Buscar

A INOVAÇÃO NO PROCESSO PRODUTIVO COMO UM FATOR DE COMPETITIVIDADE UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA COSPLASTIC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA)
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
A INOVAÇÃO NO PROCESSO PRODUTIVO COMO UM FATOR DE COMPETITIVIDADE: 
UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA COSPLASTIC
GOIÂNIA
OUTUBRO DE 2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA)
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
alunos
alunos
alunos
A INOVAÇÃO NO PROCESSO PRODUTIVO COMO UM FATOR DE COMPETITIVIDADE: 
UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA COSPLASTIC
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para conclusão do Curso de Administração do Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA), sob a orientação do Prof. Me. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. 
Linha de pesquisa:
Inovação 
GOIÂNIA
OUTUBRO DE 2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA)
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
alunos
alunos
alunos
alunos
A INOVAÇÃO NO PROCESSO PRODUTIVO COMO UM FATOR DE COMPETITIVIDADE: 
UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA COSPLASTIC
AVALIADORES
______________________________________________________________________
Prof. Me. xxxxxxxxxxxxx – ALFA
				(Orientador)
_______________________________________________________________
Prof.– ALFA
(Leitor)
_______________________________________________________________
Prof. (a)– ALFA
(Leitora)
GOIÂNIA
OUTUBRO DE 2018
Este trabalho é dedicado aos nossos familiares, pelo apoio e incentivo para que chegássemos a esta etapa das nossas vidas.
A presença dessas pessoas foi de enorme importância, pois através delas tivemos a segurança de não estarmos sozinhos em nenhum momento dessa trajetória. 
Agradecemos aos nossos pais e professores.
A todos que direta ou indiretamente nos auxiliaram à conclusão desse trabalho.
Um agradecimento especial ao nosso orientador xxxxxxxxxxxxxxx.
Estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do êxito.
(HenryFord)
RESUMO
CALIXTO, Anauê S. et al.Resultados da Inovação na Indústria de embalagem: Um estudo de caso. Projeto de pesquisa, 2018. 18 f. –Curso de Administração do Centro Universitário Alves Faria. Goiânia, 2018.
Inovação tornou-se característica essencial para o sucesso das empresas diante de cenários de intensa competitividade. O presente estudo tem como objetivo analisar como inovação e P&D dos processos produtivos influenciam no resultado mercadológico da empresa COSPLASTIC. A análise será feita através da realização de entrevistas com os gestores e observação dos processos. A partir deste estudo será possível analisar os resultados referentes àaceitação mercadológica obtida nos produtos através da inovação dos processos fabris. 
PALAVRAS-CHAVE: Inovação. P&D. Qualidade. Processos. 
ABSTRACT
CALIXTO, Anauê S. et al. Results of Innovation in the Packaging Industry: A case study. Research project, 2018. 18 f.- Administration course of the University Center Alves Faria. Goiânia, 2018.
Innovation has become an essential feature for the success of companies in the face of intense competition. The present study aims to analyze how innovation and P&D of the production processes influence the results of the company COSPLASTIC. The analysis will be done through interviews with the managers and observation of the processes. From this study it will be possible to analyze the results referring to the quality obtained in the products through the innovation of the manufacturing processes.
KEY WORDS: Innovation. P& D. Quality. Processes.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – PesquisaeDesenvolvimento...................................................................16
Figura 2 – Pesquisa e Desenvolvimento...................................................................17
Figura 3 – De onde vêm as inovações? ....................................................................19
Figura 4 – Tipo e Grau da Novidade e Definição da Inovação .................................21
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Princípios da inovação aberta e fechada ...............................................17
Quadro 2 – Tipos de Produto....................................................................................21
LISTA DE GRÁFICOS
Quadro 1 – Resumo da metodologia ........................................................................14
Quadro 2 – Cronograma ...........................................................................................15
LISTA DE ABREVIATURAS
CCB – Cédula de Crédito Bancário
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
EUA – Estados Unidos da América
FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste
GEM – Global Entrepreneurship Monitor
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMB – Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos 
MPE – Micro e Pequenas Empresas
MPME – Micro, Pequenas e Médias Empresas
PIB – Produto Interno Bruto
PRODUZIR – Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás
RAIS – Relação Anual de Informações Sociais
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SED – Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Cientifico e Tecnológico, Agricultura, Pecuária e Irrigação
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SERASA – Centralização de Serviços dos Bancos 
SPC – Serviço de Proteção ao Crédito
TEA – Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.	.6
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..	.8
1.1 Inovação ..	.8
1.1.1 Tipos de Inovação ..	.9
1.2 Construção da empresa inovadora.	.10
1.3 Gestão da Inovação	.12
1.4 P&D na Inovação	.14
1.5 Estratégicas da Inovação	.15
1.5.1 Modelo da Inovação Aberta ..	.15
1.6 Fontes da Inovação ..........................................................................................	.18
1.7 Inovação nos produtos/serviços ..................................................................	.20
1.8 Benefícios da Inovação ................................................................................	.22
2 METODOLOGIA E APRESENTAÇÃO DE DADOS COLETADOS.......................26
3 DISCUSSAO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS DADOS........................................XX
CONCLUSÃO ..........................................................................................................XX
REFERÊNCIAS	.17
30
INTRODUÇÃO
A importância da inovação foi primeiramente percebida por Schumpeter, economista e cientista (1977), ao se opor às teorias economistas clássicas da época. Essas teorias economistas clássicas ensinavam que as organizações não necessitavam aderir mudanças em seus processos, possibilitando a sobrevivência de todas as empresas no mercado. Diante desse cenário, Schumpeter, com uma nova visão, ressaltou que o papel da inovação é primordial para o desenvolvimento econômico. (CONTO; JUNIOR; VACCARO, 2016).
A inovação é definida como a entrada ou aperfeiçoamento de novos produtos, serviços ou processos produtivos, visando atender as necessidades dos consumidores em potencial, através da utilização de tecnologias disponíveis, desta maneira aplicando novos conhecimentos adquiridos no segmento principal da empresa. (INSTITUTO UNIEMP, 2010).
Para a efetividade da inovação na organização, deve ser realizada a utilização de materiais e forças, intensificando o conceito de que uma empresa é inovadora apenas quando oferece um novo método que auxilia na produção de um novo produto. (CONTO; JUNIOR; VACCARO, 2016).
No último século e no atual, a inovação tem se tornado essencial para a competitividade, em países mais desenvolvidos as pesquisas consideram que as inovações melhoram o processo produtivo em 80% a 90%, tornando-os mais rápidos e eficientes. (CONTO; JUNIOR; VACCARO, 2016).
Diante do apresentado acima visa-se obter resposta para a seguinte problemática: Qualo ganho de eficiência nos processos produtivos após a implantação de inovações e seu impacto na competitividade?
O objetivo geral deste trabalho é 	analisar as inovações adotadas nos processos produtivos da empresa COSPLASTIC.
 A partir desses resultados, têm-se os objetivos específicos:
 Caracterizar as estratégias de inovação da organização pesquisada;
 Analisar indicadores de desempenho de produtividade;
 Estudar o papel do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento dentro da organização.
Com base na análise literária percebeu-se que o tema está em evidência, por estar presente nas organizações.
Para suprir a necessidade de redução de custos e diminuir o ciclo de vida dos produtos, as empresas têm intensificado seus esforços na melhoria de seus processos essenciais como desenvolvimento de produtos, fabricação e serviços.	Assim devido à alta exigência dos consumidores, as organizações precisaram se antecipar, por meio de inovações e/ou melhorias de produtos. (MORAES; GARCIA, 2004).
De acordo com bibliografia utilizada, o tema é um elemento fundamental para a permanência das organizações no mercado, gerando vantagens competitivas a médio e longo prazo, situação que caracteriza a empresa estudada. 		Através da inserção de produtos e serviços, as organizações criam novos valores para o mercado, desta maneira tornando necessária a prática constante de inovações (OLIVEIRA, FERREIRA, et al., 2016).
O impacto da inovação no crescimento econômico torna o estudo do tema relevante às organizações, objetivando a compreensão das práticas inovadoras e as maneiras que elas contribuem para a ascensão dos seus negócios (OLIVEIRA, FERREIRA, et al., 2016).
O estudo da inovação é determinante, pois pode trazer impactos relevantes no ambiente externo e interno da organização, tais como: melhorias no processo produtivo, trazendo percepção de qualidade pelo cliente, destacando-se no mercado em que está inserida (ARAUJO, 2017).
		Posteriormente as análises apresentadas neste estudo poderão embasar de forma clara e objetiva as decisões tomadas pela gestão da empresa, além de auxiliar profissionais interessados na melhoria dos processos produtivos, contribuindo para alterar os resultados da empresa e simultaneamente atender as expectativas impostas pelos consumidores finais.
 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Inovação
Ao falar da origem da inovação volta-se ao passado e percebe-se que a mesma surge através da necessidade da sobrevivência humana, como transformar uma simples pedra em um artefato para auxiliar na busca por comida. Com o passar do tempo, de acordo com suas respectivas épocas, surgiram inovações que causaram grande impacto na humanidade, como a invenção da roda, vidro, lâmpada, telefone e a mais recente, internet (ROBERTS, 2001).
No âmbito empresarial o termo inovação foi introduzido na ciência econômica pelo economista austríaco Joseph Schumpeter na sua obra Business Cycles (1939), segundo o autor, para que a economia saia do estado de equilíbrio e entre em processo de expansão necessita de algum tipo de inovação.
As inovações de forma geral não seguem um padrão comum e variam de acordo com a empresa, necessidade ou recursos disponíveis, mas em geral para que a inovação dentro de uma organização seja bem-sucedida deve seguir algumas regras conforme abaixo (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007): 
 Liderança sólida e metas bem definidas: através de uma gestão concisa e clara, onde as metas são expostas para todos envolvidos, o processo flui de forma em que todos se envolvam com o negócio, bem como, recebam suas recompensas;
 Permitir que a inovação faça parte do dia a dia da organização: a inovação não pode ser utilizada apenas como uma forma de desespero ou última solução para salvar determinado produto/serviço ou processo, ela deve ser constante na organização;
 Adequar as metas da organização com as tecnologias e inovações disponíveis: 	inovação não é garantia de sucesso imediato, devido ao longo prazo de algumas situações, esses recursos devem ser gerenciados de forma correta para que não queime etapas e comprometa o fluxo da operação;
 Saber lidar com a pressão de criar valor nas invenções ou aprimoramentos: 	nem tudo que é inventado e por ser uma novidade é sinal que é bom e vai gerar rendimentos para a organização, caso não seja útil ou não agregue valor de alguma forma pode até render bons frutos no início, porém, é algo que não se sustenta por longo período;
 Bloquear culturas conservadoras: a inovação sempre vem acompanhada de mudanças e novas possibilidades, assim é preciso possuir uma equipe adepta a novidades, composta por pessoas sempre motivadas por novas possibilidades e que vislumbram crescimento junto com a organização;
 Não deixar as ideias ficarem restritas apenas dentro da empresa: 	oportunidades e ideias surgem a todo o momento e de onde menos se espera. 	Desta forma, não se deve restringir as ideias apenas área de Pesquisa e Desenvolvimento, pois quem está de fora como um cliente ou fornecedor pode contribuir de alguma forma para uma criação ou melhoramento de um processo já existente;
 Ter indicadores e benefícios: com os processos bem delimitados e toda estrutura sabedora de suas responsabilidades, os objetivos podem ser mensurados e alcançados. Como em todas as áreas, a equipe também precisa ser recompensada para que esteja sempre motivada e rendendo para superar as expectativas.
Seguir apenas uma ou duas destas regras não significa garantia de bons resultados, isso será apenas os primeiros passos desta jornada. Dentro deste processo por ser algo que envolve risco, a empresa deve estar preparada para insucessos em curto prazo, aprender a lidar e tirar lições de forma equilibrada, criando assim produtos e serviços que vão gerar valor e durar por um longo período, para isso tem-se os tipos de inovações conforme será abordado adiante (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007). 
 Tipos de Inovação
Segundo o Manual Oslo (2005) existem algumas classificações de tipos de inovação:
- Inovação do produto: Este tipo de inovação baseia-se mais na alteração do que a organização oferece para seus clientes como produto ou serviço. 
- Inovação do processo: Este tipo de inovação define as melhorias na forma em que os produtos/serviços são criados, entregues, armazenados ou distribuídos.
- Inovação organizacional: Este tipo de inovação inclui as mudanças nos meios organizacionais do negócio. 
- Inovação de marketing: Este tipo de inovação inclui a mudança ou introdução de novos métodos no processo de marketing da empresa, envolvendo melhorias de produto, preço, distribuição e embalagem, que é o enfoque do trabalho.
Esses quatros tipos de inovação auxiliam as organizações a se tornarem mais competitivas, gerando um avanço no processo produtivo da empresa, agradando ainda o nível de exigência dos consumidores finais.
Para Drucker (2003), o sucesso de uma inovação depende dos seguintes aspectos:
 Trabalho: A inovação exige, por parte da organização, muito conhecimento, e principalmente trabalho.
 Pontos fortes: A organização precisa conhecer seus pontos fortes, para poder avaliar as oportunidades adequadas para cada tipo de situação.
 Economia e sociedade: Uma mudança no comportamento dos clientes está associada a uma mudança no processo, afetando diretamente a rentabilidade da empresa.
1.2 Construção da empresa inovadora
Dentro das organizações as pessoas são as peças mais importantes do sistema, sendo que, através da criatividade, são responsáveis em conduzir de forma eficiente os recursos que tem disponíveis para alcance do êxito esperado. O trabalho em equipe é primordial para que os departamentos atinjam seus objetivos internos, consequentemente estes resultados vão se integrando com os demais para que assim cheguem ao sucesso de forma geral dentro da organização. E para que a empresa seja bem-sucedida no âmbito da inovação não basta apenas que ela disponibilize grandes investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, é preciso também das pessoas certas, como envolvimento necessário, o comprometimento que é esperado e os gestores que saibam motivar, lidar e extrair o melhor de cada um ou todo dinheiro investido será desperdiçado, gerando assim uma grande frustração dentro da organização (TIDD; BESSANT, 2015). 
É natural que toda pessoa tenha dentro de si a capacidade de sobressair diante das adversidades que vão surgindo em seu caminho, através da criatividade encontram a melhor forma para resolver estas questões. Dentro das organizações quando pessoas com conhecimentos, habilidades, experiências e culturas diferentes se juntam em um objetivo comum, ideias fantásticas podem surgir, gerando assim uma expectativa bastante positiva com relação a novidades em algum processo ou produto (TIDD; BESSANT, 2015). 
A inovação vem com mudanças significativas que podem alterar toda uma estrutura e por ter um alto custo e envolver grandes riscos nem sempre é aceita 	pela a alta gestão das organizações. Assim cabe aos inventores se esforçarem e mostrar que suas ideias são fundamentadas e que os resultados que obtiveram são oriundos de várias pesquisas, provando que estão certos mesmo que com ideias totalmente diferentes do que pensa o senso comum. Um exemplo que cabe bem nesta situação é de Alexander Graham Bell que após ter inventado o telefone levou sua ideia para os altos gestores de uma grande empresa na época, após analisarem a invenção classificaram a mesma como um brinquedo elétrico, perceberam algumas qualidades significativas, porém não vislumbraram possibilidades de comercialização desta invenção. Graham Bell acreditou no que tinha inventado e em poucos anos após sua criação foi um sucesso de vendas, revolucionando assim todo um mercado (TIDD; BESSANT, 2015).
Em uma empresa inovadora os gestores convivem com os riscos que envolvem a inovação e trabalham para que estes riscos sejam minimizados ao máximo, através da busca por informações e pesquisas fidedignas. Os insucessos podem aparecer, contudo cabe aos gestores qualificar toda a equipe para que absorva da melhor forma possível o que não deu certo, e através de um processo de aprendizagem analisem o que foi o fator causador do problema, tirando assim uma lição positiva do ocorrido, separando apenas o que for útil e partir para o novo projeto com um conhecimento e experiência maior do que foi no anterior. Diante destes fatos cabe aos líderes se reinventaram através de suas criatividades e servirem de referência para suas equipes, assim podemos destacar alguns fatores que os líderes devem ter como padrão (TIDD; BESSANT, 2015):
 Deve fazer parte da política da organização a inovação, ficando a cargo dos líderes repassar aos demais funcionários o que a empresa visa e que novas ideias serão recompensadas.
 Deve existir um respeito mútuo entre os líderes e seus subordinados, criando assim um ambiente de harmonia, onde as ideias vão surgindo e as decisões vão sendo tomadas de forma planejada.
 Todos devem ser ouvidos e ter liberdade para expressar seus pensamentos com relação a novas ideias ou solução de algum problema.
 É importante ter bem definido os prazos estipulados pela alta gestão, para a entrega dos projetos.
 Quando a equipe é formada por pessoas com pensamentos bem distintos, cabe ao líder impor uma liderança mais autocrática para estimular o pensamento da equipe e que os conflitos e sejam tratados da melhor forma possível a fim tirar proveito de cada debate. 
Outro fator importante para a organização inovadora é que inovação faça parte da estratégia, sendo que para a empresa possa prosperar e ter vida longa ela terá que se modernizar e criar diferenciais para se manter competitiva no mercado, porém como a inovação em sua maioria requer longo prazo, a organização deve estar preparada para o presente e utilizar a inovação de acordo com suas estratégias, adiante será abordado a Gestão da Inovação que também é de vital importância para as empresas inovadoras (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007).
1.3 Gestão da Inovação
Em organizações comerciais a inovação tem como fator principal alavancar as margens de lucros, minimizar os custos, aperfeiçoar os processos produtivos, conquistar novos clientes e fidelizar os já existentes, através de novos produtos ou serviços. Para organizações públicas ou sem fins lucrativos a inovação é tratada de forma que sirva para melhorar os serviços prestados como de segurança, educação e saúde. Assim cada etapa do processo de inovação deve ser tratada com muito cuidado, independentemente do tipo de organização, há necessidade de uma gestão da inovação (ARAUJO, 2017).
As organizações que utilizam de inovação como estratégia para superar seus concorrentes devem ter uma gestão eficiente de inovação devido ao risco que envolve todo o sistema, pois os recursos estão cada vez mais escassos, demanda tempo e alto investimento, ainda mais se tratando de um lançamento de um produto novo, além de incerteza se este será aceito no mercado ou quanto tempo vai levar para começar a ter o retorno esperado (GRIZENDI, 2017).
Através de um planejamento conciso é possível atender as demandas que envolvem o processo de inovação, porem têm quatro atividades que são fundamentais para gestão da inovação (ARAUJO, 2017): 
 Procura – realizar análise interna e externa, afim de identificar as ameaças e oportunidades e tentar antecipar as possíveis tendências de mercado;
 Seleção – através de uma análise estratégica define-se qual o melhor caminho que a empresa deve adotar para conseguir conquistar seus objetivos;
 Implementação – é transformar a ideia inicial em algum produto, serviço ou processo, vai desde toda a execução do projeto, lançamento e manutenção no mercado;
 Aprendizagem – saber tirar proveito de todo fluxo de inovação, aprendendo cada vez mais para que os riscos sejam cada vez menores. 
Uma gestão ineficiente vem acompanhada de resultado negativo e consequentemente insucesso iminente, assim o que está sendo realizado não pode ser mensurado ou gerido de forma correta. A gestão da inovação serve para combater os erros e ter tudo controlado, monitorando assim o que está sendo realizado, para isso tem alguns passos a serem seguidos conforme abaixo (GRIZENDI, 2017):
- Gestão do Processo de Inovação: este tipo de gestão está voltado para a identificação de todos os passos do projeto e decisões a serem tomadas;
- Gestão das Oportunidades dentro da inovação: voltada para buscar a captação de toda tecnologia possível, identificando qual o melhor caminho a ser percorrido, fazendo uma análise interna e externa do negócio.
- Gestão dos Resultados de Pesquisa e Desenvolvimento: gestão do departamento de P&D, onde são realizadas as pesquisas e analisado os resultados do que está sendo inovado, garantindo assim a segurança nos processos e protegendo para que as informações só sejam divulgadas após suas respectivas patentes.
Contudo com uma boa gestão da inovação pode proporcionar diversos benefícios para a empresa, como o uso eficiente de recursos, que está diretamente relacionado à redução de custos da organização; maior eficácia no atendimento, pois cria soluções de maneira a agradar a exigência dos seus consumidores; melhorias nos processos internos e externos, que acaba sendo também uma vantagem competitiva, e a Pesquisa e Desenvolvimento que possui papel importante no cenário da inovação e invenção como será abordado a seguir. (BES; KOTLER, 2011).
1.4 P&D na Inovação
Quando o assunto é Pesquisa e Desenvolvimento a primeira ideia que se tem é que está relacionada à inovação de um produto/serviço ou inovação de um processo. Com relação à inovação de um novo produto/serviço cabe à equipe responsável transformar ideias em produtos que poderão gerar alguma exclusividade no mercado ou algum melhoramento que seja novidade em um produto já existente. Já inovação em processos, na sua maioria, não é percebida no produto final, pois ela visa um melhoramento na cadeia produtiva da organização, porém, seus benefícios são de extrema importância, pois acelera a produção com menores custos(ARAUJO E CHUERI, 2017).
Segundo o Manual de Frascati (2002) a Pesquisa e Desenvolvimento englobam três atividades, conforme abaixo:
 Pesquisa básica ou fundamental: foca em atividades experimentais e teóricas com objetivo de aprender sobre fundamentos de fenômenos e fatos observáveis.
 A Pesquisa aplicada: é voltada a originalidade dos trabalhos visando novos conhecimentos, mas com foco a um objetivo prático especifico.
 Desenvolvimento experimental: está relacionado a tarefas sistemáticas com base em informações adquiridas pela pesquisa ou por conhecimento prático, assim visa o lançamento de novos produtos, sistemas e serviços ou melhorias significativas nos já existentes.
Existem muitas divergências entre empresários e pesquisadores por terem prioridades diferentes, enquanto um visa à evolução da empresa com aumento nos lucros o outro tem como objetivo a Pesquisa e Desenvolvimento. É fundamental que o empresário valorize a pesquisa e desenvolvimento, pois os custos iniciais serão revertidos em rentabilidade futura. Assim, deve-se existir uma parceria, pois para sucesso de ambos deve haver uma cooperação mútua (TEIXEIRA, GAMMINO, MACEDO; 2017)
.
1.5 Estratégias da Inovação
As organizações estão cada vez mais preocupadas em relação a qual melhor estratégia adotar para se manter cada vez mais consolidada no mercado competitivo que está inserida, onde as informações giram cada vez mais rápido, novas tecnologias e produtos são disponibilizados a todo momento e novos concorrentes nascem em busca de um espaço, tornando assim inevitável utilizar se de estratégias inovadoras e arrojadas para não sucumbir ao mercado (SILVA, DACORSO, 2013).
Desta forma, fica a cargo dos gestores analisarem os ambientes internos e externos e definir qual a melhor estratégia, seja ela voltada em trabalhar com custos reduzidos onde este se torna um fator competitivo em relação à média praticada no mercado, pode ser voltada também para o lançamento de produtos ou serviços inovadores, onde estes serão uma exclusividade no segmento que a organização atua, ou então pode se utilizar de uma estratégia com uma visão mais sustentável, onde a organização irá colher os frutos a longo prazo. Uma alternativa utilizada em sua maioria por empresas de menor porte é a parceria com outras entidades como Universidades e Centros de Pesquisas, sendo que desta maneira a organização consegue a otimização de alguns recursos e aumenta a possibilidade de novas descobertas tecnológicas, estreitando a relação com os fornecedores e clientes, onde estes serão verdadeiros parceiros e os benefícios serão mútuos (SILVA, DACORSO, 2013).
1.5.1 Modelo de Inovação Aberta
O modelo de Inovação Aberta foi introduzido na década passada pelo professor da Universidade da Califórnia Henry Chesbrough, com seu livro “Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Tecnology”, onde este conceito visa o lucro obtido através da tecnologia e vai contra o modelo de inovação fechada, onde a organização possui seu funil de inovação e por onde passa os processos de pesquisa e desenvolvimento, podemos perceber seus limites conforme imagem abaixo (GRIZENDI, 2017).
Figura 1 – Pesquisa e Desenvolvimento
Fonte: Chesbrough (2003)
Segundo Chesbrough (2003) este modelo de inovação fechada gera altos custos de pesquisa e desenvolvimento e não é viável para as organizações devido ao custo benéfico. Assim, com a dificuldade cada vez maior de encontrar pessoas qualificadas e com perfil inovador, estes profissionais estão cada vez mais disputados no mercado de trabalho. Quando uma organização perde este tipo de profissional o mesmo levará consigo todo seu conhecimento e experiência para utilizar na próxima organização que for atuar. Devido ao dinamismo que o mercado exige para as organizações se mantenham competitivas, começa a busca por empreendedores de fora da empresa onde estes têm uma visão ampla do ambiente externo, podendo assim agregar novidades, desta forma as ideias e tecnologias são trabalhadas fora da empresa (GRIZENDI, 2017).
Com relação ao modelo de inovação aberta a figura abaixo evidencia as possibilidades de entrada de inovação ao longo de todo o processo, através de um funil “poroso”, percebendo assim, que as oportunidades podem ser aproveitadas a qualquer momento (GRIZENDI, 2017):
FIGURA 2 – Pesquisa e Desenvolvimento
Fonte: Chesbrough (2003)
As organizações estão cada vez mais se adequando a modelo de inovação aberta, pois as possibilidades de sucesso são cada vez maiores em relação ao modelo fechado, sendo que é praticamente impossível que todas as pessoas talentosas trabalhem dentro da uma mesma empresa, a opção de contar com estes serviços prestados vindo de fora é de extrema importância e um fator de diferencial estratégico, o quadro abaixo mostra de forma clara a diferença entre os dois modelos (GRIZENDI, 2017).
Quadro 1 – Princípios de inovação aberta e fechada
	Princípios da Inovação Fechada
	Princípios da Inovação Aberta
	As pessoas qualificadas e de talento trabalham para nós.
	Nem sempre todas pessoas com talento e qualificações trabalham conosco. Visa a talento dentro de fora da organização.
	O lucro com P&D será através nossos esforços.
	Além da utilização de o P&D interno, busca alternativas com o P&D externo.
	Se a própria empresa organizar as pesquisas, chegara primeiro no mercado com lucros maiores.
	Não tem a real necessidade de realizar todos os processos de pesquisas conseguir obter os lucros desejados.
	A empresa que conseguir lançar algum produto ou serviço primeiro será a grande vencedora.
	Através do trabalho e analise correto de ideias internas e externas, chegara ao topo do mercado.
	A capital intelectual da empresa deve ser protegida de todas as maneiras de forma que os concorrentes não tirem nenhum proveito das nossas ideias.
	Além de utilizar o capital intelectual próprio, devemos buscas sempre o que for mais vantajoso para a organização, mesmo que seja no ambiente externo.
Fonte:
1.6 Fontes da Inovação
Como surgem as inovações? 	Dificilmente se dá uma resposta direta para esta pergunta, uma vez que as grandes invenções surgem de momentos inesperados como no caso de Newton 	que descansava sob uma macieira, quando cai em sua cabeça uma maçã. Após este episódio, ele começa a pensar sobre a lei da gravidade. Tem também o caso de James Watt 	que aprimorou o motor a vapor, 	fato este que foi de extrema importância na Revolução Industrial, Watt adormece e acorda com o barulho de uma chaleira fervendo. Já o inglês Percy Shaw, através da observação do reflexo do olho de um gato a noite, projeta então o sinalizador para as rodovias, o conhecido “olho de gato”, que reflete a luz dos automóveis, equipamento que proporciona segurança nas estradas de todas as partes do mundo. O engenheiro suíço Georges de Mestral identificou que os frutos espinhosos ficavam grudados em suas roupas e pelos de seu cachorro quando caminhava pelos Alpes Suíços, estes eventos serviram de inspiração para a criação de fecho de Velcro (TIDD; BESSANT, 2015). 
Diante destes fatos não se pode dizer que a inovação vai dar certo se tratada como uma jogada de sorte, pois, primeiro se tem uma ideia inicial, onde esta é pesquisada, tratada, analisada, em seguida passa por vários processos e muito trabalho para que se torne algum produto ou serviço funcional e de valor (TIDD; BESSANT, 2015).
Conforme figura abaixo, podemos perceber a grande variedade de estímulos para estar sempre buscando a inovação:
FIGURA 3 – De onde vêm as inovações?
Fonte:
Uma das principais fontes de inovação são as necessidades, que antigamente tinha como objetivo principal a sobrevivência humana, onde buscavam formas mais fáceis de alimentar, comer e viver de forma segura. Com o passar dos anos as pessoas ficaram cada vez mais exigentes, passando assim ter novas necessidades que facilitam o seu dia a dia, forçando as empresas buscarem novas tecnologias, que por sua vez também possuemnecessidades internas e buscam o melhoramento em seus processos através das inovações (TIDD; BESSANT, 2015).
Outra importante fonte de inovação é aquela que é dirigida pelo design, um exemplo bom nesta situação são os produtos da Apple, que quando foram lançados revolucionou o mercado criando um padrão a ser seguido e proporcionou aos seus usuários um prazer em utilizar as novas tecnologias que seus aparelhos proporcionavam, criando assim novos valores e deixando de ser apenas uma necessidade. Desta maneira, fica evidente que a inovação pode surgir a qualquer momento, seja para atender uma necessidade nova, a exigência de um determinado público ou a melhoria no processo interno de uma organização, assim o grande desafio da gestão da inovação é saber onde e como inovar para que aproveitem da melhor forma o tempo e recursos que têm disponíveis (TIDD; BESSANT, 2015).
1.7 Inovação nos produtos/serviços
Dentre as diversas áreas em que tem a inovação como parte importante na diferenciação, crescimento e manutenção de mercado, a inovação tecnológica vem ganhando prioridade e destaque, isso é percebido, pois a sociedade está cada vez mais refém de tecnologia para suas atividades diárias pessoais e profissionais e com as organizações a área tecnológica não é diferente, é de extrema importância (ARAUJO, 2017).
Através da alteração de tecnologias obtêm-se uma modernização nos produtos e serviços para adicionar um novo valor. Baseando-se em algo revolucionário a inovação vem atribuída de forma mais expressiva e produtiva (CHRISTENSEN, 1997).
As Inovações Tecnológicas em Produtos e Processos (TPP) é a criação ou melhorias relevantes tecnologicamente de produtos e processos, este tipo de inovação pode ser caracterizado pela introdução de novo produto no mercado ou através de uma inovação no processo de produção. Para que uma empresa seja considerada inovadora em TPP é necessário que tenha lançado algum produto ou processo tecnologicamente novo ou com uma grande melhoria tecnológica no período que estiver sendo analisada (MANUAL DE OSLO, 2005).
Assim produtos tecnologicamente novos são aqueles cuja suas funcionalidades tecnológicas são diferentes dos produtos que eram utilizados antes, seja para aqueles que tenham uma mudança radical onde se cria algo novo, ou para casos onde o produto sofreu um aprimoramento tecnológico (ARAUJO, 2017).
Inovações tecnológicas de processos estão relacionadas com a disponibilização dos produtos, onde a empresa tem aquisição de uma nova máquina, alguma novidade relacionada em algum conhecimento novo ou alteração direta da produção, onde o objetivo é proporcionar aos clientes produtos novos e de qualidade ou então ter uma produção mais eficiente e lucrativa (ARAUJO, 2017).
Exemplos de inovações tecnológicas de produto e processos (extraído do Manual de Oslo).
QUADRO 2 – TIPOS DE PROTUDO
	TIPO DE PRODUTO
	EXEMPLOS
	Tecnologicamente novos
	Os primeiros microprocessadores e gravadores de videocassete foram exemplos de produtos tecnologicamente novos, onde surgem produtos que não existiam, tecnologias radicais
	Tecnologicamente aprimorados
	O primeiro toca-fitas portátil, que combinava as técnicas existentes de fita e mini fones de cabeça, foi um produto tecnologicamente aprimorado.
	Processo
	Nos bancos, a introdução de cartões inteligentes e cartões de múltiplos propósitos em plástico; agências bancárias onde os clientes fazem sozinhos suas transações; banco via fone onde permite o usuário realizar suas transações a qualquer momento e onde quiser.
Fonte: Manual de Oslo (2005)
FIGURA 4 – Tipo e Grau da Novidade e Definição da Inovação
Fonte: Manual de Oslo (2005)
O Manual de Oslo define as inovações tecnológicas de acordo com sua abrangência, sendo que pode ser máxima: quando temos uma novidade em que abrande o mundo inteiro; intermediária: quando tem uma novidade em determinada região ou país; mínima: quando a novidade é na empresa. A figura 4 caracteriza de forma pratica a inovação tecnológica em produtos e processos (TPP) conforme o Manual de Oslo.
Em algumas situações, é necessária melhoria significativa em produto ou processo para que seja qualificada como uma inovação TPP, para facilitar este entendimento podemos destacar o que não é considerado uma melhora significativa, como: alteração na estrutura organizacional ou estratégia adotada pela organização, salvo exceções em que apresentam resultados que podem ser medidos através do melhoramento da produtividade ou vendas. Para os produtos ou serviços, novidades que não alteram as funcionalidades do produto ou na maneira que são fabricados ou distribuídos, mas sim em sua aparência ou melhoras subjetivas também não podem ser descritos como inovação em TPP (ARAUJO, 2017).
1.8 Benefícios da Inovação
Um planejamento adequado torna possível a minimização de erros e desperdícios fazendo com que os investimentos realizados em inovação gerem resultados positivos. A obtenção de resultados satisfatórios se dá pela medição de todo o fluxo de inovação, desde sua implantação, desenvolvimento e conclusão. Caso não seja possível realizar esta medição, é sinal que a gestão possui falhas e tende a levar a organização ao fracasso (TIDD; BESSANT, 2015).
Devido alta competitividade organizacional e as constantes mudanças nos cenários nacionais e internacionais as empresas identificaram a necessidade de mensurar os investimentos realizados com a inovação, para que assim possam medir se o processo está sendo executado de acordo com o planejado, ou se a organização já está tendo o retorno desejado seja com processos, aumento de mercado, redução de custos ou aumento da receita (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007).
Os indicadores 	de inovação envolvem uma série de ferramentas, que são novas no meio organizacional, uma vez que antes se os indicadores de vendas e margem de lucro estivessem satisfatórios as demais áreas da empresa não tinham esta necessidade de ser acompanhada de perto, porém, deve ser analisado o todo e dentro disso a inovação tem papel fundamental na longevidade de qualquer organização. Os indicadores de inovação permitem realizar três tipos de comparações (BES; KOTLER, 2011):
 Serve para comparar com outras empresas do mesmo segmento e classificar-se entre os concorrentes. 
	Porém, esta não é uma prática comum, pois de acordo com a empresa de consultoria americana McKinsey & Company, apenas 42% das empresas adotam os indicadores de inovação para realizar essa comparação.
 Serve para comparar no mínimo dois negócios dentro da mesma empresa, prática essa que também não vem sendo adotada pelas empresas, algo que chama atenção, pois a comparação interdepartamental é algo comum no mundo empresarial.
 Serve para medir o crescimento da capacidade de inovação da própria empresa, de algum produto ou serviço novo ou algo que foi apenas melhorado ao longo do tempo. Através dessa medição é possível analisar 	se o dinheiro gasto, em treinamento e tempo que está sendo disponibilizado está atendendo as expectativas, podendo também corrigir erros que surgem no decorrer da execução dos processos.
Os indicadores de inovação podem ser usados de acordo com a necessidade da empresa e inovações que estão sendo adotadas, abaixo alguns dos principais indicadores (BES; KOTLER, 2011):
 Vendas a partir do lançamento de novos produtos: indicador utilizado para medir as vendas após o lançamento do novo produto comparando com períodos anteriores. 
 Lucros a partir do lançamento de novos produtos: neste caso não mensura as vendas e sim os lucros obtidos em determinado período, deve ser considerando que alguns produtos lançados demandam mais tempo para gerar lucro.
 Vendas da empresa a partir de inovações que não envolvem novos produtos: embora o ciclo de vida dos produtos esteja cada vez menor as organizações não devem focar apenas em novos produtos, mas também em processos, tecnologias e forma de atuar no mercado perante aos clientes, umas das vantagens deste tipo de inovação é que não necessita de grandesinvestimentos para lançar um novo produto no mercado. Assim este indicador visa mensurar o aumento das vendas a partir de inovações realizadas em produtos ou processos já existentes.
 Lucros a partir de inovações que não envolvem novos produtos: está relacionada ao tópico anterior, porém, este indicador é voltado para medir as margens de lucro.
 Redução de custos a partir da inovação: a mensuração da redução de custos é outro indicador, este é mais relacionado a processos e é medido através de uma parte da margem ou do EBIDTA (Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização). 
 Retorno do investimento total na inovação: este indicador serve para medir o retorno dos investimentos realizados ao longo dos anos considerando as margens resultantes da inovação. 
 Quantidade de patentes: este indicador é voltado para indústria farmacêutica, tecnologia e P&D. Esta mensuração se torna necessária mesmo que a invenção ainda não gera lucro para empresa, pois em determinados segmentos é preciso o registro destas invenções até que elas agreguem valor.
 Investimento médio por projeto: este indicador serve para realizar comparações ao longo do tempo para isso é dividido o investimento total em Pesquisa e Desenvolvimento pelo total de inovações lançadas, independente se foram satisfatórias ou não.
 Quantidade de ideias geradas por ano: indicador que serve para medir a quantidade de ideias que surgem no período, sendo que são consideradas todas as ideias mesmo aquelas que não viram projetos.
 Quantidade de projetos de inovação em andamento: indicador que mensura a quantidade de projetos que a empresa consegue realizar ao mesmo tempo e também prever o desempenho das inovações em curto prazo.
 Indicadores de cultura: este indicador é relacionado à cultura organizacional da empresa no que se refere à inovação, para este indicador é irrelevante aspectos como eficiência, quantidade de projetos ou se esta tendo o retorno desejado, mas sim em como a inovação e criatividade estão sendo adotadas na empresa de forma geral.
 Tempo para comercializar: este é voltado para mercados que passam por mudanças tecnológicas rapidamente, neste caso o lançamento é um fator de vantagem competitiva. 
 Quantidade de inovações em produtos, serviços, processos, mercados ou modelo de negócios: este indicador mensura a quantidade de inovações que a empresa consegue implantar no período, supondo que uma empresa consegue efetivar 6 inovações em 1 ano, assim pode colocar como meta 12 inovações para o ano seguinte.
Em virtude dos fatos relatados não se pode classificar qual indicador é o mais viável para ser implantado, cada qual tem a sua relativa importância e pode ser utilizado de acordo com o segmento ou necessidade. Assim, aliado aos resultados obtidos ao longo do tempo cabe a alta gestão da organização analisar e decidir qual a melhor estratégia a ser utilizada para atingir as metas e objetivos (BES; KOTLER, 2011).
 METODOLOGIA E APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS
A metodologia deste trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica desenvolvida através de livros, artigos e pesquisas em sites. Por meio de estudo de caso que foram analisados os projetos implementados em uma indústria e comércio de embalagens flexíveis nas áreas de Pesquisa e Desenvolvimento, teve como objetivo mapear os projetos implementados, levantar as ferramentas utilizadas na gestão de produção e mensurar o grau de eficiência, através de inovações adotadas nos processos industriais. Para a realização da pesquisa, foi utilizado o método de roteiro de entrevista semiestruturado para proporcionar uma visão ampla e específica da gestão dos processos produtivos, direcionando o resultado da análise através dos dados fornecidos nesta entrevista. Será realizada também observação dos processos de fabricação das embalagens flexíveis e as inovações inseridas em sua produção.
A empresa COSPLASTIC é uma indústria e comércio de embalagens flexíveis. A indústria possui seu pólo industrial no município de Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás. A indústria produz, distribui e vende para marcas parceiras, como cerealistas, indústrias farmacêuticas, laticínios, comércio de pescados, não realizando venda para consumidor final.
A fim de entender melhor a implantação de projetos de inovações nos departamentos produção foi aplicado o método qualitativo através de um roteiro de entrevista com o responsável da área. Este roteiro foi elaborado com 15 perguntas chaves conforme mostra o Apêndice A.
O método qualitativo procura entender a natureza de um fenômeno social (MENDONÇA, NUNES E ROCHA, 2008). 
A entrevista é caracterizada por uma conversa que tem por objetivo produzir uma verbalização de ideias, opiniões e experiências vividas pelo entrevistado. (MENDONÇA, NUNES E ROCHA, 2008). 
A entrevista com o gestor será principalmente a obtenção de dados precisos para avaliação da eficiência das inovações implementadas e seu impacto na competitividade. O método foi escolhido devido à ausência de dados quantitativos, se tornando ferramenta para melhor entendimento dos processos de inovação da organização.
Para contribuir com a análise do estudo de caso, foram coletadas informações precisas sobre os métodos adotados na organização. As perguntas para extrair a informação necessária foram principalmente voltadas para avaliação do resultado, e para cumprir os objetivos da pesquisa, foram elaboradas sobre o andamento dos processos, o seu período de duração e as atividades envolvidas em cada etapa.
Trata-se de uma pesquisa básica, quanto à finalidade. Pois busca contribuir para o avanço da ciência através da análise do resultado da inovação e do setor de P&D em uma indústria de embalagens no período de 10 anos. (MENDONÇA, ROCHA, NUNES, 2008).
O projeto, quanto ao objetivo, é exploratório, pois visa identificar os resultados alcançados pela empresa, por meio de técnicas de avaliação que serão detalhadas ao decorrer do trabalho. (MENDONÇA, ROCHA, NUNES, 2008).
A abordagem é qualitativa em razão de analisar o processo para mensuração dos resultados, servindo apenas para a empresa estudada.
Foi realizada pesquisa bibliográfica a fim de obter os dados da empresa. Esse tipo de pesquisa é desenvolvida por meio de materiais já existentes, como livros, artigos e materiais acadêmicos em geral. Será analisada apenas uma organização, através de entrevistas com gestores e outros documentos fornecidos pela empresa. (MENDONÇA, ROCHA, NUNES, 2008).
Será feito um estudo de caso por meio de observação de processos, entrevistas com os gestores, e análise do processo histórico até a atualidade.
A entrevista foi aplicada no departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. O gestor e sua equipe composta por nove pessoas, são os responsáveis pela implantação de todo processo inovativo da organização. Com isso, o gestor da área pôde compartilhar as informações necessárias para a descrição das inovações adotadas atualmente pela empresa, desde o projeto, desenvolvimento das ações e acompanhamento dos resultados.
Quadro 1 – Quadro resumo da metodologia
	QUANTO A FINALIDADE
	Básica: tem o objetivo de gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem se preocupar com aplicações práticas, visando prioritariamente a verdades e interesses universais.
	QUANTO AO OBJETIVO
	Exploratório: obter informações gerais sobre um assunto.
	QUANTO A ABORDAGEM DO PROBLEMA
	Qualitativa: busca a interpretação dos fenômenos a partir da compreensão de suas inter-relações. O pesquisador é o instrumento-chave.
	QUANTO AS TECNICAS E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS
	Bibliográfica: utiliza material já publicado e disponível em diferentes fontes.
	Estudo de caso: realiza estudo exaustivo de um fenômeno para seu conhecimento detalhado.
ESTUDO DE CASO
O desenvolvimento e aplicação de um estudo de caso é uma das várias maneiras de realizar uma pesquisa científica, sendo outrasferramentas: os experimentos, dados históricos, levantamentos, análise de arquivos, relatórios, estatísticas, dentre outros. O método do estudo de caso é preferível se comparado aos demais devido a sua maior abrangência, pois permite uma visão holística, facilitando o entendimento dos processos organizacionais. As variáveis deste método vão além do que somente ponto de dados, sendo útil para realização de uma avaliação (YIN ROBERT, 2014).
Apresentação da empresa
 																															O estudo de caso foi aplicado na empresa COSPLASTIC que realiza os processos industriais para fabricação de embalagens flexíveis, bem como efetua sua comercialização. O nome da empresa foi criado a partir da junção do sobrenome dos fundadores com o produto que fabricam – COS de Costa e PLASTIC de plástico, que é o produto fim da organização.
A empresa foi fundada em 1992 pelos irmãos Edwar e Omar Costa, nascidos no Mato Grosso do Sul, eles possuíam o sonho de se tornarem grandes empresários. (SITE DA EMPRESA, 2018).
Foi fundada no setor Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás, e até hoje se encontra na mesma localização. Possui área construída de 9.500 m², considerando que em agosto/2018 iniciou-se o processo de expansão da empresa, havendo a compra de áreas em torno do local. A organização iniciou suas atividades com a capacidade de produzir 360 toneladas ao ano. Com a permanência no mercado por mais 25 anos, aquisição de novas instalações, maquinários, adoção de processos mais inteligentes e inovadores, atualmente sua capacidade abrange a produção de 3600 toneladas ao ano, fabricando bobinas e sacos plásticos para diversos tipos de clientes. O seu quadro de funcionários é composto por 140 colaboradores, trabalhando em três turnos initerruptamente sete dias por semana. (SITE DA EMPRESA, 2018).
A COSPLASTIC se destaca na região centro-oeste como uma das maiores indústrias de embalagens flexíveis, tendo capacidade de atender todas as regiões do território nacional e até alguns países da América do Sul.
Os clientes potenciais da organização pertencem aos grupos de cerealistas, laticínios, indústrias farmacêuticas, pet foods e indústrias de celuloses, atingindo um faturamento superior a 4.000.000 (milhões) mensais.
Para maior atendimento das demandas e exigências dos mais diversos segmentos, a empresa realizou investimento em pesquisa e desenvolvimento em novas tecnologias, passando a produzir mercadorias mais sofisticadas, como: estruturas laminadas, coextrusadas, rótulos e pouches, posicionando-se de forma diferenciada a fim de fornecer seus produtos, atendendo as necessidades de seus consumidores finais. 
Ainda com o objetivo de reforçar e posicionar seu diferencial no mercado, no ano de 2008, a COSPLASTIC conquistou certificações, onde gerou-se a implantação da ISO 9001, garantindo o grau de eficiência nos processos de produção e também a qualidade na entrega dos produtos.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Renata M.; CHUERI, Luciana De O. V. Pesquisa e Inovação: Visões e Interseções. Rio de Janeiro, 2017.
BESSAT, John; TIDD, Joe. Gestão da Inovação 5. Ed. Tradução Félix Nonnenmacher e Gustavo Arthur Matte; Porto Alegre: Bookman, 2015. Disponível em: Google Acadêmico. Acesso em: 27 de março, 2018.
BES DE, Fernando T.; KOTLER, Philip. A Bíblia da Inovação. Tradução de: Winning at innovation; São Paulo: Leya, 2011. Disponível em: Google Acadêmico. Acesso em: 14 março, 2018.
CARLOMAGNO, Maximiliano S. O post de ouro da história da inovação Disponível em: www.innoscience.com.br. Acesso em: 11 abril, 2018. 
DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e Espírito Empreendedor. Tradução Carlos Malferrari; São Paulo, 2003.
MENDONÇA, A.F; ROCHA, C. R. R; NUNES, H. P. Trabalhos Acadêmicos: planejamento execução e avaliação. Goiânia: Faculdade Alves Faria, 2008
ORGANIZAÇÃO para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Manual de Frascati. Disponível em: www.ipdeletron.org.br. Acesso em: 29 março, 2018.
ORGANIZAÇÃO para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Manual de Oslo. Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3. Ed. Paris: OCDE, 2005. Disponível em: www.finep.gov.br. Acesso em: 8 abril, 2018.
RIGHETTI, Sabine; PALLONE, Simone. Consolidando também o conceito de inovação tecnológica. Campinas, 2007Disponível em: www.inovacao.scielo.br. Acesso em 5 março, 2018.

Continue navegando