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Resenha - Caso Santander Consumer Finance

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS EM (ADMIISTRAÇÃO ESTRATEGICA)
Resenha Crítica de Caso
Bruna Reis Costa
Trabalho da disciplina Analise de opções de transações e Investimentos 
 Tutor: Prof. James Dantas de Souza
Vila Velha 
2020
Estudo de Caso: Santander Consumer Finance
Referências: TRUMBULL, Gunnar; CORSI, Elena; BARRON, Andrew. Santander Consumer Finance. Edição: 13 de Dezembro 2010; Editora: Havard Business School.
O estudo de caso relata sobre Magda Salarich Fernadez de Valderrama da Santander Consumer Finance (SCF). Magda foi nomeada CEO depois de trabalhar 28 anos para a fabricante de carros francesa Citroen. O estudo de caso CEO Juan Rodriguez Inciarte fez a SCF crescer muito rápido nos últimos cinco anos, agora Salarich teria que planejar seu caminho para os dez anos seguintes, e para isso ela contava com quatro meses para apresentar à nova estratégia a direção da SCF.
Por mais que os Estados Unidos da América continuassem sendo o maior mercado de financiamento ao consumidor, o setor estava em desenvolvimento na Europa. E entre os anos de 2002 a 2008, sob a gestão do CEO Juan Rodríguez Iniciarte, a Santander Consumer Finance deixará de ser grupo pequeno para ser tornar uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo, expandindo, os negócios para os USA, América Latina e Europa Oriental. 
Inciarte percebeu a tendência de desenvolvimento do setor de financiamentos para o consumidor na Europa nos últimos 20 anos, desta forma ele fez com que a SCF deixasse de ser um pequeno grupo de unidades que operava na Espanha, Alemanha e Itália para uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo todo.
O grupo Santander foi fundado em 1857 por meio de um decreto feito pela rainha da Espanha. Ao longo dos anos o banco expandiu seus negócios e na década de 1950, abriu escritório em países latino-americanos e em Londres. O crescimento não parou por aí, o banco lançou produtos que reforçaram sua posição, adquiriu outros bancos e expandiu seus negócios abrindo novos escritórios por toda América. 
No ano de 1994, comprou o Banco Español de Crédito (Banesto). Em 1999, se uniu com o Banco Central Hispano (BCH). Botín continuou progredindo com desenvolvimento dos negócios adquirindo bancos e abrindo novos escritórios na América Latina, Europa e USA. Em 2004, o grupo realocou as operações do Centro de Madri para a Ciudad Financiera Santander. Em 2007 o grupo Santander era um dos maiores bancos de varejo no mundo ocidental. 
Entre os anos de 2003 e 2006 houveram mais aquisições em países europeus, e em 2007 a SCF investiu nos Estados Unidos, comprado a Drive, e depois no Mexico, Russia, Chile. Cada empresa tinha um nome, e juntos formavam o grupo Santander, com isso em 2004 todas as empresas mudaram de nome, passando a se chamar Santander, e também centralizando as decisões.
A SCF, em 2006, começou a investir fora da União Europeia, iniciando com os USA quando comprou a Drive U.S, e em 2007, alcançando os mercados do México e da Rússia, investiu também em novas instalações no Chile que só começaram a funcionar em 2008, em junho de 2008, com isso a SCF já operava em 20 países. Correspondendo a 5% da mão -de-obra total do grupo e era responsável por quase 8% dos lucros totais do banco.
Em janeiro de 2008 foi nomeada para posição de CEO da Santander Consumer Finance (SCF), Magda Salarich Fernandez de Valderrama que enfrentaria inúmeros desafios. Salarich possuía solida experiência depois de trabalhar por quase três décadas na fabricante de veículos Citroen e seu papel na SCF seria planejar quais passos seriam seguidos nos próximos dez anos. Em quatro meses Salarich deveria apresentar sua proposta para diretoria da SCF. Seriam inúmeros desafios pela frente e sua estratégia envolveria decisões importantes relacionadas a sustentar a alta lucratividade, investimentos em novos mercados de produtos, padronização de processos, de legação de funções as a filiais, etc.
A principal atividade do SCF era empréstimos para financiamento de veículo, e por algumas vezes atendia a varejistas, ao financiar seu próprio estoque. Além disso fornecia seguro de proteção ao pagamento, cartões de crédito e débito, atendimento bancário online, empréstimos pessoais, depósitos, serviços de consolidação de dívida e hipotecas.
A SCF atuava no mercado conforme o produto comercializado. Para empréstimos de bens duráveis e veículos, utilizava uma abordagem indireta sendo dependente dos seus revendedores. Já para os outros produtos ela tinha uma abordagem direta, dependendo da sua própria equipe de venda.
A SCF elaborou um sistema de aprovação de crédito online, onde os revendedores de automóveis e varejistas podiam acessar. A agilidade de consulta é até hoje importante para o negócio, pois o cliente está na sua loja, se os revendedores não conseguirem processar a solicitação rapidamente o cliente irá embora da loja indo para outro lugar ou até mesmo desistindo.
Conforme paragrafo descrito acima a SCF criou seu próprio sistema de aprovação de crédito que poderia ser acessado online. Uma solicitação de empréstimo individual poderia ser aprovada ou rejeitada em torno de três minutos. 
Os principais concorrentes da SCF na Europa eram GE Money (EUA) e BNP Paribas (França), e alguns bancos e instituições locais. O objetivo da SCF era ser o segundo financiador de carros novos e o primeiro financiador de carros usados.
Para ficar mais próximo dos mercados locais, a Santander Consumer Finance tinha optado por uma estrutura descentralizada, sendo que seu crescimento foi impulsionado por compras e joint ventures com empresas locais, com isso, as equipes são compostas por funcionários da própria região.
A SCF contava com várias fontes, para financiar seus empréstimos, incluindo dívida privilegiada, notas promissórias, securitização de ativos e depósitos de clientes. A SCF securitizava grupos de empréstimos para carro, e essa estava se tornando assim uma das fontes mais importante de financiamento para a divisão. Os escritórios nacionais também recebiam financiamento do grupo Santander.
Por fim, Salarich seguia pensando no futuro da Santander Consumer Finance, e passou a pensar nos países emergentes, a exemplo do Brasil, Índia e China, como uma margem para crescimento. Porém ela reconhece que para investir nesses países é necessário ter a certeza que o negócio principal é suficientemente forte.

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