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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II. CASO CONCRETO. SEMANA 6. ESTÁCIO. FIC. 2018

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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II. 
CASO CONCRETO SEMANA 6
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade
comercial Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas
sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e obrigações
comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal
verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos
exercícios, tendo em consequência procedido ao lançamento. Notificada
regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-
se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e
culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato
ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu antigo contador, o sócio-
gerente aliena vários bens sociais. Pergunta-se: 
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias? 
Trata-se da ocorrência de fraude à execução caso se constate a
insolvência do agente passivo devedor, por conta que já há ação
executiva em curso no momento da alienação dos bens, podendo,
portanto, ser declarado judicialmente a anulabilidade das transações. 
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de
credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata,
inventário ou arrolamento. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
 Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas
jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
I - União;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III - Municípios, conjuntamente e pró rata. (CTN)
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade? 
Sob o entendimento do artigo 187 do CTN, pode-se extrair a
inviabilidade do requerimento pela fazenda pública para declarar a
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falência do agente passivo devedor, uma vez que os créditos tributários
não se submetem à ordem do pagamento no concurso de credores ou
mesmo sob prévia habilitação, sendo considerados extraconcursais.
Valendo-se, pois, o fisco, da possibilidade de manejamento de ação
executiva fiscal. 
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os
dados das movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar
identificar as irregularidades, independente de autorização judicial?
Sim, atualmente é entendimento pacificado pela jurisprudência do
STF sobre a possibilidade da utilização pelo fisco dos dados bancários
dos contribuintes para fins de investigação tributária. Veja-se o artigo 6º,
da Lei complementar nº 105/2001:
Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar
documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os
referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver
processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e
tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade
administrativa competente. 
Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os
documentos a que se refere este artigo serão conservados em sigilo,
observada a legislação tributária.
 
Questão objetiva 
 
Em processo de falência, a ordem de preferência do crédito tributário
constituído antes da decretação da falência de determinado contribuinte que
deve também créditos trabalhistas anteriores à quebra, equivalentes a vinte mil
reais; créditos trabalhistas anteriores à quebra, cedidos a terceiros,
equivalentes a quinze mil reais; crédito garantido com hipoteca até o limite do
valor do bem gravado; remuneração devida ao administrador judicial
equivalente a cinco mil reais, corresponderá ao 
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A ( ) primeiro pagamento. 
B ( ) segundo pagamento. 
C ( ) terceiro pagamento. 
D ( X ) quarto pagamento. 
 Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte
ordem:
 I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150
(cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de
acidentes de trabalho;
 II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
 III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e
tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
 IV – créditos com privilégio especial, a saber: (Lei nº 11.101/05)
E ( ) quinto pagamento. 
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