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Profa. Maria Antonia Noventa Universidade de Franca - UNIFRAN PÉ E TORNOZELO Tornozelo Chama-se tornozelo a articulação tibio- társica ou seja, a união entre a perna e o pé. O tornozelo é uma estrutura formada pela união de três ossos: tíbia, fíbula e tálus. PÉ E TORNOZELO Tornozelo Articulação talocrural - formada pela extremidade inferior da tíbia e fíbula com o dorso do tálus. Articulação subtalar - entre o tálus e o calcâneo. Articulação tibiofibular - formada pela extremidade inferior da tíbia e da fíbula. Membrana Interóssea Sindesmose Pé Os 26 ossos de um dos pés são divididos em três grupos: Falanges (dedos do pé) 14 Metatarsos (região dorsal do pé) 5 Tarsais 7 Total 26 PÉ E TORNOZELO Pé TARSAIS Os sete grandes ossos da porção proximal do pé recebem a denominação de ossos do tarso ou tarsais. PÉ E TORNOZELO PÉ E TORNOZELO OSSOS SESAMÓIDES DO PÉ Nos membros inferiores, os ossos sesamóides tendem a ser maiores e radiograficamente mais significativos. Estão quase sempre presentes na superfície plantar (ou posterior) da cabeça do primeiro metatarso, podem ser encontrados próximos a outras articulações do pé. PÉ E TORNOZELO OSSOS SESAMÓIDES DO PÉ Os ossos sesamóides são radiograficamente importantes devido à possibilidade de fratura desses pequenos ossos. Tendo em vista sua localização plantar, podem causar muita dor e desconforto quando há excesso de peso sobre aquele pé. Incidências tangenciais especiais podem ser necessárias para demonstrar uma fratura de um osso sesamóide. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP : TORNOZELO Patologia Demonstrada Quaisquer lesões ou doenças ósseas envolvendo a articulação do tornozelo, as porções distais da tíbia e da fíbula e as porções proximais do talo e do quinto metatarso são evidenciadas. (A porção lateral do espaço articular do tornozelo não deve aparecer aberta nessa incidência). PÉ E TORNOZELO Posição do Paciente: Realizar a radiografia com o paciente em decúbito dorsal; colocar um travesseiro para apoiar a cabeça; as pernas do paciente devem estar totalmente estendidas Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: Os terços distais da tíbia e da fíbula, os maléolos lateral e medial, o tálus e a metade proximal dos metatarsos devem ser demonstrados. Obs: Se a articulação do tornozelo aparecer aberta é possível que haja ruptura de ligamentos PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP : TORNOZELO PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP DO ENCAIXE DO TORNOZELO- ROTAÇÃO MEDIAL DE 15º A 20º Patologia Demonstrada Essa incidência é particularmente útil na avaliação de patologias que envolvem toda a articulação do encaixe do tornozelo e a porção proximal do quinto metatarso, um local comum de fratura. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP DO ENCAIXE DO TORNOZELO- ROTAÇÃO MEDIAL DE 15º A 20º Patologia Demonstrada Observações: Essa posição não deve servir como substituto para a incidência AP ou a posição oblíqua de tornozelo e, sim, como uma incidência do tornozelo em separado, realizada rotineiramente, quando diante de uma entorse ou um traumatismo potencial na articulação do tornozelo. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP DO ENCAIXE DO TORNOZELO- ROTAÇÃO MEDIAL DE 15º A 20º Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: Os terços distais da tíbia e da fíbula, o platô tibial envolvendo a epífise, se presente, os maléolos lateral e medial, o tálus e a metade proximal dos metatarsos devem ser demonstrados. Toda a articulação do encaixe do tornozelo deve estar aberta e bem-visualizada. (Um espaço de 3-4 mm sobre toda a superfície talar é normal. Uma abertura 2 mm maior é anormal). PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP DO ENCAIXE DO TORNOZELO- ROTAÇÃO MEDIAL DE 15º A 20º Posição: A obliquidade apropriada para as radiografias do encaixe do tornozelo é evidenciada pela demonstração das articulações lateral e medial do tornozelo abertas com os maléolos demonstrados no perfil. Apenas uma sobreposição mínima deve existir na articulação tibio-fibular distal. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA OBLIQUA AP- ROTAÇÃO MEDIAL A 45°: TORNOZELO Patologia Demonstrada Patologias incluindo possíveis fraturas envolvendo a articulação tibio-fibular distal, a porção distal da fíbula e o maléolo lateral, bem como a base do quinto metatarso. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA OBLIQUA AP- ROTAÇÃO MEDIAL A 45°: TORNOZELO Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: O terço distal da perna, os maléolos, o tálus e a metade proximal dos metatarsos devem ser visualizados. Posição:Uma incidência oblíqua medial a 45° mostrará a articulação Tibio-fibular distal aberta, sem nenhuma sobreposição ou com uma sobreposição mínima. A articulação do maléolo lateral com o tálus não deve mostrar nenhuma (ou apenas discreta) sobreposição, mas o maléolo medial e o tálus estarão parcialmente sobrepostos. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIA MÉDIO- LATERAL (OU LÁTERO - MÉDIAL): TORNOZELO Patologia Demonstrada Essa incidência é útil na avaliação de fraturas, luxações e derrames articulares associados a outras patologias que acometem as articulações. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIA MÉDIO- LATERAL (OU LÁTERO - MÉDIAL): TORNOZELO Posição do Paciente: Colocar o paciente em decúbito lateral, com o lado afetado para baixo; fornecer ao paciente um travesseiro para apoiar a cabeça; flexionar o joelho do membro afetado cerca de 45°; colocar a perna oposta atrás do membro a ser radiografado para evitar super-rotação. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIA MÉDIO- LATERAL (OU LÁTERO - MÉDIAL): TORNOZELO Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: O terço distal da tíbia e da fíbula, com a porção distal da fíbula sobreposta pela porção distal da tíbia, tálus e calcâneo, aparecerão na incidência lateral. A tuberosidade do quinto metatarso, o navicular e o cubóide também devem ser visualizados. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIA MÉDIO- LATERAL (OU LÁTERO - MÉDIAL): TORNOZELO PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP FORÇADAS: TORNOZELO Posições de Inversão e de Eversão Advertência: Proceda com o máximo cuidado ao manipular um paciente com lesão. Patologia Demonstrada Patologias envolvendo luxação da articulação do tornozelo devido a estiramento ou ruptura de ligamento PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP FORÇADAS: TORNOZELO Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas e Posição: vê-se a articulação do tornozelo para pesquisa de separação articular e ruptura ou estiramento ligamentar. O aspecto do espaço articular varia bastante conforme a gravidade da lesão ligamentar. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP – PÉ (Incidência dorso-plantar) Patologia Demonstrada Localização e extensão de fraturas e alinhamento de fragmentos, anormalidades nos espaços articulares, derrames de tecidos moles e localização de corpos estranhos radiopacos são demonstrados PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP – PÉ (Incidência dorsoplantar) Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: . O pé, por inteiro, deve ser demonstrado, incluindo as falanges, os metatarsos e o navicular, os cuneiformes e o cubóide. Posição: O eixo longitudinaldo pé deve estar alinhado com o eixo longitudinal da porção do filme a ser exposta. Em geral, as bases do primeiro e do segundo metatarsos são separadas, mas as bases do segundo ao quinto aparecerão sobrepostas. O espaço articular entre o primeiro e o segundo cuneiformes deve ser demonstrado. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA OBLÍQUA AP- ROTAÇÃO MEDIAL PÉ Patologia Demonstrada Localização e extensão de fraturas e alinhamento de fragmentos, anormalidades nos espaços articulares, derrames de tecidos moles e localização de corpos estranhos radiopacos são demonstrados. Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: O pé, por inteiro, deve ser demonstrado, desde as falanges distais até as porções posterior do calcâneo e proximal do tálus. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA OBLÍQUA AP- ROTAÇÃO MEDIAL PÉ Posição: O eixo longitudinal do pé deve estar alinhado com o eixo longitudinal da porção do filme a ser exposta. A obliqüidade correta é demonstrada quando o terceiro ao quinto metatarsos estão livres de sobreposição. A tuberosidade na base do quinto metatarso em vista lateral e bem visualizada. Os espaços articulares em torno do cubóide estão abertos e bem demonstrados quando o pé está com a obliqüidade correta PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIAS MÉDIO-LATERAL OU LÁTERO - MEDIAL:PÉ Patologia Demonstrada Localização e grau do deslocamento anterior e posterior dos fragmentos de fratura, ou anormalidades nos espaços articulares, derrames de tecidos moles e localização de corpos estranhos radiopacos são demonstrados PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIAS MÉDIO-LATERAL OU LÁTERO - MEDIAL:PÉ Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: O pé, por inteiro, deve ser demonstrado, Bem como pelo menos 2,5 cm da extremidade distal da tíbia e fíbula. Os metatarsos estarão quase sobrepostos, e apenas a tuberosidade do quinto metatarso é vista lateralmente. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIAS MÉDIO-LATERAL OU LÁTERO - MEDIAL:PÉ Posição: O eixo longitudinal do pé deve estar alinhado com o eixo longitudinal da porção do filme. A lateral verdadeira é obtida quando a articulação tibio-talar estiver aberta, a porção distal da fíbula estiver sobreposta pela região posterior da tíbia e as porções distais dos metatarsos estiverem sobrepostas. PÉ E TORNOZELO PÉ E TORNOZELO INFERIOR – CALCÂNEO Patologia Demonstrada: Patologias ou fraturas com deslocamento medial ou lateral podem ser demonstradas. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIA MÉDIO LATERAL: CALCÂNEO Patologia Demonstrada Será demonstrada qualquer lesão óssea envolvendo o calcâneo, o tálus e a articulação talo-calcânea, bem como a extensão e o alinhamento das fraturas. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIA MÉDIO LATERAL: CALCÂNEO Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: . O calcâneo, lateral com o tálus, as porções distais da tíbia e da fíbula demonstradas superiormente; o navicular, o espaço articular aberto do calcâneo e o cubóide, demonstrados distalmente. PÉ E TORNOZELO LATERAL – INCIDÊNCIA MÉDIO LATERAL: CALCÂNEO Posição: Sem rotação, como evidenciado pelas porções sobrepostas do tálus, articulação talo-calcânea aberta e o maléolo lateral sobreposto à metade posterior da tíbia e do tálus. O seio do tarso e o espaço articular calcaneo-cubóide devem parecer abertos. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP: ARTELHOS Patologia Demonstrada Fraturas e/ou luxações das falanges dos artelhos em questão são demonstradas. Algumas patologias, como a osteoartrite e a artrite gotosa (gota), podem ser evidenciadas, especialmente no primeiro dedo. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP: ARTELHOS Estruturas Mostradas: . Dedo(s) de interesse e, pelo menos, a metade distal dos metatarsos devem ser incluídos. Posição: Cada dedo deve ser separado sem sobreposição dos tecidos moles. O eixo longitudinal do pé alinhado ao eixo longitudinal da porção do filme a ser exposta. Não há rotação se as diáfises das falanges e a porção distal dos metatarsos aparecerem igualmente côncavas em ambos os lados. Aparecerá rotação quando um dos lados for mais côncavo que o outro. O lado de maior concavidade foi afastado do filme. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA AP ROTAÇÃO MEDIAL E LATERAL: ARTELHOS Fraturas e/ou luxações das falanges dos artelhos em questão são demonstradas. Algumas patologias, como a osteoartrite e a artrite gotosa (gota), podem ser evidenciadas, especialmente no primeiro dedo. PÉ E TORNOZELO INCIDÊNCIA OBLIQUA AP – ROTAÇÃO MEDIAL OU LATERAL ARTELHOS Patologia Demonstrada Essa incidência fornece uma melhor exibição da imagem dos ossos sesamóides na primeira articulação metatarso-falangiana para avaliar a extensão da lesão. Observação: Uma incidência lateral do primeiro artelho em dorsi-flexão também pode ser obtida para visualizar esses sesamóides. PÉ E TORNOZELO Este é um raio-x de uma bailarina nas pontas. Pode-se observar a posição de seu calcanhar e o resto dos ossos do pé. Para manter o pé nesta posição, é preciso fortalecer os músculos do pé. PÉ E TORNOZELO Luxação Tornozelo – Fratura fíbula SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Edema tornozelo SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Fraturas múltiplas SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Artrodese da articulação subtalar Foi realizada para estabilizar e diminuir a dor desta articulação, decorrente de um importante desgaste articular. Feito também em casos de seqüelas dolorosas de fraturas complexas do calcâneo SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO A fratura-luxação da articulação tarso- metatarsiana é uma lesão rara, provocada por trauma de alta energia. SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO RX – Coalizão (fusão) Calcâneo-navicular SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO TC Coalizão Talo-calcaneana (vermelho) - Normal (verde) SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Fratura navicular SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO RX do pé: presença de esporão do calcâneo SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Joanete SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Luxação 1º. dedo SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Dedo acessório PÉ E TORNOZELO Polidactilia PÉ E TORNOZELO Polidactilia PÉ E TORNOZELO RX - Destruição Articular pela Artrite Gotosa SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS PÉ E TORNOZELO Hallux Rigidus é uma desordem degenerativa da maior articulação do primeiro dedo do pé (dedão). Essa alteração leva ao desgaste da cartilagem (artrose), com formação de bicos, protuberâncias ósseas e rigidez que pode progredir até o bloqueio completo do movimento do dedo. SITUAÇÕES PATOLÓGICAS OU TRAUMÁTICAS EXERCÍCIOS 1 – Nomeie as estruturas numeradas no tornozelo/pé. Qual é a incidência? EXERCÍCIOS 2 – Nomeie as estruturas numeradas no tornozelo/pé. Qual é a incidência? EXERCÍCIOS 3 – Qual é a incidência? Aponte as situações patológicas presentesnesta imagem EXERCÍCIOS 4 – Qual a incidência? Aponte as estruturas identificáveis e a patologia observada
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