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Síndrome Letal do Potro Branco Luiza Maciel Dias de Souza¹, Hanney Ketely de Queiroz Pereira¹ Vanessa Bueno Seabra 1Graduandas em Medicina Veterinária, Centro Universitário Newton Paiva E-mail: vbseabra@gmail.com 2018 INTRODUÇÃO A Síndrome Letal do Potro Branco se caracteriza pela mutação do gene receptor de endotelina-B, responsável pela migração e desenvolvimento das células da crista neural para a formação dos plexos entéricos e pela produção de melanócitos. Essa embriogênese errante produz potros completamente sem ou com pouquíssima pigmentação; com sinais clínicos de cólicas graves; e, eventualmente, com ruptura do trato intestinal causando imensa dor ao potro recém-nascido. Essa mutação é proveniente dos padrões de coloração Overo/tobiano e ambos os pais devem ser testados antes de se realizar a cruza, a fim de evitar o nascimento de potros carreadores dessa síndrome. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Fisiologia do trato gastrointestinal dos equinos Os equinos são herbívoros monogástricos, com ampla habilidade seletiva. Possuem estômago de dimensão diminuída, porém tem o intestino grosso desenvolvido para realização de fermentação dos nutrientes pela microbiota intestinal residente. Hillebrant, Dittrich (2015) define a necessidade alimentar dos equinos em pastejo de 10 a 16 horas com intervalos para descanso e interação social. “A necessidade alimentar (kg de M.S./dia) varia de 1,5 % a 3,1% da massa corporal, de acordo com o estado fisiológico do animal. A ingestão do alimento, propriamente dita, varia com o ambiente, com o manejo aplicado aos animais e com as características dos alimentos. Animais em crescimento, trabalho e fêmeas lactantes têm necessidades maiores do que animais em manutenção. O ambiente influencia tanto pela temperatura quanto pelo fotoperíodo e precipitação pluviométrica, os quais modificam a composição botânica das pastagens ao longo das estações do ano. ” (Hillebrant, Rhuanna Sabrina, Dittrich, João Ricardo, 2015) São animais seletivos, utilizando além da visão o olfato e a gustação para selecionar as melhores partes da vegetação. Utilizam também os lábios (possuem grande mobilidade) e os dentes incisivos para corte e apreensão. Dão preferência para folhas mais novas e brotos, rejeitando o colmo e demais partes lignificadas. Se faz necessário um tempo maior de pastejo e vegetação diversificada, pois a velocidade de ingestão dos equinos é lenta. Após a ingestão, o processo é irreversível, pois equinos não possuem a capacidade de êmese, devido à disposição das fibras musculares em torno da porção denominada cárdia. A camada muscular dessa região é formada por duas camadas de músculo liso (circular interna e longitudinal externa). Essas fibras se localizam em direções opostas, em conjunto com a camada muscular mais espessa, externa. Essa constituição da parede do estômago impede o movimento de retorno do bolo alimentar pela impossibilidade de abertura da cárdia. Possui estômago relativamente pequeno, apenas de 15 a 20 litros de capacidade e pode ser preenchido pelo bolo alimentar em 2/3 de seu tamanho. Possui quatro regiões (região da cárdia ou saco cego, corpo, região fúndica e região pilórica) e se conecta ao duodeno pelo esfíncter pilórico. O intestino delgado do equino é de cerca de 20 metros de comprimento e é dividido em duodeno, jejuno e íleo. Abaixo da mucosa (formada por células caliciformes secretoras de muco e suco entérico, e microvilosidades) se encontra a camada muscular responsável pelos movimentos peristálticos. Abaixo da saída do estômago (aproximadamente 15 cm) se localiza o divertículo duodenal de onde vertem os sucos pancreáticos e hepáticos. O pâncreas produz secreção continuamente, porém com baixa concentração enzimática. Além das enzimas, possuem grande quantidade de álcalis e bicarbonato para neutralizar os ácidos produzidos no cólon. Os equinos não possuem vesícula biliar. Sendo assim, a liberação de bile é contínua. Essa característica evolutiva é pertinente ao fato do animal se alimentar constantemente. O intestino grosso é uma das estruturas mais importantes no trato gastrointestinal dessa espécie. Há uma rica microbiota que realiza a fermentação de fibras e nutrientes não absorvidos no intestino delgado. Tem em média 7 metros e se divide em ceco, colón (subdividido em cólon dorsal direito e esquerdo, cólon ventral direito e esquerdo e cólon menor) e reto. Possui grande motilidade em toda sua extensão. Entre o ceco e o cólon existe uma válvula ceco-celíaca e a utilização de fibras de baixa qualidade, muito lignificadas, faz com que essa fibra fique mais tempo no ceco, podendo formar um bolo de fibras e com os movimentos peristálticos, acabar obstruindo a válvula e podem desencadear processos patológicos graves no aparelho digestório desses animais. O cólon menor possui segmentação que dá estruturas ás fezes e as recobrem com muco, nessa região há reabsorção de agua, ácidos graxos voláteis e eletrólitos. O processo de defecação é um reflexo da entrada das fezes no reto com relaxamento do esfíncter anal interno e abertura do esfíncter anal externo. As fezes têm cor, forma e odor característico, porém podem ser alterados de acordo com a dieta oferecida. Os equinos sofrem frequentemente de patologias e distúrbios no trato gastrointestinal. Fonte: http://blog.imagenhipica.es/2015/05/18/aparato-digestivo/ Síndrome Letal do Potro Branco A Síndrome Letal do Potro Branco ou Aganglionose ileocólica é uma anomalia congênita hereditária e recessiva, classificada como neurocristopatia (patologias associadas ao desenvolvimento da crista neural) e foi o primeiro efeito pleiotrópico identificado em nível molecular em cavalos. Essa falha genética ocorre no processo de embriogênese em que após a fusão das dobras neurais e a separação do tubo neural da ectoderme, células pluripotentes da crista neural surgem do plano dorsal do fechamento do tubo neural e migram para caminhos distintos. Todas as células da crista neural migram da linha média dorsal e se replicam extensivamente. Quando chegam ao seu destino, se diferenciam em numerosos tipos celulares, incluindo neurônios e células da glia pertencentes ao sistema nervoso periférico e melanócitos. O sistema entérico precursor do sistema nervoso são em sua grande maioria derivados da crista neural vagal do romboencéfalo em desenvolvimento e segue a via migratória ventral para penetrar no embrião precoce e penetram em todo intestino no sentido rostro-caudal. A Síndrome Letal do Potro Branco é identificada pelo fenótipo de padrão de coloração equino Overo e Tobiano, pode ocorrer nas raças: “Pampa”, “Mangalarga”, “Campolina”, “Quarto-de-milha”, “Paint Horse”, “Cavalo Miniatura Americano” e “Puro Sangue”. Fonte: https://cavalus.com.br/geral/exclusividade-do- paint-horse-e-expressa-em-sua-pelagem Fonte: https://br.pinterest.com/pin/320670435952835936/ O padrão Overo se caracteriza por manchas brancas localizadas de forma horizontal pelo corpo do equino sem ultrapassar a linha do dorso (cernelha até o rabo). As manchas têm margens desiguais na maioria dos casos, possuem os três membros e/ou quatro, e a crina e o rabo na maioria das vezes de cor única . As marcações localizadas na cabeça são variáveis e podem ir de listras a mala cara. Os genes responsáveis pela coloração azul da íris também têm correlação alta com o gene Overo. O gene Overo pode se expressar em conjunto com outro gene Overo sabino, porém não é uma marcação reconhecida nas raças, sendo classificado erroneamente como Overo ou tovero. Dessa forma não se sabe como o gene Overo pode atuar e em qual nível, pois o cavalo é registrado de forma irregular. Nos genes Overo sabino em homozigose e em alguns casos de genes mais expressivos, a marcação branca ocorre em quase todo corpo do animal, mantendo apenas pequenas partes escuras ou mescladas típicas do rosilho localizadas na linha superior do dorso desde a cernelha, orelhas e crinas. Fonte: http://www.santelaboratorio.com.br/pelagens-conjugadas-equideos/particularidades-pelagem-conjugada/ O gene tobiano suprime completamente os demais e apenas uma cópia já é o suficiente para manifestar o branco característico na pelagem. Possuem as mesmas características, independente se é heterozigoto ou homozigoto. Porém, não possui hereditariedade saltatória, ou seja, um dos pais obrigatoriamente deve ser tobiano. Geralmente se caracterizam por possuir os quatro membros brancos completos ou abaixo do joelho. Tem manchas brancas de formas arredondadas e bordas homogêneas. A pelagem base (de outra cor) localizam-se nos flancos e no peitoral do animal. O corpo pode ser totalmente branco ou de outra cor com poucas marcações, apenas com marcações simples na cabeça. Assim como outros genes relacionados ao padrão da pelagem, o gene tobiano pode se expressar junto com vários outros genes criando diversas padronizações de pelagem. Ex: preto rosilho tobiano (animal preto com gene Roan e gene tobiano). Patogênese Molecular Essa patologia é proveniente de mutações nos genes receptores de endotelina – B (EDNRB), localizados no cromossomo 17. A via de sinalização da endotelina é essencial para migração de células da crista neural que são responsáveis por formar melanócitos e o plexo entérico (neurônios responsáveis pelos movimentos gastrointestinais). Durante esse processo de mutação, ocorre a alteração no deslocamento correto e na subsistência das células da crista neural, no qual o dinucleotídeo tiamina-citosina, nas posições 353 e 354 é substituído por adenina-guanina e tem como resultado da substituição da lisina (Lys) para isoleucina (Ile) no resíduo 118 do gene que codifica o EDNRB. Essa substituição provoca perda da função do aminoácido da primeira camada transmembrana de sete transmembranas da endotelina receptora acoplada a G. O tempo e a expressão da sinalização da endotelina aparenta ter vários efeitos nos dois tipos de células (EDN3 / EDNRB). Essa sinalização reprime a diferenciação nos estágios iniciais das células da crista neural entérica provocando a migração dessas células e as deixando suscetíveis a efeitos mitogênicos relacionados a outras moléculas. A sinalização mediada por EDNRB é de extrema importância para a fixação dos neuroblastos entéricos e para correta inervação do trato gastrointestinal. Imamura et al. (2000) explana sobre as vias de sinalização intracelular e suas ligações com as glias entéricas: “Enquanto as vias precisas de sinalização intracelular para melanócitos que são ativados pela ligação do EDN3 ao EDNRB não são conhecidos, a sinalização através do acoplamento Gq do EDNRB que envolvem diacilglicerol, trifosfato de inositol e cálcio Mensageiros, tem se mostrado envolvidos no desenvolvimento da glia entérica.” (Imamura et al. 2000) O mecanismo exato envolvido nessa substituição e em que nível ela afeta a função, tanto no quesito de localização e/ou sinalização ainda está sendo pesquisado. O alelo Overo manifesta alta pleiotropia, provocando mais de um efeito sobre o fenótipo. O gene EDNRB possui altíssima correlação com o fenótipo Overo e tobiano, possuem alto risco de produzir potros portadores da síndrome se ambos os pais carregarem o gene letal e produzirem um potro homozigótico. Identificação e Características do gene: Gen: EDNRB Título: receptor de endotelina tipo B Mutação: ocorre no códon 118 do EDNRB Localização: cromossomo 17 Contagem de exons: 8 Comprimento: 24.536 pares de bases (pb) Fonte: Receptor de endotelina EDNRB tipo B [Equus caballus (cavalo) ] - Gene - NCBI. (2017). Mutação de DNA: NM 001081837.1: c.353_354delinsAG Efeito antecipado da mutação: Interrupção de aminoácidos (isoleucina 118 por lisina) Fonte: Bellone, R. (2010). Costa e Rezende (2007) definem que: “Os equinos possuem o número cromossômico de 2n=64, sendo 13 pares de cromossomos autossômicos metacêntricos ou submetacêntricos e 18 pares de cromossomos autossômicos acrocêntricos, além dos cromossomos sexuais. Assim como em outros animais, os equinos também possuem problemas cromossômicos nos planteis, podendo estar associado ao intenso acasalamento consanguíneo (REZENDE e COSTA, 2007). ” As raças de cavalos atuais são o resultado de uma intensa seleção artificial, e muitas delas se desenvolveram rapidamente em um curto período de tempo com a utilização de acasalamentos em sua grande maioria endogâmicos levando a fixação de genes desejáveis e não desejáveis. Essa manipulação genética de endogamia intensa acarretou diminuição da fertilidade das populações, diminuição da potência e desenvolvimento das doenças causadas por genes recessivos danosos, como Síndrome Letal do Potro Branco por exemplo. Essa mutação não foi encontrada em cavalos de cor solida de raças sem o padrão de branco na pelagem, o que corrobora a altíssima correlação entre a cor branca da pelagem e a mutação causadora da síndrome. Tryon et al (2009) define o alto nível de incidência da síndrome em portadores heterozigotos. “No entanto, uma incidência muito alta (> 95%) de portadores de heterozigotos, que se acoplados a outro portador teriam uma chance de 1 em 4 de produzir uma prole afetada, foi encontrada em padrões específicos de overo coat, nomeadamente overo overo, overo de chita altamente branca e padrões de sobreposição de mistura de molduras .A frequência de portadores heterozigotos da mutação para a síndrome do potro branco overo letal (que não são afetados, mas têm o potencial de produzir descendentes afetados) foi de 10,7% em 180 cavalos American Paint em geral (Tryon et al 2009).” Fonte https://www.horsecity.com/2004/02/09/lethal-white-syndrome-2/ . Fonte:https://vet.uga.edu/ivcvm/courses/VPAT5200/04_growth/01_adaptation/dev/dev02g.htm Os potros nascidos com um par de genes mutantes, receptores de endotelina –B apresentam ausência de pigmentação na pele e pelos, devido à falta de melanócitos. Geralmente são surdos e também possuem olhos azuis pela falta de pigmentação da íris. Possuem inervação prejudicada do trato intestinal em resultado à ausência de células neurais derivados da crista nos gânglios submucoso e miontérico, desde a porção inicial do intestino delgado (jejuno) até a porção final do intestino grosso do animal (reto). Essa embriogênese aberrante e consequentemente a ocorrência da aganglionose ileocólica, o trato intestinal caudal, em especial, é subdesenvolvido e contraído levando o potro a uma inevitável obstrução funcional neurogênica. Fonte: https://veteriankey.com/diseases-of-foals-and-juveniles/ Patogenia morfofisiológica Os potros portadores da síndrome parecem normais quando nascem, porém, são incapazes de movimentar o bolo alimentar por movimentos peristálticos ao longo do trato intestinal. Como rapidamente ele começa a ingerir colostro e leite da égua, começam a apresentar sinais clínicos de cólica grave proveniente do íleo paralisado, por não conseguir expelir o mecônio (substância pastosa de cor esverdeada que é coletada no intestino do feto e constitui as primeiras evacuações dos recém-nascidos). Os sinais clínicos mais comuns de cólica em equinos são: inquietação do animal, movimentos de raspar o chão, sapatear, escoicear o abdômen, passam a rolar no chão, deitar e levantar frequentemente, senta como um cão por um longo período, adotam uma postura anormal nomeada de “cavalo pensador” (membros posteriores afastados), sinais de choque, sudorese abundante, taquipinéia, taquicardia, o animal deita em decúbito dorsal, movimentos involuntários etc. Em animais castrados, incidem a expor o pênis sem urinar, urinar pouco e repetidamente, e também golpeiam a água sucessivamente sem bebê-la. Os sinais de desconforto aparecem de 5 a 24 horas pós- nascimento e o potro vem a óbito de um a seis dias se não for feita eutanásia. Sem intervenção de um médico veterinário, os animais afetados desenvolvem distensão abdominal progressiva e torna-se cada vez mais doloroso, podendo levar a ruptura intestinal e peritonite além de sepse. Fonte: https://www.blogdaniloevaristo.com.br/colica-a-inimiga-numero-um-dos-cavalos/ Diagnóstico É imprescindível salientar que nem todo potro branco, necessariamente, possui a Síndrome Letal do Potro Branco e outros diagnósticos devem ser considerados em casos de potros recém-nascidos com cólicas abdominais. Há, por exemplo, duas causas comuns de cólicas abdominais em potros recém-nascidos: incapacidade de passar o mecônio e atresia da porção distal do trato intestinal. Potros com retenção de mecônio geralmente mostram sinais de cólicas entre seis a 24 horas após o nascimento e pode ser verificada com exame retal, pois a maioria ocorre na porção distal do trato intestinal e a administração de enema (introdução de água e medicamentos líquidos no organismo por via retal; clister, lavagem intestinal), normalmente é a conduta terapêutica mais usada. A atresia intestinal congênita é uma importante causa de cólicas em potros neonatos, caracteriza-se pela ausência de material fecal no ânus e no períneo ou detecção de muco claro e limpo após exame retal. É facilmente detectada por exame na região perineal do potro, o achado mais comum e a ausência de coloração meconial após repetidas aplicações de enema. Mesmo que ocorra uroperitônio (ruptura da bexiga urinária) também possa levar a cólica em potros neonatos, os animais afetados por essa condição demonstram sinais clínicos específicos como: disúria, azotemia, hiponatremia, hipocloremia, hipercalemia e acidose metabólica, descartando assim o diagnóstico da Síndrome Letal do Potro Branco, que não possui nenhum dos sinais clínicos descritos acima. Não possui nenhum teste antemortem definitivo para detecção com exatidão da síndrome, embora a laparotomia exploratória forneça achados mais precisos para detecção da síndrome, quase nunca é utilizada, o diagnóstico clínico geralmente é a conduta mais utilizada. Os principais pontos a serem considerados na realização do diagnóstico são sinais clínicos característicos: tenesmo, sinais de desconforto abdominal e diminuição dos borborigmos intestinais a auscultação; exclusão de outras causas de cólicas em potros neonatos (retenção de mecônio, atresia intestinal congênita, etc.), e exame de PCR nos pais para verificar a presença do gene letal, principalmente se os pais forem de padrão Overo ou tobiano. Fonte: http://www.painthorse-leforum.com/t4-Descriptio Fonte: http://equiseq.com/learning_center/health/lethal-white- over-lwo Tryon et al (2009) expõe o seguinte sobre a frequência genética da síndrome : “A freqüência de portadores heterozigotos da mutação para a síndrome do potro branco overo letal (que não são afetados, mas têm o potencial de produzir descendentes afetados) foi de 10,7% em 180 cavalos American Paint em geral .(Tryon et al 2009)”. Fonte: https://vet.uga.edu/ivcvm/courses/VPAT5200/04_growth/01_adaptation/dev/dev02.htm Conduta terapêutica Não existem opções de tratamento efetivas para síndrome, apesar das tentativas cirúrgicas de remoção das partes afetadas do trato intestinal, essas se mostraram ineficientes devido ao nível de extensão da lesão. Portanto, essa síndrome e considerada letal em todos os potros afetados. A eutanásia é altamente recomendada assim que confirmado o diagnóstico da Síndrome Letal do Potro Branco, a fim de abreviar o sofrimento do animal. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Síndrome Letal do Potro Branco é congênita, fatal e afeta gravemente o desenvolvimento embrionário do feto acarretando alterações morfofisiológicas irreversíveis nos plexos miontéricos e submucoso, causando distensão abdominal e eventual ruptura do trato intestinal, além de dor e desconforto para o potro portador. A única forma de evitar que potros com o padrão Overo/tobiano proveniente dos pais que possuem o gene letal sejam gerados é um exame de PCR- O único método eficaz para identificar os animais carreadores do gene mutante é a avaliação do gene pela reação em cadeia de polimerase (PCR) - para detecção desse gene tanto no pai quanto na mãe. Se for confirmada a presença do gene, o ideal é que esse animal não se reproduza, evitando assim o nascimento de potros afetados pela Síndrome Letal do Potro Branco. Não realizar esse procedimento ou autorizar a cruza de animais carreadores dos genes letais, classifica- se por falta de ética profissional e irresponsabilidade, pois acarretará sofrimento desnecessário tanto ao feto, quanto para mãe. A eutanásia é o protocolo mais humano e recomendado quando se tem um potro portador dessa síndrome. Referências bibliográficas TEIXEIRA, R.B.C, et al (2006) Síndrome Letal do Overo Branco – Relato de caso. 2º Mostra Cientifica em Ciências Agrária . Unesp- Botucatu. Disponível em <http://intranet.fca.unesp.br/mostra_cientifica/anteriores/2006/FMVZ/Veterin_ria/Cl_nica_e_Ci rurgia_Animal/cc22.htm> Acessado em 26 de agosto de 2018 American Paint Horse. Disponível em:<https://www.petmd.com/horse/breeds/c_hr_american_paint_horse> Acessado em 26 de agosto de 2018 E.G.A. Coelho, D.A.A. Oliveira, C.S. 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