as dejeções na 
insuficiência gástrica descompensada (“diarreias 
gastrógenas). 
Substâncias redutoras Ausentes 
Seu significado pode ser intolerância alimentar, em 
particular quando da persistência da diarreia, associada à 
perda de peso e ao pH fecal inferior a seis. 
Serve para diagnosticar deficiência de lactase no local onde o 
déficit de absorção da lactose determina o aparecimento de 
substâncias redutoras nas fezes. 
Exame microscópico 
Gorduras neutras Ausentes 
Se elevadas, suspeitar de insuficiência pancreática ou déficit 
biliar. A presença de excesso de gordura – esteatorreia – nas 
fezes obedece a um ou vários dos seguintes mecanismos: 
trânsito acelerado, deficiência enzimática de sua digestão, 
deficiência de absorção ou hipersecreção endógena. 
Amido Ausente 
Se elevado, suspeitar de insuficiência pancreática (déficit na 
síntese de amilase pancreática). 
Fibras musculares bem Presentes Se muito presente, pensar em hipocloridria, déficit de 
COPROCOLÓGICO FUNCIONAL INTERPRETAÇÃO 
 
digeridas enzimas pancreáticas. 
Fibras musculares mal 
digeridas 
Ausentes 
Se muito presente, pensar em hipocloridria, déficit de 
enzimas pancreáticas. 
Flora iodófila Ausente 
A flora iodófila pode estar presente em razão de processos 
fermentativos por bactérias intestinais. 
Esta análise pode ser interessante no diagnóstico das 
diarreias de fermentação e de putrefação, causadas por 
dispepsias intestinais ou por desvios da flora iodófila normal. 
Caso a flora iodófila esteja abundante e com associação de 
esteatorreia e creatorrea (proteína nas fezes), deve-se 
excluir a possibilidade de insuficiência pancreática. 
Flora bacteriana Moderada 
Quando discreta, pensar em disbiose intestinal. A flora 
bacteriana deve ser moderada com equilíbrio entre bactérias 
Gram-positivas e Gram-negativas. 
Leveduras Ausentes Se presentes, suspeitar a presença de fungos intestinais. 
Hemácias Presentes 
Dejeções que contêm sangue não transformado, de origem 
baixa (hemorroidas, tumores do cólon distal, etc.) ou 
hemorragias digestórias subclínicas. 
Leucócitos Ausentes Se numerosos, suspeitar de infecção bacteriana. 
Macrófagos Ausentes Se numerosos, suspeitar de alergia, processo inflamatório. 
 FONTE: Pujol, 2011 (Editora Rúbio)

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