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Exame Neurológico O exame neurológico é composto de 10 etapas: 1) Estática 2) Marcha 3) Amplitude de movimentos 4) Força 5) Tônus 6) Coordenação 7) Reflexos 8) Sensibilidade 9) Nervos Cranianos 10) Sinais de Irritação Meníngea Macete: Eliza Maria Andrade Foi Toda Contente Rever Seu Namorado Maurício. 1) Estática: É indispensável fazer a manobra com o paciente na frente de algo que possa apoiá-lo em uma possível queda, como a cama ou a parede. Mantenha seus dois braços amparando o paciente a uma distância em que você possa segurá-lo caso ele caia. Peça para o paciente ficar em pé e descalço (para avaliar também a propriocepção). Peça pra ele ficar em posição de soldado e fechar os olhos. Aguarde. Caso o paciente caia, significa que ele tem Sinal de Romberg positivo. Especifique para qual lado o paciente caiu. Ex1: Paciente cai para a direita, então, temos Sinal de Romberg positivo para a direita. Ex2: Se o paciente cair para todos os lados, temos Sinal de Romberg Aleatório. Potencialize a manobra: Peça pra ele colocar um pé na frente do outro e voltar de ré. 2) Marcha: Peça para o paciente andar uma pequena distância e virar (é muito importante que ele vire). Analisar o tipo de marcha. Potencialize a manobra: Peça para ele andar pequenas distâncias com as pontas do pé ou com o calcanhar. 3) Amplitude dos Movimentos: Peça para o paciente repetir simultaneamente todos os movimentos que você fizer. a) Para membros superiores: Estique os braços, levante, flexione, etc (use sua criatividade). b) Para os membros inferiores: Peça para o paciente exercer o movimento de simulação como se ele fosse chutar. 4) Força: Existem as manobras anti-gravitacional e de contra-resistência. a) Anti-Gravitacional para Membros Superiores: Peça para o paciente estender os braços para frente (imitando o esteriótipo de sonâmbulo). Agora, peça para ele fechar os olhos. Por fim, peça para ele supinar o braço. b) Anti-Gravitacional para Membros Inferiores: b.1) Manobra de Mingazzini: Com o paciente deitado, pedir pra ele ficar em "posição ginecológica" e avaliar se consegue ficar com os membros inferiores suspensos ou se há queda. Não permita que o paciente encoste um joelho no outro ou que apoie os MMII com as mãos. b.2) Manobra de Barré: Trata-se da Manobra de Mingazzini invertida. O paciente fica em decúbito ventral e com as pernas levantas. Observar se há queda. Não permitir que os joelhos fiquem encostados um no outro para dar apoio. Macete: Manobra de BARRé é de BARRiga pra baixo. c . Contra-Resistência: As manobras devem ser comparativas bilateralmente e sempre em oposição aos movimentos que os músculos fazem. Nas mãos, pedir para o paciente abrir os dedos e fechar os dedos com força (nessa última, seus dedos estão entre os dedos do paciente). Não esquecer de fazer as manobras com o polegar. Para membros inferiores é do mesmo jeito: contra o movimento que o membro faz, sempre comparativo. Não esquecer do polegar. 5) Tônus: Nessa manobra é indispensável que o paciente esteja relaxado. A melhor forma de fazer é com ele em decúbito dorsal. Assegurado de que o paciente está relaxado, faça movimentos aleatórios para ver se o paciente apresenta alguma hipotonia ou hipertonia. Nos membros inferiores, você flete passivamente o membro inferior do paciente e observa o tônus. 6) Coordenação: Você deve ensinar para o paciente com os olhos abertos, verifique se ele aprendeu e peça para ele fazer com os olhos fechados. a) Para Membros Superiores: Esticar o braço lateralmente e tocar a ponta do nariz com a ponta do dedo indicador. Fazer isso repetidas vezes com o membro superior direito e esquerdo. Potencialize: dedo esticado - nariz - orelha. Potencialize essa etapa: Peça para o paciente fazer movimentos rápidos colocando ora a palma da mão na coxa ora o dorso da mão. Potencialize mais essa etapa: Coordenação com Alvo em Movimento - Peça para o paciente com os olhos abertos seguir onde está seu dedo quando você estiver fazendo movimentos aleatórios. b) Para Membros Inferiores: Com o paciente em decúbito, peça para o paciente esticar o MI e colocar o calcanhar no joelho repetidas vezes com os olhos fechados. 7) Reflexos: É indispensável que o paciente esteja relaxado. Certas manobras são impossibilitadas caso o paciente sinta "cócegas" de forma exacerbada. Existem os reflexos superficiais e os profundos. Os reflexos superficiais são: a) Cutâneo-Abdominal: Avise ao paciente que você vai “riscar” a barriga dele e apresente o objeto, o qual pode ser uma tampinha de caneta ou clipes. Faça riscos nos quatro quadrantes do abdome do paciente no sentido demonstrado na figura abaixo. Veja a contração da cicatriz umbilical em direção ao movimento. Caso você não consiga visualizar, coloque seu dedo indicador dentro da cicatriz umbilical e sinta a contração umbilical ao realizar a manobra. É um reflexo esgotável, por isso, sua repetição leva ao sumiço momentâneo do reflexo. b. Cutâneo-Plantar: "risque" também a planta do pé do paciente seguindo o sentido da ilustração abaixo. Verificar a presença do Sinal de Babinski. Caso você fique em dúvida sobre esse reflexo, realize os Sucedâneos de Babinki: a) Sinal de Chaddock: estimulação da face lateral do pé; b) Sinal de Gordon: compressão ou aplicação de pressão nos músculos da panturrilha; c) Sinal de Openheim: aplicação de pressão com o polegar e com o indicador na superfície anterior da tíbia, partindo da região infra patelar até o tornozelo. Os reflexos profundos são: a) Reflexo Bicpital b) Reflexo Tricpital c) Reflexo dos Flexores dos dedos d) Reflexo Braqui-Radial e) Reflexo Patelar f) Reflexo de Aquileu Atenção: Saiba fazer essas manobras com o paciente sentado e deitado. É indispensável que o paciente esteja relaxado. Fazer com o paciente deitado é o mais indicado, porque você já elimina a força da gravidade que atua sobre ele. 8) Sensibilidade: É um exame chatinho de se fazer para o paciente. Existem a sensibilidade superficial, a profunda e a especial. Apresente os objetos para o paciente, os quais devem ser um pedaço de algodão e uma agulha. Faça a estimulação com os dois objetos com o paciente de olhos abertos para que ele reconheça cada estímulo e também para que ele não fique com medo de você furá-lo. Agora, peça para o paciente fechar os olhos. Faça a estimulação de forma comparativa bilateralmente, nas faces ventral e dorsal. Para verificar a Sensibilidade Dolorosa, faça diferentes pressões com a agulha. Para verificar a Sensibilidade Térmica, toque o paciente com algo quente e com algo gelado e peça para ele identificar. Para verificar a Sensibilidade Vibratória, coloque o diapasão vibrando em todas as principais articulações do paciente e peça para ele avisar quando o diapasão parar de vibrar. Confira em você se o diapasão parou mesmo de vibrar. Para verificar a Sensibilidade especial: avise ao paciente o que você irá fazer e certifique-se que ele entendeu. É indispensável que o paciente esteja de olhos fechados: a. Grafestesia: Com a tampinha de caneta, desenhe uma letra ou um número na palma da mão do paciente e peça para ele identificar a letra. Faça de forma legível e devagar. b. Estegnosia: Coloque um objeto conhecido na mão dele (uma chave, por exemplo) e peça para ele identificar. 9) Nervos Cranianos: idem Cabeça e Pescoço. 10) Sinais de Irritação Meníngea: Com o paciente deitado, coloque suas mãos por trás da cabeça do paciente e flexioneo pescoço para frente, até que o queixo toque, se possível, o tórax. Caso o paciente faça o movimento involuntário de flexão dos membros inferiores durante essa manobra, teremos o Sinal de Brudzinski positivo. Outra manobra para verificar irritação meníngea é tentar esticar as pernas do paciente que está em decúbito dorsal e com as coxas semi-fletidas. Caso o paciente relate dor ou apresente aumento da resistência à extensão do joelho, teremos Sinal de Kerning positivo. Quanto bilateral, sugere irritação meníngea.
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