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EX��� �E�R��ÓGI�� O exame neurológico é um exame extenso e bem específico que depende de diversas etapas para que seja adequado e fidedigno à situação do paciente. Ele começa desde que o paciente entra no consultório e durante a anamnese e ectoscopia - análise do estado de consciência e orientação do paciente. Esse exame é SEMPRE COMPARATIVO. As partes do exame neurológico podem ser definidas por um mnemônico: MARIA EUGÊNIA FOI TODA CONTENTE REVER SEU NAMORADO INTELIGENTE Então são realizados exames de: Marcha, Estática, Força, Tônus, Coordenação, Reflexos (superficiais e profundos), Sensibilidade (superficial e profunda), Nervos cranianos e Irritação meníngea. Além disso, no início também é realizado o exame do estado mental e do nível de consciência. 1) ESTADO MENTAL E NÍVEL DE CONSCIÊNCIA O nível de consciência é classificado da seguinte forma: ➔ Alerta e vigil - responde adequadamente, acordado, mantém a conversa (pode estar desorientado); ➔ Sonolento ou letárgico - acorda com estímulos leves ou ao ser chamado pelo nome, responde em frases, mas logo volta a dormir (também pode estar desorientado); ➔ Torporoso - acorda com estímulos mais fortes (até álgicos - aperto de trapézio, por exemplo), ao ser acordado balbucia palavras incoerentes; ➔ Comatoso - não acorda com a presença de nenhum estímulo. Classificação através da escala de Glasgow. Já o estado mental e o conteúdo da consciência vai ser avaliado através da(e/o): ➔ Orientação no tempo e no espaço - data do ano, mês e dia. Local que se encontra. Nome, sobrenome e idade; ➔ Memória - a curto prazo (dizer duas palavras a ele, pedir pra ele guardar e perguntar sobre elas alguns minutos depois) ou a longo prazo (história de vida); ➔ Fala - coerência, formação de frases, escandida? ➔ Habilidade de realizar cálculos simples - relacionar com nível socioeconômico do paciente; ➔ Atenção - capacidade de manter o diálogo; ➔ Humor e comportamento - são adequados para a situação em que o mesmo se encontra? ➔ Processo e conteúdo de pensamento - ideias e pensamentos lógicos? Alguma ideia fixa a qual retorna em diversos momentos da conversa? 2) MARCHA A marcha de um paciente deve ser analisada a partir do momento que ele entra para a consulta. Porém, quando no leito, deve-se pedir para o paciente se levantar e iniciar a caminhar. As principais características de marcha que devem ser analisadas são: ➔ Início do movimento; ➔ Largura dos passos; ➔ Movimento simultâneo dos membros superiores; ➔ Amplitude da base; ➔ Sincronicidade do movimento; ➔ Volta - giro; ➔ Observar se o paciente olha para os pés enquanto anda; ➔ Ver se o paciente usa os braços para se equilibrar; ➔ Analisar o movimento da cintura pélvica; Para sensibilizar a análise da marcha de um paciente, algumas manobras podem ser utilizadas: ➔ Pé ante pé - pedir para o paciente caminhar, ida e volta, com um pé batendo o calcanhar na ponta do outro; ➔ Marcha com calcanhar - pedir para o paciente andar nos calcanhares, ida e volta; ➔ Marcha com a ponta do pé - pedir para o paciente andar na ponta dos pés, ida e volta; Algumas alterações características são: ➔ Marcha ceifante ou hemiplégica - síndrome do 1º neurônio motor ou piramidal. Doente faz como um “C” com o pé, extensão total da perna. Puxa todo o MI para cima enquanto anda e apresenta flexão de MD. Quando é uma lesão que acomete ambos os lados, o paciente pode apresentar a marcha “em tesoura”. ➔ Marcha escarvante - paciente levanta a coxa para conseguir fazer o movimento da marcha, ponta do pé fica caída e se ele não compensar levantando a coxa (como se fosse subir uma escada), acaba caindo se arrastar essa ponta do pé caída. ➔ Marcha atáxica cerebelar ou ebriosa - síndromes cerebelares. Muito similar a marcha de indivíduos embriagados, desordenada. ➔ Marcha atáxica talonante ou tabética - olhos fixos no chão e movimentos bruscos, pisando com força no chão (inviável sem ajuda da visão); ➔ Marcha miopática ou anserina - característica das miopatias. Paciente tem dificuldade de utilizar um grupamento muscular, e compensa de outras formas, utilizando mais a cintura pélvica por exemplo. ➔ Marcha parkinsoniana - em passos curtos, dificuldade na volta (“denteada”), pode apresentar freezing, mãos com tremor de repouso sem movimento simultâneo com a marcha. ➔ Estrela ou vestibular - marcha lateralizada, não consegue se mover na direção desejada. 3) ESTÁTICA Avaliação da capacidade de manter-se em pé. Momento inicial da análise da propriocepção, visão e equilíbrio (cerebelar e vestibular). Pode ser que uma lesão de um desses sistemas, seja compensado por outro, por isso devem ser avaliados: ➔ Manobra de Romberg - pedir para o paciente ficar de pé e fechar os olhos. O examinador vai colocar as duas mãos ao redor do paciente e analisar como o mesmo responde - lembrando de proteger o paciente da queda. ◆ Se o paciente apresentar desequilíbrio e tendência a queda apenas ao fechar os olhos, chamados de Romberg positivo; ◆ Se o paciente cai sempre para o mesmo lado, desequilíbrio padronizado - lesão relacionada ao vestíbulo; ◆ Se o paciente cai para direções e sentidos diferentes, desequilíbrio desordenado - lesão relaciona a propriocepção. 4) FORÇA A força normal de um paciente vai ser capacidade que o grupamento muscular do mesmo tem de vencer uma resistência imposta pelo examinador. Essa parte do exame deve começar de forma mais simples e geral, e, dependendo da necessidade e queixa do paciente, se tornar mais específica. As alterações da força muscular são as seguintes: ➔ Paresia - força muscular reduzida; ◆ Hemiparesia (dimídio) ou paraparesia ou tetraparesia (bilateral); ➔ Plegia - força muscular ausente; ◆ Hemiplegia (dimídio) ou paraplegia ou tetraplegia (bilateral); O exame é iniciado pela observação de movimentos espontâneos do paciente e suas respostas a comandos simples. Caso o paciente não consiga elevar os membros, o examinador deve apoiar o membro de forma a afastar a interferência da gravidade. Escala para classificação da força: Se o paciente consegue vencer a gravidade, o exame da força segue com as manobras de contra-resistência - de forma, sempre, comparativa: Além disso, a força do paciente também pode ser avaliada com algumas manobras de MMII e MMSS: ➔ Mingazzini - nos MMSS, mantêm-se os braços elevados e esticados, com as mãos pronadas e os olhos fechados por 30 segundos (queda de membro parético). Nos MMII, em decúbito dorsal, mantém-se as pernas em 90° (coxa e perna, assim como coxa e abdômen). DICA! “M de mindinho pra cima” ➔ Barré - nos MMSS, braços estendidos e supinados e olhos fechados por 30 segundos, ocorre pronação do membro parético. Nos MMII, em decúbito ventral com as pernas flexionadas a 45° por 30 segundos, queda da perna parética. DICA! “B de barriga para baixo” 5) TÔNUS O tônus é a tensão residual, que persiste nos músculos mesmo em repouso. Fatores a serem avaliados são: balanço passivo, extensibilidade e resistência a mobilização. Existem algumas formas de analisar se o paciente apresenta alguma alteração de tônus: ➔ Movimentos passivos - examinador faz o movimento do membro para o paciente, para analisar essa contração basal - extensão e flexão; ➔ Rolamento do membro - examinador rola o membro sob uma superfície para analisar; ➔ Palpação - examinador palpa alguns grupos musculares para sentir o tônus dos mesmos; ➔ Membro pendular - balança o membro do paciente e ele sustenta o movimento devido a uma hipotonia (fica igual a um pêndulo). Tipos de alterações desse tônus - hipertonia e hipotonia: ➔ Hipertonia espástica - também conhecida como “em canivete”. Apresenta rigidez no momento do início ou fim do movimento, mas depois flui de forma normal; ➔ Hipertonia plástica - também conhecida como “em roda denteada”. Movimento aparenta ir por partes, como um engrenagem de máquinas com dentes. ➔ Hipotonia - semelhante a uma flacidez, parece que o paciente fica até mais flexível, consegue fazer uma movimentação mais ampliada em certas situações; 6) COORDENAÇÃONa avaliação da coordenação motora propriamente dita, pesquisa-se a presença de dismetria, disdiadococinesia e assinergia através de algumas manobras: ➔ Eumetria / Dismetria - dificuldade em executar movimentos em direção a um alvo específico, “erra o alvo” (dismetria). Quando o movimento é correto é chamado de eumetria. ◆ Manobras de movimentos de ponto a ponto - dedo-nariz, dedo-dedo, calcanhar-joelho e calcanhar-joelho-tíbia (pedir para deslizar sobre a tíbia); ◆ Manobra de tronco - quando o paciente não consegue realizar a elevação do tronco sem o apoio das mãos e não dobra as pernas ao fazer isso. “Abdominal sem flexão de joelho”. ➔ Diadococinesia - dificuldade em coordenar movimentos rápidos, ritmados e simultâneos com ambos os membros. Pede-se para o movimento fazer o movimento alternando de mãos e pés em diferentes velocidades. Alterada = disdiadococinesia. Normal = eudiadococinesia. ◆ Manobra do dedilhamento - pedir para o paciente tocar o ponto de todos os dedos com o polegar, nas duas mãos, ao mesmo tempo. ➔ Assinergia - perda da fluidez dos movimentos, que passam a ser decompostos. Movimentos, giro corporal, marcha, fala escandida. 7) REFLEXOS Divididos em superficiais e profundos. Os superficiais são: cutâneo abdominais, cutâneo-plantar, anal, cremastérico - são realizados com uma estrutura com ponta (não afiada) passando pela superfície da pele, gerando um leve reflexo. ➔ Cutâneo-plantar - passa-se um objeto pela parte plantar do pé, da parte mais posterior até o hálux, como uma letra “C”. Ao fazer isso, o paciente com o reflexo normal fará uma flexão dos dedos. ◆ Babinski = Quando esse reflexo estiver alterado, e ocorrer uma extensão do hálux e abertura dos dedos em leque após o estímulo, o paciente apresenta o Sinal de Babinski (é errado falar “Babinski positivo” pois é um sinal, e não uma manobra); ◆ Sucedâneos de Babinski = Já os profundos, que são realizados com o auxílio do martelo, aparecem após o estímulo com esse martelo em um tendão específico. São eles: ➔ Bicipital; ➔ Triciptal; ➔ Patelar; ➔ Aquileu; ➔ Estilo-radial; ➔ Mentoniano ou massetérico - coloca-se o dedo na curvatura da boca com o queixo, pede-se para o paciente deixar a boca aberta e bater o martelo no seu dedo. O reflexo ocorre se o paciente realizar um semi-cerramento da boca; ➔ Flexor dos dedos de Hoffman - peteleco no dedo do paciente (dedo médio) que leva a uma flexão dos outros dedos; 8) SENSIBILIDADE Também dividida em superficial e profunda. Para ambas sempre perguntar passa o paciente as seguintes coisas: ➔ Sente o estímulo? ➔ O que sente? ➔ Onde sente? Possíveis alterações de sensibilidade: ➔ Anestesia - perda total de sensibilidade; ➔ Hipoestesia - diminuição da sensibilidade; ➔ Hiperestesia - aumento da sensibilidade; ➔ Parestesia - sensação de formigamento sem estímulo. A superficial tem como principais a sensibilidade tátil, térmica e dolorosa. Os exames de testagem desse tipo de sensibilidade devem ser feitos de olhos fechados, porém inicialmente deve-se mostrar ao paciente o objeto e avisar.Além de não esquecer do caráter comparativo. ➔ Tátil (tato protopático) - feita com chumaço de algodão, por exemplo. Pedir que o paciente te informe sempre que sentir o toque e compare uma área com a outra. ◆ Anestesia ou hipoestesia - abolição ou redução da sensibilidade aos estímulos; ◆ Hiperestesia - aumento da sensibilidade; ◆ Disestesia - percepção anormal ao estímulo realizado. ➔ Térmica - realizada com instrumentos frios e quentes. Paciente relata sua percepção. ➔ Dolorosa - menor estímulo doloroso possível e que não cause lesão. Também deve ser analisado se o paciente consegue diferenciar um objetivo mais rombudo do mais pontudo. ◆ Analgesia ou hipoalgesia - ausência ou redução de sensibilidade dolorosa; ◆ Hiperalgesia - maior sensibilidade à dor; ◆ Alodinia - dor a estímulos que, normalmente, não a provocam. A profunda tem como principais a propriocepção, vibração e pressão. ➔ Propriocepção / Posição segmentar - o examinador desloca os dedos das mãos ou dos pés do paciente para cima, para baixo ou para os lados, verificando se ele detecta corretamente as variações de posição; ➔ Vibração ou palestesia - após percussão do diapasão, colocá-lo sob superfícies ósseas. O paciente deve identificar o início e o cessar dessa vibração; ➔ Pressão - comprimir massas musculares ao mesmo tempo, com forças diferentes e pedir para o paciente informar onde há mais pressão; ➔ Discriminativa - tato “fino” ou epicrítico; ◆ Estereognosia - capacidade de reconhecimento de sólidos (moeda, caneta…) que foram colocados na sua mão - olhos fechados e objeto na mão do paciente, uma chave, por exemplo; ◆ Grafestesia - capacidade de reconhecer o traçado de números, letras ou formas geométricas traçadas na palma da mão; ◆ Discriminação de dois pontos - capacidade de perceber e ditinguir estímulos simultâneos e em pontos distintos. A distância mínima varia com as partes do corpo analisadas, por exemplo, no dedo indicador é 5 mm, no mínimo é 7 mm e no hálux é 10mm. 9) NERVOS CRANIANOS Ao todo são 12 pares de nervos cranianos, divididos em motores, sensitivos e mistos. Esses nervos são: ➔ NC I Olfatório ou Olfativo - sensitivo. Responsável pelo sentido do olfato; ◆ Exame - confrontar o paciente com diferentes odores - familiares e não irritantes. Uma narina de cada vez, paciente com olhos fechados; ◆ Anosmia (perda total), hiposmia, parosmia (percepção distorcida - sente cheiro de canela no café, por exemplo) e cacosmia (sensação de odores desagradáveis). ➔ NC II Óptico - sensitivo (leva a informação luminosa).Paciente não movimenta os olhos na maioria dos exames e testa-se um de cada vez; ◆ Acuidade visual - ficar um pouco distante do paciente e pedir para dizer quantos dedos estão levantados ou tabela de Snellen; ◆ Campimetria - um olho fechado e outro aberto, examinador fecha o contralateral ao do paciente e avalia na horizontal e na vertical o campo óptico do mesmo; ◆ Reflexo fotomotor direto e consensual - analisar via aferente, recepção da luz - miose no que recebe a luz direta e depois no outro que deve acompanhar o movimento mesmo não recebendo luz direta; ◆ Acomodação visual - aproximar objeto e analisar a leve miose, diminuição da abertura palpebral e convergência dos olhos. ➔ NC III Oculomotor - motor. Responsável pelos músculos intrínsecos (miose e midríase - contração dos músculos da íris) e extrínsecos dos olhos (exceto oblíquo superior e reto lateral) - elevação de pálpebra; ◆ Quando paralisado gera ptose palpebral, midríase (predomínio do parassimpático) e estrabismo divergente; ◆ Reflexo fotomotor direto e consensual - avalia a miose; ◆ Reflexo de convergência e acomodação - avalia convergência dos olhos e a miose; ◆ Exame da rosa dos ventos - pedir para o paciente acompanhar seu dedo com os olhos e o examinador realiza um formato de asterisco. ➔ NC IV Troclear - motor. Responsável pelo músculo oblíquo superior - “olhar para a ponta do nariz”. ◆ Sua paralisia também leva ao estrabismo; ◆ Mesmos exames do oculomotor. ➔ NC V Trigêmeo - misto. Possui 3 ramos: oftálmico, maxilar e mandibular que inervam os músculos temporal, masseter e pterigóideo, respectivamente - sensibilidade (reflexo córneo-palpebral também) e movimento (força na mastigação). ◆ Exame de sensibilidade superficial e profunda dessa região; ◆ Palpação desses 3 músculos pedindo para o paciente “trincar os dentes”; ◆ Também pode analisar pela intensidade da mordida; ◆ Analisar desvio de mandíbula - deixar queixo pendente. ➔ NC VI Abducente - motor. Responsável pelo músculo reto lateral. ◆ Sua paralisia leva ao estrabismo convergente; ◆ Mesmo exame do III e IV. ➔ NC VII Facial - misto. Sensibilidade gustativa do ⅔ anteriores/proximais da língua e movimento dos músculos da mímica facial. ◆ Exame - pedir para o paciente abrir e fechar o olho, levantar as sobrancelhas e mostrar os dentes (mais profissional) ou de forma mais lúdica, sorrir, fazer bico, fazer cara de bravo; ◆ Paralisia facialcentral - quadrante inferior (não acomete os olhos) e contralateral. Mais grave, paciente deve ser hospitalizado; ◆ Paralisia facial periférica ou de Bell - toda a hemiface e ipsilateral. Enoftalmia (não fecha os olhos), íris “sobe” como se fosse fechar (Sinal de Bell). Única recomendação = pedir para o paciente colar uma fita nos olhos para fechá-los. ➔ NC VIII Vestibulococlear - sensitivo. Coclear é responsável pela audição e vestibular é responsável pelo equilíbrio. ◆ Exame de audiometria ou manobras como Weber (som do diapasão vibrando no ápice da cabeça) ou Rinne (som do diapasão vibrando na proeminência óssea e depois na frente - pedir para o paciente identificar o momento que cessa); ◆ Paciente apresenta marcha em estrela, romberg positivo e dismetria. ➔ NC IX Glossofaríngeo - misto. Sensibilidade gustativa do ⅓ posteriores/distais da língua e movimento dos músculos deglutórios. ◆ Reflexo nauseoso e sinal da cortina (úvula desviada para o lado contralateral à lesão); ◆ Exame - pedir para o paciente falar “AA” ou “EE” com a boca aberta e a língua abaixada; ◆ Associada a rouquidão, disfonia, disfagia; ➔ NC X Vago - misto. Movimento da laringe, faringe e do véu palatino, e sensibilidade visceral. ◆ Paciente, ao ingerir líquidos ou alimentos, pode apresentar os mesmos saindo pelo nariz ou a presença de broncoaspiração; ◆ Músculos da deglutição; ➔ NC XI Acessório ou Espinhal - motor. Responsável pela movimentação do ECOM e do trapézio. ◆ Exame de contra-resistência do trapézio - pedir para o paciente levantar os ombros para analisar se ele enfrenta/vence a resistência estabelecida pelo examinador; ◆ Exame de contra-resistência do ECOM - pedir para o paciente virar o pescoço para um lado, realizar a contra-resistência e analisar se o mesmo enfrenta/vence; ➔ NC XII Hipoglosso - motor. Responsável pelos movimentos da língua. ◆ Exame - pedir para o paciente colocar a língua para fora e movimentá-la. Pode checar o tônus da língua ao pedir para o mesmo empurrar a bochecha com ela, apertar com o dedo indicador e polegar; ◆ Se estiver desviada, vai ser para o lado lesado. 10) IRRITAÇÃO MENÍNGEA Durante o exame neurológico os sinais de irritação meníngea também devem ser avaliados. Esses sinais devem ser utilizados principalmente quando o paciente referir: cefaléia, febre, vômitos e náuseas, confusão mental, cansaço… Ao todo serão utilizadas 3 manobras para a análise de uma possível irritação meníngea: ➔ Manobra de rigidez de nuca - levanta-se a cabeça do paciente, sem o apoio da nuca e analisa se há alguma fáscie ou referência a dor. Pedir para o paciente encostar o queixo no esterno; ➔ Sinal de Kerning - levantar primeiramente o membro inferior do paciente fazendo 90° entre a coxa e abdômen, e 90º entre coxa e perna. Assim, estende-se o joelho e analisa se o paciente faz fáscie ou refere dor. DICA! “KER levantar mais minha perna? ou K de Knee” ➔ Sinal de Brudzinski - o examinador realiza uma flexão passiva do pescoço do paciente e o mesmo faz leve flexão de coxa e dos joelhos (involuntariamente) DICA! “B de Brain”; Além dessas manobras, existe uma específica que diferencia a dor pela irritação meníngea da dor radicular - causada pela compressão de uma raiz nervosa, por exemplo o que ocorre no nervo ciático: ➔ Sinal de Laségue - com o paciente em decúbito dorsal, eleva-se a perna em completa extensão. Se o paciente apresentar dor, provavelmente não está sendo causada por uma irritação meníngea. DICA! “O L de Laségue é o que deve se formar entre a perna e o abdômen do paciente.” ◆ Quando Laségue for bilateral pode ser irritação meníngea. Quando unilateral provavelmente tem relação com o ciático;
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