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DOCÊNCIA E GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR RENATA GOMES VASCONCELLOS TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 1 Prezado aluno, Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do conteúdo. Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a respeito de cada item. Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu aprendizado! Bons estudos! TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 2 Tecnologia e rec. educ. digitais no Ensino Superior - Apostila Aula 7: Novas tecnologias na formação docente Introdução Vivemos em um mundo com avanços tecnológicos e um aumento substancial da informação de massa, além de uma nova lógica de trabalho. Hoje, a especialização dos saberes, o ensino interdisciplinar e transdisciplinar, o acesso à informação e sua produção, bem como a valorização do conhecimento são bens preciosos. Esse cenário aponta um novo modelo de educação, que modifica, também, o papel docente. Diante dessas mudanças, percebemos que o professor precisa saber orientar os alunos a aprender a aprender, a buscar informação em locais adequados, a tratá-las e a utilizá-las da melhor forma possível, transformando-as em conhecimento. Sendo assim, o educador tem de incorporar as novas tecnologias como conteúdo do ensino, reconhecendo, elaborando e avaliando as práticas pedagógicas para que promovam, com mais qualidade e eficácia, o desenvolvimento reflexivo sobre os saberes e o uso de recursos tecnológicos em sala de aula. Mas como fazer isso se, na matriz curricular da formação inicial e em serviço, não há uma disciplina que aborde o tema ou mesmo uma prática que leve a essa experiência? A proposta desta aula é tentar responder essa questão! Objetivo: TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 3 1. Identificar as influências tecnológicas na formação inicial do professor do século XXI; 2. Reconhecer a importância da mudança curricular na formação docente para o acompanhamento das necessidades da educação na atualidade. Conteúdo Atividade proposta 1 Antes de iniciarmos esta aula, vamos fazer uma atividade. Leia um poema. Esse texto faz uma comparação entre o ensino antes da era digital e o ensino de hoje, após o advento da tecnologia. Com base na leitura, identifique a época a que cada palavra ou e expressão se refere: Antes da era digital: • Ensinar; • professor sempre sabia; • livro defasado. Hoje em dia: • Aprendizagem facilitada; • instigar; • era da mobilidade; • provocar; • comunicar e mediar; • escola funcional; • inovar; • educar ficou fácil; • ensinar não ficou tão fácil; • professor não sabe tudo; • era digital; TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 4 Formação inicial do professor na sociedade da informação O poema anterior deixa claro que a discussão sobre a formação docente não é uma novidade para a sociedade contemporânea. É notória a preocupação com uma proposta de educação e de instrução que prepare o professor, de modo que ele possa adquirir habilidades condizentes com a realidade de hoje, desde que esteja predisposto a APRENDER SEMPRE. No cenário atual, em que a relação interpessoal é mediada pela tecnologia, o processo de ensino e aprendizagem assume um novo modelo, uma nova perspectiva que questiona, principalmente, como vem ocorrendo essa formação inicial dos docentes na academia. Algumas perguntas-chave que fundamentam essa temática são: Que saberes esse espaço de formação tem oferecido aos docentes? Que competências os educadores precisam desenvolver para lidar com os novos paradigmas da tecnologia? Como transformar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) em ferramentas pedagógicas que auxiliem a construção do conhecimento? Ressignificação do processo formativo Pimenta (2002) enfatiza a importância de ressignificar os processos formativos a partir da reconsideração dos saberes necessários à docência. Há, portanto, a necessidade de preparação dos professores e dos demais atores do processo de ensino e aprendizagem em direção ao uso das TICs no universo da educação. Seguindo essa ideia, Peixoto (2005) ainda reforça o desenvolvimento de novas estratégias didático-pedagógicas nesse sentido. Se a universidade faz parte desse movimento da era digital e tecnológica, essa entidade educacional precisa questionar e oferecer em seu espaço de formação docente as novas TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 5 concepções de instrução demandadas pela sociedade da informação, que envolvem as TICs. Mas como essa instituição pode fazer isso? O ambiente universitário pode promover debates com os professores em formação e com aqueles já formados sobre: • Os possíveis suportes trazidos pelas tecnologias enquanto ferramentas pedagógicas; • As possibilidades de aprendizagem sem espaço e tempo predefinidos; • As alterativas de ensino e aprendizagem virtuais. Dessa forma, a instituição de ensino cumpre seu papel de educar através do docente, sem cair na lógica cartesiana de transmissão de conteúdo, que acontece, muitas vezes, na modalidade presencial. Saiba, a seguir, qual é a real importância do papel do professor em seu próprio processo de formação. Saberes do professor Você já parou para pensar que o professor se estabelece enquanto educador em função dos saberes que possui? Ele não é o objeto que provoca mudanças em sua formação, mas a maneira como penetra no tecido social incorpora uma visão crítica a esse processo. Logo, além dos conhecimentos indispensáveis a sua prática, quando está em sala de aula, o docente também se vale dos saberes adquiridos de sua experiência de vida. E já que a academia é o espaço de formação desse profissional, o local em que ele constitui tais saberes, as TICs precisam estar presentes nesse ambiente, dando suporte ao momento de instrução educativa. O objetivo é propor: • Novas formas de relacionar e buscar conhecimentos em contextos geograficamente diferenciados; • Possibilidades de usar recursos pedagógicos dinâmicos; TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 6 • Ressignificação de ações docentes; • Inovação no sentido do fazer pedagógico. Alfabetização digitalObserve, agora, uma postagem do grupo humor inteligente: Disponível em: http://goo.gl/w4q6x6. Acesso em: 2 out. 2014. Essa imagem do alfabeto é uma forma espirituosa de demonstrar como a evolução tecnológica atinge a todos, sem precedentes de idade, de gênero, de sexo e de formação acadêmica. A figura sugere que a alfabetização contextualizada se realiza a partir de ilustrações de: • Devices; • Ferramentas web; TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 7 • Programas; • Sites; • Softwares. De acordo com a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) –, tal processo deve ocorrer na infância, aos 6 anos de idade. E, atualmente, no cenário em que nos encontramos, o mundo virtual já se apresenta aos alunos desde esse momento de alfabetização. O que não se espera, então, dos docentes em formação nesse contexto da cibercultura? Vamos discutir mais a respeito do assunto? Cibercultura e educação Lemos (2002) nos apresenta a cibercultura como um conceito contemporâneo e fundamental para compreender a ideia de educação digital. De acordo com o autor, não precisamos estar online para viver no ciberespaço. Afinal, o cibermundo faz parte de nossa vida. Sendo assim, para ser trazida a essa realidade, a formação dos professores necessita contemplar os saberes virtuais, até porque, hoje, as pessoas buscam conhecimentos e instrução a distância. Essa nova vertente de ensino permite a aprendizagem em espaços e tempo diferenciados. Aqui, o computador é apenas um meio de propor conhecimentos, e o educador pode interagir, de forma coletiva, com os alunos através desse objeto. Mas isso requer uma ciência do fazer, do APRENDER A APRENDER, e a formação docente deve apontar caminhos diversificados nesse sentido, pautados em uma base científica. Conheça, a seguir, alguns desses direcionamentos. Para realizar o processo de ensino com base no uso das novas tecnologias em sala de aula, o professor também precisa aprender por meio dessas ferramentas ou não conseguirá transpor a teoria para a prática. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 8 Hoje, o docente deve perceber que o aluno é muito mais do que um simples consumidor de saberes. A escola ou universidade é o espaço de construção de conhecimento e é nesse cenário que ocorre a dinâmica de aprendizagem. Tal processo não se cria, portanto, sob o vazio, mas a partir de um conjunto de atividades, de planejamento, de objetivos. É fundamental identificar a importância das redes, pois o ensino unilateral – transmissivo – não funciona mais. A aprendizagem se consolida a partir dessas pequenas redes ou de pequenos grupos – sejam eles físicos ou virtuais –, pois seu potencial é imenso! Nesse caso, aprendemos por meio da capacidade de relacionar e sistematizar conhecimentos, e não simplesmente de nos apropriarmos deles. Atenção Atualmente, o desafio da aprendizagem não é promover a aquisição, e sim a construção de saberes. Cabe à instituição de ensino fazer com que o aluno seja capaz de dar sentido àquilo que aprende, de compreender esse significado e de contextualizá-lo. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 9 Atividade proposta 2 Agora que já discutimos um pouco sobre o processo de formação docente na sociedade da informação, vamos fazer uma atividade! Em função do avanço da tecnologia, hoje em dia, muitos professores com anos de formação e prática participam de seminários e congressos sobre a aplicabilidade dos recursos tecnológicos na educação. Isso já virou uma rotina! Todos são unânimes ao afirmar a importância de sua atualização nesse sentido e da utilização dessas ferramentas na sala de aula. Normalmente, esses docentes concordam com as explicações dadas pelos especialistas palestrantes e riem dos casos de alguns professores que não entendem os processos tecnológicos ou são contrários ao uso de tecnologias, pois alegam tirar a atenção do aluno. Mas, ao fazer uma pequena visita a suas salas de aula, observamos que esses discursos não funcionam na prática. Por quê? Chave de resposta 2: Há, ainda, uma resistência muito grande por parte dos professores com relação ao uso de tecnologias em sala de aula. Várias são as justificativas, tais como: • Medo do desconhecido; • Temor de não acompanharem os saberes dos alunos; TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 10 • Receio de não conseguirem mediar o conteúdo e o tempo de aula a partir desse uso; • Fobia de perderem o emprego e de serem substituídos por máquinas e TICs. Em outras palavras, as novas tecnologias são tratadas como novas dificuldades por alguns professores que não sabem o que fazer com elas. Na verdade, a raiz do problema da inovação pedagógica está no fato de que esses profissionais também não sabem o que fazer SEM a tecnologia! Alguns sequer têm a prática de preparar suas aulas, e apenas utilizam a técnica de COPIAR e COLAR o livro didático na lousa, reproduzindo-o no ambiente de sala de aula. Esses professores não necessitam de novas TICs, e sim de uma nova profissão, mas as instituições não podem substituí-los, porque não há outros melhores no mercado. Afinal, eles foram formados e treinados tal como se apresentam. Desafios do professor Entre as 10 frases que traduzem a resistência por parte dos profissionais docentes com relação ao uso das TICs em sala de aula, a mais célebre e utilizada no meio acadêmico é a seguinte: TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 11 Adaptado de: Ricardo Ferraz, 1999. Conforme discutimos na atividade anterior, apesar de muitos professores acreditarem que serão substituídos pelas máquinas, comprovadamente, isso nunca vai acontecer! As TICs são, na verdade, ferramentas para facilitar seu trabalho no cotidiano escolar ou universitário e dar suporte a ele. Nesse caso, o papel do educador é aprender a fazer diagnósticos, pois os novos paradigmas que determinam o cenário atual propõem transformações nos processos de aprendizagem. É o docente que precisa perceber o que faz falta ao aluno e a seu futuro como profissional da educação. O conhecimento de que dispõe serve para orientar os educandos a desenvolverem projetos escolares no percurso de vida. Mas por onde começar? Que mudanças são prioridades na formação do educador? Como adequar o currículo para atender os docentes formandos e formados? Descubra-o a seguir! TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 12 Currículo e formação docente no século XXI A comunicação e a informação exercem mudanças na sociedade decorrentes do uso do computador nas relações dos seres humanos. Como sujeito dessa sociedade em plena mudança, o professor se relaciona com tal objeto e busca saberes através dele durante seu processo de formação – inicial e continuada –, a fim de mediar os conhecimentos propostos em sala de aula. Considerando essa realidade, destacamos algumas características necessárias ao professor do século XXI. Além do saber técnico específico, esse profissional precisa ser (estar): 1. Eterno aprendiz O professor não pode se acomodar. Ele tem de ampliar seu conhecimento teórico e das práticas pedagógicas, frequentando os bancos das universidades, cursos de extensão, Pós-graduação e Mestrado. 2. Atualizado sempre O professor precisa dominar os conteúdos, as diretrizes curriculares das disciplinas e conhecer as didáticas de cada uma delas, bem como o sistema educacional e aspolíticas vigentes. 3. Gerente de ponta O professor deve otimizar o tempo disponível para o ensino e a aprendizagem e saber organizar os objetivos e conteúdos, sincronizando-os com o currículo, com o desenvolvimento dos alunos e com seu nível de aprendizagem. Ele precisa criar estratégias de autoavaliação e avaliação dos alunos, sistemáticas e coerentes com os objetivos de aprendizagem, tendo como meta observar e reorientar o trabalho, sempre que necessário. 4. Parceiro TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 13 O professor deste século tem plena consciência das características de desenvolvimento de seus alunos e, a partir delas, pode estimular seus educandos com estratégias de ensino desafiantes. Seus métodos promovem o pensamento autônomo das crianças e dos jovens a seus cuidados. 5. Integrador O professor precisa saber conversar com os alunos e administrar conflitos. Ele deve estabelecer uma relação de cumplicidade com os colegas docentes, trabalhando em equipe para trocar experiências, compartilhar limites e ampliar o conhecimento. O educador pode, ainda, comunicar-se diretamente com os pais dos alunos e acolher suas expectativas. 6. Vanguardista O professor não deve temer as novas tecnologias. Ao contrário, ele precisa querer conhecê-las e adequá-las a seu trabalho, sempre que possível, e com planejamento. Afinal, além de agregar qualidade ao dia a dia de sala de aula, as tecnologias o aproximam do universo virtual e dinâmico em que transitam seus alunos, ajudando-os a ampliar o uso dessas ferramentas para o fortalecimento de seu aprendizado. 7. Líder contextualizador Preconceito, indisciplina, diferenças sociais e culturais não são obstáculos para esse professor. Ele mergulha na realidade e acolhe seus estudantes, procurando entender os limites e potenciais de cada um, estabelecendo o diálogo para definir as regras da boa convivência. O educador deve juntar tudo isso à valorização do conhecimento prévio dos alunos e àquilo que o dia a dia da turma, fora dos muros da escola, traz para a sala de aula. Dessa forma, ele cria um ambiente participativo e fértil para uma aprendizagem contextualizada e cheia de sentidos para si e para seus educandos. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 14 Todo professor tem suas próprias estratégias para ensinar! Atividade proposta 3 Pensando no uso da tecnologia em sala de aula, vamos fazer mais uma atividade! Para começar, leia o que a legislação afirma a respeito do assunto: • Lei Municipal nº 4.734/08 do Rio de Janeiro; • Uso de celulares em sala de aula nas escolas públicas está proibido. Agora, compare esses textos com a imagem a seguir: Após esse paralelo, indique como o professor em formação deve lidar com tal contradição. Chave de resposta 3: Até este momento da disciplina, discutimos sobre a importância da utilização das mídias em sala de aula e da tecnologia na educação, além de como promover a interação entre a sociedade da informação e as TICs. Chegamos à conclusão de que, para realizar tal processo, é fundamental que haja um planejamento e que se estabeleça um objetivo, pois as tecnologias são TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 15 ferramentas, suportes de apoio ao professor que o orientam a obter eficácia no processo de ensino e aprendizagem. Diante desse cenário, fica claro que a lei vigente atua, na verdade, sobre a proibição do uso indevido das mídias em sala de aula. Em outras palavras, a legislação condena a utilização da tecnologia sem nenhum propósito. Afinal, isso não estimula a construção coletiva do conhecimento em um espaço que é favorável a esse foco. Importância da formação continuada Como você percebeu na atividade anterior, não basta ao professor se valer das TICs em sala de aula se ele não tem um propósito de ensino nelas fundamentado. Mas, como já mencionado, a condução da aprendizagem a partir de tal utilização ocorre, muitas vezes, dessa forma porque o educador não sabe como ensinar por meio da tecnologia. Na verdade, sua formação não o orienta nesse sentido! Nóvoa (1995) afirma que, no atual contexto histórico-social, o professor deve ser capaz de trabalhar com seus pares na coletividade permanente, em formação continuada, partindo de sua vivência no ambiente de trabalho. Portanto, a realização de cursos e a participação de seminários, congressos, simpósios ou encontros não são suficientes. O docente precisa atuar no seio do grupo de que faz parte através de reflexões e debates constantes sobre sua atividade. E é justamente nesse contexto que se enquadra o papel da universidade! Papel da universidade A maior dificuldade da instituição universitária é atrair para a profissão docente pessoas mais jovens e motivadas a desenvolver o processo de ensino e aprendizagem. Isso ocorre devido a muitas variáveis. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 16 No Brasil, por exemplo, além de ser muito desprestigiada, hoje, a docência sofre muito com a violência social. Os investimentos na formação voltada para essa área são inadequados e estão desajustados, pois não se renovam nem se adéquam à realidade atual. Além disso, os primeiros anos de trabalho docente são muito difíceis, pois os professores se sentem desprotegidos, sozinhos, sem uma formação centrada na prática de cooperação e colaboração com foco no ambiente de trabalho. Os problemas internos à profissão residem, ainda, em uma espécie de cultura individualista, na dificuldade de trabalhar em conjunto e de ter práticas de avaliação da atuação docente. Como a universidade pode, então, auxiliar o educador a lidar com seus conflitos durante seu processo de formação? Fonte: Ivan Cabral, 2007. Estímulo à atividade docente O primeiro passo para estimular a atividade docente durante a formação do indivíduo é investir em políticas públicas que valorizem não apenas seu salário mas também a profissão que escolheu. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 17 O prestígio profissional é um fator que induz o sujeito a manter seu conhecimento sempre atualizado, de acordo com os avanços da sociedade da informação. Disso resulta a importância da formação continuada. Fonte: Cazo,2014. Além disso, é preciso focar em aspectos que permitam ao educador em formação desenvolver competências e habilidades que atendam os clientes do século XXI. Cabe à instituição universitária fomentar essas questões ao longo do processo de instrução educacional do futuro docente. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 18 Fonte: Jaime Guimarães,2008. Atividade proposta 4 Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Observe o painel a seguir com a percentagem de resistência ao uso da tecnologia em sala de aula: Com base nesses dados e no que estudamos ao longo desta aula, aponte por que os alunos e os professores estão nos extremos do painel, com índices TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 19 bastante relevantes – os docentes, com grau de resistência muito alto e os discentes, com grau baixo. Chave de resposta 4 Durante este estudo, identificamos que, na maioria das vezes, o educador tem receio de perder seu emprego para uma máquina ou até de não saber utilizá-la da melhor forma possível, além de temor de que o educando – nascido na era digital – domine a situação de manuseio da mídia e o constranja perante o grupo. O aluno, por suavez, tem medo de que o professor, por não conhecer bem a tecnologia, não saiba utilizá-la e acabe solicitando atividades sem objetivos ou, até mesmo, confusas. O importante é que haja um equilíbrio entre os extremos: as tecnologias devem se constituir como subsídio para o professor, de modo que a prática pedagógica seja realmente proveitosa e a aprendizagem, um processo de qualidade. Afinal, toda e qualquer atividade que se valha das TICs necessita apoiar-se em um planejamento elaborado em conjunto pelos sujeitos das instituições de ensino, com o objetivo de sempre facilitar a aprendizagem. Aprenda Mais Para saber mais sobre a formação docente na atualidade, leia o texto Exigências do professor do século XXI. Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, sugerimos uma lista com os 11 filmes sobre tecnologia que merecem sua atenção. Referências BOURDIEU, P. Introdução a uma sociologia reflexiva. In: ______. O poder simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Lisboa: Difel, 1989. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 20 BRASIL. Decreto nº 3.276, de 6 de dezembro de 1999. Brasília: Presidência da República, 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3276.htm. Acesso em: 30 set. 2014. BUENO, B. O.; CATANI, D. B.; SOUSA, C. P. de. (Orgs.). A vida e o ofício dos professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa em colaboração. 4. ed. São Paulo: Escrituras, 2003. CATANI, D. B. Práticas de formação e ofício docente. In: BUENO, B. O.; CATANI, D. B.; SOUSA, C. P. de. (Orgs.) A vida e o ofício dos professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa em colaboração. 4. ed. São Paulo: Escrituras, 2003. GARCIA, C. M. Formação de professores: para uma mudança educativa. Tradução de Isabel Narciso. Porto: Porto, 1999. LEMOS, A. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2002. NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e a sua formação. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995. PEIXOTO, A. M.; CASASANTA, M. P. (Orgs.). A escola e seus atores: educação e profissão docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. PIMENTA, S. G. A. Didática como mediação na construção da identidade do professor: uma experiência de ensino e pesquisa. In: ANDRÉ, M.; OLIVEIRA, M. R. (Orgs.). Alternativas do ensino de didática. Campinas: Papirus, 1997a. ______. Formação de professores: saberes da docência e identidade do professor. In: ______. Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1997b. ______. Para uma re-significação da didática: ciências da educação, pedagogia e educação (uma revisão conceitual e uma síntese provisória). In: ______. Didática e formação de professores: percursos no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez, 1997c. ______. Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica do conceito. São Paulo: Cortez, 2002. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 21 TARDIF M.; LESSARD, C.; CLERMONT, G. Formação dos professores e contextos sociais. Porto: Rés, 1990. Exercícios de fixação Questão 1 Sabemos que há uma demanda crescente por investimento na formação docente, principalmente no que se refere ao aprimoramento de habilidades tecnológicas. Pelo que estudamos nesta aula, isso tem acontecido porque: a) Para ter um salário melhor, é preciso dominar programas de edição de imagem e de vídeo, o que tem motivado um grande número de docentes a buscar novas qualificações na área. b) Há muitos anos, a tecnologia permeia as relações humanas. Por isso, muitos docentes sentem necessidade de aprofundar seus conhecimentos na área apenas para estreitarem os laços de amizade com os alunos. c) Em tempos de tecnologia onipresente, a exigência social pela formação do docente tem suas raízes na ideia de que, em pouco tempo, não existirá mais caderno em nenhuma escola do mundo, apenas computadores. d) Vivemos em uma sociedade que tende a ver o trabalho humano como secundário à tecnologia. Logo, é importante que o docente domine as novas ferramentas para valorizar sua mão de obra e não ser substituído por elas. e) No cenário atual, em que a relação interpessoal é mediada pela tecnologia, o processo de ensino e aprendizagem assume um novo modelo e uma nova perspectiva questionadora. Por isso, é importante que o docente esteja consciente dessa mudança social e adéque sua prática aos novos tempos. Questão 2 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 22 As universidades podem adotar uma série de estratégias didático-pedagógicas que contribuam para a formação docente voltada para o uso das TICs em sala de aula. A(s) principal(is) dela(s) é(são): I. Obrigar o docente a usar essas ferramentas mesmo sem capacitá-lo para isso. Afinal, trata-se de uma necessidade urgente. II. Promover debates com os professores em formação e com os já formados sobre os benefícios pedagógicos das novas tecnologias e sobre as possibilidades de aprendizagem que elas oferecem. III. Pedir para que o docente se relacione com colegas de trabalho e alunos apenas via e-mail e redes sociais, a fim de aumentar a proximidade dele com o meio virtual. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) Apenas I b) I e II c) Apenas II d) II e III e) I, II e III Questão 3 Assinale a opção que apresenta alguns dos objetivos de se introduzir as TICs em universidades em tempos marcados pela tecnologia: a) Definir o ritmo de estudo do aluno, cortar custos com material didático e deslocar todas as relações físicas para o espaço virtual. b) Reduzir os gastos com a presença de professores, permitir que os jovens estudem menos e oferecer mais um canal de acesso entre professores e alunos. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 23 c) Possibilitar que alunos tenham flexibilidade de tempo e lugar para estudar, colaborar com a centralização do conhecimento no professor e gastar menos energia do espaço físico educacional. d) Propor novas formas de relacionar e buscar conhecimentos em contextos geograficamente diferenciados, possibilitar o uso de recursos dinâmicos em sala de aula e permitir inovação na prática pedagógica. e) Permitir que professores e alunos interajam de forma dinâmica, contribuir com a disciplina do estudo, fazendo com que os alunos aprendam com horário marcado, e reduzir o envolvimento dos jovens com a aula, já que o contato maior seria virtual. Questão 4 (Adaptado de: INMETRO-2010) Considerando as implicações que o ciberespaço traz para a educação, assinale a opção CORRETA: a) Na Educação a Distância (EAD), o professor desempenha o papel de fornecedor direto do conhecimento. b) O ciberespaço sustenta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas. c) A simulação – modo de conhecimento próprio da cibercultura – é utilizada para substituir experiências concretas, mas não possibilita a formulação e a exploração detalhadas de inúmeras hipóteses de pesquisa. d) Na era da cibercultura, a transmissão do conhecimento deve ser previamente planejada, estabelecendo-se conteúdos fixos, predeterminados, visto que os percursos da aprendizagem na EAD devem ser comuns a todos os indivíduos. e) Com as mudanças sociais e tecnológicas, as instituições educacionais se tornaram virtuais, ampliando, dessa forma, seu campo de ação com a TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 24 implementação de projetos pedagógicos rígidos e focados na transmissão de conteúdo, que conferem seriedade ao processo educativo a distância.Questão 5 São muitos os receios dos professores em ensinar na modalidade EAD. No entanto, como estudamos nesta aula, a maioria dos entraves é mito. Diante disso, relacione as frases de resistência dos docentes com aquelas que correspondem a seu respectivo esclarecimento ou a sua possível solução: 1. "Seremos substituídos pelas máquinas." ( ) O objetivo das TICS é facilitar o trabalho do docente no cotidiano escolar ou universitário, e não ser um empecilho ao desenvolvimento da aula. 2. "As TICs atrapalham a aula." ( ) A sociedade mudou bastante ao longo dos anos. Consequentemente, a educação também. O surgimento da internet revolucionou diversos setores, inclusive o processo de ensino e aprendizagem. 3. "Dou aula há 20 anos. Sei ensinar. Não preciso aprender." ( ) As TICs não surgiram para substituir os professores, mas para se somar a eles. 4. "A educação é a mesma desde sempre. Nada mudou. Então, não é preciso mudar." ( ) A tecnologia pode ser uma grande aliada do docente para auxiliar a construção de uma educação mais dialógica, inovadora e dinâmica. 5. "Tecnologia distrai, não ajuda na educação." ( ) O professor é um eterno aluno. Logo, ele sempre precisará estar aberto a aprender e a construir novos conhecimentos. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 25 Questão 6 Como estudamos nesta aula, com a influência da comunicação e da informação na sociedade, o professor precisa adequar sua prática pedagógica e possuir algumas características necessárias à construção da educação no século XXI, tais como: a) Atualizar-se sempre, ser eterno aprendiz, gerente de ponta, parceiro, integrador, vanguardista e líder contextualizador. b) Estar sempre em busca de cursos especializados, ser pontual, parceiro, aprendiz, vanguardista e inovador. c) Atualizar-se sempre, promover conhecimentos integrados, ser carismático, vanguardista e líder contextualizador. d) Estar engajado com projetos sociais e interessado em arte e política, atualizar-se sempre, ser poliglota e gerente de ponta. e) Gostar de pessoas e animais, possuir conhecimento centralizado em si, ser gerente de ponta, parceiro, integrador, vanguardista e líder contextualizador. Questão 7 Sabemos que existe uma série de legislações que defendem o fato de que todo docente precisa ter uma formação adequada a sua atuação. Diante dessa constatação, assinale (V) para as os dispositivos verdadeiros e (F) para os falsos: ( ) 1996 - A LDB determina que os docentes devem ter Curso Superior. Quem tem apenas o Ensino Médio atende a educação infantil e os anos iniciais de formação. ( ) 2001 - O PNE estabelece metas para o aumento da oferta em cursos de Graduação para professores da Educação Básica. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 26 ( ) 2006 - O sistema UAB é criado, com cursos de Pós-Graduação a distância, para atender os professores de áreas de difícil acesso do País. ( ) 2009 - Os planos de carreira docente são criados pelos estados. Muitas redes geram percentual, aumentando o salário para Mestres e Doutores. ( ) 2010 - A Lei de Obrigatoriedade do Nível Superior é aprovada, inclusive para as turmas de pré-escola e séries iniciais. O projeto ainda tramita na Câmara dos Deputados. Questão 8 Sobre o que a legislação afirma a respeito da distribuição de computadores nas escolas, podemos dizer que: a) Em 1981, com o apoio do MEC, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou o primeiro Seminário Nacional de Informática na Educação. b) Em 1989, o MEC instituiu o PRONINFE para desenvolver a informática educativa e seu uso nas redes. c) Em 1997, o PROINFO retornou como Programa Municipal de Incubação Avançada de Empresas de Base Tecnológica (PROINTEC) e previu laboratórios de informática nas escolas. d) Em 2009, pesquisas mostraram que 18% das escolas estaduais tinham laboratório de informática e 5%, internet banda larga. e) Em 2014, 100% das escolas brasileiras públicas e privadas contam com laboratório de informática e internet de qualidade. Questão 9 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 27 Sobre as atitudes e a postura profissional do professor dos anos 1990, a legislação da época afirma que essa década foi marcada pelos seguintes fatos: a) Entrada de centenas de alunos que estavam no topo do sistema educacional na rede pública e reformulação da concepção que o professor tinha de ensino. b) Entrada de bilhões de alunos que estavam à margem do sistema econômico na rede privada e reformulação da concepção que o professor tinha de ensino. c) Entrada de milhões de alunos que estavam à margem do sistema educacional na rede pública e reformulação da concepção que o professor tinha de ensino. d) Entrada de milhões de professores que estavam à margem do sistema educacional na rede pública e reformulação da concepção que o aluno tinha de ensino. e) Saída de milhões de alunos que estavam à margem do sistema educacional da rede pública e reformulação da concepção que o professor tinha da tecnologia. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 28 Questão 10 Leia a charge a seguir: Disponível em: http://goo.gl/cLBvpu. Acesso em: 25 nov. 2014. Atualmente, a educação passa por muitos problemas. Diante da leitura da charge, assinale a opção que melhor traduz a ideia contida nela: a) O professor tem o senso crítico aguçado. Por isso, ele dá notas muito baixas para os alunos, o que faz com que toda a comunidade escolar o culpe pelo mau direcionamento da educação. b) O que vemos, hoje, são professores motivados e dispondo de grande variedade de artefatos tecnológicos, mas, infelizmente, a falta de habilidade em manuseá-los provoca a ira de pais, alunos e diretores. c) Os baixos salários da profissão e a baixa moral para com a sociedade fazem com que o professor se sinta mais motivado a seguir a carreira docente. A maioria dos profissionais da área sofre com as dificuldades, mas apoia e defende a atual situação. d) Diante das dificuldades encontradas na carreira docente, muitos professores se sentem coagidos. Com o objetivo de manter sua integridade, os educadores discutem com pais, alunos e colegas de TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 29 profissão sobre a possibilidade de ter sua presença física substituída totalmente pela virtual. e) Há um grande desprestígio da carreira docente no Brasil, o que faz com que o professor sofra com a violência social. Os investimentos na formação voltada para a educação são inadequados e desajustados, pois não se renovam nem se adaptam à realidade atual. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 30 Notas Humor inteligente: Grupo do Facebook sobre: • Cartoons; • Humor; • Charges; • Tirinhas; • Grafite; • Colagens; • Crítica social; • Chistes; • Gráficos; • Memes etc. Professor: De acordo com Tardif, Lessard e Clermont (2002), os professores são uma realidade social materializada através de uma formação, de programas, de práticas, de disciplinas escolares, de uma pedagogia institucionalizada e, ao mesmo tempo, de seus saberes. Saberes: De acordo com Pimenta (1997b), trata-se de materializações da formação inicial do sujeito – em serviço e no dia a dia. Esse conjunto de saberes compõe sua prática social. Chaves de resposta Aula 7 Exercícios de fixação Questão 1 - ETECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 31 Justificativa: Atualmente, a tecnologia media cada vez mais as relações humanas. Em função disso, diversos âmbitos sociais – inclusive o campo da educação – sentem a necessidade de se adequar aos novos tempos. Frente a esse cenário, a preocupação com uma proposta educacional e de instrução que prepare o professor se justifica pelo desejo de fazer com que esse profissional adquira habilidades condizentes com a realidade contemporânea. Questão 2 - C Justificativa: É fundamental que a universidade organize e incentive debates com os docentes sobre as TICs. Fazendo isso, a instituição ajuda a esclarecer a potencialidade dessas ferramentas e contribui para que se construam, em conjunto, novas formas de conhecimento e novas práticas em sala de aula. Questão 3 - D Justificativa: A introdução das TICs nos ambientes escolar e universitário visa inovar o ensino, melhorar o relacionamento entre professores e alunos, bem como alargar a possibilidade de descobrir e construir conhecimentos. Questão 4 - B Justificativa: De acordo com Lemos (2002), a cibercultura é um conceito contemporâneo e fundamental para compreender a ideia de educação digital. O autor afirma que não precisamos estar online para viver no ciberespaço. Afinal, esse universo amplia tanto a própria noção de espaço quanto a forma com que nos relacionamos com ele. Questão 5 - B, D, A, E, C Justificativa: Comprovadamente, sabemos que o professor nunca será substituído pelas máquinas, mas encontrará nelas um novo suporte para a construção do conhecimento. Aplicadas à educação, as tecnologias ajudam o docente, e não o contrário. Questão 6 - A TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 32 Justificativa: O professor nunca pode se acomodar. Afinal, ele é um eterno aprendiz. Para se manter em constante desenvolvimento, é necessário que o educador não só domine os conteúdos de sua área de formação mas também esteja sempre atualizado. Além disso, ele deve ser parceiro, integrador, vanguardista e líder contextualizador. Como gerente de ponta, o docente precisa otimizar e organizar o tempo para o processo de ensino e aprendizagem, conciliando conteúdos, objetivos e currículo. O educador do século XXI tem, ainda, de estimular os jovens a construir conhecimento coletivamente, ajudar a conciliar conflitos e melhorar a relação entre pais, alunos, professores e funcionários das instituições de ensino. Enfim, esse profissional não deve temer as tecnologias e mergulhar na realidade dos educandos para entender os limites e potenciais de cada um. Questão 7 - V, F, F, V, V Justificativa: Em 2001, o PNE estabeleceu metas para o aumento da oferta em cursos de Mestrado e Doutorado para professores da Educação Básica. Em 2006, o sistema da UAB foi criado, com cursos de Graduação a distância, para atender os professores de áreas de difícil acesso do País. Questão 8 - B Justificativa: Em 1981, com o apoio do MEC, a UnB realizou o primeiro Seminário Nacional de Informática na Educação. Já em 1997, o PRONINFE retornou como PROINFO e previa laboratórios de informática nas escolas. Em 2009, pesquisas mostraram que 73% das escolas estaduais tinham laboratório de informática e 83%, internet banda larga. Apesar dos esforços, em 2014, nem todas as escolas brasileiras públicas e privadas têm laboratório de informática disponível e internet de qualidade. Questão 9 - C Justificativa: Conforme aprendemos nesta aula, a década de 1990 foi marcada pela entrada de milhões de alunos que estavam à margem do sistema educacional na rede pública e pela reformulação da concepção que o professor TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 33 tinha de ensino. Em 1996, a LDB abriu os ciclos no Ensino Fundamental, o que deu aos professores a chance de atender os alunos que necessitavam de um tempo maior para a aprendizagem. Questão 10 - E Justificativa: Infelizmente, o Brasil enxerga a carreira docente com muito desprestígio. Os investimentos estão aquém do necessário, e a desvalorização do professor é notória. Por isso, a maior dificuldade da instituição universitária é atrair pessoas mais jovens e motivadas para a área da educação. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 34 Conteudista Renata Vasconcellos é Especialista em Administração Escolar e em Reengenharia e Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), Especialista em Mídias em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Graduada em Pedagogia, com ênfase em Administração Escolar e Orientação Educacional, e em Treinamento e Desenvolvimento Empresarial pela Universidade Gama Filho (UGF). Atua, há mais de seis anos, na modalidade de Ensino a Distância (EAD), tendo trabalhado com desenvolvimento de material didático, gravação de videoaulas, tutoria, supervisão e coordenação de área pela Faculdade Signorelli e pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Atualmente, é Coordenadora de Projetos Educacionais II em Educação pela Estácio, estando à frente de uma equipe responsável pela produção de aplicativos e de conteúdo interativo para disciplinas dos cursos de Pós-Graduação, dos projetos Universidade Corporativa e Educação Continuada, e do Programa de Incentivo à Qualificação Docente (PIQ). Currículo Lattes.
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