Buscar

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL I
RESUMO
O presente trabalho discute a competência digital docente no contexto da educação básica, tendo por objetivo apresentar qualitativamente, processos de ensino que utilizam tecnologias digitais no compartilhamento de saberes em sala de aula, destacando-se as objeções que essas práticas pedagógicas possuem, em uma instituição de ensino pública de nível fundamental da rede municipal de educação. Especificamente, objetiva-se: a) compreender o letramento digital docente; b) mapear as práticas pedagógicas que utilizam tecnologias digitais na escola pesquisada; c) refletir sobre as dificuldades para o uso de tecnologias digitais como recursos pedagógicos na escola pesquisada. Para tanto, procedeu-se metodologicamente com estudo bibliográfico de referenciais teóricos e com pesquisa qualitativa, caracterizada pela aplicação de questionário com perguntas abertas e fechadas por meio do qual os professores da escola pesquisada forneceram dados acerca da temática. Os resultados indicaram que alguns professores não se consideram totalmente aptos para utilizar tecnologias nos ambientes de aprendizagem; todos concordam que devem ampliar seus conhecimentos a respeito dessas tecnologias; uma grande parte não obteve formações pedagógicas para ensinar utilizar tecnologias para aprendizagem; todos utilizam tecnologias para ensinar pelo menos uma vez por semana e concordam que essa prática facilita seu ensinamento.
Palavras-chave: Competência digital docente. Ensino e aprendizagem. Ensino Fundamental.
	
1 INTRODUÇÃO
	A Revolução Técnico-Científico-Informacional, também conhecida como Terceira Revolução Industrial, trouxe transformações para os meios de comunicação transporte, trabalho, economia, entre outros. Desse modo, foi a época que expandiu os avanços tecnológicos, além de modificar o sistema econômico, possibilitou que a globalização tornasse mais flexível, a qual possui como base imprescindível a informação, produzindo-se mais em menos tempo. 
	Sendo assim, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) estão cada vez mais presentes na sociedade contemporânea, na qual são indispensáveis para as práticas pedagógicas. Para a Geração Z (nascidos da segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010), as tecnologias de comunicação e informação não são novidade, os mesmos são considerados nativos digitais, pois não conseguem desvincular sua realidade das variadas tecnologias presentes em seu dia a dia. Diante dessa perspectiva, as mudanças chegaram nas salas de aula no século XXI, com a necessidade de analisar e compreender a competência digital docente para troca de conhecimento nas salas de aula. 
	Para tanto, vale ressaltar que atualmente em tempos de pandemia, as escolas se encontraram fechadas para minimizar a proliferação da coronavírus (COVID-19), e como solução no processo do Ensino Básico, passou a ser realizado de maneira remota. Muitos professores e alunos passaram por dificuldades na metodologia e a inserção da tecnologia no processo de aprendizagem do aluno, sem preparo e sem tempo para se adequar de maneira necessária, trazendo prejuízos na formação do aluno.
	Dessa forma, para dinamizar o aprendizado dessa e das seguintes gerações, é necessário que os professores acompanhem os avanços tecnológicos e os tragam para a sala de aula, transformando as práticas educativas. No entanto, o uso dessa dinâmica tem seus desafios, principalmente para uma geração que não cresceu em um mundo tão globalizado. Nessa ótica, vê-se a necessidade de mais concepções pedagógicas que possibilitem aos professores, o uso de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.
	Ainda que o uso de TICs, no contexto da sala de aula, como os computadores, games, Youtube, e-mails, entre outros, tenha sido amplamente discutido e tenha sua necessidade evidente, ainda existe empecilhos que dificultam essa prática, como a desigualdade social, as particularidades de aprendizagem de cada aluno, a falta de letramento digital por parte de alguns docentes e também a falta de recursos que possibilitem a adoção dessa prática, sobretudo em escolas públicas.
	Este estudo tem, portanto, o objetivo de apresentar, analisar e discutir a competência digital docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, tendo em vista a sua importância para os professores e alunos, e destacar as objeções que essa prática possui, por meio de uma pesquisa e revisão bibliográfica em livros, artigos, revistas, periódicos e sites da internet.
	Buscou-se durante essa pesquisa analisar e descrever, qualitativamente, processos de ensino que utilizam tecnologias digitais no compartilhamento de saberes em sala de aula, destacando-se as objeções que essas práticas pedagógicas possuem. Especificamente, objetiva-se: a) compreender o letramento digital docente; b) mapear as práticas pedagógicas que utilizam tecnologias digitais na escola pesquisada; c) refletir sobre as dificuldades para o uso de tecnologias digitais como recursos pedagógicos na escola pesquisada.
O alcance desses objetivos permite a divulgação de um conhecimento significativo sobre as tecnologias digitais enquanto competência pedagógica docente, tanto para os interesses acadêmicos da pesquisadora quanto (e principalmente) para os interesses formativos e culturais da comunidade a qual foi escolhido para pesquisa, o que representa expressiva contribuição para os estudos sobre processos de ensino e de aprendizagem escolar.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
15. 
16. 
17. 
18. 
19. 
20. 
21. 
22. 
23. 
24. 
25. 
26. 
27. 
28. 
29. 
30. 
31. 
32. 
33. 
34. 
35. 
36. 
37. 
38. 
39. 
40. 
2.1 Letramento digital docente
	O letramento digital docente refere-se à capacidade do professor em utilizar os mais variados recursos de TIC’s (Tecnologia da Informação e Comunicação) para ampliar o conhecimento à sala de aula. De acordo com as pesquisas, entende-se que a competência digital ocupa uma posição indiscutida, pois se considera que na Sociedade da Informação é imprescindível contar com novas habilidades técnicas e cognitivas para fazer frente aos desafios de conhecimento que surgem, e que, por ele, a competência digital adquire um papel protagonista em todos os aspectos da aprendizagem ao longo da vida.
Em meio as transformações sociais, as inovações tecnológicas foram surgindo progressivamente, servindo como suportes e técnicas que facilitam a vida dos indivíduos, proporcionando informações de modo acessível para o público. Todavia, com o crescimento de tecnologias cada vez mais próximas do nosso dia a dia, nasce também, a necessidade de letrar digitalmente essas pessoas (MIRANDA; MELO; SILVA, 2020, p.3)
	Sendo assim, para explicar sobre tecnologias digitais, Almeida e Alves (2020) explicam que são substâncias para performance dessas interações, a qual os indivíduos vão se comunicar por meio de plataformas digitais em distanciamento social. Nesse sentido, entende-se que é preciso conhecimentos e domínios para as práticas e relações sociais, a qual denomina como letramento digital, um conceito que está sendo discutido mundialmente. 
	Para tanto, de acordo com a literatura, aponta-se que o letramento digital surgiu conforme as novas tecnologias. Assim, essas inovações foram ampliando durante o final do século XX e no início do século XXI. Diante disso, os ambientes virtuais estavam expostos não apenas para ler e escrever e sim um contexto amplo que o indivíduo deve compreender para interpretar e interagir por meio do artefato digital.
	A respeito do letramento digital, é um tema a qual ganhou discussões ao longo dos anos e vêm crescendo, a qual é considerado muito importante para a sociedade contemporânea. Desse modo, é uma condição de letramento que possibilita que o indivíduo adquire e “usa a informação de maneira crítica e estratégica, em formatos múltiplos, vinda de variadas fontes e apresentada por meio do computador-internet” (FREITAS, 2010 p.339). Assim, apresenta-se que osujeito letrado digital, será capaz de atingir os objetivos, compartilhar socialmente e culturalmente. 
	No entanto, em outras palavras conceitua-se que o letramento digital é a capacidade de utilizar as tecnologias digitais de maneira correta e adequada. Nessa perspectiva, Azevedo et al (2018), apresentam uma melhor definição de um indivíduo que possui o letramento digital, bem como a caracterização do que é ser letrado no meio das tecnologias existentes no dia de hoje:
Letramento digital, portanto, refere-se à capacidade de uso dos recursos informacionais e da internet para ler e escrever em situações diversas no ciberespaço, com uma ampliação do leque de possibilidades de contato com a leitura e escrita também no meio digital. O termo abarca não apenas conhecimentos do código alfabético e regras da língua escrita; ele amplia a interpretação de letramento, incluindo-se as capacidades de manipulação básica de hardwares e softwares e a compreensão dos contextos e finalidades dos textos digitais (AZEVEDO, et al. 2018, p.618).
	Assim, entende-se que o indivíduo que possui o letramento digital é aquele que possui o conhecimento sobre o uso de recursos tecnológicos, bem como elementos da rede da internet, a qual é um espaço amplo de diversas possibilidades. De acordo com os autores, o sujeito letrado é aquele que possui competências básicas para manipular os artefatos digitais, bem como movimenta-se no meio digital.
	Assim, em busca de conceitos sobre o letramento digital, Silva e Behar (2019, p.15), apontam que:
[...] o letramento digital se modifica com o surgimento de novas ferramentas tecnológicas e das necessidades da sociedade, o que faz com que cada vez mais surjam situações e exigências de competências. No entanto, tratar a competência digital como um novo letramento não é sui ciente, já que se entende que o conceito de competência é complexo e envolve um conjunto de elementos que devem ser mobilizados frente a uma situação nova. 
	Para tanto, constata-se em meios dos referenciais teóricos citados, que o letramento digital é amplo, pois, envolve diversas culturas. Sendo assim, Almeida e Alves (2020), apontam que é preciso reconhecer o letramento digital de maneira ampliada, pois, associam nas culturas das pessoas que não dominam a escrita. Isto é, vai além de dominar a capacidade de uso da escrita e leitura na tela, embasando em diferentes contextos.
	Nesse sentido, esse contexto parte-se para habilidades cognitivas, que permite que o sujeito participe na produção e distribuição de conteúdo. Assim, denomina-se um letramento digital que possibilita que o indivíduo participe e colabore com a comunicação e informação para todos. Porém, de acordo com a literatura, apresenta-se a necessidade de uma visão crítica para desenvolver o letramento digital.
	Dessa forma, Freitas (2010), destaca o cenário cada vez mais difícil de determinar o letrado digital, pois, inclui um conhecimento funcional sobre o uso da tecnologia e o conhecimento crítico desse uso. De acordo com a autora, muitas vezes ser um letrado digital é aprender outra língua. 
[...] letramento digital refere-se aos contextos social e cultural para discurso e comunicação, bem como aos produtos e práticas linguísticos e sociais de comunicação, e os modos pelos quais os ambientes de comunicação têm se tornado partes essenciais de nosso entendimento cultural do que significa ser letrado (FREITAS, 2010, p.338)
	
	Sendo assim, entende-se que ser letrado é obter competências básicas e compreender a usar informação em diversos formatos. De acordo com Freitas (2010), o sujeito não deve apenas memorizar comando e sim lidar com ideias. Nesse sentido, sua pesquisa aponta quatro competências básicas: avaliação crítica do conteúdo encontrado na rede, ler usando o modelo não linear, associar informações de diferentes fontes e construir conhecimento por meio das informações expostas na internet. Contudo, é de suma importância adquirir habilidades de buscar a lidar com o que está exposto na rede de internet, computadores e telecomunicações. 
	No entanto, as habilidades básicas conforme Azevedo et al. (2018), destacam que são a leitura e escrita no ambiente digital que envolve ações diante a manipulações de textos e telas, a qual devem ser ensinado desde a fase de alfabetização. Destacam o manuseio das telas touchscreen, em que consiste em telas sensível ao toque, promove um espaço de leitura e escrita com novas necessidades para o uso da linguagem. Nesse sentido, apresentam as duas maneiras de letramento, a qual por um lado envolve aprender letras, sílabas, relações entre as palavras, manipulação de textos e folhas de livros, cadernos, e por outro lado, contato com telas, funções de cliques, enters, deletes e backspaces, ações que são capazes de inserir o sujeito letrado no contexto digital. 
	Diante essa perspectiva, entende-se que os autores enfatizam a necessidade de obter o domínio tecnológico, conforme os conjuntos de conhecimentos, habilidades e atividades. Tais aprendizagem nesse mundo tecnológico, apresenta-se que se surge para solucionar ou resolver problemas. Para tanto, observa-se a importância da competência digital em um mundo globalizado, pois por meio dela, a aprendizagem é facilitada e sem o adequado letramento digital, os professores não conseguem desenvolver práticas educativas inovadoras.
	A formação dos professores, sua competência e motivação são condições fundamentais para o uso de dispositivos TIC e para transformar a prática educativa. Para dinamizar a troca de saberes entre professores e alunos, sobretudo no século XXI, é necessário o letramento digital docente, posto que as tecnologias estão cada vez mais avançadas e o conhecimento acerca delas, seu respectivo uso em sala de aula, advindo dos docentes, facilita a compreensão do aluno sobre quaisquer assuntos, pois esses estão mais familiarizados com o avanço tecnológico e aprendem melhor dessa forma.
	É notório que deve haver uma mudança nas práticas pedagógicas, para que a sala de aula acompanhe as mudanças tecnológicas do mundo. Para isso, um dos fatores chave de sua integração é a formação dos professores, por exemplo, seus conhecimentos sobre conteúdos, pedagogia e tecnologia (MISHRA; KOEHLER; HENRIKSEN, 2011). 
	Já que o avanço tecnológico aconteceu muito rápido e chegou à sala de aula sem uma preparação prévia dos professores, o que dificulta é a utilização das TIC’s dentro do contexto, da troca de conhecimento. Numerosos autores têm insistido na necessidade de formar melhor os docentes no conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para promover a aprendizagem do aluno em um mundo crescentemente tecnológico (CARRERA; COIDURAS, 2012; KRUMSVIK, 2009, 2012). 
	Dessa forma, um forte compromisso é necessário para preparar os professores para usar as TIC’s de forma eficaz em sala de aula (BRUN, 2011). Dado que, muitos professores não estão acostumados com o uso de tecnologias, tais quais redes sociais, ferramentas de vídeo, uso de computadores, entre outros. Contudo, diante a literatura, expressam que os professores não foram familiarizados com isso desde sempre, como a maioria dos alunos, e por isso têm algumas dificuldades quanto ao uso efetivo dessas ferramentas.
2.2 Dificuldades para implantação das TIC’s na sala de aula
	As crenças e atitudes dos professores, sua confiança e competência para as TIC’s, são fundamentais na adoção pedagógica dessas, mas o uso que os professores fazem delas para o ensino e a aprendizagem depende das políticas educativas, de seu acoplamento cultural, dos contextos sociais e organizacionais em que eles vivem e trabalham. Desse modo,é necessária uma análise das condições da instituição de ensino e suas limitações e das condições específicas de cada aluno e suas respectivas famílias para, implementar mudanças nas salas de aula, de uma forma democrática. 
	Dessa forma, diante as modificações e ampliação das tecnologias, inserção na escola, fica claro a necessidade dos professores utilizar uma metodologia diferenciada, aqual propunha melhorar a qualidade do processo de ensino. Assim, Ferreira, Aguiar e Schieikar (2019), apontam que há varios desafios em ensinar na era digital. Todos os profissionais estão a frente as novos tempos, diferentes instrumentos, que podem proporcionar o alance dos objetivos de formar cidadãos.
	Nesse sentido, é preciso compreender que o ambiente escolar é híbrida, “favorável a construção, socialização e exploração do conhecimento, misturam-se vários saberes e formas muito distintas de aprender’ (FERREIRA;AGUIAR SCHIEIKAR, 2019, p. 102). Contudo, compreende a importância do professor integrar os recursos digitais, além de obter as práticas pedagógicas para uma apropriaao de aprendizagem critica e reflexiva. 
	Sabe-se que a escola é um ambiente a qual deve oportunizar ao aluno melhores espaços e condições de aprendizagem. As TIC’s por sua vez permite que todos obtenham informação, aprendizagem em difenrentes lugares, por diferentes meios e até mesmo em tempo reais. São um conjunto de recursos tecnologicos que os professores devem utilizar de maneira integrada com um objetivo comum.
	Conforme Freitas (2010), as pesquisas apontam que as escolas se encontram equipadas,com computadores, acesso internet e professores com cursos básicos de informática. Porém, não é o suficiene para integrar os recursos digitais e práticas pedagógica. A expectativa é professores que integrem o computador, internet e prática profissional, com a visão de transformar o contexto social para melhor, com a marca digital. Para isso, o professor deve conhecer a realidade do aluno, isto é, os gêneros discurivos e linguagem digital utilizado por eles, no intuito de integrar de maneira criativa e construtiva no ambiente escolar. Contudo, o professor não deve descartar as práticas pedagógicas que são existente,pois, a mesma são necessárias para acrescentar no processo de aprendizagem dos alunos. 
	A pesquisa de Ferreira, Matelli e Matte (2019) apresentam um projeto realizado, a qual visaram proporcionar aos professores aprimorar o uso de lousa digital, a qual enquadra ao uso de tecnologia na sala de aula. Porém, apresenta-se pouco interesses de professores diante a capacitação, com numero de participantes baixa. A expectativa era alcançar um número maior de servidores para proporcionar o uso efetivo da lousa, no sentido de proporcionar ampliação do letramento digital.
Certa resistência ao uso de novas tecnologias em sala de aula pode estar relacionada à necessidade de se ter que repensar boa parte da prática pedagógica, o que pode demandar um tempo do qual os professores não dispõem, devido ao acúmulo de tarefas. Como o processo de informatização da sociedade é irreversível e está cada vez mais presente no cotidiano, as escolas e as universidades precisam se posicionar melhor a respeito das tecnologias digitais (FERREIRA; MATELLI; MATTE, 2019, p.75).
	Diante a pesquisa, entende-se que a inserção da tecnologia na educação é algo que deve ser modernizada, bem como propor discussão e reflexão que apresente ao professor a compreensão dos pontos fortes e fracos. Contudo, para melhorar o processo educacional é preciso compreender e desempenhar o papel da tecnologia nesses processos. 
	No entanto, a pesquisa de Ferreira, Aguiar e Schieikar (2019), apresentam que os profissionais devem reconhecer a responsabilidade diante a atualidade e transformação social que todos estão vivenciando. É preciso identificar os desafios frente a prática docente, buscar alternativos para superá-los. Entretanto, os professores não estão preparados para a sala de aula assim que concluem sua graduação, pois, pesquisas evidenciam a insegurança, bem como utilizar a tecnologia a favor da aprendizagem dos alunos. Contudo, nota-se a falta de conhecimento diante o uso de tecnologia, pois, na graduação foi deixado lacunas, com conteúdo superficiais, sem o aprofundamento necessário.
	Os professores e alunos devem se apropriar de maneira critica diante a tecnlogia, atribuindo significados, para que o letramento digital seja compreendido como um instrumento para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem e não um substituto. Nesse sentido, mapeando as ideias das condições dosprofessores diante a tecnologia, constata-se que os professores adotam uma visão negativa, na crença que a escolar é o unico local detentor de saber. 
	Assim, a de acordo com a pesquisa de Ferreira, Aguiar e Schieikar (2019), os professores demonstram que o uso da tecologia aumenta o interesse do alunos. Porém, se preocupam com a forma que eles irão interpretar as atividades como apenas um “passatempo”. Assim, suas dificuldades práticas são apresentados durante a aula, ao planejamento, a qual utilizam um maior tempo, bem como a indisciplinas dos alunos ao tumultuar durante a atividade em que dificulta o controle. 
Em um mundo onde as coisas mudam rapidamente, a educação, está tendo muita dificuldade em adequar-se frente a essa realidade, acostumados culturalmente com um método tradicionalista de ensino, propor mudanças, pode ser muito difícil, no entanto extremamente necessário (FERREIRA;AGUIAR;SCHIEIKAR, 2019, p.111)
	No sentido de compreender o aluno, apresenta-se que atualmente, ele leva para escola suas descobertas diante as navegações na internet, sendo ele disposto a discutir com professorese colegas. Freitas (2010, p.348) ressalta que o professor não é mais visto como transmissor e principal fonte de conhecimento, e que os alunos esperam “que ele se apresente como um orientador das discussões travadas em sala de aula ou mesmo nos ambientes on-line integrados às atividades escolares”.
	No entanto, para refletir melhor sobre o aluno, aponta-se que:
Os alunos de hoje têm uma vivência cada vez mais próxima e diária com as mídias e tecnologias e, consequentemente, com uma infinidade de informações. É importante que a escola possibilite espaços para a reflexão sobre essas realidades em que vivem os alunos, para não se omitir na formação crítica deles (PETERS, 2019, p.13)
	Desse modo, compreende-se que é de sema importância intervenções pedagógicas que forneçam estratégias que visam conhecimentos que vão além do muro das escolas, a qual possibilite que os profissionais de maneira crítica possibilitem a compreensão da complexidade da vida. 
	Assim, reconhece-se que a tecnologia faz parte do dia-a-dia de todos, e seu uso é primordial, embora haja insegurança de como irá efetivar no ambiente escolar. Dessa maneira, percebe-se a importância da formação continuada para que o professor obtenha a segurança no uso das TIC’s que promover um trabalho adequado frente a formação dos alunos. 
	Assim, contextualiza-se que a “formação continuada e a reflexão diária do fazer docente contribuem para que haja mais professores cientes da importância do seu papel como agentes de mudança, que não se deixam levar pelo comodismo e pelo desânimo” (PETERS, 2019, p.28). Nesse sentido, apresenta-se que o professor é um indivíduo que se encontra em constante formação, pois, deve potencializar sua prática, dinâmica escolar para relevância na sociedade. 
	É imperativo pontuar que atualmente muitas escolas não se encontram na condição de dinamizar as práticas educativas, principalmente escolas municipais de cidades pequenas, as quais são responsáveis pelo ensino fundamental, uma vez que essas encontram seus recursos limitados até para práticas tradicionais, dessa forma não podem inovar porque não possuem recursos suficientes para tal. Essa limitação acontece porque, muitas vezes, os governantes não consideram a educação como ferramenta importante, pois várias vezes a educação foi um instrumento fundamental no que concerne à ascensão de classe social e trazer melhores condições de vida.
	A tecnologia pode facilitar o acesso universal à educação, reduzir as diferenças na aprendizagem, apoiar o desenvolvimento de professores, melhorar a qualidade e a pertinência da aprendizagem, reforçar a integração e aperfeiçoar a gestão e administração da educação (UNESCO, 2014). Dessa forma, urge-sepela necessidade de entender que a educação, e principalmente a educação junto à tecnologia, podem transformar a prática educativa para melhor.
	Outro fator que dificulta a utilização de tecnologia para troca de saberes é a desigualdade social, porque, muitas vezes, um aluno de escola pública não tem acesso a computadores pessoais, tablets, redes sociais ou, sequer, acesso à internet, enquanto outros alunos possuem todos esses recursos e consomem internet todos os 
dias. Entretanto, Sousa e Caimbra (2020), apontam que as condições que muitas famílias estão passando, é um momento de luta de existência, locais isalubres, sem trabalho, comida, proteção do Estado, a qual muitas desta forma atingidos pelos vírus por conta da impossibilidade de adotar as medidas de higiegen e distanciamento social. 
	Se a utilização das TIC’s para dinamizar a prática pedagógica não é democrática, seus resultados não estão completos. Nesse sentido, é necessário uma análise desse panorama para entender que a tecnologia não chegou para todas as classes e sem isso, sua adoção nos ambientes de aprendizagens não deve ser possível na sua totalidade.
2.3 Competência digital docente em tempos de pandemia
	No ano de 2020, com a pandemia mundial do novo coronavírus, as aulas presenciais foram interrompidas mediante a Portaria nº 1882020, determinado pela declaração do Ministério da Saúde a emergência em sáude publica. Para evitar a transmissão do vírus entre os presentes e para não parar a educação por tempo indeterminado, surgiu a necessidade do ensino remoto, no qual os professores passam os conteúdos para os alunos pela internet, por meio de programas como o Google Meet, Zoom, entre outros. Utiliza-se ferramentas como whatswapp como principal meio para desenvolver as atividades, emboras não teham muitas experiências e limitação de recursos tecnologicas por parte dos alunos.
	Desse modo, caracteriza-se Sousa e Coimbra (2020) que o ano letivo de 2020 ficou sem ser obrigatórico o cumprimento de 200 dias letivos, pois, deveriam cumprir a carga horária de 800 horas conforme está definidos na LDBN 9394/96. Assim, ficou determinado que devem seguir as orientações do sistemas de ensino conforme dita os decretos e diretrizes no que diz a respeito do sistema da educação, junto com ele a adoção do ensino remoto.
	Diante disso:
O atual contexto em que vivemos, pandemia e ensino remoto, as discussões que envolvem letramento e sobretudo letramento digital se tornam cada vez mais necessárias para refletirmos e avaliarmos nossas práticas educacionais buscando assim, refletir em abordagens que facilitem o contato dos alunos com o letramento digital (MIRANDA; MELO; SILVA, 2020, p.2)
	Diante dessa problemática, a necessidade da competência digital ficou ainda mais evidente, visto que para um ensino remoto o professor deve ter conhecimentos básicos a respeito das ferramentas utilizadas, são elas: o dispositivo utilizado para a aula, sendo computador de mesa, notebook ou celular, a internet e o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
	A respeito do ensino remoto:
[...] tornou-se uma espécie de e-learning, onde os professores prestam tutoria eletrônica, disponibilizam material online e interagem com seus alunos de forma síncrona: quando a comunicação ocorre de maneira simultânea, através de aulas ao vivo e chats de comunicação; e de maneira assíncrona: quando a comunicação acontece em tempos diferentes, através de aulas gravadas e fóruns para esclarecer as dúvidas. Nessa modalidade de ensino, o conteúdo programático e a informação, que antes estavam concentrados em espaços e dispositivos físicos, como nas bibliotecas, nas escolas e nos livros didáticos, hoje estão disponíveis no ciberespaço (ALMEIDA, ALVES, 2020, p. 4)
	Assim, diante pesquisas os professores desenvolveram diferentes maneiras de executar o ensino remoto, com objetivo de garantir a aprendizagem do aluno e dar continuidade no processo do Ensino Básico. Porém, nota-se diversas dificuldades por partes dos professores e alunos, falta de capacitação e preparação. Além disso conta-se também com redução de estimulos que contribuem para o desenvolvimento de aprendizagem, pois, a adaptação do ensino remoto sofre dificuldades de adaptação, por conta de motivios de falta de recursos, ambiente familiar, entre outros.
	Diante essa perspectiva, Sousa e Coimbra (2020), apresenta-se que depare-se com uma crise histórica que atingiria diversos lugares do mundo e o seu funcionamento em relação a saúde, educação, lazer, entre outros. Uma pandemia que impôs o isolamento social como unica maneira de evitar a propagação do virus e o colapso na rede de saúde.
	Conforme Bezerra, Veloso e Ribeiro (2021) a pandemia expôs mais as mazelas educacionas, compromentendo a prática do professor, na qual o mesmo não estava preparado para lidar com as dificuldades, barreiras no desenvolvimento de suas aulas. E, as aulas remota, visualizou o baixo investimento educacional, além de faltas de políticas publicas que valoriza a prática do professor. 
	Constata-se que os conteudos disponibilizados nas plataformas muitas vezes são massivas por conta das habilidade e competência digital do professor. Assim, Almeida e Alves (2020) apontam a importância de compreender o reconhecimento, busca, recuperação de informação em banco de dados de forma crítica para que as habilidades sejam efetiva, produza e compartilha conhecimentos necessários aos alunos. Em pesquisa, apontam a necessidade da instituição escolar promover uma integração com as tecnologias e ações para o treinamento, bem como estruturar os contextos, processos que acontecem no contexto social, sendo elas trabalhdas de maneira trasnversal. 
	Além disso, diante o referencial teórico analisado, apresenta-se a precaridade de recursos tecnologias nas escolas, a qual não contemplam as práticas pedagógicas e a presença de muitos desafios na realização de aulas remotas. E resulta-se em despreparo para lidar com as tecnologias, tais como conhecimento básico ou leigo na utilização dos recursos que envolvam celular, tablet, notebook, internet. Além disso, destaca-se que os professores não receberam nenhum suporte por meio das políticas educacionais.
	No entanto, enfatiza-se também a falta de orientações prévias dos gestores ou rede, para um diálogo e troca de informações entre professores, a qual apresenta uma situação inédita que necessita de comunicação, sendo primordial para o processo educacional.
Se antes da pandemia não nutriam contato ou estudos sobre utilização de recursos tecnológicos e digitais em sala de aula, utilizando apenas filmes, TV ou Power Point, por ser o que a escola eventualmente dispõe, nesse cenário continuam não nutrindo, visto que muitas informaram não estar participando de formação direcionada ao uso destas ou limitando-se aquela ofertada pela SME (BEZERRA; VELOSO; RIBEIRO, 2021, p.10)
	
	Desse modo, fica evidente que os professores passam por angustia, tensão diante a situação de cobrança nas avaliações externas. Vale ressaltar que o ensino remoto não entra na modalidade de ensino à distância porque não houve uma preparação prévia dos professores e alunos para tal, eles não tinham outra alternativa a não ser estar ali. Almeida e Alves (2020) caracterizam melhor a maneira que o ensino remoto deve ser desenvolvido, destacando que não é sinônimo de aula online, sendo imprescinvidivel os profissionais adotarem metodologias que explorem a autonomia e liberdade dos estudantes, bem como promover a resolução de problemas por meio de uma investigação cooperativa e colaborativa, colocando-os como protagonistas do ensino.
	
A educação a distância já era uma modalidade bastante difundida antes da pandemia do coronavírus e se expandiu muito rapidamente durante os últimos anos, especialmente na educação superior. No ano de 2019, houve uma sinalização muito clara da intenção do governo de estender essa modalidade para outros níveis, como o ensino fundamental e o ensino médio e ampliar sua utilização no ensino superior presencial (Decreto 9.057/2017e Portaria Normativa MEC no. 2.117/2019), além da própria LDB, que já apontava com essa possibilidade nos três níveis de ensino. A ideia era a criação de uma espécie de ensino híbrido, mesclando atividades presenciais e não presenciais (SOUSA; COIMBRA, 2020, p.55).
	Ademais, no ensino à distância são feitos encontros presenciais, periodicamente, chamados de tutoria, onde os alunos se encontram com os tutores para sanar dúvidas e realizar atividades, o que não seria possível no ensino remoto devido à inviabilidade de haver encontros presenciais para não ocorrer a transmissão do vírus.
	Todavia, há dificuldades para a aprendizagem remota por parte dos alunos, uma vez que, sem internet esse processo não é possível e durante a pandemia observou-se que o número de pessoas que não possuem internet em casa é alarmante. Há, também, o fato de que o ambiente doméstico pode não ser, muitas vezes, propício a aprendizagem, podendo ser caótico, barulhento ou instável e, ainda, o fato de que essa mudança repentina pode não agradar aos alunos e os mesmos podem se sentir desmotivados e acabar desistindo da escola.
	Assim, confirma-se em pesquisa de Almeida e Alves (2020, p.5): 
Culturalmente, mesmo que fosse flexibilizado pelo governo federal a disponibilização de internet às comunidades mais vulneráveis, nesse período de distanciamento social, a implantação da educação remota para esse público ainda ressaltaria uma série de disparidades na aprendizagem devido ao fato de que os pais ou responsáveis, em sua grande maioria, não têm preparação pedagógica para acompanhar o desempenho educacional dos filhos. Além disso, o contexto de distanciamento social ainda tem aflorado relações familiares abusivas que prejudicam ainda mais o processo de ensino remoto.
	Assim, aponta-se na literatura que é um “grande desafio foi incluir os alunos visto que muitos não têm o recurso para acesso às aulas, limitando profundamente a ação docente e ocasionando em algumas realidades diminuição drástica da participação dos alunos” ( BEZERRA;VELOSO;RIBEIRO, 2021, p.10). Assim, os autores apontam a solução apresentada é encaminhar atividades de maneira física, porém a efetivação precisa de uma investigação maior.
	Nota-se que a competência digital docente é extremamente necessária, mas ela sozinha não é capaz de trazer o conhecimento para todos os alunos, quando há desigualdade social e dificuldades para aprendizagem. Contudo, a pandemia trouxe mudanças no trabalho docente, na qual é preciso refletir sobre a organização, papel do professor, alunos, governo e gestão. 
3 METODOLOGIA
	Para a realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando livros, artigos, revistas, periódicos, informações da internet, para a construção de um ponto de vista acerca do assunto, abrangendo uma contribuição para o estudo do tema. Nesse sentido, para uma compreensão do funcionamento e arquitetura de um trabalho científico os resultados bibliográficos são do Portal Periódico da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e Google Acadêmico, com as palavras-chaves: “letramento digital”, “competência digital” e “professor e pandemia”, em combinações diferentes e variando os campos de busca. A pesquisa traz como referencial teórico grandes escritores que dão um parecer sobre a importância do uso das tecnologias digitais no contexto da sala de aula. 
	O presente estudo, que consistiu em pesquisa bibliográfica e em pesquisa qualitativa, investigou práticas e processos de ensino com uso de tecnologias digitais em uma instituição pública de Ensino Fundamental da rede municipal de educação, localizada no município de Açailândia, Estado do Maranhão. A população pesquisada foram os docentes que atuam de 1º ao 5º ano.
	Segundo Marconi (1992),
[...] a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica. (MARCONI, 1992, p. 70).
	Desse modo, a pesquisa bibliográfica propõe ser uma análise aprofundadas de publicações já existentes no campo educacional, a qual buscam resposta com maior conhecimento sobre o uso de tecnologias digitais para o processo educacional. Assim, foram encontrados diversos artigos já publicados que enfatizam o uso de tecnologia na sala de aula e outros assuntos a qual foram revisadas conforme a metodologia pesquisa selecionando-os artigos pertinentes que contribuem para essa investigação. Contudo, utiliza-se dados que promove uma visão ampla sobre o assunto baseados em fatos, de cunha qualitativa, conhecendo aquilo que já foi publicado, articulando-os com os conhecimentos recorrentes ao longo do curso.
	De acordo com Bogdan (1982 apud TRIVIÑOS, 1987, p. 128-130) pesquisa qualitativa é:
1º) A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento-chave; 2º) A pesquisa qualitativa é descritiva; 3º) Os pesquisadores qualitativos estão preocupados com o processo e não simplesmente com os resultados e o produto; 4º) Os pesquisadores qualitativos tendem a analisar seus dados indutivamente; 5º) O significado é a preocupação essencial.na abordagem qualitativa [...].
	Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, na etapa bibliográfica realizou-se um levantamento teórico sobre a temática, destacando-se as principais concepções sobre o conceito de letramento digital de autores que conceituam e apresentam elementos que contribuem para a investigação. A análise das referências se deu por meio da discussão teórica na qual situamos pontos que permitem reflexões destinadas ao problema, hipóteses e aos objetivos da pesquisa.
	 No que se refere a pesquisa de campo, ocorreu no período de fevereiro a março de 2021, na Escola Municipal Antônio Oliveira Campos, situada na Rua Roseana Sarney, S/N, bairro Plano da Serra, Açailândia - Maranhão. A respeito da escola, a mesma foi inaugurada em 12 de março de 1995, atende do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, conta com 15 salas de aula, secretaria, sala de leitura, direção, supervisão escolar, sala de professores, cantina, banheiros masculino, feminino e de funcionários, além de amplo pátio para recreação. A presente escola, tem como gestora a professora Maria Neuracy Leite Conceição, como vice gestora Elisabete Gomes Figueiredo de Sousa e na supervisão educacional o pedagogo Antônio Rondiery Sousa da Luz, todos esses profissionais fazem parte do quadro de funcionários efetivos da rede municipal de ensino.
A pesquisa qualitativa consistiu em questionário estruturado com seis perguntas fechadas de múltipla escolha para docentes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, que abordou fatores como a utilização ou não de tecnologias digitais em sala de aula, sua frequência e seus resultados.
	A coleta de dados ocorreu via digital com uso da plataforma Google Forms, que é um serviço gratuito para criar formulários online. Nele, o usuário pode produzir pesquisas de múltipla escolha, fazer questões discursivas, solicitar avaliações em escala numérica, entre outras opções. A ferramenta é ideal para quem precisa solicitar feedback sobre algo, fazer pesquisas, organizar inscrições para eventos, convites ou pedir avaliações. Nesse período pandêmico em que estamos vivendo, esta plataforma está sendo bastante utilizada, pois respeita os protocolos do distanciamento social.
 	A análise de dados consiste em discussão dos resultados, à partir da observação de gráficos gerados automaticamente pela plataforma Google Forms, articulando-se as teorias apresentadas e os dados coletados. Foram obtidos 20 (vinte) participantes desta pesquisa sem nenhumas informações pessoais do participante tais como: nome, endereço, e-mail,entre outros, mantendo a ética de privacidade. Diante disso, a pesquisa com objetivo de compreender a respeito da tecnologia nas práticas pedagógicas, em que foi analisado e apresentado por meio de um gráfico tipo pizza. 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Assim, as análises que seguem dão ênfase ao conhecimento prático da população docente investigada, de modo que as discussões relacionem nosso aparato teórico aos aspectos qualitativos percebidos nas amostras. O primeiro questionamento, embasa-se sobre aptidão diante o uso de tecnologia no ambiente escolar.
Figura 1: Tecnologias no ambiente escolar
Esta questão evidencia que 71,4% dos entrevistados consideram-se aptos para o uso de tecnologias no ambiente escolar. No entanto, 28,6% consideram-se razoavelmente aptos, o que nos leva a concordar com Selwyn (2013), para quem a competência digital é protagonista no processo de aprendizagem, pois a ausência desse domínio seria tanto indício para o comprometimento do ensino quanto para a ciência, por parte do professor, da necessidade de sua atualização, o que não significa, necessariamente, a adição de um novo certificado ao currículo profissional, mas o interesse genuíno e o compromisso docente com a prática pedagógica, em serviço. 
	Desse modo, diante a literatura, constata-se que com o aumento de novas tecnologias, o papel do professor e do aluno também modificou, assim, determina os autores:
A penetração das novas tecnologias da informação e comunicação na escola e o esvaziamento do papel do professor e do ato de ensinar, apontam para outra tendência observável no caso do ensino a distância ou do e-laerning utilizado em larga escala, que é a substituição da mão de obra do professor (capital variável) pelas tecnologias (capital fixo), concorrendo para a redução dos custos da atividade educacional e aquecendo o mercado de insumos tecnológicos (SOUSA;CAIMBRA, 2020, p.65)
Assim, de modo gradual a prática do professor se modificou, suas funções e materiais utilizados para o processo educacional, a quais determinou que os professores utilizem plataformas digitais, instrumentos da tecnologia digital na sala de aula, e, ao mesmo tempo desvaloriza seu trabalho docente. De acordo com os autores, é preciso fazer com que os professores acreditem que devem ser orientadores de pesquisas, suporte informáticos, e não uma substituição. 
O fato de não haver percentual para ausência de aptidão quanto ao uso de tecnologias pode, como nos diz Rojo & Moura (2019), apontar a ideia de que a cultura de mídias, em sua face cibercultural ou digital, crie a sensação de domínio de tecnologias, dada a imersão contínua em plataformas, aplicativos e outras mídias, quando, na verdade, trata-se apenas da manipulação básica de funções de determinados aparatos tecnológicos, o que não atenderia adequadamente as necessidades comunicativas, de produção e divulgação de conhecimentos na escola, mas somente a mera reprodução de dados.
A utilização de tecnologias digitais no ambiente escolar seria mais do que a sensação de domínio, estaria integrada à prática ativa e efetiva do compartilhamento de saberes, da produção, da criação e da divulgação de novos conhecimentos em determinada comunidade escolar e local (ROJO & MOURA, 2019, p. 32). 
	
	Assim, conforme o referencial teórico, entende-se que aquele que utiliza as tecnologias digitais e obtém o domínio, é caracterizado como que possui letramento digital. Assim, Almeida e Alves (2020), destacam que, ser letrado digitalmente é apropriar das tecnologias digitais, realizar práticas de leitura e escrita em diferentes dispositivos, além de estudar, comunicar e produzir conteúdo. No entanto, é preciso ser capaz de compreender e utilizar a informação disponível no ciberespaço de maneira crítica, desenvolver habilidades operacionais e promover um espaço de atuação crítica.
Logo, por meio da segunda questão segue com a necessidade de ampliação conceitual acerca do uso de tecnologias em sala de aula, centrando-nos no aspecto do reconhecimento dessa necessidade. Buscou-se compreender se o docente considera necessário melhorar e ampliar os conhecimentos sobre tecnologia em sala:
Figura 2: Concepções sobre tecnologias
Conforme ilustração acima, observa-se que é unânime, entre os entrevistados, a ideia da necessidade de ampliação de suas concepções acerca do uso de tecnologias em sala de aula, o que indica significativa aceitação, disposição e abertura docente em relação ao novo na escola pesquisada. Logo, a literatura aponta a necessidade de buscar conhecimentos diante as tecnologias digitais:
No que se refere, especificamente à educação, a demanda pelo desenvolvimento das habilidades de letramento digital se expressa de maneira ainda mais urgente já que, medidas emergenciais, devido ao cenário da COVID-19, levou algumas escolas e universidades privadas do país a implantarem plataformas digitais e Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) para educação remota. Nesses ambientes digitais, proliferam-se maneiras multimodais de produzir significados, onde as práticas e eventos de letramento antes mediados por gêneros escritos e orais, passam a dialogar com o visual, sonoro e o espacial, demandando, assim, o desenvolvimento de outros tipos de letramento [...] (ALMEIDA; ALVES, 2020, p.2)
Assim, percebe-se que a escola está frequentemente atrasada, necessitando acompanhar as invenções tecnológicas decorrentes dos avanços científicos, de que o docente nunca está pronto, sendo essencial que sua formação e qualificação seja permanente, de que a educação depende, em parte, do acompanhamento dos fatos tecnológicos de cada época vai além de percepções empíricas, posto que, na condição de instituição social, a escola também reproduz modelos comportamentais coletivos e individuais. Perrenoud (2014) nos lembra, nesse sentido, que utilizar novas tecnologias é uma competência para ensinar, sendo também, competência a desenvolver em status permanente, conforme as necessidades advindas das mutações sociais de cada época.
	Freitas (2010) destacam a necessidade de que os professores conheçam as linguagens digitais que são usados e conhecidos pelos alunos para possibilitar de maneira criativa o conteúdo proposto com a realidade dele. Dessa forma destaca-se que os professores utilizem as práticas que já possuem e acrescente o novo.
Precisamos, portanto, de professores e alunos que sejam letrados digitais, isto é, professores e alunos que se apropriam crítica e criativamente da tecnologia, dando-lhe significados e funções, em vez de consumi-la passivamente. O esperado é que o letramento digital seja compreendido para além de um uso meramente instrumental (FREITAS, 2010, p.340)
	Assim, fica claro que os professores devem buscar melhorar suas práticas, inovar para atender a demanda atual. Principalmente nesse momento de pandemia, a qual os professores se encontraram em desafio para atender os alunos de maneira remota, sem que deixem de promover a aprendizagem necessária no Ensino Básico. 
	Diante essa perspectiva Ferreira, Aguiar e Schieilart (2019), reforçam que o professor deve comprometer a novos caminhos para inserir a tecnologia nas suas aulas. Além disso, aponta a importância de conscientizar o aluno sobre a atividade e o uso da tecnologia, pois, se encontra no cotidiano atual. 
	Desse modo, a questão que segue, trata da percepção docente acerca da formação inicial para o uso de tecnologias na escola.
Figura 3: Formações pedagógicas sobre tecnologias
Analisando a imagem, pode-se destacar que 42,9% dos docentes entrevistados não obtiveram formações pedagógicas que os ensinassem sobre o uso de tecnologias digitais como recurso pedagógico na escola, o que somados aos 42,9% que afirmaram ter poucas noções desses usos é, sem dúvidas, um dado preocupante, posto que vai contra as recomendações de sólidos estudos como os de Vega, Navarro e Mesa (2013), autores para os quais o fator mais relevante no processo de integração das TIC’s no ensino é, certamente, a formação dos professores.
Nessa mesma perspectivade estudos, Coscarelli & Kersch (2016) argumentam que os tempos são digitais, explicando que uma grande parte da população brasileira está ocupada com celulares, em maioria, conectados à internet, lidando com hipertextos digitais e com textos que exploram muitos recursos multimodais, encontrando imagens, cores, filmes, fotografias, animações, boxes, banners, formatos e leiautes diversos, o que representa, nos estudos destas autoras, um momento histórico que pede também um (novo) professor que não só saiba fazer essas leituras, mas trabalhe com os alunos mecanismos de navegação pelos ambientes e caminhos para uma busca satisfatória de informações, na condição de estratégias, desenvolvendo-as a partir do que (tanto aluno quanto professores) já sabem.
Além disso, compreende-se que ser professor é desenvolver de maneira contínua, buscar novas maneiras de refletiras as práticas pedagógicas e acrescentar ao modo de ensinar e aprender. De acordo com Ferreira, Aguiar e Schieilart (2019), o mundo atual traz novas exigências, a qual as práticas da formação contínua dos professores devem acontecer de maneira regular para promover mudanças e reflexões diante as práticas.
 Assim, na próxima questão, voltamos nosso olhar para a frequência de uso de tecnologias em sala de aula, atentos aos reflexos conceituais desses usos sobre as percepções dos entrevistados.
Figura 4: Frequência do uso das tecnologias
Novamente, percebe-se unanimidade em relação à frequência semanal de uso de tecnologias digitais em sala de aula, pois todos os entrevistados afirmaram que utilizam tecnologias digitais pelo menos uma vez por semana, como recurso pedagógico nos processos de ensino. É um dado intrigante, pois na questão anterior, onde tratávamos da qualificação inicial, apenas 14,3% afirmaram receber formação para tal uso e, entrelaçando dados, percebemos que houve enorme percentual (28,6%) de entrevistados afirmando não possuírem aptidão para o trabalho com aparatos digitais, conforme já discutimos no presente texto.
Afirma-se a importância da disseminação e conhecimento a respeito do uso de tecnologias digitais na escola, seja como recurso para o ensino (CARRERA & COIDURAS, 2012), seja como ação ou conduta pedagógica (HALL, ATKINS & FRASER, 2014), ou ainda, como conteúdo de investigação, ensino e aprendizagem (KRUMSVIK, 2009, 2012), dado que numerosos autores têm insistido na necessidade de formação docentes na condição do desenvolvimento de um múltiplo conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a prática do ensino em um mundo crescentemente tecnológico.
	Ferreira, Mantelli e Matte (2019) apontam que a tecnologia não é a solução de problemas, porém apontam para novos caminhos construtivos para aproximar os alunos com professores/escolas. Assim, destaca-se a necessidade de repensar o pedagógico, planejamento e ações educacionais que envolvem a tecnologia nasala de aula. A pesquisa desses autores por exemplos, apontam a falta de dados objetivos com a relação à frequência do uso cotidiano das lousas digitais nas práticas docentes. 
É, pois, nessa perspectiva, a da ênfase na competência pedagógica de uso, que analisamos a próxima questão, por meio da qual retoma-se e discute-se a necessidade de qualificação docente para o uso de tecnologias digitais como ferramentas pedagógicas.
Figura 5: Última formação sobre TIC’s
Entre os dados disponíveis, nota-se, na ilustração acima, que 42,9% dos professores entrevistados obtiveram qualificações pedagógicas a respeito do uso de TIC’s há mais de um ano, 28,6% há mais de seis meses e 29% há menos de seis meses. Devemos refletir a quem cabe a atribuição de promover a atualização pedagógica docente quanto ao uso de tecnologias na escola, fazendo dessa prática uma ação contínua.
Embora não seja novidade a percepção sobre a necessidade de mais programas de qualificação de professores para uso de tecnologias digitais na escola, concordamos com Brun (2011), para quem esta questão é complexa, seguindo-se como um enorme desafio, na medida em que, mesmo no século XXI, exige-se um forte compromisso (Estado, sociedade, escola e docentes) como prerrogativa necessária o desenvolvimento das competências pedagógicas requeridas nos seus respectivos ambientes de atuação de cada docente.
Se estamos dispostos a educar através da intervenção consciente, devemos proporcionar a análise crítica das informações e a construção de conhecimentos pela compreensão dos acontecimentos que a todo momento nos interpelam a sermos sujeitos de nosso tempo. Nesse sentido, não podemos de forma alguma ignorar os recursos digitais e os problemas relacionados ao uso ou mau uso deles. Necessitamos, então, de pontes para que os sujeitos disponham dos subsídios necessários para a compreensão dos significados dos processos históricos, nos quais os saberes e as tecnologias são produzidos e circulam como significantes de linguagem (FERREIRA; MANTELLI; MATTE, p.74)
	Dessa forma, entende-se a necessidade de buscar qualificações para utilizar as ferramentas digitais. É preciso ampliar o uso efetivo e adequado de ferramentas digitais no ambiente escolar. Além disso, é preciso conscientizar a respeito da importância deste no mundo da educação. 
Por considerarmos importante, em nossa pesquisa, o teor prático do uso de tecnologias na escola, nossa última questão de pesquisa deu ênfase ao aspecto da facilitação, o que não se confunde com simplificação ou acomodação pedagógica, mas volta-se para o caráter de aplicação de tecnologias na rotina docente (MARQUES, 2016), atentos ao olhar da população a qual foi pesquisado sobre a relevância desses usos. Contudo, a última questão, apresenta-se diante o uso da tecnologia para facilitar a aprendizagem do aluno.
Espera-se que o uso das tecnologias visa o engajamento do aluno, para que possa realmente contribuir para sua aprendizagem. Assim, destaca-se a importância da participação ativa dos alunos pois define como: “um estado psicoemocional que pode ser diretamente afetado pelo contexto em que o indivíduo e a atividade estão inseridos” (ALMEIDA; ALVES, 2020, p.15). Assim, no contexto do distanciamento social, a implantações digitais visa um meio de facilitar e dar continuidade do Ensino Básico dos alunos, porém podem contribuir negativamente na aprendizagem dos alunos.
	Para tanto, diante o questionamento sobre o uso da tecnologia como facilitadora de conhecimento:
 
Figura 6: Uso das TIC’s como facilitadora
Observou-se que todos os professores concordam que o uso de TIC’s facilitam a troca de saberes, o que, para nossa investigação, evidencia o desejo de que a escola seja um ambiente facilitador do trabalho docente com o ensino.
 Assim, Marques (2016) nos lembra que é indiscutível que as novas tecnologias transformam a sociedade e os indivíduos, interferindo diretamente no seu desenvolvimento. Para a autora, as pessoas têm modificado a sua forma de comunicação, de leitura, de escrita, de interação, de compreensão e de relacionamento através de diferentes tecnologias, que também estão presentes no cotidiano das escolas, na vida e nas práticas sociais de alunos e de professores.
Para tanto, considera-se que para tornar o recurso facilitador, é preciso que o professor busque:
[...] testar as possibilidades, os recursos e as metodologias que estão cada vez mais presentes na nossa vida, como professores, formadores de opinião, não devemos fazer vistas grossas a tecnologia, mas sim, tentar, ao menos, inseri-la na prática pedagógica. Com salas de aula cada vez mais heterogêneas e com a fluidez das coisas de uma maneira incalculável, o papel do professor vai se resignificando dia após dia, com os desafios que se deparam na sala de aula, na diversidade dos saberes. (FERREIRA; AGUIAR; SCHIEIKART, 2019, p.107) 
	Entretanto, de acordo com os autores, são diversas tecnologias que fazem refletir sobre o sistema educativo, e que diante disso, são diversas maneiras de aprender e ensinar, bem como propõe uma organização diante o cotidiano da escolar e os conteúdos dispostos do livrodidático. Afirma-se que “a contemporaneidade traz para o contexto educacional possibilidades para inovar o processo de ensino e aprendizagem”. Contudo, entende-se que a inovação tecnológica trouxe meios para facilidade a vida dos indivíduos, e, na área da educação pode ser utilizado a favor do processo de ensino e aprendizagem. 
	Desse modo a pesquisa busca uma perspectiva de:
[...] saber e querer utilizar as tecnologias digitais a favor do processo de ensino aprendizagem do aluno, bem como, suporte didático metodológico do professor em sua função, ajudá-los a construir ideias que ultrapassem os limites pessoais, sociais, econômicos, políticos e culturais [...] (FERREIRA; AGUIAR; SCHIEIKART, 2019, p.106) 
Mesmo que a escola, enquanto instituição, ainda tenha resistência em reconhecer que as mudanças nos hábitos e nos comportamentos de aprendizagem dos alunos, fruto de práticas sociais, são também, indícios para um caminho mais assertivo nos processos de ensino, afirmamos a ideia de que a tecnologia deveria, como competência docente, se encontrar inseparavelmente do contexto escolar, posto que faz parte das nossas vidas.
Contudo, vale ressaltar que os professores devem propor atividades que promova o protagonismo dos alunos para resolução de problema e trabalho com investigação. Nesse sentido, é urgente que as práticas de letramento digital sejam refletidas e adquridas por todas, para os professores e alunos com finalidade de realizar um bom uso e de maneira adequada que atenda as expectativas de aprendizagem para a sociedade atual. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo possibilitou analisar e descrever, qualitativamente, processos de ensino que utilizam tecnologias digitais no compartilhamento de saberes em sala de aula, destacando-se as objeções que essas práticas pedagógicas possuem, em uma instituição de Ensino Fundamental da rede municipal de educação. Dessa forma, diante a pesquisa, reconhece que o letramento digital é um conceito amplo, a qual devem associar as práticas sociais e culturas. Assim, entende-se que o professor precisa obter os domínios técnicos e capacidade de utilizar a leitura, escrita, interpretação, manuseio por meio de tela em diferentes espaços para além da escola.
	Considerando-se, portanto, os propósitos de pesquisa que mobilizaram o presente estudo, bem como os resultados e as discussões dispostos neste trabalho e, refletindo sobre as dificuldades para o uso de tecnologias digitais como recursos pedagógicos na escola pesquisada, notou-se que nem todos os entrevistados consideram-se totalmente aptos para o uso de tecnologias digitais em sala de aula, pois há, ainda, um déficit em formações pedagógicas iniciais. Percebe-se que esses dois fatores podem estar relacionados, uma vez que todos os entrevistados concordam que devem ampliar seus conhecimentos a respeito do uso de tecnologias como recurso pedagógico na escola.
Urge, por conseguinte, a criação de espaços de formação pedagógica oficiais, preferencialmente em serviço, pois acreditamos que cada situação exige uma intervenção específica por parte da equipe docente apoiada por outros setores da escola, como supervisão, orientação pedagógica e gestão, equipe técnica e/ou outros, seja para questões operacionais de aparatos tecnológicos, seja para o uso compartilhado, onde o docente delega e gerencia a aprendizagem. Contudo, constata-se por meio do referencial teórico e questionários, que os professores buscam desenvolver aprimorar seus conhecimentos para auxiliar na atuação em sala de aula.
A realização deste estudo permite afirmar que há, na população investigada, desejo e compromisso com o ensino e que o desenvolvimento da competência pedagógica docente perpassa ainda, muitos desafios, sejam de ordem política, filosófica, pessoal e/ou outras. 
Reflexões sobre a qualificação docente na prática cotidiana do serviço pedagógico, como elemento integrante no processo de desenvolvimento de competências digitais para o compartilhamento de saberes, em tempos como os atuais, nos quais a educação sofre uma das mais profundas e rápidas metamorfoses estruturais, é, sem dúvida, um aspecto a ser considerado em pesquisas que elucidam a perspectiva pedagógica de quem vive o espaço da sala de aula. 
Ciente se tratar de uma amostra e de que novos estudos se fazem essenciais, nossa análise representa, também, o desejo (da pesquisadora e dos pesquisados) pelo avanço na qualificação docente para o uso de tecnologias no ambiente escolar, anseio, sobretudo, pelo rompimento do paradigma do atraso pedagógico, que está empiricamente presente como característica marcante em muitas escolas.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, B. O.; ALVES, L. R.G. Letramento digital em tempos de COVID-19: uma análise da educação no contexto atual. Debates em Educação, v. 12, n. 28, p. 1-18, 2020. 
AZEVEDO, D. S.; SILVEIRA, A.C.; LOPES, C. O.; AMARAL, L. O.; GOULART, I. C. V.; MARTINS, R. X. Letramento digital: uma reflexão sobre o mito dos “nativos digitais”. Novas Tecnologias na Educação. V. 16 Nº 2, dezembro, 2018
BEZERRA, N. P. X.; VELOSO, A. P.; RIBEIRO, E. Ressignificando a prática docente: experiências em tempos de pandemia. PRÁTICAS EDUCATIVAS, MEMÓRIAS E ORALIDADES - Revista do PEMO. Fortaleza, v. 3, n. 2, e323917, 2021. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/3917/3701 Acesso br. em: 22 de abr. 2021.
BIJORA, Helito. Google Forms: o que é e como usar o app de formulários online. Disponível em https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2018/07/google-forms-o-que-e-e-como-usar-o-app-de-formularios-online.ghtml. Acesso em 04/06/2021.
BRUN, Mario. Las tecnologías de la información y las comunicaciones en la formación inicial docente de América Latina. Serie Políticas Sociales, n. 172, p. 63, 2011. 
CARRERA, Xavier; COIDURAS RODRÍGUEZ, Jordi L. Identificación de la competencia digital del profesor universitario: un estudio exploratorio en el ámbito de las Ciencias Sociales. Red-U: Revista de docencia universitaria, vol. 10, n. 2, p. 273-298, 2012.
FERREIRA, E.D.; MANTELLI, L.; MATTE, T. Primeiras ações do pet em favor do letramento digital: dificuldades encontradas no campus Chapecó. In: FERREIRA, E.D; STARIKOFF, K. R.; GULLICH, I. C. As experiências formativas do Programa de Educação Tutorial na Universidade Federal da Fronteira Sul. Bagé, RS Editora Faith 2019. p. 67-76.
FERREIRA, A.C.S.; AGURAR, S.F.; SCHIEIKART, J.F. Letramento digital: reflexões sobre perspectivas e desafios nas percepções de professores da educação básica. Revista Educação Vale Arinos. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/relva/article/view/4228 Acesso em: 20 de jun. 2021
FREITAS, M.T. Letramento digital e formação de professores. Educação em Revista. Belo Horizonte. v.26. n.03.p.335-352. Dez. 2010 Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/N5RryXJcsTcm8wK56d3tM3t/?lang=pt Acesso em: 10 de abr. 2021
HALL, Richard; ATKINS, Lucy; FRASER, Josie. Defining a self-evaluation digital literacy framework for secondary educators: the DigiLit Leicester project. Research in Learning Technology, v. 22, 2014. 
KERSCH, Dorotea Frank. COSCARELLI, Carla Viana. Pedagogia dos multiletramentos: alunos conectados? Novas escolas + Novos professores. In: KERSCH, Dorotea Frank. COSCARELLI, Carla Viana. CANI, Josiane Brunetti (Orgs.). Multiletramentos e multimodalidade: ações pedagógicas aplicadas à linguagem. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 7-14. 2016.
KRUMSVIK, Rune. Aprendizagem situada na sociedade em rede e na escola digitalizada. European Journal of Teacher Education, v. 32, n. 2, pág. 167-185, 
2009. 
KRUMSVIK, Rune Johan. Teacher educators' digital competence. Scandinavian Journal of Educational Research, v. 58, n. 3, p. 269-280, 2012. 
MARCONI. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas,1992. 
MARQUES, Renata Garcia. Campanha publicitária, tecnologias e (re)construção de identidades no espaço escolar. In: KERSCH, Dorotea Frank. COSCARELLI, Carla Viana. CANI, Josiane Brunetti (Orgs.). Multiletramentose multimodalidade: ações pedagógicas aplicadas à linguagem. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 109-136, 2016.
MIRANDA, M. D. L.; MELO, P.G.G.; SILVA, S. L. C. Letramento digital: em tempos de ensino remoto, uma Necessidade cada vez mais atual. XIV Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia Online. 2020. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/anais_linguagem_tecnologia/article/view/17741 Acesso em: 15 de mar. 2021.
 
 
MISHRA, Punya; KOEHLER, Matthew J.; HENRIKSEN, Danah. The seven trans-disciplinary habits of mind: Extending the TPACK framework towards 21st century learning. Educational Technology, p. 22-28, 2011. 
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
PETERS, J. S. A importância da formação continuada para o uso das tics nos laboratórios de informáticas. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Universidade Aberta Do Brasil Curso De Especialização Em Informática Instrumental para professores da Educação Básica. 2019. 35f. 
ROJO, Roxane. MOURA, Eduardo. Letramentos, mídias, linguagens. 1ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2019.
SILVA, K. K. A.; BEHAR, P.A. competências digitais na educação: uma discussão acerca do conceito. (Artigo de Revista) Educação em Revista. Belo Horizonte. v.35.2019
SELWYN, Neil. Education in a digital word: global perspectives on technology and education. New York and London: Routledge, 2013. 
SOUSA, A, P. R.; COIMBRA, L.J.P. A educação e as novas tecnologias de informação e comunicação no contexto da pandemia do novo coronavírus: o professor “r” e o esvaziamento do ato de ensinar. Revista Pedagogia Cotidiano Ressignificado. V.1 n.4. 2020. P.53-72
Disponível em: https://www.rpcr.com.br/index.php/revista_rpcr/article/view/3/3 Acesso em: 20 de abr. 2021
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Três enfoques na pesquisa em ciências sociais: o positivismo, a fenomenologia e o marxismo. In: ______. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1987. p. 31-79.
UNESCO. Unesco: TIC na educação do Brasil. Disponível em: <https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/ict-education-brazil>. Acesso em: 08 dez. 2020.
VEGA, José Diego Santos; NAVARRO, Ana Vega; MESA, Ana Sanabria. La formación del profesorado en tic y la socialización en el aula. 2013. 
VIEIRA, Márcia de Freitas; SILVA, Carlos Manuel Seco da. A Educação no contexto da pandemia de COVID-19: uma revisão sistemática de literatura. Revista Brasileira de Informática na Educação, [S.l.], v. 28, p. 1013-1031, dez. 2020.
1. 
2. 
3. 
4. 
Você obteve formações pedagógicas que o ensinaram a utilizar essas tecnologias?
Você obteve formações pedagógicas que o ensinaram a utilizar essas tecnologias?	
Sim, mu	itas	Sim, poucas	Não	0.14299999999999999	0.42899999999999999	0.42899999999999999	
Você utiliza com frequência essas tecnologias em sala de aula?
Você utiliza com frequência essas tecnologias em sala de aula?	
Sim, pelo menos uma vez por semana	Sim, uma vez por mês	Sim, pelo menos uma vez a cada seis meses	Nunca	1	
Quando foi a última vez que você obteve qualificações pedagógicas para utilizar essas ferramentas?
Você utiliza com frequência essas tecnologias em sala de aula?	
Há menos de seis meses	Há mais de seis meses	Há mais de um ano	0.28599999999999998	0.28599999999999998	0.42899999999999999	
Você acha que o uso dessas tecnologias facilitam a sua prática de ensinar?
Você utiliza com frequência essas tecnologias em sala de aula?	
Sim	Não	1	
Você se considera apto para utilizar tecnologias no ambiente escolar? Ex: projeções, vídeos, aplicativos como Kahot
Você se considera apto para utilizar tecnologias no ambiente escolar? Ex: projeções, vídeos, aplicativos como Kahot	
Sim	Não	Um pouco	0.71399999999999997	0.28599999999999998	
Você acha que deve melhorar/ampliar suas concepções sobre tecnologias em sala de aula?
Você se considera apto para utilizar tecnologias no ambiente escolar? Ex: projeções, vídeos, aplicativos como Kahot	
Sim	Não	1

Continue navegando