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PLANTAS TÊXTEIS 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Tipos de Fibras: 
► fibras de sementes 
► fibras de caule 
► fibras de folhas 
Fibra têxtil é a matéria-prima fibrosa a partir da qual 
os tecidos têxteis são fabricados 
 
As fibras são transformadas em fios pelo processo de 
fiação 
Fonte: http://igotbugsinmyhead.files.wordpress.com/2011/12/fibras-tc3aaxteis-completo.pdf 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Classificação Geral (ABNT-NBR-12744) 
Fibras Têxteis 
 
 
 
 
 
Fibras Naturais 
 
 
 
 
 
Vegetais 
 
Celulósicas 
De sementes Algodão 
 
 
Caules 
Cânhamo 
Juta 
Linho 
Kenaf 
Rami 
Malva 
 
Folhas 
 
Abacá 
Caroá 
Fórmio 
Sisal 
Frutos Coco 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
KENAF 
Hibiscus cannabinus 
Malvaceae 
Com as suas fibras 
produzem-se mantas 
para isolamento a sons 
de percussão 
• Recurso Natural Renovável 
• Reciclável e biodegradável 
• Ecologicamente correto 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
MALVA 
Hurena lobata L. 
Malvaceae 
Planta herbácea anual, dispersa no continente europeu, africano e 
americano 
A malva é considerada em cultura como uma planta estritamente 
anual; economicamente, a rebrotação das soqueiras não deve ser 
aproveitada. 
 Após a colheita dos caules, o terreno deve ser limpo, preparado e 
novamente semeado com a malva no ano agrícola seguinte. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
FÓRMIO 
Phormium tenax 
Xanthorrhoeaceae 
Fibras finas e brilhantes 
Alta resistência 
Planta ornamental, cujas folhas fornecem fibras têxteis, que quando 
cortadas em tiras finas substituir o vulgar cordel, por para atar sacos 
e em outras tarefas agrícolas e de jardinagem 
 
Também é conhecida por Linho-da-Nova-Zelândia, ou Fibra-da-Nova-
Zelândia, porque, aí, o povo Maori utiliza as suas folhas para 
cestaria, cordas, redes e vários utensílios de uso doméstico. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Juta (Corchorus capsularis) 
Malvaceae (ex-Tiliaceae) 
Origem: Índia 
Esta erva lenhosa alcança uma altura de 3 a 4 m e o seu talo tem 
uma grossura de aproximadamente 20 mm, crescendo em climas 
úmidos e tropicais. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
As plantas florescem 4 a 5 meses depois de semeadas e inicia-se 
imediatamente a colheita. 
A fibra útil é contida entre a casca e o talo interno e a extração é feita 
pelo processo da maceração. 
As plantas, cortadas rente ao solo por meio de foices, são limpas 
das folhas, postas em feixes dentro da água corrente ou parada. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
No processo industrial, as partes cortadas são amolecidas em água 
estagnada e, ao fim de um período de 12 a 25 dias, a casca se solta 
das hastes sem que se rompam as fibras. 
Estas são submetidas à nova imersão para lavagem e, em seguida, 
são postas a secar. Para obter uma boa fibra, cujo comprimento 
médio é de 3,20m, haste e caules devem ser cortados logo que a flor 
murcha. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
No Brasil, o cultivo de juta concentra-se na Amazônia (Manaus e 
Manicoré). 
Em 1929 colonos japoneses fizeram as primeiras tentativas de 
introdução da juta na Amazônia. 
Cinco anos depois o colono Ryoto Oyama consegue produzir uma 
variedade de juta adaptada às condições da região amazônica. 
É uma cultura fácil, acompanhada de uma maceração trabalhosa e de 
pouco rendimento, sem a utilização de agrotóxicos ou fertilizantes. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Nas terras baixas de várzea o plantio se dá em agosto ou setembro, 
com a várzea saindo d’água. Nas várzeas altas se dá em novembro 
quando as chuvas principiam e nas terras altas, semeia-se em 
janeiro. 
 
 
O corte é feito quando a juta floresce antes de frutificar, usando-se a 
foice ou facão. Terminado o corte, procede-se o desgalhamento e 
limpeza das hastes que são então reunidas em feixes de 100 
unidades e amarrados com cordas improvisadas com casca da 
própria planta. 
 
 
Procede-se então a etapa de "afogamento" das hastes feito em água 
ligeiramente corrente ou, na impossibilidade desta, em água parada. 
Completada esta etapa, quando as fibras são facilmente 
desprendidas da casca, faz-se o desfibramento e lavagem que 
consiste na retirada da casca das fibras. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Depois disso as fibras são batidas fortemente na água e lavadas 
completamente; para secar, estende-se a juta em varais ou 
estendais de secagem. 
 
 
Terminada esta operação as fibras são batidas nas próprias estacas 
dos varais e formados os manojos ou meadas ligeiramente 
torcidas, amarradas e assim enviadas para o local do 
enfardamento. Aí as fibras são classificadas e prensadas em fardos 
de até 180 quilos. 
 
 
As fibras de juta chamadas comercialmente de "fibras moles" são 
empregadas na confecção de telas e tecidos de aniagem, 
serrapilheiras, cordas, barbantes, tapetes, etc. As indústrias de 
guerra utilizam a nitro-juta, explosivo de grande poder destruidor. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Fios (crus / tintos) 
Tecidos 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Sacaria (estopa) Tapeçaria 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
As fibras da juta contêm: 
Cinza 0,70 % 
Água 9,72 % 
Gorduras cerosas 0,36 % 
Extrato aquoso 1,06 % 
Celulose 64,10 % 
Substâncias incrustantes 24,06 % 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Composição Química (%) da Juta e outras Fibras 
Fibra Celulose 
Hemi-
Celulose 
Lignina Pectina 
Água/ 
Solúveis 
Gorduras 
e Graxas 
Juta 65,2 22,2 10,8 - 1,5 0,3 
Cânhamo 77,5 10,1 6,8 2,9 1,8 0,9 
Rami 76,6 8,0 5,6 3,8 5,6 0,4 
Sisal 71,5 18,1 5,9 2,3 1,7 0,5 
Linho 71,3 18,5 2,2 2,0 4,3 1,7 
Algodão 91,5 5,8* - - 1,1 0,7 
Fonte: http://www.jutaecia.com.br. 31ago 2010 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Sisal (Agave sisalana Perrine) Asparagaceae 
Origem: México 
Planta subcaulescente, de folhas carnosas, alcança uma altura de 
cerca de 2 a 3 m. Floresce apenas uma vez na vida, entre os 8 e 10 
anos. A inflorescência atinge até 5 m de altura. 
No Brasil, os principais produtores são os estados da Paraíba e da Bahia. 
Do sisal, utiliza-se principalmente a fibra das folhas que, após o 
beneficiamento, é destinada majoritariamente à indústria de cordoaria 
(cordas, cordéis, tapetes etc.). 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
A. sisalana é 
cultivada em regiões 
semi-áridas 
Foi difundido inicialmente no estado da Paraíba e somente no final 
da década de 1930 na Bahia. 
Atualmente o Brasil é o maior produtor de sisal do mundo e a Bahia 
é responsável por 80% da produção da fibra nacional. 
Campos de cultivo / Colheita 
Os primeiros bulbilhos da Agave sisalana foram introduzidos na 
Bahia, em 1903, nos municípios de Madre de Deus e Maragogipe, 
trazidos provavelmente da Flórida, através de uma empresa 
americana. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Plantações, colheita, trabalhadores do sisal 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
O ciclo de transformação do sisal em fios 
naturais tem início aos 3 anos de vida da 
planta, ou quando suas folhas atingem até 
cerca de 140 cm de comprimento que 
podem resultar em fibras de 90 a 120 cm. 
 As fibras representam apenas 4 a 5% da 
massa bruta da folha do sisal. 
As folhas são cortadas a cada 6 meses 
durante toda vida útil da planta que é de 6 a 
7 anos. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Ao final do período é gerada uma haste (inflorescência), a flecha, 
onde surgem as sementes de uma nova planta. 
O sisal pode ser colhido no decorrer do ano todo. 
É a fibra vegetal mais dura que existe. 
Os principais produtos são os fios biodegradáveis utilizados emartesanato; no enfardamento de forragens; cordas de várias 
utilidades, inclusive navais; torcidos, terminais e cordéis. 
 
 
O sisal também é utilizado na produção de estofos; pasta para 
indústria de celulose; produção de tequila; tapetes decorativos; 
remédios; biofertilizantes; ração animal; adubo orgânico e sacarias. 
As fibras podem ser utilizadas também na indústria automobilística, 
substituindo a fibra de vidro. 
 
 
Uma fibra sintética demora até 150 anos para se decompor no solo, 
enquanto a fibra do sisal, em meses, torna-se um fertilizante natural. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Tapete de sisal 
Regiões de plantio e comércio 
 
Atualmente a Tanzânia, Quênia, Uganda e Brasil fazem parte do 
maiores cultivadores de sisal do mundo. 
 
Também é de destaque os países: Angola, México e Moçambique. 
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Rami (Boehmeria nivea (L.) Gaudich.) 
Urticaceae 
Origem: Ásia Oriental 
Planta herbácea perene, de folhas cordiformes com 7 a 15 cm de 
comprimento e 6 a 12 cm de largura, e brancas na sua face inferior 
devido a numerosos "pelos", o que lhe dá uma aparência prateada; 
porém, ao contrário das urtigas, os pelos não são urticantes. 
Alcança uma altura de 1 até 3 m. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Foi introduzida no Brasil em 1939, no sul do estado de São Paulo (Vale do 
Ribeira). 
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O rami é uma cultura permanente com duração de cerca de 20 anos. 
No entanto, uma lavoura média produz cerca de 9 anos, contando a 
partir do segundo ano, com máximos rendimentos entre as idades 
de 3 a 5 anos, depois dos quais entra em processo de rendimentos 
decrescentes. 
Podem ser feitos até 4 cortes anuais. 
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Produtos obtidos do rami 
O rami pode ser utilizado em diversos segmentos: fabricação de 
tecidos, cordas e barbantes, como também pode gerar a celulose 
para a produção de papel moeda, devido à sua resistência. 
Além disso, pode ser empregada, como reforço interno, na 
fabricação de mangueiras, pneus, fios de pára-quedas, etc. 
É bastante utilizado na alimentação de coelhos. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Do rami cru, por métodos mecânicos e químicos, obtém-se o rami 
puro. 
 
Chega ao mercado em faixas ou placas de fibras resistentes, de 
considerável comprimento (até 22 cm), mais resistentes que as do 
cânhamo. 
 
Depois de transformadas adquirem um brilho sedoso. 
 
Com elas fabricam-se sobretudo cordas e tecidos grossos. 
 
O rami é mais abrasivo que o linho, de forma que seus tecidos são 
mais ásperos e menos agradáveis ao uso, embora essas 
características possam ser bastante minimizadas através de 
processos de acabamento e/ou misturas com algumas fibras 
sintéticas. 
 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Apesar dessas características, os tecidos são facilmente laváveis, 
apresentando grande vantagem na retenção de corantes quando 
comparados a qualquer outra fibra vegetal. 
 
 
Além disso, seu emprego é extremamente adequado nos países de 
clima quente, como o Brasil. 
 
 
Os tecidos de rami têm boa aceitação no mercado, podendo ser 
considerados como um produto substituto muito próximo do linho, 
sendo de menor qualidade, mas com a vantagem de ser 
relativamente mais barato. 
 
 
Há algum tempo atrás, as fibras de rami eram utilizadas no fabrico 
de camisas incandescentes para os candeeiros a gás (luz de Auer). 
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Linho (Linum usitatissimum L.) 
Linaceae 
Origem: Oriente Médio (?) 
Planta herbácea, alcançando uma altura de 1 m. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Não se conhece a data e o local em que o 
homem utilizou pela primeira vez as fibras 
flexíveis do linho para confeccionar 
tecido, nem quando a planta começou a 
ser cultivada. 
 
Desde 2500 anos a.C. o linho era cultivado 
no Egito. 
Compõe-se basicamente de uma substância fibrosa, da qual se 
extraem as fibras longas para a fabricação de tecidos e de uma 
substância lenhosa. 
 
Produz sementes oleaginosas e a sua farinha é utilizada para 
cataplasmas de papas, usada para fins medicinais. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
 
• Linho de fibras (linho para debulhar), para a obtenção de fibras 
têxteis; 
 
• Da semente, para a obtenção de óleo de linhaça; 
 
• Linho de cruzamento, conseguido pelo cruzamento do linho de 
fibras com óleo foi desenvolvido para dar um rendimento suficiente 
de fibras e óleo. 
 
Essa fibra, contudo, ainda não satisfaz as esperanças nela depositadas 
pela indústria. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
São plantados três tipos de 
linho: 
A linhaça é a a semente do linho, muito utilizada em culinária, onde 
é consumida com casca e dela se extrai o óleo de linhaça que é 
rico em Ômega 3, Ômega 6 e Ômega 9. 
Além disso o óleo da Linhaça é usado na indústria cosmética e em 
farmácias de manipulação, além de usos na pintura. 
De uma maneira geral pode-se dizer que a planta dá-se bem em 
quase todos os climas. 
 Como a duração do seu ciclo vegetativo é muito curta, a planta deve 
absorver rapidamente os elementos minerais. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
A colheita é manual, arrancada pela raiz, a fim de se aproveitar todo 
o comprimento dos caules, formando-se em mancheias (pequenos 
molhos) com a parte da semente toda para o mesmo lado. 
Inicia-se quando o talo está amarelo-maduro, isto é, quando o terço 
inferior do talo ficou amarelo e ele esta perfeitamente redondo por 
fora. 
Antigo Egito Colheita manual (Portugal) 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Maquinário atual 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
O curtimento é uma das operações mais importantes. 
A cola vegetal que une a camada de fibras aos tecidos da casca do 
lenho é removida para que as fibras possam ser retiradas. 
Uma maceração excessivamente longa destruiria em parte a cola 
entre as fibras, o que prejudicaria a resistência destas. 
Obtém-se a secagem e a maturação final das sementes colocando-
se os talos, reunidos em feixes, no campo onde formam montes 
chamados de capelas. 
 
• Maceração por orvalho - os talos do linho são espalhados em 
camada fina em um prado ou campo. O orvalho e a chuva fazem 
com que se formem cogumelos de tamanho microscópico que irão 
decompor a cola vegetal. A sua duração depende das condições 
climáticas, mas em geral é de quatro semanas. 
 
• Maceração com água fria - a palha de linho é colocada, atada em 
feixes, em água a fluxo lento ou mesmo parada na sua temperatura 
natural. Bactérias de maceração encarregam-se da destruição da 
cola vegetal. Este processo necessita, conforme a temperatura da 
água, entre dez a vinte dias. 
 
• Maceração em água quente - também chamada de maceração 
artificial, em contraste com os dois métodos acima mencionados, é 
executada em bacias de concreto. Aquece-se a água a 28 a 30 ºC, 
temperatura propícia para o desenvolvimento de bactérias de 
maceração. Dura, geralmente, cerca de quatro dias. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Há vários métodos de maceração. 
Características: 
 
As fibras de linho têm aparência lustrosa. 
 
Muito resistente e confortável; lava-se com facilidade; não 
encolhe; bom condutor de calor; amarrota com facilidade; atacado 
por fungos; queima com facilidade. 
 
Aplicações: confecção de roupas, cortinas, rouparia doméstica, 
lenços, etc. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Algodão (Gossypium spp) 
Malvaceae 
Origem: Há muitas espécies nativas das áreas tropicais da África, 
Ásia e América. 
Desde o final da última Era Glacial tecidos já eram confeccionados 
com algodão. 
Atualmente, somente 4 espécies são aproveitadasem larga escala 
para a confecção de tecidos e instrumentos médicos. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
O algodoeiro é uma das principais plantas domesticadas pelo 
homem e uma das mais antigas, tendo registros de seu uso a mais 
de 4.000 anos. 
 
É cultivado comercialmente em mais de 65 países. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Fonter: https://www.statista.com/statistics/263055/cotton-production-worldwide-by-top-countries/ 
Atualmente são cultivados no mundo dois tipos diferentes de 
algodão: o arbóreo a o herbáceo 
Algodão mocó (arbóreo, colorido) 
O algodão arbóreo é aquele que parece uma árvore mediana, de 
cultivo permanente. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
A espécie herbácea (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch) é 
um arbusto de cultivo anual, uma entre as 50 espécies já 
classificadas e descritas do gênero Gossypium. 
Das 50 espécies classificadas, 17 são endêmicas da Austrália, seis 
do Havaí, e uma no nordeste brasileiro. 
Cerca de 90% das fibras de algodão 
comercializadas no mundo são 
provenientes da espécie Gossypium 
hirsutum. 
Algodoeiro arbóreo, Teodoro 
Sampaio, SP 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Flor de algodão arbóreo (mocó) 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
As fibras são colhidas manualmente ou com a ajuda de máquinas. 
Sendo que a forma manual de coleta traz um produto muito mais 
livre de impurezas. 
Colheita manual Colheita mecanizada 
Nos primeiros 28 dias após a abertura da flor, as células crescem 
rapidamente em comprimento, até 91% do comprimento final. 
Em seguida, o crescimento dos 9% finais torna-se lento e estabiliza-
se em torno dos 47-51 dias do florescimento. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Em ambas as formas, as fibras sempre contêm pequenas sementes 
negras e triangulares que precisam ser extraídas antes do 
processamento das fibras. 
As fibras são, de fato, pêlos originados da superfície das próprias 
sementes. 
As sementes são aproveitadas na obtenção de um óleo comestível. 
De 21 até os 52-56 dias após a abertura da flor, a deposição de 
celulose é intensa (96%), com o consequente engrossamento da 
parede secundária por camadas concêntricas sucessivas de 
material depositado, de fora para dentro da fibra. 
 
A deposição dos 4% finais é de forma lenta e se estabiliza aos 61-64 
dias do florescimento. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
O tecido à base de algodão detém melhor capacidade de absorção 
de umidade é adequado para o clima brasileiro, quente e úmido. 
 
A transpiração do corpo é mais bem absorvida quando se usa 
tecido com algodão em sua composição. 
Algodão colorido (natural) 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Composição química aproximada da fibra de algodão 
Celulose 94,0 % 
Proteínas 1,3 % 
Cinzas 1,2 % 
Substâncias pécticas 0,9 % 
Ácidos málicos, cítrico, etc. 0,8 % 
Cera 0,6 % 
Açúcares totais 0,3 % 
Não dosados 0,9 % 
TOTAL 100 % 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Cânhamo (Cannabis sativa) 
Cannabiaceae 
Origem: Oriente 
Espécies: Cannabis sativa, C. indica e C. ruderalis. 
São cultivadas em alguns países, como a China e Canadá, para 
produção de fibra (cânhamo), utilizada na indústria têxtil. 
Plantas 
de 
Cannabis 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
O cultivo da C. sativa é ilegal em quase todo o mundo, por ela ser 
utilizada como substância psicoativa: 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
A Cannabis, além de conter o THC, tem sido utilizada durante 
milênios como planta medicinal. 
De suas sementes extrai-se um óleo que pode ser usado como 
combustível. 
THC (Tetra-hidro-canabinol) 
Fornece fibras e celulose para a indústria de tecidos, linhas e 
papel (industrialmente, a cannabis é mais conhecida como 
cânhamo) e também como forragem animal. 
 
No Brasil, a Cannabis sativa é a espécie cultivada (ilegalmente) 
predominante, já que se adapta perfeitamente a climas tropicais. 
Tecidos (telas) de cânhamo 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
A utilização do cânhamo na confecção de produtos 
industrializados é uma alternativa ecológica emergente. 
Há estudos mostrando que uma mesma áreas e em mesmo período 
de tempo, pode-se produzir até 3 vezes mais papel de Cannabis 
que na área de produção de papel de árvores, como o eucalipto, p. 
ex. 
Também na produção de fraldas descartáveis mais ecológicas o 
cânhamo poderia ser aproveitado. 
Fibras de cânhamo 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Um hectare de cânhamo produz o mesmo que quatro hectares de 
eucaliptos, num período de vinte anos. 
O cânhamo, é cinco vezes mais resistente que o algodão, e com 
seus longos feixes de até 4,5 m é usado para fabricar cordas e 
amarras de navios, pois são bastante resistentes. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Da semente extrai-se um óleo muito usado na indústrias de 
cosméticos como base para cremes, xampus, óleos hidratantes, 
etc. 
 
Na indústria mecânica para vernizes, lubrificantes, combustíveis, 
tintas e outros. 
 
 Para a alimentação humana em óleo, tempero, margarina, flocos 
de cereais, snacks e outros . 
Atualmente os maiores produtores são: 
 
• China, considerada o maior exportador mundial de têxteis e 
papel de cânhamo; 
 
• França, que em 1994 colheu mais de dez mil toneladas. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Fonte: Associação Brasileira de Cânhamo Industrial – ABCI 
https://www.facebook.com/canhamoindustrial/ 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Fibras de cânhamo 
Folha de São Paulo, Equilíbrio, 3, 14/06/2011 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Caroá (Neoglaziova variegata (Arruda) Mez) 
Bromeliaceae 
Origem: Brasil (Nordeste – caatinga) 
Também é conhecido pelos nomes de carauá, caruá, caroá-
verdadeiro, coroá, coroatá, crauá, croá e gravatá, é uma planta 
terrestre ou saxícola, da família das bromeliáceas. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Possui poucas folhas lineares e acuminadas, dispostas em roseta, 
inflorescência laxa com 25 cm de comprimento e com até 60 flores, 
de sépalas vermelhas e pétalas purpúreas. 
Suas folhas fornecem longas fibras, de grande resistência e 
durabilidade. 
As folhas do caroá atingem até 1,2 m de altura e contêm fibras 
utilizadas para fabricação de cordas, tecidos, redes e amarrilhos. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
É uma planta resistente e típica das áreas de Caatinga. 
As folhas do caroá fornecem fibra para a confecção de barbantes, 
linhas de pesca, tecidos, cestos, esteiras e chapéus, além de outras 
peças artesanais e decorativas. 
Seu uso no artesanato é a base de uma série de projetos de 
sustentabilidade de populações carentes. 
Fibras 
Produtos artesanais 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Entre 1940 e 1960 a produção de fibra do caroá foi a atividade 
econômica mais importante em Caroalina, comunidade situada a 326 
quilômetros de Recife. 
Em meados dos anos 1950, entretanto, com o crescimento do 
mercado de sisal, o caroá foi perdendo espaço e, em pouco tempo, 
as cerca de cem usinas pernambucanas encerraram as suas 
atividades com o produto. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
O crescimento do uso de fibras sintéticas, a partir dos anos 1960 
também colaborou para o declínio da exploração do caroá. 
Há, atualmente, projetos 
de sustentabilidade vem 
sendo desenvolvidos, 
recuperando a extração e 
confecção de artesanato 
com base em caroá. 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Fotos : Egberto Araujo 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Bambu 
Poaceae (Gramineae) 
Origem: Ásia, África, Américas, Oceania (exceção à Europa). 
Conta com cerca de 1.250 espécies, em 90 gêneros, habitando 
variadas condições climáticas (zonas tropicais e temperadas) e 
topográficas(do nível do mar até acima de 4.000m) 
Bambusa vulgaris‘vittata’ Bambusa textilis 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Poaceae 
Sub-família Bambusoideae, com duas tribos: 
• Bambuseae (os bambus lenhosos) 
• Olyrae (os bambus herbáceos) 
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O bambu é usado há muitos milênios. 
 
Sendo composto basicamente de longas fibras vegetais, pode ser 
moldado ou desfiado para novas aplicações. 
 
O bambu possui caules lignificados utilizados na fabricação de 
diversos objetos como instrumentos musicais, móveis, cestos e até 
na construção civil, onde é utilizado em construções de edifícios a 
prova de terremotos. Também é possível produzir a partir desta 
gramínea, a fibra de bambu. 
Bambusa ventricosa 
Bambusa textilis 
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Uma matéria vegetal assim como o algodão ou o linho, o bambu tem 
em seu favor alguns trunfos suplementares. 
A sua fibra, extraída de uma pasta celulósica, se caracteriza pela sua 
característica homogênea e pesada (ela não amassa) e seu aspecto 
suave e reluzente, parecidos com os da seda. 
Sobretudo, ela possui virtudes respiratórias, anti-bacterianas. 
As fibras absorvem a água 60% a mais do que o algodão, o que o 
torna uma excelente opção para toalhas e roupões de banho, bem 
como roupas esportivas 
 
Não é tóxico, é termorregulador e hipoalergênico. 
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O bambu é uma fibra de celulose extraída e feita a partir da celulose 
das plantas de bambu natural. É uma viscose sintética feita a partir 
da celulose de bambu 
 
 O bambu ganhou popularidade como uma “fibra verde”: ele cresce 
depressa, pode ser usado como uma cultura de desenvolvimento de 
regiões pobres e é uma fibra natural cuja produção resulta em uma 
diminuição das emissões de gases do efeito estufa 
 
Tecnologias recentes permitiram base para transformar celulose de 
bambu em fios de viscose 
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O bambu é naturalmente orgânico, uma 
vez que é cultivado sem pesticidas ou 
fertilizantes. 
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No Brasil existem muitas espécies nativas e exógenas (não-nativas). 
O bambu da espécie Bambusa vulgaris é muito espalhado pelo país, 
porém é originário da China, e possui colmos grossos e de cor 
verde. 
Uma variação desta espécie é a Bambusa vulgaris "vittata", também 
chamado de "bambu brasileiro", "imperial" ou "verde amarelo", e 
possui grande apelo estético. 
O gênero Bambusa é usado como polpa de papel além de fonte de 
bebida alcoólica. 
Bambusa lako 
utilização em 
paisagismo 
Prof. Dr. João C. Geraldo 
Gradua angustifolia 
(utilizado em edificações) 
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