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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES E FUNDOS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Fábio Madureira Guimarães
Trabalho da disciplina Análise de Investimentos em Ações e Fundos,
 Tutor: Prof. James Dantas de Souza.
Belo Horizonte
2018.1
Estudo de Caso : 
SANTANDER CONSUMER FINANCE
De Santander para o mundo
REFERÊNCIA: TRUMBULL, Gunnar; CORSI, Elena; BARRON, Andrew;. Santander Consumer Finance, Harvard Business School, 712 – P04, 2010.
O estudo de caso Santander Consumer Finance, trata-se da divisão do grupo Santander, onde haviam nomeado em 2008, Magda Salarich Fernández de Valderrama como sua nova CEO, sucedendo Juan Rodrigues Inciarte, com objetivo de planejar o caminho da empresa nos dez anos seguintes. Embora neste período os EUA continuassem como o maior mercado de financiamentos ao consumidor do mundo, o mesmo havia crescendo na Europa nos últimos 20 anos. Inciarte em sua gestão (2002-2008) notou esta tendência e a Santander Consumer Finance (SCF) e direcionou maior foco na União Europeia e posteriormente nos EUA, America Latina e na Europa Oriental.
Com o prazo de quatro meses, Salarich deveria apresentar a nova estratégia e direção da SCF ao presidente e diretor executivo do Santander entre outros membros do Comitê Executivo incluindo Inciarte e com o tal, grandes decisões seriam tomadas.O grupo Santander fora fundado em 1857 na cidade de Santander, ao norte da Espanha, autorizado através de um decreto real da rainha da Espanha, mantendo-se sempre em projeção de crescimento desde então. Já a SCF, tem suas raízes em 1987, quando o Santander comprou o CC Bank (um banco alemão em operação desde 1950). Sob a liderança de Inciarte, a SCF focou em crescimento. Ele lembra que quando assumiu a nova divisão, esta não tinha nem uma marca global comum.
Entre 2003 e 2006, iniciaram novas aquisições em outros países europeus e no final deste período foram feitos investimentos também fora da união europeia, iniciando nos EUA, México, Rússia e já em 2007 no Chile, que iniciou suas operações em 2008.
Desde a década de 80, o setor de empréstimos ao consumidor na Europa tinha crescido em importância econômica e sofisticação. Ao final de 2006, empréstimos ao consumidor na Europa representavam cerca de € 1 trilhão em empréstimos em aberto. Embora menor do que o dos EUA, o mercado de crédito ao consumidor europeu também tinha características diferenciadas que o tornavam qualitativamente diferente.
Afim de promover a integração em 1987, a Comissão Europeia introduziu a primeira diretiva de crédito ao consumidor na União Europeia (EU), onde seu objetivo era de estabelecer padrões básicos para procedimentos e relatórios, o que gerou algumas reações positivas e negativas dos órgãos relacionados do setor. A diretiva da EU também suscitou reações mistas na SCF, pois houve desapontamento por ela em não ter feito a integração dos mercados de crédito da Europa. Para um futuro próximo, a SFC faria planos com base no pressuposto de que os mercados de crédito na Europa permaneceriam fragmentados.
A maior atividade de empréstimos da SFC era o financiamento de veículos, porém a abordagem variava de acordo com o produto. Para empréstimos de bens de consumo duráveis e veículos a varejo, SCF usava da forma indireta e dependia de revendedores para atrair novos clientes e comercializar seu crédito. Desta forma, a estratégia de ponto de venda mantinha a SCF distante dos consumidores individuais. Para todos os outros produtos, a SCF utilizava da forma direta. Com o objetivo de vender produtos diretos, principalmente para seus clientes indiretos de empréstimos para veículos e bens duráveis. Os principais concorrentes da SCF na Europa eram a GE Money (EUA) e a BNP Paribas (França) e as divisões de financiamento ao consumidor da Crédit Agricole. Com essa concorrência, o objetivo da SCF não era substituir as cativas, mas ser o segundo financiador de carros novos depois delas e o primeiro financiador de carros usados. 
Para ficar mais próxima dos mercados locais, a SCF tinha adotado uma estrutura descentralizada. O crescimento da SCF foi impulsionado por aquisições e joint venture com empresas locais, assim, nossas equipes nacionais são compostas por funcionários locais. A SCF estava organizada quatro áreas geográfica, cada uma liderada por um gerente: Espanha, Portugal, Chile e Itália; Europa Oriental e os países escandinavos, Reino Unido e México, Alemanha e Austrália; e América do Norte. Assim, as filiais locais gozavam de autonomia considerável. Para financiar seus empréstimos, a SCF contava com diversas fontes, incluindo dívida privilegiada, notas promissórias, securitização de ativos e depósitos de clientes. A SCF, securitizava ainda grupos de empréstimos para carros, e essa também estava se tornando uma fonte de financiamento cada vez mais importante para a divisão. A ampla cobertura geográfica de SFC permitia que ela distribuísse o risco. A SCF também esperava aprender com seus diferentes negócios. O principal objetivo dela era cobrir os principais países europeus em termos de PIB per capita e população. 
Esforços foram necessários para se estabelecer em países fora da UE eram desafios adicionais. Quando o Santander entrou na Rússia no ano de 2007, o setor bancário ainda estava em transição. Pelo regulamento financeiro russo, as autoridades bancárias tinham o direito de revogar a licença de qualquer banco que tivesse prejuízos por três meses consecutivos. Para um novo credor ao consumidor, essa regra criava problemas claros, e o Santander escolheu entrar na Rússia como uma firma financeira, em vez de banco.
Salarich, tinha três grandes questões pela frente. A primeira era lidar com a expansão. Novos mercados de credito ao consumidor surgiam pelo mundo. O Santander deveria agir para operar nesses novos mercados? O segundo desafio seria a consolidação. Que funções deveriam ser centralizadas a fim de ganhar eficiências e quais deveriam ser descentralizadas? E por último, Salarich teria que definir o mix de produtos da SCF. Historicamente, seu ponto forte e vantagem competitiva estava no negócio de empréstimo para veículos, um negócio de baixo risco, mas com margens menores.
Mas experiências recentes tanto nos EUA, quanto com empréstimos ao consumidor para bens que não automóveis tinham mostrado potencial de expandir para negócios de maior retorno. 
Local: Biblioteca da disciplina.
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