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AÇÃO RESCISÓRIA E RECLAMAÇÃO

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INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS – IAESB
FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS – FASB
CURSO DE DIREITO
ANANDA DE SOUZA DOS SANTOS
DIANE KELLY SOUZA DA SILVA
GILSON PEREIRA DOS SANTOS
MARIA APARECIDA ALVES BARRETO SOUZA
	
AÇÃO RESCISÓRIA E RECLAMAÇÃO
	
BARREIRAS-BA
2016
ANANDA DE SOUZA DOS SANTOS
DIANE KELLY SOUZA DA SILVA
GILSON PEREIRA DOS SANTOS
MARIA APARECIDA ALVES BARRETO SOUZA
	
AÇÃO RESCISÓRIA E RECLAMAÇÃO
Trabalho apresentado à Faculdade São Francisco de Barreiras, como requisito parcial de avaliação da disciplina de Direito Processual Civil.
Orientação: Prof. Marcus Garcia 
BARREIRAS-BA
2016
AÇÃO RESCISORIA 
A ação rescisória visa à desconstituição do que já passou em julgado, mas que possui algum vício. Câmara (2007, p. 30) define-a da seguinte forma: “[...] a ação rescisória como demanda autônoma de impugnação de provimentos de mérito transitados em julgado, com eventual rejulgamento da matéria neles apreciada”.
A mesma se refere a uma demanda e não a um recurso, pois tem por objetivo rescindir a coisa julgada e não anulá-la, conforme salienta Miranda (2003, p. 123) ao afirmar que “a ação rescisória como indica o nome é uma espécie de ação contra a sentença e que instaura outra relação jurídico-processual”.
Quando a decisão é alvo de anulação é porque esta em desconformidade com alguma norma jurídica dispositiva. Exclusivamente nos casos categóricos do artigo 485 do Código de Processo Civil que surge a rescisão, nesses casos, especificamente, uma vez transitado em julgado as invalidades estão sanadas, pois a coisa julgada é a solidificação da solução do litígio. 
Assim sendo, Câmara (2007, p. 40) elucida ainda que quando “ajuizada a ação rescisória, instaura-se, então, um processo autônomo em relação àquele em que se proferiu a decisão que se quer rescindir. E este novo processo, indubitavelmente, terá natureza cognitiva.” Observa-se que se trata de uma demanda autônoma de impugnação, instaurando-se um novo processo, podendo até ser ajuizada mais de uma rescisória ao mesmo tempo contra a mesma decisão, tendo para isso fundamentos distintos.
As hipóteses de cabimento, levantadas no artigo 485 do CPC, são as causas de pedir a ação rescisória, as quais poderão, conforme o caso, ser cumuladas. De acordo com Bueno (2013, p. 326): 
[...] nada impede que uma mesma ‘ação rescisória’ pretenda rescindir decisão transitada em julgado porque proferida para juízo absolutamente incompetente (art. 485, II) e porque violou expresso dispositivo de lei (art. 485, V). Se não aceito um dos fundamentos, passa-se à análise do outro, e assim sucessivamente. Também não existe qualquer óbice na propositura sucessiva de ações rescisórias. Basta que a causa de pedir seja diversa da outra que fundamenta a nova investida jurisdicional e que o artigo 495 seja observado desde o trânsito em julgado da decisão que se pretende rescindir.
As hipóteses de cabimento conforme o artigo 485 do Código de Processo Civil são: 
“Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
I- se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II- proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
III- resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV- ofender a coisa julgada;
V- violar literal disposição de lei;
VI- se fundar em prova, cuja a falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória;
VII- depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII- houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença;
IX- fundada em erro de fato resultante de atos ou de documentos da causa. (BRASIL, 2015, on-line)
Assim sendo, em qualquer um dos cabimentos presentes no artigo 485 do CPC, tem-se a possibilidade de prolação da ação rescisória.
No que se refere à acolhida da inicial de uma ação rescisória o procedido será da mesma maneira quando da admissibilidade de qualquer outra petição inicial, estribada no artigo 282 do CPC. A natureza jurídica da ação rescisória é uníssona tanto a jurisprudência quanto a doutrina, tratando-se desta feita de uma ação desconstitutiva, isso pois sua função principal é desfazer a coisa julgada material e se for cabível o novo julgamento da causa.
De acordo com artigo 487 do CPC é legitimado para propor ação rescisória, quem fez parte da ação em que houve a decisão rescindenda, o terceiro juridicamente interessado e o Ministério Público. É importante ressaltar que o Ministério Público terá legitimidade naqueles casos em que atuou como parte, assim como aqueles no quais deveria atuar como fiscal da lei e onde não foi ouvido. 
No que tange a competência Theodoro Júnior (2012, p. 759) afirma que:
O Código de Processo Civil coloca a ação rescisória entre os integrantes do ‘Processos nos Tribunais’ (capitulo IV do título IX do livro I). Trata-se, pois, de ação que não se submete aos dois graus de jurisdição. Sua propositura e julgamento ocorrem em instância única, perante os tribunais.
Entende-se porquanto que a competência trata-se intimamente para quem será endereçada a petição inicial conforme o artigo 488 e regra geral 282 do CPC.
Em regra o prazo da ação rescisória começa a partir do trânsito em julgado da decisão da qual se quer rescindir. Esse prazo é de dois anos conforme o artigo 495 do CPC, este prazo é decadencial, ou seja, versa sobre a extinção do próprio direito na regra exposta no Código Civil, artigo 207. 
No Novo Código de Processo Civil, no art. 966 é possível verificar modificações no que se refere a cabimento, bem como do prazo para interpor ação rescisória. Conforme o artigo 975, § 3°, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. 
Ainda no artigo 975, § 2° do NCPC, se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. 
Os embargos infringentes, não estão previstos no Novo Código de Processo Civil, pois inviabiliza, no campo da ação rescisória, o debate em grau recursal de fatos relativos aos fundamentos da ação rescisória. O mesmo dissipou as duvidas do cabimento da rescisória em separando a ação anulatória em seção própria.
2.0 RECLAMAÇÃO
O escopo da reclamação é instituir a prerrogativa da autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça e a prevenção no que se refere à sua competência contra aquelas decisões que as negam. A previsão é constitucional. Para o STF encontra-se no artigo 102, I, “l”, e para o STJ encontra-se do artigo 105, I, “f”, disciplinadas no âmbito da esfera infraconstitucional pelo artigo 15 da lei 8058/90, além dos regimentos internos do STF e STJ.
A reclamação também se estende aos Tribunais de Justiça dos Estados e Tribunais Regionais Federais. Porém não era esse o entendimento inicial, após diversas discussões sobre o tema concluiu o aresto do STF por reconhecer que ‘a adoção desse instrumento pelo os Estados-membros, além de estar em sintonia como o princípio da simetria, está em consonância com o princípio da efetividade das decisões judiciais. (THEODORO JÚNIOR, 2012. P. 595)
O instituto da reclamação tornou-se ainda mais importante após a Emenda Constitucional de n° 55, batizada como ‘’reforma do judiciário ‘’, que trouxe em seu escopo as súmulas vinculantes, as quais tem a função de vincular todos os órgãos jurisdicionais e da Administração Pública direta e indireta, disciplinado a Constituição Federal.
O mesmoé cabível nas decisões proferidas em sede de ação declaratória de constitucionalidade ou em ações diretas de inconstitucionalidade, isso porque ambas tem por finalidade apurar quaisquer dúvidas que pairem no ordenamento jurídico. Se for o caso de Tribunal de Justiça dos Estados ou Tribunal Regional Federal, a reclamação seria aceitável apenas quando se tratar de juízes àqueles Tribunais vinculados. Nota-se que a reclamação não poderia ser empregada contra autoridade administrativa ou mesmo em outros tribunais.
De acordo com Bueno (2013, p. 511) tendo em vista “a sua especificidade não é correto o emprego da reclamação como sucedâneo de outras medidas impugnativas das decisões jurisdicionais, tenham natureza de recurso ou ação”. Nota-se assim que a reclamação não pode fazer-se de recurso tendo em vista suas especificidades de cabimento. 
Em consoante, a súmula n° 755 do Superior Tribunal Federal reitera o aludido entendimento afirmando que “não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega ter desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”. Em outras palavras, a reclamação não pode fazer-se de ação rescisória.
As partes denominadas legitimadas podem ser as partes interessadas ou o próprio Ministério Público. O procedimento da reclamação é conduzido pela lei 8059/1990 que em seu artigo 15, parágrafo único, afirma que se deve apresentar petição escrita ao Presidente do Superior Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça, instruída com a prova documental da pretensão.
A competência, todavia dependerá do ato, da decisão ofensiva à competência ou autoridade da decisão reclamada. O contraditório será continuamente assegurado mediante requerimento do Relator ao reclamado, que informará sobre o ato questionado, no prazo de dez dias. O relator pode também baseado no artigo 15, inciso II da lei 8058/90 determinar a suspensão do processo.
Depois de colhida as informações, estas serão remetidas ao Ministério Público nos casos em que não for o reclamante. Concludente a reclamação, será cassada da decisão ou se tomará as medidas cabíveis para asseverar a autoridade ou competência das decisões prolatadas por aqueles Tribunais.
É de grande valia ressaltar que o Novo Código de Processo Civil consolidou a disciplina da reclamação, lacuna que foi deixada pelo antigo código. Estendendo a todos os Tribunais o seu uso, para preservar a autoridade das decisões e a competência deles.
REFERÊNCIAS 
BUENO, Cassio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil. Procedimento comum: ordinário e sumário. Vol. 2, tomo I. Ed. Ver. E atual. São Paulo: Saraiva, 2013.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 15 de novembro de 2016.
______. Súmulas STJ. Disponível em <http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/toc.jsp?livre=@docn&tipo_visualizacao=RESUMO&menu=SIM> Acesso em 15 nov. 2016.
CÂMARA, Alexandre Freitas. Ação rescisória. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
MIRANDA, Pontes de. Tratado da ação rescisória. 2° ed. – São Paulo: Bookseller, 2003.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 54a ed. Rio de Janeiro: Forense, v. 1, 2012.

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