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A INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

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Prévia do material em texto

PAULA LINDA SILVA DA FONCECA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NO ENSINO DE 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP/ MT 
2018/1 
 
 
 PAULA LINDA SILVA DA FONCECA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NO ENSINO DE 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Curso de Letras, da Universidade do 
Estado de Mato Grosso – UNEMAT, 
Campus de Sinop, como requisito parcial 
para a obtenção do título de Licenciatura 
em Letras. 
 
Orientadora: Profa. Doutoranda 
Helenice Joviano Roque - Faria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP – MT 
2018/1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças para seguir em frente de 
cabeça erguida, mesmo diante de inúmeras dificuldades encontradas no caminho. 
À minha família, mãe Luzia Alves Silva da Fonceca e pai Claudineis Rosa da 
Fonceca que sempre me instruíram no caminho da educação. Á meu irmão Adriano Silva 
Fonceca por acompanha essa trajetória e principalmente ao meu esposo Claudio Roberto 
Engelmann que me deu todo o apoio necessário para prosseguir e ir em frente em busca 
dos meus objetivos. 
À minha orientadora professora Doutoranda Helenice Joviano Roque-Faria por 
ter me disponibilizando vários materiais para a minha pesquisa e me orientando 
sabiamente. 
À Prof. Ma. Betsemens B. De Souza Marcelino, Coordenadora de TCC nesta 
última etapa pelo acompanhamento e incentivo na condução deste trabalho. 
À minha turma, que desde o início, se manteve unida ajudando uns aos outros, 
Alana, Ana Arlete, Cristiane, Djane, Elivaldo, Larissa, Maura, Maicon e Vera. 
À cooperação de todos os profissionais da educação que de alguma maneira 
contribuíram para que este trabalho se realizasse. 
E a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização 
deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O educador só descobre que é capaz de 
ensinar quando põe em prática o seu 
fazer pedagógico, e acredita-se que se 
aprende ser educador à medida que mais 
se ame ensinar, e mais se estude a 
respeito.” 
(Paulo Freire) 
 
 
Fonceca, Paula Linda S. A influência das tecnologias da informação no ensino de 
Língua Portuguesa. 2018/1. 43 folhas, Trabalho de Conclusão de Curso. – UNEMAT – 
Universidade do Estado de Mato Grosso. Campus Universitário de Sinop. 
 
RESUMO 
Este trabalho de pesquisa discute sobre as influências das tecnologias da 
informação no ensino de Língua Portuguesa. Frente às novas tecnologias é fundamental 
que o/a aluno/a aprenda a entender a língua como um processo complexo, mas 
estimulante. De outra forma, o profissional da educação deve estar apto atender as 
demandas educacionais na era digital. Assim, o foco principal da pesquisa é discutir de 
que maneira a tecnologia influencia o aprendizado da Língua Portuguesa em contexto 
escolar. Com base em autores como ROJO (2009), SAUSSURE (2012), LÉVY (1999), 
ZIMERMAN (2009), ALMEIDA (2015 E 2009), KENSKI (2008), BUZATO (2016), 
PALFREY e GASSER (2011) e ROQUE-FARIA (2014) e na perspectiva metodológica 
de viés qualitativo interpretativista (BAUER E GASKELL, 2002), escolhemos como 
instrumento, questionários aplicados a três professores de Língua Portuguesa de uma 
escola estadual de Sinop/MT e nove alunos, aleatoriamente escolhidos do mesmo locus. 
Nossa perspectiva é entender de que forma as tecnologias da informação influenciam no 
ensino de Língua Portuguesa. 
PALAVRAS-CHAVE: Ensino, Língua Portuguesa, Tecnologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonceca, Paula Linda S. The influence of information technology on teaching 
Portuguese. 2018/1. 43f. Completion of course work. - UNEMAT - University of the 
State of Mato Grosso. University Campus of Sinop. 
 
ABSTRACT 
 
This research paper discusses the influence of information technology on 
Portuguese language teaching. In the face of new technologies, it is fundamental that the 
student learn to understand the language as a complex but stimulating process. Otherwise, 
the education professional must be able to meet the educational demands in the digital 
age. Thus, the focus of the research is to discuss how technology influences the learning 
of the Portuguese language in a school context. Based on authors such as ROJO (2009), 
SAVY (2012), LÉVY (1999), ZIMERMAN (2009), ALMEIDA (2015 AND 2009), 
KENSKI (2008), BUZATO (2016), PALFREY and GASSER In the methodological 
perspective of the qualitative interpretative bias (BAUER and GASKELL, 2002), we 
chose as a tool questionnaires applied to three Portuguese-speaking teachers of a state 
school in Sinop / MT and nine students, randomly chosen from the same locus. Our 
perspective is to understand how information technology influences Portuguese language 
teaching. 
KEY WORDS: Teaching, Portuguese Language, Technology. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 
1 A EDUCAÇÃO E O DENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ................................... 2 
 1.1 A educação e a integração da tecnologia.............................................................9 
1.2 Influência e os impactos da tecnologia digital .................................................. 4 
1.3 Conhecimento e informação .............................................................................. 6 
1.4 A escola e o uso das tecnologias ......................................................................... 7 
1.5 O desenvolvimento teórico no espaço escolar ................................................... 8 
1.6 Novas Tecnologias e o ensino de Língua Portuguesa ..................................... 10 
2 O CAMINHO METODOLÓGICO ADOTADO ...................................................... 12 
2.1 Caraterização da pesquisa ............................................................................... 12 
2.2 Campo de pesquisa .......................................................................................... 12 
2.3 Instrumento de coletas de dados ..................................................................... 13 
2.4 Cenários e os participantes .............................................................................. 15 
2.5 Preparando a abordagem interpretativa ........................................................ 16 
3 AMOSTRA E ANÁLISES ....................................................................................... 18 
3.1 os primeiros participantes: a voz dos professores .......................................... 18 
3.1 Amostra dos resultados e análises, pesquisa com os alunos ........................... 25 
3.3 Concepções gerais em relação ao sistema de ensino e proposta pedagógica 
atual ....................................................................................................................... 35 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 38 
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 40 
5.1 WEBGRAFIAS..................................................................................................... 41 
6.0 ANEXOS ..................................................................................................................40 
 
 
 
 
1 
 
 INTRODUÇÃO 
 
Sabemos que novos tempos pedem novos letramentos, afirmou certa vez, Rojo 
(2009). O uso de novas tecnologias da comunicação e de informação em sala de aula nos 
apresenta, constantemente, que a aprendizagem também muda: já não somos mais 
prisioneiros de apenas uma informação, podemos agora nos libertar interagindocom 
outros textos, imagens e sons. Os textos trabalhados, na perspectiva dos multiletramentos 
são interativos, colaborativos, transgressivos, híbridos e fronteiriços. 
A pedagogia dos multiletramentos exige e incentiva um aluno crítico, autônomo: 
em vez de se discriminar o uso da internet e dos celulares e suas câmeras na escola, esses 
instrumentos são recursos para a interação e comunicação. O aluno não é mais objeto nos 
estudos, já dizia Paulo Freire (1996) não devendo, por isso, ser um depósito onde 
inserimos nossos conhecimentos. Para os multiletramentos, o aluno passa a ser sujeito de 
sua aprendizagem, transformando-se em criadores de sentido. 
Neste contexto vamos discutir de que forma as tecnologias da informação 
influenciam no ensino de língua. 
No primeiro capítulo, apresentamos as bases teóricas que discutem as influências 
digitais no meio social e no ensino de Língua Portuguesa. No segundo capítulo 
apresentaremos os passos metodológicos, quais sejam, a caracterização da pesquisa, o 
instrumento para a coleta de dados, os participantes de pesquisa e o lócus. 
Já no capítulo três apresentamos a análise dos dados, na tentativa de interpretar os 
dados coletados e oferecer uma reflexão do uso das novas tecnologias aliadas ao ensino 
de Língua Portuguesa, doravante LP. 
Nas Considerações Finais empreenderemos retomar as ideias que surgiram pelas 
análises e visualizaremos algumas considerações sobre as percepções do ensino atual e 
como vivenciam professores e alunos na era digital. 
 
 
 
 
 
2 
 
1 A EDUCAÇÃO E O DENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO 
 
 Abordaremos nesse capítulo, de maneira breve, a influência da tecnologia na 
educação, especificamente no contexto escolar, ensino de LP (Língua Portuguesa) . 
 
 1.1 A educação e a integração da tecnologia 
 
Compreender a trajetória da Educação é uma parte essencial da formação dos 
docentes. Desde que o ensino e a aprendizagem passaram a ser planejados e formalizados. 
A compreensão da evolução do sistema, à expansão do ensino e os caminhos que tomou 
torna-se mais fácil, a partir do momento que voltarmos nosso olhar à nossa herança 
cultural, a evolução da economia e a estrutura do poder político. 
Fazendo assim a interligação dos mesmos com os valores propostos, na escola, 
pela demanda social de educação, de acordo com o que vem de encontro aos interesses 
da elite dominante que perpetuam até os dias atuais no Brasil. 
O controle da organização do sistema educacional vem sendo feito de forma 
bastante defasada em relação aos anseios da sociedade, e as necessidades crescentes do 
desenvolvimento econômico. Nesse contexto, Zilberman (2009, p. 17) faz um reflexão: 
 
Tudo o que mudou parece ter mudado para melhor –MENOS A 
ESCOLA, com suas consequências: a aprendizagem dos alunos, a 
situação do professor, as políticas públicas dirigidas à educação, para 
não se mencionarem as condições de trabalho, onde predomina a 
insegurança, e o espaço físico das salas de aula, degradado e 
degradante. 
 
 Nessa concepção podemos observar que o ensino está desatualizado e em processo 
de comunicação convencionais, não adquirir a inovação e não buscar formas de utilizar o 
que as TIC’s (Tecnologia da Infomação e da Comunicação) tem a oferecer para a escola, 
pode afetá-la diretamente no desenvolvimento do aluno, trazendo a falta de suporte e 
apoio para novas pesquisas e limitação de conhecimento. 
 A tecnologia educacional não é uma atividade recente se levarmos em conta a 
inserção as mídias na educação. Desde o começo do registro da palavra escrita, passando 
ao uso de novas mídias, vemos evidências de discussão sobre o impacto dessas mediações 
no processo de ensino e aprendizagem. 
3 
 
Nas décadas de 1950 e 1960, a tecnologia educacional se integrou aos estudos 
vigentes em psicologia educacional. Em 1971, foi realizado, na Universidade Federal de 
São Carlos (UFSCar), um seminário sobre o uso de computadores no ensino de Física, 
bem como a I Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino 
Superior (I CONTECE) no Rio de Janeiro. 
Outras experiências surgiram como o uso de software para simulação no ensino 
de química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1973. As experiências 
culminaram no primeiro grande projeto de escopo nacional, o projeto EDUCOM no início 
dos anos 80 em cinco universidades brasileiras (UFMG, UFRGS, UFPE, UNICAMP e 
UFRJ). O projeto teve como objetivo articular os estudos desenvolvidos na universidade, 
que agiriam em consórcio, realizando de projetos em parcerias com escolas. 
Atualmente tendemos a associar a tecnologia a artefatos eletrônicos como o 
computador ou o tablet. No entanto, o giz e lousa, tido como artefatos antiquados 
(antigamente eram feitas de pedra - ardósia) bem como os livros impressos são 
tecnologias sofisticadas, largamente utilizadas ao redor do planeta. 
Um dos grandes desafios para os sistemas de ensino é a reflexão sobre o papel do 
desenvolvimento tecnológico e seus artefatos e sistemas (atualmente associados às TIC’s) 
no ambiente educacional, tais como o papel da internet, da televisão e do rádio que 
funcionam como meios educativos formais ou informais. Conforme afirma Kenski (2008, 
p. 44). 
A maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar no processo 
educativo. Não são nem o objeto, nem a sua substância, nem a sua 
finalidade. Elas estarão presentes em todos os momentos do processo 
pedagógico, desde o planejamento das disciplinas, á elaboração da 
proposta curricular até a certificação dos alunos [...]. 
 
O propósito é de aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem com a utilização 
de ferramentas tecnológicas sugerindo reformulações na didática de sala de aula como 
oportunidades de melhoria, assim, o educador e o educando, como utilizadores da 
tecnologia, são importantes fatores na construção do conhecimento. No mesmo viés com, 
relação as mudanças, coloca-se em questão muitos valores fortemente estabelecidos em 
nossa sociedade, Levy (1999) afirma que 
 
[...] estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e 
cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas nos planos 
econômico, político, cultural e humano. [...] que tentemos compreende-
la, pois a verdadeira questão não ser contra ou a favor mais sim 
reconhecer as mudanças qualitativas na ecologia dos signos ambiente 
4 
 
inédito que resulta da extensão das novas redes comunicação para a vida 
social e cultural. Apenas dessa forma seremos capazes de desenvolver 
estas novas tecnologias dentro de uma perspectiva humanista. Levy 
(1999, p.11) 
 
Nessa perspectiva, a tecnologia é, hoje, parte inerente da vida do ser humano de 
modo que não se consegue viver separado dela. Assim vem sendo desenvolvida há vários 
anos, a cada época o homem acrescenta métodos ainda mais revolucionários neste campo, 
coincidentemente trazendo benefícios e incertezas a humanidade. A tecnologia tem e 
teve, em todas as sociedades, um papel substancial no domínio da natureza, no controle 
do ambiente e na resolução dos problemas. 
 O ensino de Língua Portuguesa das escolas públicas deve se adequar ao uso das 
novas tecnologias, pois vivemos diante de uma nova geração de estudantes e observa-se 
que o mundo digital está cada vez mais inserido na rotina de estudos dos alunos, seguido 
da grande influência que se aplica em seu contexto social. 
 
1.2 Influência e os impactos da tecnologia digital 
 
 O uso das ferramentas tecnológicas na escola agilizam as atividades desenvolvidas 
no dia a dia, tanto pelos alunos, como pelos professores, seja em uma pesquisa didática 
ou na comunicação entre eles, proporcionando novos caminhos para o ensino e 
colaborando dessa forma, com o processo de aprendizagem de todos. Rojo (2009, p.11) 
destaca “defendo que um dos objetivos principais da escola é possibilitar que os alunos 
participem das várias práticas sociais que se utilizamda leitura e da escrita (letramentos) 
na vida da cidade, de maneira ética, crítica e democrática.” 
 A tecnologia trouxe à sociedade várias vantagens e benefícios destinados aos 
estudos, conhecimentos e práticas, assim como revolucionou métodos e meios pelo qual 
os professores passaram a ser muito mais dinâmicos e motivacionais ao ministrarem suas 
aulas. 
 A influência da tecnologia desencadeou um processo interativo e avançado na 
educação, com distintas maneiras de se aprender, métodos organizados e elementos 
componentes de uma farta produção de conhecimentos. Tal influencia propõem a troca 
de informação voltada ao meio social adicionando a cultura, “não apenas em relação à 
infraestrutura material, mas quanto ao oceano de informações que a comunicação digital 
5 
 
abriga, assim como, aos humanos que navegam, habitam e se alimentam desse universo” 
(Lévy, 1999, p. 17). O autor destaca que a cibercultura seria, então, a cultura dotada de 
técnicas, valores, pensamentos e atitudes das pessoas que se articulam nesse novo espaço 
Palfrey e Gasser (2011) argumenta que, aprender é muito diferente para os jovens 
de hoje do que era a 30 anos atrás, A internet está mudando a maneira com que as crianças 
coletam e processam informações em todos os aspectos se suas vidas. 
 A tecnologia desperta a curiosidade, mas não apenas isso, proporciona um maior 
interesse nos alunos, uma nova forma de pensar, comunicar, ajudar o próximo, estudar e 
aprender. Quando o conteúdo é passado de forma atraente, dinâmico, os alunos tendem a 
ter um maior interesse e buscam novas formas para resolver os problemas apresentados 
em sala de aula. 
 As TIC’s ajudam na construção de uma comunicação mais clara, direta e global. 
Uma comunicação mais rápida e eficaz, que aproxima não só alunos dos professores, mas 
também aproxima pais e responsáveis pela escola. Com o uso das tecnologias na escola, 
a comunicação se torna mais fácil, seja para escola enviar um comunicado aos pais, uma 
atividade, ou os pais saberem como anda a vida escolar do filho. Dito assim Kenski (2008, 
p. 47) afirma que; “Já não se trata apenas de um novo recurso a ser incorporado a sala de 
aula, mas de uma verdadeira transformação, que transcende até mesmo os espaços físicos 
em que ocorre a educação”. 
 Para Lévy (1999, p.158), essa nova educação deve preferir a imagem livre de 
espaço “espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não-
lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos, nos quais cada um 
ocupa uma posição singular e evolutiva”. 
 Afinal, o uso da tecnologia faz parte da vida das novas gerações fora da sala de 
aula e, por isso, a sua aplicação em benefício da educação é um importante caminho para 
aumentar o dinamismo das aulas. 
Neste sentido, Lévy coloca em foco a organização do sistema educacional e o 
papel do professor. Ambos devem levar em conta o crescimento do ciberespaço e o 
avanço da cibercultura. O educador deveria deixar o papel historicamente construído de 
centralizador do conhecimento para se tornar um incentivador da inteligência coletiva. 
No entanto, ainda que a cibercultura não seja uma verdade universal, o caminho que a 
6 
 
internet nos sugere é sem volta, portanto, precisa ser compreendido e a sociologia tem 
muito a contribuir. 
 Porém, essa nova geração está habituada a procurar diversões, em jogos na 
internet, perdendo assim a vitalidade e vivendo mais para si mesmos e seus interesses, 
com resultados não satisfatórios em meio a sociedade, pois traz o isolamento e baixo 
rendimento escolar, crescendo com a visão de que nas redes sociais a imagem a ser 
passada tem que ser sempre sorrindo, para que assim ganhem curtidas e também muitos 
amigos e esses somente por trás da tela. 
 Assim ao estar diante de pessoas do seu dia-dia isso não acontece tornando-se 
pequenos adultos, frios, presos em uma vida dupla e que com o tempo acaba perdendo o 
sentido e a essência, aumentando os riscos de depressão, consumismo, obesidade entre 
outros. 
Palfrey e Gasser (2011, p. 51) deixa exposto que a educação oferece a maior 
promessa em termos de ajudar aos jovens a enfrentar a sobrecarga de informações. Assim 
professores tem que sentar com as crianças para aprender as habilidades e dominar as 
ferramentas que elas vão precisar usar durante a vida em uma era digital. 
As TIC’s estão interferindo grosseiramente e diretamente na vida dos alunos dessa 
nova geração, ao ponto de afetar a leitura, escrita e fala dos alunos. É frustrante ter tudo 
para o desenvolvimento escolar e global usado de maneira errada, saber que a educação 
não consegue acompanhar o ritmo, Palfrey e Gasser (2011, p. 305) mostra com clareza a 
preocupação em que, “os pais e os professores tem muitas razões para se preocupar, eu 
sei, muitas delas estão relacionadas á privacidade ou aos hábitos de surfar na web de suas 
crianças. Mas isto é importante, e mais ainda a cada dia que passa”. É preciso ter cautela 
e foco na utualidade. 
 
1.3 Conhecimento e informação 
 
Lévy com sua obra “Cibercultura” nos propõe repensar completamente o papel do 
conhecimento/informação/comunicação na sociedade, pois esses fatores eram vistos 
como algo secundário, influenciados pela política e economia, o advento da Internet nos 
expôs uma realidade que torna este tipo de visão ineficaz, tendo em vista que a sociedade 
7 
 
passa a fazer macro mudanças que são inexplicáveis devido a chegada da rede e, com 
isso, surgem novas formas de se vender, de comprar, de se informar, se comunicar e de 
se relacionar. 
Sendo assim, não é a economia ou a política e nem o social que estão provocando 
tais fatos, mas sim essas macro mudanças no ambiente da mídia, que envolve o 
conhecimento, a informação e a comunicação. “Não há uma "causa" identificável para 
um estado de fato social ou cultural, mas sim um conjunto infinitamente complexo e 
parcialmente indeterminado de processos em interação que se auto sustentam ou se 
inibem”. Lévy (1999, p. 28). 
A verdade é que a tecnologia sempre acompanhou o homem, melhor dizer que o 
homem, na sua evolução, sempre buscou ampliar suas tecnologias. Diga-se então que a 
tecnologia e a sociedade sempre estiveram lado a lado no processo evolutivo. 
As implicações culturais citadas pelo teórico Lévy mostra o desenvolvimento das 
TIC’s e da comunicação, está em campo de estudo, questões econômicas e industriais, os 
problemas relacionados com o emprego e as questões jurídicas. O que é a nossa sociedade 
não é mais local, ela engloba o mundo todo, assim como culturas, modificadas que 
sofreram transformações por conta de tecnologia que aproximam e interferem na 
sociedade. Em uma afirmação Lévy (1999, p.79) diz que “Os indivíduos ou grupos 
participantes são imersos em um mundo virtual, ou seja, eles possuem uma imagem de si 
mesmos e de sua situação.” 
A informação também é primordial para essa forma de cibercultura, em que o 
mundo é baseado diretamente na informação e tecnologia, o rendimento capitalista hoje 
é um ritual de devolução, o que é uma modificação e implementos que envolvem uma 
necessidade do ser humano de reinventar, trazendo outras formas de comunicar e informar 
também estão evoluindo, o que é como uma sociedade da comunicação que depende da 
informação para gerir sua vida. 
 
1.4 A escola e o uso das tecnologias 
 
As escolas, em geral, possuem vários equipamentos tecnológicos, porém, em sua 
grande maioria, a capacidade desses equipamentos não são usados 100%, falta recurso 
8 
 
aos professores, apoito técnico e capacitação referente ao uso dessas tecnologias. O que 
deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade? Precisa fundamentalmente de 
professores bem preparados, motivados, e bem remunerados e com formação pedagógica 
atualizada. Isso é incontestável. 
Em relação às competências e habilidades de escrita, o professor precisa, 
atualmente, adquiriruma gestão dos tempos a distância combinado com o presencial. O 
que vale a pena fazer pela Internet que ajuda a melhorar a aprendizagem, que mantém a 
motivação, que traz novas experiências para a classe, que enriquece o repertório do grupo 
dos educadores. 
Os ambientes virtuais que complementam o que fazemos em sala de aula. O 
professor e os alunos deveriam ser “liberados” de algumas aulas presenciais para aprender 
a gerenciar classes virtuais, a organizar atividades que se encaixem em cada momento do 
processo e que dialoguem e complementem o que estavam fazendo na sala de aula e no 
laboratório. 
A falta de capacitação dos professores é a principal dificuldade encontrada para a 
utilização das tecnologias em sala de aula. Outro problema é a falta de infraestrutura 
adequada nas instituições. A pesquisadora cita escolas de ensino fundamental e médio, 
mas os mesmos dilemas podem ser encontradas nas universidades do país. 
 De modo geral o uso da tecnologia ainda parte mais da ação individual do 
professor do que das escolas, as instituições estão se mobilizando, no Brasil e no exterior, 
para abraçar o digital não apenas na sala, mas em um projeto educacional mais amplo. 
 
1.5 O desenvolvimento teórico no espaço escolar 
 
A escola trabalha de duas maneiras: recorre a objetos educacionais digitais, como 
vídeos, animações, imagens e infográficos, para dar suporte às aulas, e estimula a pesquisa 
dos alunos na internet, com a orientação do professor sobre como encontrar a informação 
desejada de forma segura e a partir de fontes confiáveis. Entretanto, não são só benefícios 
que os dispositivos móveis trazem. O colégio controla o uso quando a aula não necessita 
dos aparelhos e bloqueia o acesso às redes sociais, os principais vilões quando o assunto 
é distração. 
9 
 
 Segundo Rojo, é “preciso que a instituição escolar prepare a população para um 
funcionamento da sociedade cada vez mais digital e também para buscar no ciberespaço 
um lugar para se encontrar, de maneira crítica, com diferenças e identidades múltiplas.” 
(ROJO, 2013, p. 7) 
Na Escola pesquisou-se, a tecnologia é mais usada pelos professores, embora os 
alunos também usufruam em determinados momentos. É preciso fazer com que o 
estudante participe do processo, saiba contar o que aprendeu. Para não ficar somente no 
virtual, fazem seminários, debates e pesquisas. Tentamos resgatar o diálogo, a conversa 
e discussão entre eles. 
Rojo (2009) faz um levantamento do conceito e a importância dos 
multiletramentos, a obra “Letramentos múltiplos, escola e inclusão social”, traz trabalhos 
e propostas realizadas pelos alunos, todos inovadores e diretamente ligados aos conceitos 
abordados no livro. Essas produções foram divididas em dois momentos distintos: 
1. Por uma educação estética: Blog na séries iniciais, Chapeuzinho Vermelho na 
cibercultura, minicontos multimodais; Hipercontos multissemióticos: para promoção dos 
multiletramentos; Projeto arte: uma proposta didática; Gêneros poéticos em interface com 
gêneros multimodais. 
2. Por uma educação ética e crítica: O manguebeat nas aulas de português: 
videoclipe e movimento cultural em rede; A canção roda-viva: da leitura as leituras; 
Documentário e pichação: a escrita na rua como produção multissemiótica; As múltiplas 
faces do Brasil em curta metragem: a construção do protagonista juvenil; Radioblog: 
vozes e espaços de atuação cultural. Se a teoria do letramento enfatizava a necessidade 
de letrar e não somente alfabetizar, hoje em dia, com as novas mídias, precisa-se renovar, 
reinventar nossa prática escolar, nossa didática e a própria escola, não somente letrando, 
mas sobretudo multiletrando. 
A leitura e a abordagem das práticas escolares, são extremamente 
relevantes para professores, alunos e interessados na área de letramento 
e das novas perspectivas em relação a um novo modo de ensinar. “O 
que se pode constatar é que os alunos não deixam de ter contato com 
esses saberes que se apresentam nas novas mídias; o que ocorre é que 
eles usam mais os meios digitais fora do ambiente escolar e para uma 
gama de diferentes propósitos. (Rojo, 2013, p. 57) 
As propostas mostram como trabalhar com Blogs, Minicontos, Radioblog, 
Hipercontos entre outros. Nada mais necessário e inovador na e para a escola. 
10 
 
1.6 Novas Tecnologias e o ensino de Língua Portuguesa 
 
O ensino atualmente de LP tem seu olhar voltado às práticas discursivas, a partir 
de atividades que envolvam o uso da língua, como produção e compreensão de textos 
orais e escritos em diferentes gêneros, seguidas de atividades de reflexão sobre a língua 
e a linguagem a fim de aprimorar as possibilidades de uso. 
Para trabalhar essas práticas em sala de aula, o professor de LP dispõe de vários 
materiais e recursos que podem auxiliar, porém junto com as diversas possibilidades, 
surgem as dificuldades de escolha, não basta apenas termos acesso a essas tecnologias, 
mas, principalmente, saber como inseri-las na busca e seleção de informações, permitindo 
aos alunos a interação dentro do contexto proposto. Colaborando com esse viés Roque-
Faria (2014, p.45) afirma: 
As propostas governamentais para ensinar a Língua Portuguesa pauta-
se pela criticidade e visa a formação de cidadãos reflexivos. Todavia, 
as pesquisas intensificam e os debates teóricos revelam grande 
preocupação no que tange o papel dos cursos de formação às práticas 
de ensino, em contexto de sala de aula de ensino básico, que parecem 
distanciar e divergir da realidade vivida. 
Não se pode continuar formando aquele ser humano mercadoria, com mão de obra 
barata da sociedade tecnológica, é necessário sim formar um ser humano programador da 
produção, capaz de interagir com os mecanismos aquênicos da comunicação. 
Todavia, concebe-se um ser participativo, que saiba dialogar com os novos valores 
tecnológicos, e não um ser humano receptor e passivo, de forma que os novos meios de 
inclusão digital estejam presentes como fundamentos da nova educação, onde os valores 
da sociedade estarão presentes e serão parte integrante desta nova escola, a qual conseguiu 
a superação dos recursos tecnológicos, que dantes vista apenas como um mero 
instrumental didático-pedagógico, ao desenvolvimento das tecnologias da informação e 
comunicação em sua globalidade espacial e temporal. Roque-Faria (2014, p. 25) ao 
salientar que “a educação de qualidade é direito fundamental de todo cidadão brasileiro”, 
segue afirmando que: 
Parece perdurar as alegações de que no ensino LP apenas os 
alunos são alvo de críticas de que “não conseguem ler e 
escrever”; “não desenvolvem suas habilidades de letramento em 
sala de aula”; “não alcançam os estímulos dados e propostos pela 
escola”, etc. porém, há outros domínios a serem considerados na 
contemporaneidade, dentre eles, o professor deve assumir a 
11 
 
posição de mediador das ações do conhecimento; e isso implica 
que ele se torne aprendiz e interlocutor de seu fazer docente. 
Roque-Faria (2014, p.57) 
 
Precisa-se focar no aluno, capacitá-lo com uma formação crítica, além de saberes 
técnicos e tecnológicos, para que o mesmo possa idealizar um protótipo pensante em uma 
sociedade automatizada, produzir em seus educandos uma consciência autônoma e capaz 
de fazer acontecer uma revolução da e na aprendizagem, rumo ao conhecimento. 
Os professores de LP podem utilizar de recursos que possibilitam essa nova 
linguagem, disponibilizar a produção de textos digitais, inserir imagens, criação e 
apresentação de slides e utilizar recursos áudio visuais. Trabalhar com hipertextos, 
dispondo de novas leituras, desenvolvendo assim um letramento digital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 O CAMINHO METODOLÓGICO ADOTADO 
 
Neste capítulo demonstramos o desenvolvimento da pesquisa. Neste sentido, o 
instrumento, os participantes e o lócus contribuirão para erigir um espaço que nos 
permitiráempreender as análises. 
 
2.1 Caraterização da pesquisa 
 
Este trabalho possui um caráter de pesquisa qualitativa interpretativista, pois, 
como afirma Bauer e Gaskell (2012, p.15) “a pesquisa qualitativa evita números, lida com 
as interpretações das realidades sociais e é considerada pesquisa soft”, propõe investigar 
e mostrar alguns problemas encontrados na escola, neste caso, relacionado ao às 
tecnologias aplicadas ao ensino de LP e discutir de que maneira influencia no 
aprendizado, quando auxiliares e aplicadas na escola. 
Dessa forma, a pesquisa permitiu um contato maior com os entrevistados, dando-
lhe a oportunidade de refletir sobre o processo de ensino e as tecnologias como aliadas 
do profissional de ensino. 
 
2.2 Campo de pesquisa 
 
A escola pesquisada localiza-se na Rua das Avencas, 2261 Setor Comercial Sinop 
– MT, atende cerca de 1.500 alunos em 3 turnos (matutino, vespertino e noturno), com 
nível do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e o ensino médio (1º ao 3° ano). Equipamentos 
tecnológicos a escola possui computadores administrativos, computadores para alunos, 
TV, DVD, copiadora, retroprojetor, impressora, projetor multimídia (Datashow), câmera 
fotográfica/filmadora e sala de informática para atividades práticas dos alunos. 
Conta com um quadro de 52 funcionários, contém18 salas de aula cada sala com 
aproximadamente 33 carteiras, todas as salas possuem ar condicionado. Cada sala tem 
quatro janelas e um quadro branco, alguns quadros danificados e outros em posição 
inadequada, muito alto ou muito baixo. A escola ainda conta com uma biblioteca, não 
muito atualizada, sala para os professores com banheiro, bebedouro e armários 
13 
 
individuais, um laboratório de informática, com computadores antigos mas agora conta 
com um supervisor que está apto a auxiliar os professores, três bebedouros, são dois 
banheiros, um masculino e um feminino, uma cantina, três salas administrativas: a da 
coordenação, a secretaria e a diretoria. 
 A escola ainda comporta um laboratório de ciências, uma quadra esportiva 
coberta e um amplo refeitório com aproximadamente 12 mesas grande e cada mesa com 
bancos grandes de cada lado. A escola está sempre buscando meios de melhorar e fazer 
as adaptações necessárias, porem isso requer recursos, financeiros e a colaboração dos 
estudantes. 
A escolha da escola se deu por ser localizada no centro da cidade e que recebe 
alunos provenientes de todos os bairros da cidade e que agrega alunos de diferentes 
culturas. 
 
2.3 Instrumento de coletas de dados 
 
A pesquisa segue abordando as práticas dos professores de Língua Portuguesa em 
sala de aula, a preparação da escola para a globalização e o acompanhamento frente as 
novas tecnologias. A pesquisa foi realizada em forma de entrevista com questionários 
direcionados a alunos de 1º ao 3º ano do ensino médio nos três períodos e para professores 
Língua Portuguesa. 
As perguntas foram elaboradas de forma aberta para facilitar a investigação da 
estrutura natural das respostas, com respeito ao tópico específico. Utiliza-se como base 
Bauer e Gaskell (2002, p.417) enfatiza que: “Um ponto importante na construção do 
questionário, é que as perguntas não apenas buscam informações dos correspondentes: 
elas também contém informações”. 
Os participantes, foram convidados a pesquisa de maneiras diferentes. Aos 
professores foi solicitado a permissão para a aplicação do questionário de maneira 
individual. 
Aos alunos, selecionados aleatoriamente e agrupados em equipes com 3 
participantes, procuramos deixar sempre claro o objetivo da pesquisa e a liberdade para 
quem tivesse interesse em participar. 
14 
 
Segundo Bauer e Gaskell (2002, p.75) tal procedimento objetiva trazer os alunos 
em grupo e “estimular os participantes a falar e a reagir àquilo, que outras pessoas no 
grupo dizem”, produzindo uma interação social mais autêntica. 
No decorrer da pesquisa foi necessário observar, de forma geral, o ambiente 
disponibilizado e elaborar as questões. Inicialmente, como procedimento técnico, a 
escolha do material bibliográfico, artigos científicos, material disponibilizado na Internet 
e documentos oficiais nos fez compreender melhor a delimitação do tema, de modo a 
preservar a identidade dos professores e alunos. Os sujeitos serão identificadas pelas letras 
A, B, C, D, F, G, H, I, J, K e L para os alunos para os professores as letras A, B e C. 
Compôs o questionário dez perguntas para professores e dez perguntas para os 
alunos do Ensino Médio, sendo duas perguntas periféricas e oito centrais. 
Os dados foram coletados, observando o tempo de formação, a interação com as 
novas tecnologias, a forma de aquisição de conhecimento básico de algumas ferramentas 
tecnológicas, a relação que concebem as novas tecnologias. 
Por se tratar de pesquisa qualitativa interpretativista estabelece-se um processo de 
compreensão entre o que a escola tem a ofertar aos alunos e aos professores e as reais 
condições dadas em sala de aula. 
Como preocupação essencial, estabelecer um ambiente natural para a geração dos 
dados, a pesquisadora buscou se preocupar com o processo, e não simplesmente com os 
resultados e o produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2.4 Cenários e os participantes 
 
A primeira etapa da pesquisa realizou-se com os professores, sendo dois 
licenciados em Letras Port/Inglês e um licenciado em Letras Port/Espanhol, interessados 
no assunto, ofereceram para contribuir com a pesquisa, pois este é um tema que abrange 
diretamente a área educacional e se torna interessante para o espaço pesquisado. O quadro 
um abaixo descreve as características dos participantes: 
 
Quadro 01 - Descrição geral dos professores entrevistados 
Professor Licenciado em: Formação 
Contínua 
Tempo de 
atuação 
Período em que 
atua na Escola 
Professor A 
Graduado em letras port/inglês 
Pós-graduado Latu 
Sensu 
19 anos Matutino 
Professor B 
Graduado em letras port/inglês 
Doutorado em 
Educação 
28 anos Vespertino 
Professor C 
Graduado em letras port/espanhol 
Pós-graduado Latu 
Sensu 
22 anos Noturno 
 
Na segunda etapa da pesquisa, procuramos elaborar as perguntas para compor o 
questionário direcionado para os alunos. A divisão foi feita da seguinte forma: 
a) 3 alunos do período Matutino; 
b) 3 alunos do período vespertino; 
c) 6 alunos do período noturno. 
Importante salientar que a escolha de 06 alunos do noturno se deve ao fato que de muitos 
se mostraram interessados. Também como procedimento metodológico, esclarecemos ao 
coordenador da escola, e só iniciamos mediante uma autorização dos responsáveis. O 
quadro dois serve para descrever o grupo de participantes: 
 
 
 
16 
 
Quadro 02 - Descrição geral dos alunos entrevistados 
Alunos Série Idade Período 
Aluno A 1º Ano do Ensino Médio 17 anos Matutino 
Aluno B 1º Ano do Ensino Médio 17 anos Matutino 
Aluno C 1º Ano do Ensino Médio 17 anos Matutino 
Aluno D 2º Ano do Ensino Médio 17 anos Vespertino 
Aluno E 2º Ano do Ensino Médio 18 anos Vespertino 
Aluno F 2º Ano do Ensino Médio 16 anos Vespertino 
Aluno G 3º Ano do Ensino Médio 17 anos Noturno 
Aluno H 3º Ano do Ensino Médio 16 anos Noturno 
Aluno I 3º Ano do Ensino Médio 17 anos Noturno 
Aluno J 3º Ano do Ensino Médio 16 anos Noturno 
Aluno K 3º Ano do Ensino Médio 17 anos Noturno 
Aluno L 3º Ano do Ensino Médio 16 anos Noturno 
 
2.5 Preparando a abordagem interpretativa 
 
Na análise de dados iremos utilizar da interpretação das respostas e de gráficos 
para esclarecimento da fala do pesquisado, interpretando as informações contidas nas 
entrelinhas do trabalho. Na análise entramos com mais detalhes sobre os dados, afim de 
conseguir respostas ás suas indagações, e procura estabelecer relações dos dados obtidos 
e as hipóteses formuladas. 
Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem 
descrever a complexidadede determinado problema, analisar a 
interação de determinadas variáveis, compreender e classificar 
processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo 
de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de 
profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento 
dos indivíduos. Richardson (1999, p. 80) 
 
Entre os vários tipos de análise, a que mais aproxima-se da modalidade da 
pesquisa realizada é a observação participante, que segundo Richardson (1999, p. 261) 
define-se pelo fato de que “o observador não é apenas um espectador do fato que está 
sendo estudado; ele se coloca na posição e ao nível dos outros elementos humanos que 
compõem o fenômeno a ser observado”. Ao pesquisar nos inserimos nas atividades 
17 
 
cotidianas ligadas ao uso das novas tecnologias educacionais, o que facilita a abordagem, 
com grande redução dos vieses relacionados a inibições ou mudanças de rotina. 
Seguido do procedimento técnico de escolha bibliográfica, partiremos para a 
escrita do fenômeno estudado, de modo a confrontar, coletar e apresentar novos dados 
referentes à temática. Em seguida prosseguiremos com a pesquisa qualitativa, pois ao 
abordar o problema, além de interpretar as ideias e as informações não mensuráveis de 
modo objetivo, foi possível ainda confrontar essas interpretações com dados numéricos. 
A interpretação qualitativa baseou a maior parte da pesquisa, e foi substrato para a análise 
e interpretação dos dados numéricos da pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
3 AMOSTRA E ANÁLISES 
 
Abordaremos neste capítulo a compreensão dos dados coletados, buscando 
meditar pelas análises, de que forma as tecnologias podem mediar o ensino de LP na 
escola pesquisada. 
 
3.1 Os primeiros participantes: a voz dos professores 
 
Com a pesquisa procuramos vivenciar, experimentar o espaço escolar. Ouvir os 
participantes é considerar a subjetividade e a complexidade das relações humanas 
existentes no cotidiano escolar e que muitas das vezes são ocultas. Alertamos que das 10 
perguntas, duas são periféricas. 
O quadro três apresenta as respostas dos participantes da questão três: A escola 
motiva os professores a utilizarem nas suas aulas as novas tecnologias? 
Quadro 03 – Resposta dos professores entrevistados I 
PROFESSOR A B C 
RESPOSTA Raramente Sem recursos A metodologia do 
professor que exige 
o uso das 
tecnologias. 
 
O questionamento sobre o uso das tecnologias pelos professores é algo frequente 
nas escolas. Muitas vezes os professores inovadores por natureza, que buscam diferenciar 
suas aulas com a ajuda das tecnologias, mas não tem o apoio da gestão ou falta-lhes 
recursos. 
Os conhecimentos sobre letramento, multiletramentos e cibercultura são 
indispensáveis para a construção de uma prática docente que priorize a exploração e o 
uso adequado das novas tecnologias da informação e da comunicação. A escola está muito 
primitiva, em relação à onda tecnológica e às mudanças na sociedade atual. A 
responsabilidade de ofertar um ensino dinâmico e colaborando com as necessidades de 
19 
 
leituras múltiplas do contexto em que vivemos não é apenas do professor, mas de todos 
os atores educacionais. 
Afirma Rojo (2012, p.123) que é preciso “Pensar o papel da escola em um mundo 
globalizado e, por que não dizer, digitalizado e multifacetado, tornou-se imprescindível”, 
nessa perspectiva, observamos a importância do processo de ensino ligado diretamente 
as TIC’s, para a transformação e a inclusão do indivíduo no mundo globalizado. 
A representação gráfica abaixo, visualiza alguns resultados encontrados, por meio 
da realização dos questionários, pois objetivávamos saber que equipamentos estariam 
disponíveis aos professores. Sendo assim na questão quatro perguntamos: Quais recursos 
tecnológicos a escola disponibiliza para o professor? 
Gráfico 1 - Conhecimento e utilização por parte dos professores de algumas 
ferramentas tecnológicas. 
 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
Pelo gráfico, os recursos reais que a escola disponibiliza é o data show, é o 
equipamento de maior acesso. Vemos que no questionário os professores relatam que não 
utilizam com tanta frequência outros equipamentos, pois não funcionam e a escola não 
disponibiliza de suporte técnico para auxiliá-los. 
1
3
2
1
T a b l e t D a t a S h o w N o t e b o o k S a l a d e i n f o r m á t i c a
Recursos tecnológicos 
Série 1
20 
 
A questão cinco, procuramos indagar: De que maneira essas tecnologias são 
utilizadas em seu contexto de ensino de Língua Portuguesa? 
Quadro 04 – Resposta dos professores entrevistados II 
Professores A B C 
Respostas Plataformas, 
sites e 
programas. 
Texto projetados pois 
não tem recursos para 
tirar copias para todos, 
vídeos, filmes e vídeo 
aulas. 
As tecnologias são 
usadas diariamente, por 
diferentes professores, 
conforme, utilizo 
conforme o 
planejamento. 
 
De forma geral, podemos perceber que os professores deveriam explorar mais essa 
ferramenta, por mais que os equipamento não estejam em ótimas condições. São 
componentes fundamentais no âmbito, escolar, pois o funcionamento da escola e o bom 
desempenho dos alunos, dependem não só dos recursos disponíveis mas do trabalho e 
empenho do educador. 
No trabalho com projetos há de se ir além da superação de 
desafios, buscando desvelar e formalizar os conceitos implícitos 
no desenvolvimento do trabalho para que se estabeleça o ciclo da 
produção do conhecimento científico que vai tecendo o currículo 
na ação. (Valente, 2001, p.30) 
 
Como vemos em Valente, as novas maneiras de ensinar, aprender e desenvolver o 
currículo por meio da integração das TIC fomenta na prática pedagógica o 
desenvolvimento de aprendizagens significativas, especialmente quando se realiza a 
integração dos conteúdos escolares por meio de projetos interdisciplinares. 
Diante dessa proposta, na questão seis interrogamos: A tecnologia pode 
transformar a educação? 
 
 
 
 
21 
 
Gráfico 2 – Opiniões sobre a tecnologia na educação. 
 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
Todos concordam com a transformação que as nossas tecnologias proporcionam 
a educação, as escolas e as tecnologias sempre estiveram presentes na educação formal, 
o que faz necessário é o fato de que as instituições de ensino tem o papel de formar 
cidadãos críticos e criativos em relação ao uso dessas tecnologias. Para tanto é preciso 
que as mesmas abandonem a prática instrumental das tecnologias, e faça avaliações sobre 
o trabalho com a inserção das novas tecnologias educativas, visto que: 
Temos de avaliar o papel das novas tecnologias aplicadas à educação e 
pensar que educar utilizando as TIC’s (e principalmente a internet) é 
um grande desafio que, até o momento, ainda tem sido encarado de 
forma superficial, apenas com adaptações e mudanças não muito 
significativas. Sociedade da informação, era da informação, sociedade 
do conhecimento, era do conhecimento, era digital, sociedade da 
comunicação e muitos outros termos são utilizados para designar a 
sociedade atual. Percebe-se que todos esses termos estão querendo 
traduzir as características mais representativas e de comunicação nas 
relações sociais, culturais e econômicas de nossa época (SANTOS, 
2012, p. 2). 
Santos afirma, que as tecnologias proporcionam um grande impacto no processo 
de ensino e aprendizagem, uma vez que essa facilidade de acesso às informações pode 
oferecer inúmeras possibilidades para a prática pedagógica, porem ele ressalta a grande 
dificuldade na adaptação dessas mudanças, incluídas de forma breve e rasa. 
RESPOSTA
SIM NÃO
22 
 
Referente as capacitações, objetivamos na questão sete a seguinte pergunta. Você 
foi capacitado por algum programa do governo ou por conta própria? 
Gráfico 3 – Capacitação tecnológica. 
Fonte:informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
Os professores entrevistados, buscam a capacitação para melhorar o seu 
desempenho em sala, porém, muitas vezes esse incentivo vem só do seu próprio bolso, 
falta recursos, investimento e o apoio aos professores. 
Entende-se que, a formação do professor precisa ser encarada como um processo 
permanente, pois as escolas estão formando novos cidadãos e precisam estar aptos com o 
desenvolvimento cotidiano a sua volta. Partindo dessa perspectiva, o professor de Língua 
Portuguesa precisa estar habilitado a incentivar o uso dessas tecnologias como uma 
ferramenta forte de leitura, escrita, habilidades de compreensão e produção, mas isso só 
é possível através das capacitações. Nesse viés Rojo e Moura afirma que: 
O mundo contemporâneo impões aos sujeitos uma variedade infindável 
de exigências que multiplicam enormemente a gama de práticas, 
gêneros e textos que nele circulam e que, de uma forma ou de outra, 
devem ser abordadas no ambiente escolar. (Rojo e Moura 2012, p. 83) 
 
 A autora relata a importância da pratica para a inserção de gêneros frente ao 
ensino, sendo assim a capacitação deverá ser realizada de forma continuada que permitirá 
aos participantes obter conhecimentos teóricos para desenvolver essas habilidades 
práticas permanentemente. 
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Capacitação Própria Capacitação Pelo Governo
Série 1
23 
 
No quadro 05 podemos analisar a resposta da questão oito: Como as instituições 
de ensino devem se organizar para dinamizar, facilitar e possibilitar a utilização das 
tecnologias digitais? 
Quadro 05 – Resposta dos professores entrevistados III 
Professores A B C 
Respostas Democratizar os 
interesses e achar uma 
forma de incentivar e 
dinamizar. 
Tem que 
disponibilizar esse 
material à escola, 
disponibilizar essa 
formação aos 
professores. 
Colocar internet 
de qualidade. 
 
Nas respostas dadas, visualizamos que as instituições devem fornecer mais 
incentivo, mais formação e recursos ao professores, visando que as ferramentas digitais, 
como aliada do processo de aprendizagem, já passou da fase de tendência e adentrou ao 
campo da necessidade, já que cada vez mais a tecnologia faz parte das tarefas mais 
simples do dia a dia. 
Os professores expressam em suas respostas a necessidades da implantação de 
novos recursos, utilizar um sistema de ensino que forneça softwares e objetos digitais 
visando à utilização integrada do material didático, ao ensino da LP. Garantindo melhor 
aproveitamento nas aulas e real interação com o conteúdo, sendo um passo à frente para 
as escolas na implementação na tecnológica, de maneira mais prática e efetiva. 
Na nona questão seguimos com a pesquisa abordando as dificuldades dessa 
prática: Tendo em vista o uso das tecnologias na escola, quais as dificuldades encontradas 
no âmbito da prática pedagógica? Por quê? 
 
 
 
 
 
24 
 
Quadro 06 – Resposta dos professores entrevistados IV 
Professores A B C 
Respostas Não temos 
internet para 
trabalhar, nosso 
laboratório de 
informática está 
fechado á anos 
Na prática a 
aceitação dos 
alunos é ótima, a 
grande dificuldade 
são os recursos. 
A falta de internet para 
pesquisa e não 
disponibilidade em sala 
de computadores. 
 
Uma das maiores reclamações entre os professores entrevistados, é falta de 
suporte técnico, falta de laboratório apto para atender os alunos e equipamentos para o 
uso prático em sala de aula. Não é mais possível conceber um ambiente de aprendizado 
sem a utilização das ferramentas tecnológicas, pelo menos não sem parecer cada vez mais 
desinteressante e penoso aos alunos. Um dos entrevistados também sita os hábitos 
pedagógicos dos professores, Rojo e Moura (2012) traz uma abordagem sobre esse 
método de ensino: 
Ao entrar na escola, na maioria das vezes, as crianças se deparam coma 
a experiência da alfabetização, lendo textos específicos apenas com o 
propósito de serem avaliadas quanto á construção do sistema alfabético, 
transformando a leitura em uma atividade escolar pouco prazerosa 
(Rojo e Moura 2012, p. 36) 
 
 De acordo com Rojo e Moura, podemos observar que a didática concebida nas 
práticas no ensino da LP acaba se tornando, não tão significativas e desinteressante aos 
alunos e assim as aulas ficam menos enriquecidas e prejudicam a interação na 
aprendizagem. 
 A seguir na questão dez aborda da seguinte forma: Quais as vantagens e as 
desvantagens de utilizar as tecnologias no processo pedagógico escolar? 
 
 
 
 
25 
 
Quadro 07 – Resposta dos professores entrevistados V 
Professores A B C 
Resposta Uma ferramenta 
avançada e atual, 
que nos coloca no 
mundo altamente 
competitivo e 
inovador. 
Facilita, ótima 
ferramenta, 
disponibiliza mais 
informações dos 
profissionais 
dinâmicos. Porem os 
alunos se distraem 
com a facilidade, 
informações 
dispensários. 
Os estudantes, como 
ainda não possuem 
discernimento para o 
uso, acessam sem 
limites, porem caso haja 
uma orientação, essa 
fase passa rápido. 
 
De acordo com as respostas podemos perceber as facilidades do uso das 
tecnologias e que hoje em dia, estamos acostumados a ver telas em todos os lugares. 
Assim como vários benefícios surgem a partir disso, alguns problemas também aparecem 
pelo mau uso das tecnologias. O professor B enfatiza que os alunos se atentam 
as distrações digitais na hora de aprender, seja na sala de aula ou no tempo de estudos em 
casa. 
3.1 Amostra dos resultados e análises, pesquisa com os alunos 
 
Como ressaltamos, os estudantes de hoje aprendem com muita facilidade e 
rapidez, mas se cansam facilmente das práticas repetitivas do ensino cotidiano. Eles 
anseiam sempre por novidades. E é por isso que o uso da tecnologia em sala de aula 
desperta o interesse dos alunos. 
Isso pode ser confirmado nas respostas que indicam a falta da inclusão das TIC’s 
e que uma vez em contato, deveria ser constante, mas acaba sendo esporádico, inclusive 
no ensino de Língua Portuguesa. Assim, procuramos perguntar na questão três: Quais 
tecnologias você utiliza no seu dia a dia? 
 
 
26 
 
Gráfico 4 – Dia a dia tecnológico dos alunos. 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
Ao analisar o gráfico acima vimos que, de maneira geral todo alunos possuem um 
tipo de contato tecnológico, porém, observa-se que o uso está ligado para o lazer e não 
para a práticas escolar. O contato crescente com as tecnologias digitais acompanha o 
saber, sugerindo uma mudança de mentalidade, além da cultura dos sistemas educacionais 
tradicionais, sobretudo os papéis de professor e aluno, não basta transpor cursos clássicos 
em formatos hipermídia interativos, é preciso instaurar uma aprendizagem cooperativa 
entre os sujeitos envolvidos (LEVY, 1999). O professor precisa se imaginar, não mais 
como difusor de conhecimentos, mas como uma aprendizagem e o pensamento nesse 
contexto. 
Dessa maneira, estamos falando da transição de uma educação estritamente 
institucionalizada para uma situação de troca generalizada dos saberes, segundo Levy 
(1999), nos apresenta como um campo aberto e repleto de possibilidades para 
intervenções na educação podendo auxiliar no ensino de LP. 
Dando sequência a pesquisa segue a questão quatro: Quais recursos tecnológicos 
a escola disponibiliza para os aluno? 
 
 
0
1
2
3
4
5
6
7
Celular Computador ou 
Notebook
Intenet Vídeo-game Tablet Televisão
1º ano 2º ano 3º ano
27 
 
Gráfico 5 – Tecnologia disponibilizada na escola. 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
Infelizmente podemos observar no gráfico acima, a falta de utilização dos 
equipamentos. Aparenta que a escola está focada apenas no conteúdo como se a 
tecnologia não colabora-se para mudar esse modelo. 
 Rojo e Moura (2012, p.24) expõem em observação da seguinte forma, “essa 
mudança de concepçãoe de atuação, já prevista nas próprias características de mídia 
digital e da web, faz com que o computador, o celular e a TV cada vez mais se distanciem 
de uma máquina e reprodução e se aproximem de máquinas de produção colaborativas”. 
Com base na pesquisa demos andamento com a seguinte pergunta na questão cinco: Quais 
recursos tecnológicos vocês utilizam frequentemente em sala de aula? 
 
 
 
 
 
 
 
0
1
2
3
4
5
6
7
Ar-condicionado Data-show Nenhum
1º ano 2º ano 3º ano
28 
 
Gráfico 6 – Recursos tecnológico. 
 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
 Mais uma vez podemos observar através do gráfico, que pouco se utiliza esses 
recursos nas aulas, há alunos que não tiveram nenhum contato com as TIC’s na escola, 
outros informaram na pesquisa que: “Tem sala de informática, mas não funciona, fora o 
Datashow não tem mais nada”, essa foi a declaração da aluna H do 3º ano do ensino 
médio. 
Para Mello (2014), a escola está perdendo alunos não só por falta de tecnologia, 
tudo o que a escola faz hoje em dia perde um pouco o sentido. Hoje as aulas são frontais, 
em sua maioria expositiva, porém o conhecimento não tem nenhuma conexão com a 
realidade deles. Em termos de transformação a questão seis questiona: A tecnologia pode 
transformar a educação? 
 
 
 
 
 
 
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
Celular particular do 
aluno 
Televisão Data-Show Nenhum
1º ano 2º ano 3º ano
29 
 
Gráfico 7 – O poder da transformação. 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
Observa-se no gráfico que a maioria dos alunos concordam, e enfatizam essa 
transformação, que pode ocorrer como o uso das TIC’s, pois alegam que eles aprendem 
muito mais virtualmente do que pessoalmente, isso ocorre porque durante o aprendizado 
surgem várias dúvidas, e essas dúvidas rapidamente são tiradas atrases da pesquisa 
simultânea, navegando na internet, porem um grupo mínimo de alunos que não 
concordam com essa transformação pois alegam que o conhecimento prático em sala 
ensina muito mais, e por conta da distração dos alunos, quanto a navegação, impede a 
concentração e absorção do conhecimento. 
Mas de maneira geral as TIC’s aliada ao um bom planejamento de aula, pode sim 
transformar e impulsionar o conhecimento, assim afirma Rojo e Moura: 
A possibilidade de criação de textos, vídeo, musica ferramentas, 
designs não uni direcionadas, controladas e autorais, mas colaborativos 
e interativos dilui (e no limite fratura e transgredi) a própria ideia de 
propriedade das ideias: posso passar a me apropriar do que é visto como 
um “fratrimônio” da humanidade e não mais como um “patrimônio”. 
Evidente, estrutura em rede e o formato/funcionamento hiper-textual e 
hipermidiático facilitam as apropriações e remissões e funcionam (nos 
remixes, nos mashups), por meio da produção, cada vez mais intensa, 
de híbridos polifônicos. (Rojo e Moura, 2012, p 25) 
 
TIC's e o porder da tranformação
Sim Não
30 
 
 A autora destaca as inúmeras possibilidades de criação, que realmente precisamos 
ensinar e compreender os vários letramentos disponíveis, essas modalidade semióticas 
são diferentes e estão disponíveis para construir e propor significados que são mais do 
que uma soma, e proporcionam apoio, a ponte para a transformação. Segue na questão 
sete: Qual o tipo de aula vocês gostam mais? aulas que incluam ou não algo tecnológico? 
Gráfico 8 – Aulas mais tecnológicas ou não. 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
A grande maioria dos alunos representados através gráfico preferem aulas mais 
dinâmicas, pois isso traz um interação maior entre professor e aluno, prende a atenção, 
deixando a aula mais dinâmica e atrativa. Acredita-se que os professores de LP deveria 
iniciar um trabalho analítico e criativo para se adaptar a esses novos tempos, trazendo 
para as salas de aula sistemas de ensino que se baseiam nas mesmas premissas dos jogos 
e das redes sociais, estimulando os alunos a interagirem entre si e buscar o aprendizado 
de forma natural, lúdica e intuitiva. 
Na questão oito perguntamos: Quais são as soluções tecnológicas que podem 
ajudar os estudantes e as escolas? 
 
 
 
Com ou sem TIC's nas aulas
Sim Não
31 
 
Gráfico 9 – Soluções tecnológicas. 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
Os alunos pesquisados pedem por novos recursos, solicitam diversos materiais 
para o apoio nas pesquisas e aprendizagem, a escola, por sua vez, não pode virar as costas 
para essa nova realidade, mas teve incorporar a tecnologia educacional nas práticas 
pedagógicas. O compartilhamento de saberes se tornou mais abrangente e capaz de atingir 
dimensões antes não pensadas. Durante esses anos, o desenvolvimento de soluções 
tecnológicas educacionais tem se mostrado extremamente eficiente no apoio à gestão 
escolar e ao processo de ensino-aprendizagem. Novos tempos pedem novos letramentos, 
afirmou, certa vez, Rojo em letramentos múltiplos (2009), por tanto, os educadores 
precisaram buscar informações e conhecimento. 
Questão nove: Quais as condições de uso dos aparelhos disponibilizados pela 
escola? 
 
 
 
 
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
Internet Calculadora Datashow Computador Sala de video Tablet Celular
Chart Title
1º ano 2º ano 3º ano
32 
 
Gráfico 10 – Condições físicas dos aparelhos disponibilizados. 
Fonte: informação adquirida a partir dos questionários aplicados. 
A realidade demonstrada no gráfico, mostra o dia a dia nessa escola e de constante 
desamparo, além de não ter recursos tecnológicos variados e em mais quantidades, ainda 
sofrem com equipamentos defasados e danificados pelo tempo. O aluno, quando chega à 
escola, tem que ter equipamentos, conforto um ambiente para se concentrar, se dedicar 
aos estudos e ao aprendizado. O professor precisa de equipamento para desenvolver o 
trabalho dele, assim como a escola. 
Finalizamos a pesquisa com a questão dez: Como você imagina a sala de aula do 
futuro? 
 
 
 
 
 
 
 
Condições 
Bom Ruim Péssimo
33 
 
Quadro 08- Respostas dos alunos A, B e C 
Aluno A B C 
Série/ Período 1º ano/ Matutino 1º ano/ Matutino 1º ano/ Matutino 
Resposta Maiores recursos, o 
uso da lousa 
digital, cadeiras e 
mesas melhores, 
professores mais 
qualificados e 
infraestrutura 
digna. 
Lousa digital, 
computadores, 
internet liberado 
para pesquisa, salas 
de informática. 
Professores 
qualificados e com 
amor no que faz e o 
apoio do governo 
com palestras e 
trabalhos que 
realmente 
funcionem, seria 
um bom começo. 
 
Quadro 09- Resposta dos Alunos D, E e F 
Alunos D E F 
Série/ Período 2º ano / Vespertino 2º ano / Vespertino 2º ano / Vespertino 
Resposta Imagino nós não 
escrevendo em 
cadernos e sim com 
computadores e 
professores com 
datashow. 
Com quadros 
digitais para 
facilitar o ensino 
dos professores e 
mais materiais 
virtuais. 
Que eles 
disponibilizem as 
nossas próprias 
tecnologias, mas 
livre deixando 
disponível para o 
uso todos os dias 
para os estudos. 
 
34 
 
Quadro 10- Resposta dos Alunos G, H, I, J, K e L 
Alunos G H I J K L 
Série/ 
período 
3º ano°/ 
Noturno 
3º ano°/ 
Noturno 
3º ano°/ 
Noturno 
3º ano°/ 
Noturno 
3º ano°/ 
Noturno 
3º ano°/ 
Noturno 
Resposta Nunca 
poderei 
para pesar, 
que as 
tecnologias 
seriam o 
maior 
benefício. 
Mais 
tecnologias 
com 
computadores 
e sistemas 
tecnológicos 
que ajudam 
bastante na 
educação. 
Eu não 
penso 
muito, 
pois 
acho que 
não vai 
melhorar 
muita 
coisa. 
Sala 
inovadoras 
com 
tecnologias 
para 
facilitar e 
ajudar no 
aprendizado 
dos alunos. 
Com mais 
tecnologia, 
com mais 
professores 
qualificado 
para ensinar 
os alunos, 
isso irá qual 
qualificar os 
alunos e eles 
irão ganhar 
mais 
interesse do 
aprendizado. 
Com 
computadores 
aoinvés de 
cadernos 
 
Atingir o ideal na escola e ensino, muitos alunos apostam no otimismo de uma 
educação mais valorizada e com mais recursos, mudar o lugar da aprendizagem 
pressupõe mesmo mudar a lógica da escola tradicional e adotar abordagens pedagógicas 
ativas, para educadores e educandos: aquelas que permitem pesquisa, reflexão, 
construção coletiva de conhecimento, colaboração, diálogo e podem resultar (e via de 
regra, resultam) na emergência de uma inteligência coletiva de valor absoluto maior do 
que as partes que a construíram. Assim 
 
 
35 
 
3.3 Concepções gerais em relação ao sistema de ensino e proposta pedagógica atual 
 
A pesquisa, de modo geral, mostra o descontentamento dos professores com os 
recursos disponibilizados e falta de apoio referente a cursos e incentivos pedagógicos, já 
os alunos na sua grande maioria demostram o interesse da inserção dessas tecnologias no 
apoio ao aprendizado, porem também os percebem a didática retro e necessidades de 
novos recursos. 
O jogo de culpas, repassa por todo o ensino, os alunos criticam a escola e os 
professores pela falta de dinamismos e pelos materiais precários, e os professores 
empurram a culpa para o governo que não fornece o aporte necessário para montagem de 
novos projetos. 
Hoje, o estudante da era digital buscam por mais inovações, e não é mais possível, 
e nem correto, frear esse ímpeto. Privá-lo de ter acesso às novas tecnologias enquanto 
aprende é inimaginável. 
 As escolas têm o desafio urgente de romper com os modelos tradicionais de 
ensino e guiar os estudantes nesse caminho. As novas ferramentas devem permitir que o 
conhecimento esteja nas mãos do aluno independentemente de onde esteja. 
Que a interação entre estudante, conhecimento e o restante do mundo seja total. 
Daqui para frente, o mercado de trabalho será, cada vez mais, dominado pela inteligência 
artificial. Quando analisamos, com uma visão mais ampliada, o que a sociedade e o 
mercado esperam dos futuros profissionais, vemos que estamos apenas no começo de uma 
revolução que vai transformar a maneira como nossos filhos e netos vão aprender daqui 
para a frente. Temos a responsabilidade de ajudar nossas crianças e jovens a se 
prepararem para esse futuro. E precisamos estabelecer desde já que, para dar conta dessa 
missão, precisamos de uma nova escola. 
Mesmo como uma estrutura defasada, recursos limitados os educadores da área 
de Língua Portuguesa dessa instituição, deveria promover o um projeto para estimular os 
próprios professores a novas possibilidades de atividades, ser mais criativo e adaptar suas 
aulas ás necessidades e aos objetivos dos alunos, transformando em algo mais 
significativo e especial para todos. Como sugestão de critérios para o uso das TIC’s Rojo 
e Moura sugere que: 
36 
 
As possibilidades de ensino são múltiplas se utilizarmos ferramentas 
digitais. É possível formar redes descentralizadas para incentivar a 
interação; trabalhar com imagens (fator que modifica o conceito de 
comunicação); navegar por textos da Web; utilizar animações para 
simplificar atividades complicadas e propiciar aos estudantes o 
sentimento de serem autores de seus trabalhos, um vez que tudo pode 
ser publicado e exibido na internet. (Rojo e Moura, 2012, p.40) 
 Com as transformações tecnológicas, que exigem vez mais dinamismo e 
velocidade nas relações humanas, pois contemplam os chamados nativos digitais, envolve 
o desenvolver de novas aprendizagens. Através da observação dos dados de pesquisa 
acreditamos que as TIC’s despertam o interesse e aumentam o desempenho dos alunos 
em relação ao domínio da Língua Portuguesa. 
Pelo diagrama destacamos nossas percepções: 
Figura 1- As tecnologias no ensino da Língua Portuguesa 
Fonte: FONCECA, 2018. 
 
As 
tecnologias 
no ensino da 
Língua 
Portuguesa 
Geralmente estão 
atreladas às 
nessecidades dos/das 
alunos/as. 
Facilitam o 
processo de 
aprendizagem da 
Língua Portuguesa 
Se utulizadas 
podem dar 
suporte aos 
professores para 
as práticas diárias 
de ensino.
Encaminham `a 
reflexão da da 
língua 
37 
 
É importante ser capaz de incentivar o uso das tecnologias na escola, vencendo 
algumas resistências, ter ferramentas para incentivar o professo, o trabalho fica muito 
mais eficiente, rápido e prático se certas recursos forem usadas na elaboração de suas 
aulas. É preciso focar no desempenho dos alunos, além de cultivar um ambiente onde as 
relações sejam mais horizontais. Dessa forma, esses alunos poderão obter resultados 
muito melhores em seu aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Frente aos conhecimentos científicos adquiridos e das considerações tecidas até 
aqui, consideramos que Tecnologias de Comunicação e Informação estão adentrando ao 
espaço escolar e exigindo novas formas e novas práticas de linguagem. 
Neste contexto, a pedagogia dos multiletramentos propõe que a escola amplie as 
suas práticas e leve em conta os conceitos do letramento digital. 
Ao discutir os benefícios e quais as consequências da tecnologia digital, 
salientamos que as isenções dá suporte de pesquisa para alunos e professores facilitando 
o meio pedagógico mas, com consequência de distrações e uso indevido dessa 
ferramentas por parte dos alunos. 
Podemos observar nessa pesquisa a maneira com que as novas TIC’s influenciam 
nos grupos sociais, essas novas informação está conquistando cada vez mais um espaço 
de significação reflexiva em diversos grupos sociais, pela sua potencialidade mediadora 
diante da realidade e, inclusive, na construção do próprio saber. 
 Vimos que a escola anda em descompasso com o processo de globalização. Tal 
ênfase se dá pelo fato de que a escola de hoje tem que adequar seus métodos e suas 
práticas a um meio social que está em constante transformação e buscar recursos 
suficientes para atender as necessidades individuais de uma sociedade cada vez mais 
heterogênea. 
Confirmamos a constante necessidade de formação e atualização do corpo 
docente, pois estamos dentro de um contexto de crescente inovação tecnológica e de 
revolução do conhecimento, logo devemos buscar ações concretas que sejam dirigidas 
para atender a diversidade e a inclusão social e escolar de todos os indivíduos. 
Dessa forma, consideramos ser um direito de tais sujeitos participarem do 
desenvolvimento das TIC’s. Apontamos através da pesquisa a forma que a escola e 
professores, em especial, da disciplina de “Língua Portuguesa” acompanham o 
desenvolvimento e reconhece o uso frequente dos alunos nas novas TIC’s, o professor já 
não é a única fonte do conhecimento e o aluno tem acesso à informação pelos mais 
variados meios. Cabe ao professor usar estas tecnologias a seu favor e mediar o seu uso 
junto ao aluno. 
39 
 
A aprendizagem já não é mais vista como uma recepção mecânica e uma 
memorização de informações recebidas em sala de aula, e sim, um processo dinâmico de 
busca, análise e reelaboração. Nesse sentido, ressaltamos que o professor precisar ser um 
pesquisador e um constante avaliador de suas práticas educacionais. 
Acredita-se assim que, está pesquisa vem contribuir para a reflexão das novas 
práticas de letramentos, faz os apontamentos para as multiplicidades e variedades das 
práticas de letramento, aborda a diversidade de opiniões através da pesquisa, e apresenta 
a realidade pública e social vivida no cotidiano da escola pesquisada. Evidencia o 
descontentamento quanto aos recursos oferecidos e falta de projetos para engajamento de 
novas tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. TIC e educação no brasil: breve histórico e 
possibilidades atuais de apropriação. Pró-Discente: Caderno de Prod. Acad.-Cient. 
Progr. Pós-Grad. Educação Vitória v. 15 n. 2 Ago./Dez. 2009. 
 
BRYMAN,A. Quantity and quality in social research. New York: Taylor & Francis; 
2004. 
CHIZZOTTI, Antonio. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: 
evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação, año/vol. 16, número 002 
Universidade do Minho Braga, Portugal p. 221-23/ 2003 
DENZIN, Norman K. O planejamento da pesquisa qualitativa teorias e abordagem 
Editorial, 2012. 
FARIA, Helenice Joviano Roque de. (Des) encontros na formação docente na/para a 
EJA:reflexões sobre o curso de Letras, o PIBID e o Projeto Sala de Educador. 
Cáceres/MT:UNEMAT, 2014. 
GABRIEL, Martha, pesquisadora em tecnologias da educação e autora do livro Educ@r 
– A Revolução Digital na Educação, 17 Setembro 2013. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. (Trad. Carlos Irineu da Costa). São Paulo: Editora 34, 1999 
Paes e Izidoro Blikstein. 28ª ed. São Paulo: Cultrix, 2012. 
 PALFREY, John; GASSER, Urs. Nascidos na era digital: entendendo a primeira 
geração de nativos digitais. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 
1999. 
 
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola 
Editorial, 2009. 
ROJO; MOURA, Eduardo. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola editorial, 
2012. 
ROJO, Roxane (Org.). Escola conectada: os multiletramentos e as TIC’s. São Paulo: 
Parábola, 2013. 
41 
 
SAUSSURE, F. de. Curso de Linguística Geral. Organização Charles Bally e Albert 
Sechehaye; com a colaboração de Albert Riedlinger. Tradução Antônio Chelini, José 
Paulo, 2012. 
 
VALENTE, J. A. Aprendendo para a Vida: o uso da informática na educação 
especial. In: FREIRE, Fernanda Maria Pereira; VALENTE, José Armando. (Orgs.). 
Aprendendo para a vida: os computadores na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2001. 
 
ZIMERMAN, Regina. O papel da literatura na escola, UFRGS – FAPA. Via 
Atlantica14.indd 2009. 
 
5.1 WEBGRAFIAS 
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Práticas e formação de professores na 
integração de mídias. Prática pedagógica e formação de professores com projetos: 
articulação entre conhecimentos, tecnologias e mídias. In: Tecnologia, currículo e projeto. 
2015, disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf >. Acesso em: 
26 novembro. 2017 
MELLO, G. N. de. JC Debate sobre educação e Tecnologia. TV Cultura, Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=2aTgk5NRjGk> Acesso em 05 de junho de 2018. 
São Paulo. 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
6.0 ANEXOS 
 ANEXO A 
Questionário para o desenvolvimento teórico do trabalho de conclusão do 
curso de letras 
A pesquisa tem como base a compreensão do uso das tecnologias no ensino da Língua 
Portuguesa. Perguntas direcionadas para os professores de Língua Portuguesa. 
1)- Escolaridade: Magistério( ) Superior completo( )Superior incompleto ( ) 
Pós-Graduação( ) 
 
2) - Qual a sua carga horaria de aulas? e seu tempo de atuação? 
 
3) - A escola motiva os professores a utilizarem nas suas aulas as novas 
tecnologias? 
 
 
4) - Quais recursos tecnológicos a escola disponibiliza para o professor? 
 
 
5) - De que maneira essas tecnologias são utilizadas em seu contexto de 
ensino de Língua Portuguesa? 
 
 
6) - A tecnologia pode transformar a educação? 
 
 
7) - Você foi capacitado por algum programa do governo ou por conta 
própria? 
 
8) - Como as instituições de ensino devem se organizar para dinamizar, 
facilitar e possibilitar a utilização das tecnologias digitais? 
 
 
9) - Tendo em vista o uso das tecnologias na escola, quais as dificuldades 
encontradas no âmbito da prática pedagógica? Por quê? 
 
 
10) - Quais as vantagens e as desvantagens de utilizar as tecnologias no 
processo pedagógico escolar? 
 
 
43 
 
 
ANEXO B 
Questionário para o desenvolvimento teórico do trabalho de conclusão 
do curso de letras 
A pesquisa tem como base a compreensão do uso das tecnologias no ensino da Língua 
Portuguesa. Perguntas direcionadas para os alunos de ensino médio do 1º ao 3º ano. 
1) - Qual a sua idade? 
 
 
2) - Qual a sua série e o período que você estuda? 
 
 
3) - Quais tecnologias você utiliza no seu dia a dia? 
 
 
4) - Quais recursos tecnológicos a escola disponibiliza para os aluno? 
 
 
5) - Quais recursos tecnológicos vocês utilizam frequentemente em sala de 
aula? 
 
 
6) - A tecnologia pode transformar a educação? 
 
 
7) - Qual o tipo de aula vocês gostam mais? aulas que incluam ou não algo 
tecnológico? 
 
 
8) - Quais são as soluções tecnológicas que podem ajudar os estudantes e as 
escolas? 
 
 
9) - Quais as condições de uso dos aparelhos disponibilizados pela escola? 
 
 
10) - Como você imagina a sala de aula do futuro? 
 
	SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO
	1 A EDUCAÇÃO E O DENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
	1.2 Influência e os impactos da tecnologia digital
	1.3 Conhecimento e informação
	1.4 A escola e o uso das tecnologias
	1.5 O desenvolvimento teórico no espaço escolar
	1.6 Novas Tecnologias e o ensino de Língua Portuguesa
	2 O CAMINHO METODOLÓGICO ADOTADO
	2.1 Caraterização da pesquisa
	2.2 Campo de pesquisa
	2.3 Instrumento de coletas de dados
	2.4 Cenários e os participantes
	A primeira etapa da pesquisa realizou-se com os professores, sendo dois licenciados em Letras Port/Inglês e um licenciado em Letras Port/Espanhol, interessados no assunto, ofereceram para contribuir com a pesquisa, pois este é um tema que abrange dire...
	2.5 Preparando a abordagem interpretativa
	3 AMOSTRA E ANÁLISES
	Abordaremos neste capítulo a compreensão dos dados coletados, buscando meditar pelas análises, de que forma as tecnologias podem mediar o ensino de LP na escola pesquisada.
	3.1 Os primeiros participantes: a voz dos professores
	3.1 Amostra dos resultados e análises, pesquisa com os alunos
	3.3 Concepções gerais em relação ao sistema de ensino e proposta pedagógica atual
	4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	5.1 WEBGRAFIAS

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