Buscar

AULA 8 - SO III LOCOMOTOR - TORNOZELO E PÉ - GUSTAVO E LUANNE

Prévia do material em texto

MEDICINA – 4° SEMESTRE – THAYS LOPES 
1 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS: 
• O complexo do tornozelo é a parte mais lesionada do 
corpo; 
• Lesões traumáticas ou microtraumáticas; 
• Entorse do componente lateral do tornozelo são as 
lesões esportivas mais comuns; 
 
OSSOS DO TORNOZELO: 
• Tíbia; 
• Fíbula; 
• Talus; 
 
ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO: 
• Articulação Tibiotalar; 
• Articulação tibiofibular distal; 
 
 
 
LIGAMENTOS: 
LIGAMENTOS LATERAIS: 
• Parte superior: ligamento tibiofibular posterior e 
anterior; 
• Parte inferior: ligamento talofibular anterior, 
talofibular posterior, calcâneofibular; 
 
 
LIGAMENTOS MEDIAIS: 
• Ligamento tibiotalar posterior; 
• Ligamento tibiocalcaneal; 
• Ligamento tibiotalar anterior; 
• Ligamento tibionavicular; 
 
OBS.: A entorse em inversão é a mais comum, porque a 
fíbula dificulta a Eversão, que gera um choque ósseo, além 
dos ligamentos, sendo que o primeiro comprometido é o 
ligamento talofibular anterior, ligamento calcâneofibular e 
talofibular posterior; 
 
LIGAMENTOS POSTERIORES: 
• Ligamento deltoide; 
• Ligamento tibiofibular posterior; 
• Ligamento talofibular posterior; 
• Ligamento calcâneofibular; 
 
 
MÚSCULOS: 
• Região anterior; 
 Tibial anterior - dorsiflexão; 
 Extensor longo dos dedos; 
 Extensor longo do hálux; 
 Fibular terceiro; 
• Região lateral; 
 Fibular curto; 
 Fibular longo; 
• Região posterior; 
 Gastrocnemio – flexão plantar; 
 Sóleo – flexão plantar, até 30°; 
 Plantar delgado; 
 Poplíteo; 
 Flexor longo dos dedos; 
 Flexor longo do hálux; 
 Tibial posterior; 
OBS.: quando fazemos o exercício para panturrilha 
sentado, com o joelho em 90°, está desativando o 
Gastrocnemio, encurtando-o, por estar em flexão passiva, 
está dando toda a potência para o Sóleo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4° SEMESTRE – THAYS LOPES 
2 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
TENDÕES: 
• Tendão de Aquiles – muito fácil de romper; 
• Tendões fibulares; 
• Tendão dos extensores longos dos dedos; 
• Tendão tibial posterior; 
 
 
OBS.: uma estabilização complementar é fornecida pela 
abundância de tendões que cruzam esse complexo 
articular; 
OBS.: o maior fator de risco para ruptura do tendão de 
Aquiles é o tabagismo, inclusive ser fumante ativo ou 
passivo; 
 
MOVIMENTOS DO TORNOZELO: 
• Dorsiflexão; 
• Flexão plantar; 
• Inversão; 
• Eversão; 
• Abdução; 
• Adução; 
 
A inversão e a Eversão são movimentos combinados: 
 Inversão: adução, rotação interna e uma 
plantiflexão; 
 Eversão: abdução, rotação externa e uma 
dorsiflexão; 
 
AMPLITUDE DO TORNOZELO: 
• Apoio médio 
• Apoio final 
 
 
 
 
 
 
ENTORSE DO TORNOZELO 
• Inversão – para fora – lesiona o compartimento 
lateral; 
• Rotação – alta – tíbia deslizando sobre o talos, sem 
ter nenhum tipo de movimento do pé; 
• Eversão – para fora – lesiona o compartimento 
medial; 
 
 
LESÕES LIGAMENTARES: 
INVERSÃO: 
• Grau I: o ligamento está sangrando, mas não houve 
perda da continuidade; 
• Grau II: perda da continuidade parcial; 
• Grau III: ligamento completamente rompido, só pode 
ser construído cirurgicamente; 
 
A LESÃO MAIS GRAVE É ENTORSE OU FRATURA? 
A fratura é melhor para o paciente, porque quando quebra 
e as pessoas falam que “cola”, na verdade tem o deposito 
de osso novo, remodelando a fratura, deixando 100% 
curado; 
O entorse existe uma fragilidade das fibras, uma 
instabilidade residual, e não vai nunca mais voltar ao 
original; na cirurgia utiliza-se outro ligamento para 
restituir, mas mesmo assim não fica como antes; 
 
SINAIS: 
• A primeira coisa que tem que ser feita quando há 
entorse é a analgesia, porque o paciente vai estar com 
muita dor, com edema. Depois da analgesia, 
encaminha direto para a radiologia; 
• Radiografia em AP verdadeiro; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4° SEMESTRE – THAYS LOPES 
3 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
ANATOMIA: 
• É composto por: 
 26 ossos; 
 33 articulações; 
 114 ligamentos; 
 20 músculos; 
• Tarso, metatarso e falanges; 
• Apoio de propulsão, estabilidade, amortecimento; 
• Pés, tornozelos, perna e o resto do corpo; 
 
ARTICULAÇÕES TORNOZELO/PÉ: 
 
 
OSSOS DO TORNOZELO/PÉ: 
 
 
Fratura do 5° metatarso – o ligamento que pode ter feito 
energia ter sido dissipada no metatarso foram os 
ligamentos fibulares longos; 
 
 
 
 
 
 
 
ARCOS DO PÉ: 
 
• Arco transverso: 
• Arco longitudinal medial: 
• Arco longitudinal lateral: 
 
OBS.: Ligamento mola – liga o calcâneo ao navicular, 
serve para manter o arco longitudinal; 
 
O arco transverso – teste do neuroma de morton; 
ligamento de Lisfranc ele faz estabilidade do médio pé 
com o antepé; 
Os Ligamentos do maléolo lateral, são os mais comuns, 
dentre eles o que se destaca é o ligamento talofibular, por 
ter o rompimento mais facilmente; 
Quando falamos de maléolo medial, a maioria dos casos 
são cirúrgicos, são os ligamentos que formam o ligamento 
deltoide, esses ligamentos deixam o tornozelo instável, 
precisando de cirurgia; 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4° SEMESTRE – THAYS LOPES 
4 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
MOVIMENTOS DOS DEDOS: 
 
 
MORFOLOGIA DO PÉ: 
 
• Cavo acentuado: não temos contato lateral; 
• Cavo: temos um pouco de contato lateral; 
• Pé plano: tem um desabamento do arco; 
• Pé plano acentuado: desabamento completo do arco; 
 
OBS.: uma pessoa que tem o pé plano acentuado tem 
maior probabilidade em ter o joelho valgo; 
 
TIPOS DE CALCÂNEO: 
 
• Quem tem um calcâneo valgo, tem um pé chato e 
tem um valgo de joelho; 
• Quem tem um calcâneo varo, tem um pé chato e tem 
um varo de joelho; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE PISADA: 
 
 
 
PISADA X ARCO LONGITUDINAL MEDIAL: 
 
 
PADRÕES DE BAROPODOMETRIA: 
 
• Plantígrafo e baropodometria; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4° SEMESTRE – THAYS LOPES 
5 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
PADRÕES DE CONTATO NA CORRIDA: 
 
• Varia de acordo com a velocidade da corrida; 
 
 
CORREÇÕES PODOPOSTUROLÓGICAS: 
 
 
 
PÉS PLANOS VALGOS: 
 
• Pé com ausência do arco longitudinal ou com a 
presença de um arco longitudinal com depressão 
anormal; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
• Flexível: 
a) Fisiológico – devido à frouxidão ligamentar no 
bebê e na criança mais nova (isto é normal); 
b) Frouxidão ligamentar excessiva – pé plano 
hipermóvel 
1. Familiar; 
2. Parte de síndrome generalizada com 
hiperfrouxidão ligamentar grave como nas 
síndromes de Down, de Marfan, de Ehlers-
danlos e osteogênese imperfeita; 
c) Anomalias osséas: 
1. Hipoplasia do sustentáculo do talo; 
2. Colune lateral curta devido à hipoplasia do 
calcâneo; 
d) Contratural – devido à contratura do tríceps sural 
ou dos fibulares; 
e) Fraqueza motora – desequilíbrio muscular: 
1. Músculo tibial posterior com navicular 
acessório do tarso; 
2. Miopático – como na distrofia muscular; 
3. Lesões do nervo periférico; 
4. Medula espinhal – mielodisplasia, 
poliomielite, doença de Werding-Hoffmann; 
5. Cérebro – paralisia cerebral, hipotônica ou 
espástica; 
• Rígido: 
a) Congênito: 
1. Coalizão do tarso – calcaneonavicular, 
talocalcanea; 
2. Pés valgus convexo congênito (talo vertical); 
b) Adquirido: 
1. Lesões inflamatórias envolvendo as juntas 
subtalares e mediotársica como na artrite 
reumatoide; 
2. Artrite traumática por fraturas envolvendo 
as juntas subtalares; 
 
ASPECTOS CLÍNICOS: 
• Talocalcanea – não elevação do arco longitudinal 
(paciente em pé nas pontas dos dedos) ou durante o 
teste de Jack; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4° SEMESTRE – THAYS LOPES 
6 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
PÉ TORTO CONGÊNITO: 
• O diagnostico é feito no pré-natal; 
• Deformidade congênita do pé caracterizada por: 
 Varismo acentuado do 
calcâneo; 
 Equinismo do retropé; 
 Varismo e supinação do 
antepé; 
 Cavo plantar acentuada; 
 
 
• Incidência: 
 1 a 2: 1000 nascidos 
vivos 50% bilateral 
 Masculino 2:1 
 
• Etiologia: 
 Idiopático – grande 
maioria dos casos; 
 Posturais – não tem a prega medial; 
 Teratológico (secundário) – mais associado a 
mielomeningocele e artrogripose múltipla 
congênita – rigidez; 
 
 
• Aspectos diagnósticos: 
 Deformidade de fácil diagnóstico. 
 Rigidez diferencia o PTC clássico (idiopático) 
do pé torto postural. 
 Atenção para condições associadas e 
síndromes – PTC secundário geralmente é 
mais grave do que o PTC clássico. 
 Exceções são os casos de síndrome de Down 
e Larsen – é mais benigno. 
 Hemimelia tibial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Diagnóstico diferencial: 
 
Hemimelia tibial 
 
• Tratamento: 
 Objetivos: 
→ Pé plantígrado; 
→ Pé indolor; 
 Nunca fica normal, mesmo após a cirurgia; 
 
• Amioplasia: 
 
São crianças que nascem com rigidez em todas as 
articulações; 
 
MÉTODO DE PONSETI: 
 Técnica: manipulação e alongamento do pé a 
cada 5 a 7 dias. 
 Gesso fechado, dos dedos até a raiz da coxa, 
com joelho em 90º de flexão. 
 Após tenotomia de Aquiles, imobilização 
gessada por 3 semanas. 
 Após remoção do último gesso, iniciar órtese 
de Denis-Browne: 3 a 4 meses em tempo 
integral e à noite por 2 a 4 anos. 
 Órtese de Denis-Browne – pés em 70º de 
rotação externa e 5-10º de dorsiflexão. 
 Se unilateral, o pé não afetado deve 
permanecer em 40º de rotação externa.

Continue navegando