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Projeto de Produto 2017 Etapa de Planejamento

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UNIDADE CENTRAL DE ENSINO FAEM FACULDADE
FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ
UCEFF FACULDADES
APOSTILA DE
PROJETO DE PRODUTO 
Ronise de Paula
Designer Industrial pela Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista – UNESP/Bauru, SP. 
Mestre em Design pela FAAC, UNESP. 
Professora da UCEFF.
2018
RESUMO
A Gestão do Desenvolvimento de Produtos trata da organização e processo de desenvolvimento de produtos na organização, ou seja, é a área que integra as atividades projetuais e a abordagem técnica na criação de produtos, no âmbito gerencial e com ênfase para os processos. A GDP está dividida em 3 macro fases: Pre desenvolvimento, Desenvolvimento e Desenvolvimento. O Pré-desenvolvimento não se deve esperar soluções de projeto. O Processo de Desenvolvimento de produtos (PDP) se inicia com o Planejamento de Desenvolvimento do Produto, as atividades vão desde uma apresentação quanto a concepção do produto: principais conceitos, metodologias de desenvolvimento, planejamento do produto, time responsável, portfólio, especificações e documentação. Ao seu final desta etapa de planejamento, espera-se que o conceito do produto esteja formado. A priori é entender as necessidades e oportunidades que irão gerar o produto, quais suas funções, seus possíveis usuários, seus concorrentes e características do mercado, o produto é formado virtualmente. Chamo esta fase de “varredura”, ou seja, um reconhecimento do ambiente no qual será desenvolvido o projeto e onde será fabricado, vendido, utilizado e descartado o futuro produto. Todas as informações e concepções geram um documento chamado Minuta do Projeto, ao qual relata as ações e atividades desenvolvidas no período. O Desenvolvimento é marcado por etapas onde cada uma leva um nome diferente e marca atividades especificas, são elas: Projeto Informacional, Projeto conceitual, Projeto Detalhado, Preparação para produção e Lançamento. A etapa de Projeto Informacional, faz-se um aprofundamento nas necessidades dos usuários, cria-se cenários e requisitos para o produto. As especificações-metas marcam o final da etapa. No Projeto Conceitual é gerado a ideia criativa, os conceitos e funcionalidades do produto. É a etapa que exige criatividade e originalidade. As informações colhidas vão auxiliar na resolução de problemas. No Projeto Detalhado é a etapa que detalha os Sistemas, Subsistemas e componentes (SSCs) do produto, ou seja, especifica-se cada um dos itens do produto, documenta e prepara um modelo para testes e averiguações, ainda nas etapas seguintes são preparados para produção e lançamento no mercado. E por fim, a Fase de Pós Desenvolvimento de produtos, são realizados o acompanhamento de mercado, sua aceitação, manutenção e desuso. 
PLANO DE ENSINO
1. EMENTA: Projeto de Produto: concepção do produto; avaliação do preço do produto; desenvolvimento do produto; desenvolvimento dos desenhos de engenharia.
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA: Desenvolver habilidades, além de conhecimento, acerca dos princípios da atividade projetual e dotar o aluno de uma visão sistêmica da Gestão do Desenvolvimento de Produtos.
Objetivos específicos: 
Analisar os processos de PDP dentro da organização, seus elementos compositivos principais, participando de modo ativo em todo processo.
Desenvolver um projeto de produto, apresentando o processo, métodos de construção e produto final por meio de desenhos, maquetes, modelos ou protótipos. 
3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. 	Noções sobre o Processo de Desenvolvimento de Produtos - PDP.
1.2. 	Definição e Escopo do Produto. 
1.3. 	Histórico, Metodologia de Projeto e Arranjos Organizacionais. 
1.3. 	Modelo de Referência do Desenvolvimento de Produto.
2. 	Planejamento Estratégico de Produtos – PEN
2.1. 	Necessidades do Mercado. 
2.2. 	Portfólio de Produtos. Mudanças, viabilidades.
3. 	Planejamento do Projeto – Minuta de Projeto
3.1. 	Definir Interessados do Projeto.
3.2. 	Avaliar Riscos.
3.3. 	Preparar Cronograma e Plano de ações. 
4.	 Projeto informacional
4.1. 	Detalhar ciclo de Vida do Produto.
4.2.	 Definição de problemas e necessidades dos clientes.
4.3. 	Matriz QFD – Requisitos do produto
4.4. 	Especificação Meta do produto
5. 	Projeto Conceitual.
5.1. 	Funcionalidades de projeto de produto.
5.2.		Geração de ideias.
5.3. 	Analisar Sistemas, Subsistemas e Componentes (SSC). 
5.4. 	Concepção e modelagem do produto. 
5.5. 	Introdução ao desenho industrial, ao desenho de produto e aos princípios de forma-função. Os tipos de desenho em função da aplicação. 
5.6.	Ergonomia e estética do produto. 
6. 	Projeto Detalhado
6.1. 	Formas de representação gráfica. 
6.2. 	Desenho técnico, a estrutura lógica do desenho de produto. BOM (Bill of Material).
6.3. 	Alinhamento do Produto à linha de Produção. Normalização, Projeto Preliminar, Protótipos. 
5. PROCEDIMENTOS DE ENSINO: Aulas expositivas e dialogadas; Exercícios Práticos: seminários, estudos dirigidos, trabalhos individuais e em grupos; Leitura de Projetos; 
6. RECURSOS DIDÁTICOS: Quadro branco, apagador, pincel, data show, vídeo, TV, fotocópias, livros e revistas, acesso à internet, Uceff Connect, Laboratório de Computação e Impressão 3D.
7. ATIVIDADES DISCENTES: Pesquisa de mercado, bibliográfica, estudo dirigido, Mapa Mental e outros trabalhos, individual ou em grupos, em sala ou extra-sala de aula.
8. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: O processo avaliativo será contínuo (diagnóstico, formativo e somativo), por meio de observação quanto à participação, ao interesse e à pontualidade na apresentação e entrega de trabalhos individuais e em pequenos grupos. Espera-se que as apresentações dos alunos, orais e/ou por escrito, demonstrem conhecimento do conteúdo, coerência, adequação, entusiasmo, consciência crítica e postura profissional. Como também é desejável o uso adequado de recursos didáticos e/ou audiovisuais.
COMPOSIÇÃO N1 – O Projeto de Produto: desenvolvimento de produto de pequena ou média complexidade para deficientes físicos que promova acessibilidade
A - Participação individual em dinâmicas e trabalhos em sala de aula (até 04 pontos) 
Trabalho em pequenos grupos: 
B- Minuta (até 9 pontos) 
C - Projeto Informacional (até 9 pontos)
D - Projeto Conceitual (até 9 pontos)
E - Projeto Detalhado (até 9 pontos)
Média N1= A+B+C+D+E = até 10 pontos
 4
COMPOSIÇÃO N2 – 
A - Trabalho individual: Aplicação de questionário referente ao conteúdo do período (até 10 pontos) 
B - Trabalho em grupo: Seminário de apresentação do produto (até 10 pontos) 
Média N2= A + B = até 10 pontos
 2
 Média da disciplina = N1+N2 /2 = até 7 pontos para ser aprovado 
COMPOSIÇÃO N3 – Conteúdo referente ao período. Acumulativo. Aplicação de questionário (até 10 pontos) conforme resolução institucional.
OBS: nas produções escritas será considerado o processo desenvolvido pelo acadêmico e sua capacidade se síntese e consciência crítica. Às cópias de textos da Internet ou de outras fontes serão atribuídos a nota zero. Ao trabalho entregue fora do prazo estabelecido, deverá ser entregue até a próxima semana, porém com peso de 70%.
INTRODUÇÃO
O objetivo da disciplina de Projeto de Produto é desenvolver habilidades, além de conhecimento acerca dos princípios da atividade projetual. No final das aulas, o aluno deve ser capaz de ter uma visão sistêmica da Gestão do Desenvolvimento de produtos (GDP), analisar Processos de Desenvolvimento de Produtos (PDP) dentro de uma organização, classificar seus compositivos principais e participar de modo ativo em todo o Projeto do Produto. Estes objetivos devem ser alcançados por meio de aulas teóricas e exercícios em sala de aula, além do desenvolvimento simulado de um produto, quando são discutidas as diferentes fases/atividades e observados os desafios encontrados durante o processo. A estruturação da disciplina busca além de exposição de temas relacionados ao projeto, vivenciar, na medidado possível, as diferentes etapas do desenvolvimento de produtos e as diversas atividades relacionadas ao setor de projetos de uma empresa de natureza industrial. 
O setor de projetos em uma empresa é basicamente responsável, segundo a diretriz 2210 da VDI (Verein Deutscher Ingenieure, Associação dos Engenheiros Alemães), pela elaboração de novos projetos, adaptação de já existentes, projetos de variações e projetos normalizados e fixos. O processo de elaboração de projetos pode ser, a partir da mesma diretriz (citada por SCHEER, 1993), subdividido da seguinte forma: Concepção: Análise de especificações, compilação de variações de soluções e sua avaliação; Desenvolvimento: Especificações do conceito de solução, projeto em escala, construção de modelos, avaliação de soluções; Detalhamento: Representação das partes individuais e avaliação de soluções.
Qualquer objeto – um clipe, um grampo de cabelo, uma casa, um carro, concebido pelo homem – é um produto, embora as metodologias e processos apresentados durante o curso estejam em sua maior parte centrados no desenvolvimento de produtos industriais, fabricáveis em série. Neste caso, o importante para o desenvolvimento da atividade projetual não é necessariamente o produto a ser desenvolvido, mas o rigor e a consistência do método utilizado. A proposta central da disciplina está no desenvolvimento de um produto de baixa ou média complexidade técnica, a partir de uma necessidade de mercado observada pelos alunos. Vale a pena lembrar que muitas vezes esta não é clara, e nem pode ser assim. 
Além disso, a excelência do projeto não está diretamente ligada à tecnologia utilizada, ou à complexidade do produto.
Algumas pessoas associam excelência da solução à complexidade do problema, o que não é necessariamente correto. Pequenos problemas do dia-a-dia também requerem soluções de excelência. Você já teve problemas para cortar azeitonas ou coração de frango para colocar na pizza, por exemplo? 
Já viu alguém se queimar com gordura, em casa? Já foi incomodado por ruídos da rua enquanto estudava? Já sentiu falta de um suporte para livros, enquanto está no micro? Já teve dores nas costas ao varrer sua casa? Já esqueceu de puxar o freio de mão de seu carro? Todos estes pequenos problemas (além de muitos outros) são objetos de soluções para o projeto de produto. 
É um exercício interessante imaginar alguma "necessidade de mercado" a ser atendida. Normalmente, um olhar mais apurado em nosso ambiente cotidiano pode nos trazer uma série de situações onde não existem soluções adequadas de projeto para atendimento de algumas necessidades aparentemente triviais. Utilizar um açucareiro em locais públicos (como bares ou restaurantes), embarcar ou desembarcar em sistemas de transporte coletivo (em especial se o usuário é idoso ou possui limitações físicas), utilizar uma tesoura ou abridor de latas (se você é canhoto) são situações aparentemente simples, mas que requerem ainda soluções adequadas.
Por outro lado, se você considera estes problemas "pouco importantes" ou "simples demais", veja o que estão fazendo os pesquisadores do MIT, prestigiosa instituição norte americana: um “virador de páginas automático”, destinado a músicos e pessoas com limitações de movimentos. 
Este produto está detalhadamente descrito em 
http://news.mit.edu/1999/pageturner 
ATIVIDADES
Veja o Filme “2001: Uma Odisseia no Espaço” de Stanley Kubrick (1928 – 1999), uma obra prima, com sensibilidade suficiente para estar sempre atualizado, apesar de seus 40 anos de produção. Este trecho trata de duas tribos de primatas que disputam de uma fonte de água. Quando uma das tribos descobre um aparato que os fazem ter vantagem sobre a outra tribo, ficando assim, soberanos na disputa. 
Faz também uma alusão da passagem dos tempos primitivos a ficção cientifica, de forma poética e contemplativa. 
Veja o Spoiler ilustrado do livro de Steven Johnson, “De onde vem as boas ideias”.  
O vídeo indica os caminhos da criatividade e de como surgem as grandes ideias inovadoras. 
Fórum: Baseado no Conteúdo estudado em sala de aula, a excelência do projeto não está diretamente ligada à tecnologia utilizada, ou à complexidade do produto. Algumas pessoas associam excelência da solução à complexidade do problema, o que não é necessariamente correto. Pequenos problemas do dia-a-dia também requerem soluções de excelência. Comente como conseguir a excelência da solução do problema em um projeto de produto. Ou seja, o que faz com que o produto tenha excelência na solução de seus problemas. Criatividade, Conhecimento técnico ou Pesquisas? 
BREVE HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
O homem desde os primórdios vem desenvolvendo sua capacidade de organização e adaptação, como a confecção de artefatos que o auxilie em suas tarefas diárias. Quando a vida humana se dava em torno do habitat e as atividades estavam diretamente ligadas a pouca complexidade do convívio humano, existiam poucas variedades de artefatos. A mão é considerada o primeiro instrumento e ainda é a principal ferramenta, com ela eram realizadas as colheitas, a caça, a pesca, a preparação de comidas e de bebidas, é com ela que seguramos os alimentos e utensílios. A evolução dos utensílios domésticos caminha paralelamente à história da humanidade, tornando-se parte da cultura de cada um dos povos. 
No clássico filme de Stanley Kubrick “2001: Uma Odisseia no Espaço” retrata uma metáfora sobre a geração de conhecimento para o desenvolvimento de uma ferramenta. No filme, as primeiras cenas ocorrem em torno da disputa pela preferência diante da fonte de água. Dois grupos encontram-se equilibrados, até que um membro de uma das tribos percebe que um osso poderia se transformar em uma ferramenta, aplicando um golpe fatal em um dos oponentes. A situação levanta a abordagem sobre o processo que gerou a solução técnica: A Necessidade (do acesso à água), as variáveis envolvidas (no caso, a tribo oponente), a geração de alternativas (diversos tipos de ação sobre o inimigo) e a solução adequada que leve à eliminação do problema (inimigo). Neste caso, o objeto de uso prático antecede o conceito de design, ilustra o conceito de manufatura e construção de praticamente todos os objetos e bens de consumo desenvolvidos posteriormente. 
A descoberta do fogo permitiu ao homem a invenção de artefatos para preparar comida, evento que levou à descoberta da cerâmica e confecção de panelas e recipientes para a água. A fogueira evoluiu gradualmente para os fogões e fornos.
Outros utensílios primitivos foram produzidas das mais diferentes maneiras ao longo da história, cada povo desenvolveu seus artefatos, simbolizando assim, a relação do artesão com as artes do cotidiano. 
A Revolução Tecnológica trouxe a praticidade para o dia a dia e foi a partir da Revolução Industrial que se deu a transformação com a criação de produtos. Os frutos dessa produção vêm até os dias de hoje, modificando nossos costumes e vida diária, criando um complexo ciclo de consumo. Nesta competição acirrada, algumas empresas se utilizaram do desenvolvimento de produtos como estratégia para se destacar, dando valor e consolidando suas marcas no mercado capitalista. Entender os fatores e concepção de um produto é entender o entorno da vida cotidiana, seu contexto econômico, social, político, cultural, organizacional e comercial.
A Revolução Industrial trouxe a variedade e diversificados estilos de vida. A modificação de hábitos e culturas, cada vez mais aceleradas e complexas, fez surgir uma grande quantidade de produtos à disposição no mercado. Esse desenvolvimento contribuiu com um grande impacto na cultura e no comportamento humano, a própria capacidade de produção das indústrias com as novas tecnologias e a invenção de novos materiais, tudo isso juntamente com todas as facilidades da vida contemporânea, aumentou-se o consumo e consequentemente a incidência de novos produtos lançados anualmente.
A evolução da indústria e tecnologia refletiu diretamente no comportamento humano.Nota-se que em todos os períodos de tempo histórico, existe a adequação do design (produto) ao estado da arte, juntamente com a intenção de contribuir e facilitar a vida humana.
No início do século XX, a funcionalidade, a forma e a estética estavam em pauta, neste período o design se aproximava das indústrias que deram status de arte aos seus produtos. O desenvolvimento de produtos como ferramenta da produção em série emergiu com força, apoiando aos que dele se aproveitaram como apelo de vendas, o que resultou na consolidação de suas marcas até os dias de hoje. O produto se aproximou do luxo, da arte, dos conceitos de funcionalidade, minimalismo, dos temas que comandaram os movimentos artísticos e foi instrumento de estudo de todas as áreas do conhecimento.
O desenvolvimento de produtos está relacionado diretamente aos avanços de áreas interligadas ao comportamento humano e ao objeto. Como exemplos, podemos citar os estudos da semiótica, da psicologia, do marketing, do domínio da tecnologia, dos novos materiais, entre outras tantas ferramentas que juntas são aplicadas exclusivamente a fim de obter o entendimento da forma com um bom rendimento de produção mecânica.
A Arte se democratizou, o produto segue além do apelo estético e funcional, uma vez que essa abordagem, estrategicamente adotada pela indústria no passado já não é mais suficiente. O objeto não está sozinho, ele faz parte de um conjunto de ações que determinam seu sucesso no mercado, a pesquisa, o desenvolvimento, publicidade, a embalagem, cooperam com a aceitação do produto pelo seu público, objetivando a venda. Existe uma preocupação mundial com os resultados que esse consumo excessivo está provocando ao equilíbrio terrestre. 
O mercado já detectou a necessidade de que o mundo está à procura da solução nos materiais recicláveis, nos orgânicos e nos chamados ecologicamente corretos. Seus valores tomam importância tanto ou mais que os fatores econômicos. O desenvolvimento de produtos passa a adotar a aplicação de materiais alternativos, de tecnologias limpas e tem a missão de reorganizar e adequar os interesses do mercado ao encontro de temas como a sustentabilidade e eco design. 
O maior desafio, porém, está na incorporação de novos modelos de pensamentos, de entender o papel do engenheiro (designer, desenvolvedor) e a importância da sua contribuição na construção de um novo mundo. É agora uma questão de preservar a vida. Faz- se necessária uma consciência de cooperação e junção entre as diversas áreas de interesse, a fim de garantir um ganho, não só para a vida humana, mas para a terrestre.
ATIVIDADE 
Ler o artigo A evolução dos modos de Gestão de Desenvolvimento de Produtos. Link: http://www.seer.ufrgs.br/ProdutoProducao/article/viewFile/4346/2294
Este artigo aborda uma série de mudanças de cenário no processo de desenvolvimento de produtos. Comente como as empresas podem se organizar de modo a oferecerem produtos dentro de um novo paradigma de atuação que satisfaça essas características. 
TERMINOLOGIAS
Trabalhar com Desenvolvimento de Produtos requer pensamento de investigação e criatividade, vontade de especular o mercado, os comportamentos e tudo que envolve o público-alvo. Porém, antes de qualquer ação, é necessário entender o conceito de Produto e tudo que está relacionado com o seu uso e concepção. 
O conceito de produto para o marketing pode ser qualquer coisa que gere moeda de troca e desperte desejos e necessidades, segundo Kloter (2000, pag. 33) “Um produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para criar atenção, ser adquirido, usado ou consumido, satisfazendo um desejo ou uma necessidade”, este algo sai da esfera física e passa para o intangível, valendo-se de emoções e feitios que atuem no psicológico e social do indivíduo. 
Semenick e Bamossy (?) dizem que “Produto é um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que proporciona benefícios reais ou percebidos com a finalidade de satisfazer as necessidades e os desejos do consumidor” Já McCarthy e Perreault Jr. ampliam o conceito para a empresa que satisfaz uma necessidade “Produto significa a oferta de uma empresa que satisfaz a uma necessidade” o que transfere o conceito para um sistema, organização e cria uma ação do conjunto governamental. 
De acordo com Kotler (2000, pg. 416) os produtos comercializados incluem bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias. Estes produtos podem ser tangíveis (físico, palpável e mensurável) e intangível (valores virtuais, morais, emoções, tudo que não é físico, porém tem um valor não mensurável para o indivíduo). 
Bens: é o plural de bem, que na filosofia está relacionado com bem (bondade) e mal e ao que é Belo (aceitável) e feio (não aceitável). Bem pode ser considerado aquilo que é desejável, porém, não necessariamente desejado por todos. É aquilo que tem valor moral, filosófico, emocional e psicológico por um indivíduo ou por grupos. 
 Das categorias de bens: bens do direito, Veblen (de luxo), durável, econômico, público (economia), remanufaturado, de consumo. 
Os bens de consumo podem ser empregados direta ou indiretamente. Os bens diretos de consumo são os bens naturais ou porque atingiram a última fase no processo de fabricação utilizados, ou seja, são os bens usados diretamente na satisfação das necessidades de um indivíduo ou de uma família. A comercialização de cada país reflete o nível de vida da população e permite avaliar os gostos e características das pessoas em questão. São subdivididos em duráveis, semiduráveis e não duráveis. Os bens de consumo duráveis são aqueles que duram vários anos e podem ser utilizados várias vezes, como carros, eletrodomésticos, eletrônicos, mobiliários, etc. Bens de consumo semiduráveis são os que se desgastam aos poucos e vão se deteriorando conforme o uso, como sapatos e roupas, já os bens não duráveis são aqueles que são destinados ao uso de imediato e esgotam com o uso, como remédios, alimentos, produtos descartáveis. 
Os bens intermediários ou bens de produção, são os bens manufaturados ou matérias primas aplicadas na produção de outros bens e não podem ser usados diretamente na satisfação de uma necessidade. São os insumos que uma empresa compra de outra para a elaboração dos seus produtos. Um exemplo disto é a bobina de aço produzida pelas siderúrgicas, que é considerada um bem intermediário na fabricação de um automóvel. Alguns bens podem ser direitos e indiretos ao mesmo tempo, como o leite que atende a primeira situação se for usado como alimento e atende a segunda situação se for usado para a fabricação de outros bens, como queijo ou sorvete. 
Serviços são os bens não materiais e resultam em ações de servir alguém, segundo Kotler (1988, p. 191), "Serviço é qualquer atividade ou benefício que uma parte possa oferecer a outra, que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de qualquer coisa. Sua produção pode estar ou não vinculada a um produto físico". Exemplos são as atividades de advocacia, dentista, professor, assessor, eletricistas, etc. E também por tudo que envolve o conjunto de assistências que acompanham o produto. Exemplo: Comprar uma máquina agrícola (bens), a empresa oferece toda manutenção (serviços) para o equipamento. 
Ao compartilhar experiências e trocar com os demais pode se tornar um produto na medida em que exista a troca. Lembre-se que troca não precisa ser monetária, como exemplo, o voto dentro das eleições para cargos públicos, na qual o indivíduo entrega o voto em troca de confiança e esperança por melhoria na administração pública. 
Exemplo de pessoas que se tornam produtos pode-se citar os famosos, músicos, artistas e pessoas que lidam com a imagem e comportamento na qual pode acompanhar um outro produto ou para desempenhar uma atividade. Como exemplo os jogadores de futebol na qual usam seu corpo para a atividade e colocam suas pernas em seguros que garantam a sua subsistência no caso de acidentes. 
O Estado de Santa Catarina sabemuito bem explorar os seus produtos quando transformam as cidades em “capitais” de outros produtos e passam a explorar a geografia e a natureza dos lugares a fim de incentivar o turismo. Como exemplo pode-se citar as cidades como Florianópolis (capital da Mágia), Videira (capital da uva), morros, lagoas, praias e regiões inteiras, Chapecó (capital do Oeste e da agroindustria), museus, igrejas. 
Produto pode ser também a ideia que foi transformada em um projeto, um desenho ou uma comunicação. Como exemplo: um publicitário que vende suas ideias por meio da elaboração de plano de comunicação, folder ou catálogo de produtos de uma empresa na qual pretende vender outros produtos, como materiais de limpeza, carros, motos, sapatos, etc. No caso, a ideia que é intangível é o produto ao se tornar tangível por meio de algo físico, um folder, um vídeo, etc. 
HIERARQUIA DE PRODUTOS 
Grupo: Indica o segmento ou a linha de atuação da empresa. Exemplos: auto centers (motor, suspensão, freios, lataria, elétrica, hidráulica); Supermercados (padaria, açougue, matinais); lojas (eletrônicos, eletrodomésticos, brinquedos, cama/mesa/banho); Industria de alimentos (lácteos, panificadora, massas, sorvetes); Agroindústria (processados, carnes, peixes, arroz, feijão); Industria (máquinas e equipamentos, petrolífera, usinas). 
Subgrupo: Indica a segunda quebra da hierarquia, que deve estar relacionado com o grupo anterior. Em algumas empresas, no subgrupo é cadastrado o fabricante da peça, o que é também uma forma interessante de usar. Exemplos: Auto Centers: Bosch, Frasle, Vanzin, Tupper, Binno.
Família das necessidades: a necessidade principal que escora a essência de uma família de produtos. Exemplo: segurança.
Família dos produtos: Indica o tipo de produto e na maioria dos casos é o próprio nome do produto. Pode satisfazer a uma necessidade central e leva em conta fatores comuns como público alvo, lógica quanto à característica e similaridades quanto ao seu formato e ou uso pretendido, ciclo de vida de produto, processo de fabricação – ou recursos específicos de produção como maquinários e ferramental, componentes e materiais. Para a empresa pode ser uma solução em atender as diferentes necessidades dos público-alvo sem grandes investimentos ou aproveitando uma plataforma de produção. Um produto constituído de uma família pode satisfazer com maiores probabilidades às diferentes necessidades de consumo do público alvo. Exemplos: A Boeing fez uma família de aviões, uma para cada tipo de transporte de passageiros, para curtas, médias e longas distâncias. Modelos de Boeing 727, 737, 747, 757, 767; 
	A Figura 1 representa uma marca de lácteos com diferentes sabores, embalagens, complementos como aveias, castanhas, integrais, diet, sem lactose e produtos derivados como cremes e chantilly. 
Figura 1: Família de Produtos lácteos. Fonte: http://mimosa.com.pt/produtos-lacteos/
Classes de produtos: Trata- se de grupos de produtos dentro de uma família, que é conhecida como tendo certas funções coerentes. Exemplo: aviões Boeing bi reatores, Boeing tri reatores, Boeing quadri reatores. 
Linha de produtos: Caracteriza-se como um grupo de produtos dentro de uma classe de produtos como função similar, porém, que são oferecidos ao mesmo grupo de consumidores e comercializados por meio dos mesmos canais, ou que incluem em determinadas faixa de preço. Exemplo: shampoo, condicionador, seguro de vida.
Tipo de Produto: Grupo de itens de uma linha de produtos que compartilham uma das diversas formas possíveis do produto. Exemplo: Shampoo para cabelos secos, condicionador para cabelos cacheados, seguro de vida pessoal.
Item: É uma unidade distinta dentro de uma marca ou linha de produtos que é distinguível por tamanho, preço, aparência ou algum outro atributo. Exemplo: Shampoo para cabelos secos com Argan, Condicionador para cabelos cacheados bisnaga 100 mg, seguro de vida pessoal renovável, Boeing 767 -cabine alongada.
Marca: É o nome associado com um ou mais itens de uma linha de produtos, usada para identificar a fonte ou caráter do item. Exemplo: Nestlé
Para Churchill (2003, pg. 262) há várias maneiras de classificar novos produtos; e do ponto de vista da empresa, são classificadas as seguintes categorias: 
- Produtos novos para o mundo: invenções que não existiam anteriormente; 
- Novas categorias de produtos: produtos novos para uma empresa, mas não novas invenções; 
- Adições a linhas de produtos: são extensões da linha de um determinado produto; 
- Melhorias em produtos: são produtos novos à medida que representam versões alteradas de produtos já existentes. 
- Reposicionamento: são produtos reposicionados para novos usos ou novos mercados.
O Escopo do Produto é composto pela especificação técnica que descreve o conjunto de funcionalidades e o desempenho desejado para o produto.
ATIVIDADE: Questionário 
Qual é o conceito de família de produtos? Explique e dê exemplos.
O que significa desenvolver produtos? 
 Qual a contribuição ou papel para o PDP das principais funções ou processos empresariais?
Explique porque se deve constantemente identificar / buscar requisitos que impactam / surpreendem os clientes. 
A inovação não está restrita somente a empresas de alta tecnologia. É uma competência que pode ser desenvolvida em qualquer tipo de empresa e de qualquer segmento de negócio. Para operacionalizar a inovação, as empresas podem se valer de abordagens sistêmicas, entretanto é fundamental que ela se transforme em uma fonte sustentável de geração de valor." Considerando as informações do texto, assinale a única alternativa correta. 
( ) A inovação depende de alta tecnologia. 
( ) A inovação está ligada ao processo criativo e com altos custos envolvidos.
( ) A inovação é imediata e não requer mudanças de processos.
( ) A inovação está ligada aos objetivos de longo prazo da empresa.
O PROJETO DE PRODUTO
Ao se buscar a etimologia da palavra projeto, de acordo com Ferreira (1986), encontra-se a sua origem no latim projectu que significa “lançado a diante”, ou seja, “ideia que se forma de executar ou realizar algo no futuro; plano, intento, desígnio”; “empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema”.
Estes são os significados mais puros para o termo ‘projeto’: intenção desígnio, ideia de fazer algo no futuro, delineamento, esboço, etc. Entretanto, ao se evoluir das intenções para a ação, o termo projeto passou a designar também o conjunto dos esforços que visam à realização do ‘projeto/intento’, do ‘projeto/esboço’ ou do ‘projeto/desígnio’ etc. Ou seja, o termo projeto passa a abranger também a fase de execução daquilo que foi imaginado, desejado ou delineado, compreendendo um número, às vezes extremamente grande, de tarefas interligadas e de complexidades variáveis. E mais, o projeto, assim entendido, passa a incorporar os meios que lhe foram destinados para sua execução: escritório, gerente, equipe, materiais etc. O projeto, em uma acepção ampla, passa a ser uma organização, ainda que transitória: tem estrutura, regras de funcionamento, objetivos, gerência, equipe, insumos etc” (VALERIANO, 2004). 
Cassarotto Filho, Fávero e Castro (1999), o termo projeto é comumente relacionado com um conjunto de planos, especificações e desenhos de engenharia. Para esses autores, tal conjunto é chamado de projeto de engenharia, recebendo na língua inglesa a alcunha de design.
	No PMBOK (2004), projeto é definido como um esforço temporário com ponto de início estabelecido e com objetivos definidos para produzir um produto, ou seja, tem começo e fim definidos. O COED (Concise Oxford English Dictionary) citado por Dingle (1997) define projeto como “um plano, tema, uma realização planejada”. 
Figura 2: O Projeto de Produto. (PMBOK, 2004).
Figura 3: Cronograma das atividades de um Projeto de Produto.
Produtos devem ser desenvolvidos observando-se as seguintes condições: 
Funcionalidade: o produto deve ser funcional, de fácil utilização, considerar os aspectos ergonômicosenvolvidos, ser compatível com as preocupações de preservação do meio ambiente, etc.;
Manufaturável: ser apoiado em tecnologia conhecida e facilmente fabricado;
Vendável: deve agradar aos clientes e ser vendável, esta última condição é pré-requisito para o atendimento das anteriores.
OS TIPOS DE PROJETOS 
Considerando o grau de mudanças do projeto em relação a projetos anteriores: 
Projetos radicais (breakthrough) – 
Alterações significativas
Nova categoria ou família de produtos 
Novas tecnologias e materiais
requer processo de manufatura inovador 
Projetos plataforma ou próxima geração – 
alterações significativas 
sem novas tecnologias ou materiais
novo sistema de soluções para o cliente
estrutura comum entre os diversos modelos de uma família 
Projetos incrementais ou derivados – 
pequenas modificações em relação aos existentes
para redução de custo, por exemplo 
inovações incrementais nos produtos/processos
(No caso de países como o Brasil existe uma quarta categoria)
Projetos follow-source (seguir a fonte): que são os projetos vindos da matriz ou de clientes e que serão adequados à realidade local. Características: 
de outras unidades do grupo, clientes ou contrato tecnologia
não requer alterações significativas
unidade local adapta para condições locais
envolve validação do processo, equipamentos, ferramentas, a produção do lote piloto e o início da produção.
O Desenvolvimento também deve seguir uma metodologia para que o processo criativo seja dividido em etapas, conforme esquematizado por Martins (1999, pg. 15). Figura 4. 
Geração de ideias: nessa fase é lançada uma ideia inicial, seja a partir da tecnologia disponível ou de estudos e pesquisas de mercado. As áreas de competência, recursos humanos e materiais, as tecnologias específicas, a disponibilidades de recursos financeiros, etc. constituem os aspectos internos da empresa. São considerados aspectos externos os nichos de mercado, as tendências de desenvolvimento da tecnologia e a concorrência.
Especificações funcionais: define-se os objetivos do produto: sua função, suas características básicas, como será fabricado, fontes de suprimento de matérias-primas e demais insumos, os mercados que deverá atender, quanto deverá custar, vantagens e desvantagens em relação a seus concorrentes, etc.
Seleção de produto: fase na qual se determina um produto que atenda os dois requisitos anteriores.
Projeto preliminar: análise minuciosa da manufaturabilidade do produto, incorporando-se a seu projeto as alterações decorrentes provenientes da soma do conhecimento dos departamentos envolvidos.
Construção do protótipo: esta fase dependerá do produto que está sendo desenvolvido, fase na qual é construído um modelo reduzido para ser previamente testado e em seguida um protótipo.
Testes: o protótipo é submetido a testes nas mais variadas condições, fazendo-se análise de sua robustez, do grau de aceitação pelo mercado, de seu impacto junto aos concorrentes, etc. Pode-se fazer um delineamento de experimentos para verificar a resposta do produto quando submetido a situações previamente estabelecidas.
Projeto final: o produto é detalhado, com suas folhas de processo, lista de materiais, especificações técnicas, fluxogramas de processos, etc.
Figura 4: Etapas dp Projeto de Produto.
Gaither (2001, pg. 97) diz que para uma empresas obter sucesso atualmente, ela deve construir uma infraestrutura que lhes permita desenvolver e projetar rapidamente novos produtos, estes devem ser inovadores de qualidade superior e além disto se comprometer com uma política de melhoria contínua dos projetos de produtos existentes, além de, construir sistemas flexíveis de produção que se diferenciem por seus produtos de excelente qualidade e custo mais baixo e que possam ser modificados, a fim de, atender eventuais necessidades de clientes.
Na contemporaneidade muito se pensa a estratégia de promover a inovação e comercialização de novos produtos e serviços que possam satisfazer as necessidades reais ou latentes dos clientes. Segundo Martins (1999, pg. 13-14) o projeto do produto passa a ser um elemento básico de vantagem competitiva, deve ser diferenciado quanto a seu custo, com menor número de peças, mais padronização, modularidade e a sua qualidade, robustez e inexistência de falhas. 
A empresa define quais produtos vai desenvolver, porém, de nada resolve se não explorar as reais necessidades dos consumidores com pesquisas e oportunidades de negócios.
Oportunidade de negócio: Transformação de uma ideia em um produto acabado, pronto para ser vendido.
A partir das informações obtidas no mercado, a ação pode ser estrategicamente pensada e resultar em produtos inovadores, que posiciona a empresa a respeito dos concorrentes e do perfil do Consumidor, sempre equilibrando com as capacidades e possibilidades tecnológicas da empresa. 
Alinhar as necessidades do mercado, com as restrições tecnológicas, e considerando as estratégias competitivas e de produto da empresa, chegar às especificações de projeto de um produto. Este é o tripé do desenvolvimento de produto e pode ser também o desafio para o desenvolvedor. Pode-se dizer que desenvolver produtos consiste em integrar as atividades, requisitos e competências necessárias para melhorar a eficiência do processo como um todo.
As decisões tomadas no plano tático devem rever como serão os profissionais oriundos das áreas funcionais envolvidas, como serão coordenadas as atividades desdobradas das etapas e quais serão os meios de comunicação disponíveis para as áreas funcionais. 
A Figura 5 apresenta os resultados de uma pesquisa realizada pela ASME International e pela National Science Foundation entre empresas e universidades americanas, com o objetivo de avaliar quais as características mais importantes para os novos graduados em engenharia mecânica naquele país, demonstrou que a capacidade de trabalho em equipe e comunicação são os principais aspectos profissionais no mercado norte-americano. 
Figura 5: Fonte: ASME International/National Science Foundation, citado por VALENTI (1996).
O equilíbrio e harmonia entre a Organização interna e externa aumenta o fluxo de informações pelo envolvimento de mais especialistas sobre o produto. A organização interna é formada pelos times de desenvolvimento, líderes de projeto e a Adoção de meios de comunicação que acelerem a troca de informações e viabilizem a condução de atividades simultâneas. Já a organização externa tem a participação efetiva e proativa de clientes e fornecedores, com o objetivo tanto de validar os produtos da empresa, quanto de aperfeiçoar o processo de desenvolvê-los. 
É necessário planejar o processo de desenvolvimento de produtos, este planejamento de processo será intenso para novos produtos e serviços, mas replanejamento também poderá ocorrer quando a capacidade necessita de mudança, as condições de mercado ou de negócios se modificam ou se máquinas tecnologicamente superiores se tornam disponíveis.
O Escopo do projeto define o conjunto de trabalhos que serão executados para construir e entregar o produto ou produtos do projeto. O escopo do projeto contém, em um de seus itens, uma descrição sucinta do escopo do produto.
O escopo de projeto e escopo de produto são interdependentes e devem ser integráveis, isto é, se houver mudanças em qualquer um deles, então, é preciso avaliar o outro em busca de possíveis impactos. 
Áreas da empresa tradicionalmente envolvidas com o projeto do produto e principais etapas do processo. (Fonte: BARROSO, 1982)
ATIVIDADES
Quais são os principais cuidados que devem ser considerados na elaboração de um plano de gerenciamento das comunicações de um projeto?
Assinale a única alternativa correta para o significado de PDP. 
Papel do Desenvolvimento do Produtos 
Processo do Desenvolvimento do Produtos 
Planejamento do Desenvolvimento de Produtos
Planejamento do Departamento de Produtos
Processo do Departamento de Produtos
Planejamento do Design de Produtos
Quais são asprincipais razões que levaram à necessidade atual de desenvolvimento de um produto através de uma equipe multidisciplinar?
O Desenvolvimento de produtos de forma competitiva é condicionado por um vasto conjunto de fatores, que podem ser divididos em: internos à empresa; estruturais (pertinentes aos setores industriais de produção) e sistêmicos, como mostra a figura a seguir. 
Back, N. et al, 2008, p. 601 (adaptado). 
Considerando essas informações, avalie as afirmações a seguir. 
Os fatores internos à empresa são os que estão sob a sua esfera de decisão e por meio dos quais ela procura se distinguir de seus competidores. 
Os fatores estruturais podem ser controlados pela organização e estão sob sua área de influência. 
Os fatores sistêmicos são da esfera estatal e, portanto, seu peso é pequeno no planejamento interno das empresas. 
Os fatores estruturais não são inteiramente controlados pela organização, pois só parcialmente fazem parte de sua área de influência. 
É correto apenas o que se afirma em: 
I e III
I e IV 
II e IV 
I, II e III
II, III e IV 
“As decisões de design moldam os processos responsáveis pelos produtos que utilizamos, os materiais e a energia necessária para produzi-los, o modo como os operamos no dia a dia e o que acontece com eles quando perdem a utilidade. Podemos não ter previsto tudo isso e podemos lastimar o que aconteceu, mas as situações que enfrentamos hoje foram, de uma forma ou de outra, planejadas por nós no passado”.
THACKARA, J. Plano B: o design e as alternativas viáveis em um mundo complexo. 2008, p. 24 (adaptado). 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Na elaboração de um produto, o designer / desenvolvedor deve considerar as questões relacionadas tanto à obsolescência do produto quanto aos fatores de produção.
PORQUE
II. Toda vez que um produto perde uma de suas funções, novos produtos costumam ser projetados para substituí-lo e ele é descartado pelos seus usuários.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
As asserções I e II são proposições falsas.
Para a equipe do projeto, o documento mais importante para integrar as atividades durante a execução do projeto é:
O plano de gerenciamento do projeto (Project plan).
A declaração do escopo (Scope Statement).
A linha de base (baseline) do escopo. 
Matriz das decisões. 
No Brasil, têm quatro tipos de projetos de desenvolvimento de produtos baseados na inovação, relacione esses tipos de projetos com os seus respectivos significados. 
	I – Projetos radicais 
	A – São projetos de outras Unidades do Negócio, de clientes ou contrato de tecnologia. Não requer alterações significativas, envolvendo validação do processo, equipamentos, ferramentas, a produção de lote piloto e o início da produção. 
	II – Projetos plataforma ou próxima geração
	B – São os que envolvem significativas modificações no projeto do produto ou do processo existente, podendo criar uma nova categoria ou família de produtos para a empresa. Neste tipo de projeto são incorporados novas tecnologias e materiais, eles normalmente requerem um processo de manufatura também inovador. 
	III- Projetos follow-source (seguir a fonte)
	C – Envolvem projetos que criam produtos e processos que são provenientes, híbridos ou com pequenas modificações em relação aos projetos já existentes. Esses projetos incluem versões de redução de custo de um produto e projetos com inovações que acrescentam nos produtos e processos.
	IV–Projetos incrementais /derivados
	D – Normalmente apresentam alterações significativas no projeto de produto ou do processo, sem a introdução de novas tecnologias ou materiais, mas apresentando um novo sistema de soluções para o cliente. Também podem representar o projeto de uma estrutura básica do produto que seria comum entre os diversos modelos que compõem uma família de produtos. 
I – B | II – D | III – A | IV - C
I – C | II – B | III – A | VI - D
I – A | II – C | III – D | IV - B
I – D | II – A | III – B | IV - C
I – C | II – A | III – D | IV - B
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS – PDP
	A terminologia pode variar de acordo com o autor, Codinhoto (2003) usa o termo processo de planejamento e projeto (PAHL e BEITZ, 1996; PAHL et al., 2005), projeto de engenharia (CROSS, 1994) e projeto e desenvolvimento do produto (ULRICH; EPPINGER, 2000), somando-se a isso há diversas definições para o Processo de desenvolvimento de produtos:
 Processo de Desenvolvimento do produto é o processo que converte necessidades e requisitos dos clientes em informação para que um produto ou sistema técnico possa ser produzido. Sendo um processo que faz uso das informações do mercado, dos diversos projetistas, das equipes de produção, bem como de testes e análises de uso do produto, necessários para a formulação de requisitos, definições, detalhamentos e aperfeiçoamentos (SMITH; MORROW, 1999 apud CODINHOTO, 2003)
Para Rozenfeld (2006) “É o processo de negócio, isto é, o conjunto de atividades capaz de transformar informações tecnológicas e de mercado em produtos / serviços de acordo com as estratégias da empresa e atendendo às necessidades de mercado”, por meio da criação de bens e informações para a produção, acompanhamento e retirada de um produto do mercado. (Figura 6). 
OLSON et al. (2001) afirmam que o Processo de Desenvolvimento de Produto é um processo multidisciplinar em essência, estando associado à cooperação entre Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Operações (Manufatura), especialmente no que tange ao grau de inovação dos produtos e aos momentos em que se dá tal integração, se nas etapas iniciais de desenvolvimento ou nas fases posteriores, sendo que essa cooperação se liga diretamente ao sucesso de um produto.
Figura 6: Ciclo de Vida do Produto
ESCOPO DO PDP 
Lançar de modo eficaz novo produtos e melhorar a qualidade daqueles já existentes. 
Em linhas gerais, é um conjunto de atividades realizadas em uma sequência lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo específico de clientes. 
Figura 7: áreas de interação no PDP.
O PDP é o processo de negócio que: 
Busca as especificações de projeto do produto e do seu processo de produção;
Considera as necessidades de mercado, as possibilidades tecnológicas e as estratégias da empresa;
Prepara a manufatura, para iniciar a produção;
Acompanha o produto pós-lançamento (das melhorias à descontinuidade).
A Figura 8 representa o grau de incerteza no início do processo de desenvolvimento de produto é elevado e é justamente nesta etapa que se seleciona a maior quantidade de soluções construtivas. As decisões entre alternativas no início do ciclo de desenvolvimento são responsáveis por 85% do custo do produto final. O custo de modificação aumenta ao longo do ciclo de desenvolvimento.
Elevado grau de incertezas e riscos;
Decisões importantes no início, quando as incertezas são maiores;
Dificuldade de mudar decisões iniciais;
~80% do custo do produto são comprometidos durante as etapas iniciais do PDP.
Figura 8: Custos versus tempo no projeto de produto.
Torna-se, portanto, um desafio por si só, a tarefa de gerenciar as incertezas envolvidas num processo de desenvolvimento de produto, onde as decisões de maior impacto têm que ser tomadas no momento em que existe um maior número de alternativas e grau de incerteza. 
A Figura 9 representa a projeção dos custos na fase de projetual e os custos do produto, ou seja, quanto melhor o investimento de tempo e conhecimento na fase de projeto, maior é a lucratividade no custo do projeto. Os custos em instalações podem chegar à 30% enquantoque no valor do produto ele representa 5%. 
Figura 9: Projeção de custos contabilizados versus custos do produto já pronto.
O segredo de um bom desenvolvimento de produtos é gerenciar as incertezas por meio:
	 - Da qualidade das informações;
	 - Do controle dos requisitos a serem atendidos;
	 - Da vigilância das mudanças de mercado;
Sabe-se, no entanto, que não é possível pensar em desenvolvimento de produto como processo isolado. Assim, de acordo com Freixo (2004), as atividades nele executadas dependem de diversos departamentos, de diversas pessoas com formações diferentes, com visões diferentes, de informações advindas de diversas áreas da organização, influenciando e sendo influenciado por outros processos de negócios da empresa (comerciais, administrativos etc.).
DEFINIÇÃO DE PROCESSO - ISO 9000
Qualquer atividade, ou conjunto de atividades, que usam recursos para transformar “entradas” em saídas.
As organizações têm de identificar e gerenciar processos inter-relacionados e interativos para funcionar de forma eficaz.
A norma tem a intenção de encorajar a adoção da abordagem por processos.
Definição bem mais ampla e genérica. Aceita qualquer conjunto de atividades
4.1.1 DIFERENÇA ENTRE PROCESSOS E PROJETOS
O desenvolvimento de projeto de produtos tem tempo determinado com início e finalização do projeto (produto pronto), seus processos de criação são temporários e únicos para cada projeto/produto.
 Enquanto que o Processo de desenvolvimento de produtos tem processos de criação contínuos e repetitivos, ou seja, terminou um produto, inicia-se outro novo produto. Figura 
Figura 10: Diferença de processos e projetos de desenvolvimento de produto.
Figura 11: Projeto resultantes de um processo.
3.1. CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS - PDP
O PDP é complexo e não é organizado quando comparado com os processos de manufatura, porque possui características iterativas, evolucionárias, incertas e cooperativas. 
Com a finalidade de controlar de forma eficaz o PDP é necessário a descrição das atividades, dos estágios e a lógica do processo. 
Isso exige uma estrutura de modelagem que possa capturar as características específicas de cada empresa. Entretanto, as metodologias de modelagem precedentes são limitadas na representação das características. 
Atividades/fases: Há muitas formas de se classificar as fases e atividades do processo de desenvolvimento de produto. Na Abordagem do Grupo EI e no modelo de referência são identificadas sete fases: Conceber Produto, Conceituar Produto, Projetar Produto e Processo, Homologar Produto, Homologar Processo e Ensinar Empresa. O modelo de referência apresenta as atividades dispostas em cada uma destas etapas; 
Recursos: compõe-se de todos conceitos/filosofias, métodos/técnicas e ferramentas/sistemas que podem ser aplicados no processo de desenvolvimento de produto; 
Organização: refere-se a não só a estrutura organizacional responsável e executora das atividades de desenvolvimento de produto como também os elementos como cultura, qualificação profissional, formas de comunicação entre os indivíduos, etc., ligados aos aspectos de organização do trabalho; 
Informação: dimensão que representa o fluxo de informação existente neste processo: os dados, sua estrutura e o formato como estes circulam (relatórios, fichas, telas de computador, etc.). 
Projeto e Desenvolvimento do Produto refere-se ao conjunto de atividades interdisciplinares que começa com a percepção da oportunidade de mercado e termina com a produção, venda e entrega de um produto, passando pelo planejamento, concepção, desenvolvimento do conceito, projeto do sistema, projeto detalhado, teste, refinamento e produção-piloto (ULRICH; EPPINGER, 2000). 
Ainda analisando os modelos propostos para o PDP (CLARK e FUJIMOTO, 1991; CLARK e WHEELWRIGHT, 1993; URBAN e HAUSER, 1993; ROOZENBURG e EEKELS,1995; PAHL e BEITZ, 1996; ULRICH e EPPINGER, 2000; CRAWFORD e BENEDETTO, 2000 apud CODINHOTO, 2003; ROSENFELD e AMARAL, 2001; CUNHA; BUSS, 2001; PAHL et al.,2005), pode-se verificar que não há uma regra previamente definida para a divisão desse processo, assim observa-se que é comum a divisão do PDP em função do grau de maturidade.
De acordo com O’brien e Smith (1994) apud Codinhoto (2003), maturidade do projeto é o momento em que o projeto (como produto) está definido suficientemente de modo a ser liberado para análise e utilização em atividades subsequentes, sem que haja a possibilidade de ocorrer retrabalhos nas fases seguintes devido ao que foi entregue. Desse modo, segundo Codinhoto (2003), à medida que as definições relacionadas ao mercado (tamanho e exigências dos consumidores), à empresa (recursos e investimentos necessários), e ao produto (desempenho desejado, forma, etc.) são claramente estabelecidas, uma nova fase é iniciada.
Codinhoto (2003) apresenta diversas propostas de divisão do PDP em etapas que são ilustradas na Figura 12. Pode-se observar que a denominação dada às fases, assim como a sua divisão, é bastante variável, segundo os diferentes autores. Nota-se também que não há limites claros entre as fases, embora cada fase, em geral, apresente um objetivo a ser atingido.
Figura 12: Divisão do PDP em fases segundo alguns autores pesquisados. Fonte: CODINHOTO (2003).
Romano et al. (2001) coloca que para que o Processo de Desenvolvimento de Produtos ocorra satisfatoriamente, cumprindo seu papel de mantenedor da competitividade da empresa, ele deve ser executado de maneira integrada, resultando no chamado Desenvolvimento Integrado de Produtos (DIP), comumente representado como um processo de negócio. Desse modo, de acordo com esses autores, para descrever um processo de negócio podem ser utilizados modelos de referência que representem setores industriais específicos, como por exemplo, o automotivo, o aeroespacial, etc., servindo de parâmetro de comparação para as empresas avaliarem e incorporarem melhorias em seus processos. 
De acordo com Rozenfeld (1999), um modelo do processo de negócio pode ajudar a materializar as políticas e estratégias gerenciais e racionalizar o fluxo de informações e de documentos durante o desenvolvimento de produtos, contribuindo para a integração da empresa em torno de uma visão única e focalizada num tipo de negócio, direcionando-a para um determinado mercado ou cliente. 
O MODELO DE REFERÊNCIA 
Alguns modelos referenciais são oferecidos por áreas que têm como objeto de estudo o Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP) (BUSS e CUNHA, 2002). Esses autores apresentam diversos modelos de referência de PDP oriundos de pesquisas realizadas nas áreas de Marketing, Engenharia de Produção e Design (Figuras 13, 14 e 15).
Figura 13: Modelos de PDP em Marketing. Fonte: Buss e Cunha (2002).
Figura 14: Modelos de PDP em Engenharia de Produção. Fonte: Buss e Cunha (2002).
Figura 15: Modelos de PDP em Design. Fonte: Buss e Cunha (2002).
Cabe ressaltar que dentre os modelos propostos por esses autores, alguns se limitam apenas ao processo de projeto, como, por exemplo, o modelo proposto por Pahl e Beitz (1996), enquanto os outros consideram o PDP como um processo de negócios que vai além da simples especificação técnica do produto.
Rozenfeld (2006) propõe o modelo de referência em 3 macro fases: Pré desenvolvimento, Desenvolvimento e Pós desenvolvimento. Neste modelo, cada atividade gera um documento ou atividade na qual será o gate (portão) para a próxima fase. Conforme representa a Figura 16. 
Figura 16: Modelo de Referência de Gestão de Desenvolvimento de Produtos. Rozenfeld (2006). 
O início é marcado pelo planejamento estratégico do negócio concluído e o final da fase de Planejamento apresenta o portfólio definido e as minutas dos projetos elaboradas. No Desenvolvimento as etapas são chamadas de projetos e representam a continuidade do projeto pelos gates. No final do desenvolvimento o produto está lançado no mercado e de posso dos usuários, o que entra no macro fase de pós desenvolvimento,ou seja, o acompanhamento do produto no mercado quanto aos seus usos, defeitos, manutenção, melhorias e o término é a descontinuidade do produto e a sua retirada do mercado. 
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE PRODUTOS
O Objetivo desta etapa é o envolvimento de atividades que definem os projetos partindo da Estratégia competitiva da empresa, ou seja, avalia-se o plano de negócio (missão, visão, objetivos, portfólio, etc), alinha as oportunidades de mercado e necessidades dos clientes, no final terá uma lista de projetos determinadas pelas suas prioridades, prazos, custos e time de desenvolvimento. 
Esta fase é importante porque traz o foco para os projetos prioritários segundo a estratégia da empresa no curto, médio e longo prazos; contudo, faz uso eficiente dos recursos e possibilita o início mais rápido e mais eficiente dos projetos, além de que, deixa os critérios claros para os projetos em andamento. Ou seja, permite uma visão sistêmica do processo de desenvolvimento de produtos. A Figura 17 apresenta a documentação gerada em cada fase do processo de desenvolvimento de produtos.
O planejamento estratégico de produtos é composto pelo conjunto de atividades que transformam as informações contidas nas estratégias corporativas e da unidade de negócio no plano estratégico de produtos, o qual contem a descrição do portfólio de produtos. Deve compreender esforços no sentido de identificar todas as atividades do projeto, recursos e todas as formas de integra-los para que o projeto siga em frente com o mínimo de erros. 
O plano estratégico de produtos (Minuta) é um documento que agrupará informações relevantes para a execução do projeto. Estas informações são: escopo do projeto, escopo do produto (conceito do produto), provisões de atividades e sua duração (cronograma), prazos, orçamentos (custos), definição do pessoal responsável (time), recursos necessários para realizar o projeto, especificação dos critérios e procedimentos para avaliação de qualidade (assim como possíveis normas que precisam ser atendidas), análise de riscos e indicadores de desempenho selecionados para o projeto e produto. 
Figura 17: Fases, Processos e documentos principais.
Segundo Rozenfeld (2006) a Minuta do projeto (Project Charter) é um anúncio único que autoriza formalmente o início do projeto, isto porque ao dar início a criação de novos produtos, muitas ideias podem ser sugeridas, para as mais promissoras produzem-se documentos (minuta) que serão analisados e, uma vez aprovados na sistemática de avaliação de portfólio, serão desenvolvidas. 
Conforme destacam os trabalhos de Cooper et al. (1999) e Kester et al. (2011) esta relevância em termos de concretização da estratégia de negócio ocorre, pois, a tomada de decisão em portfólio de produtos é responsável por determinar não apenas os projetos de novos produtos a serem desenvolvidos, mas, também, revisões, atualizações e até mesmo decisões de descontinuidade acerca dos produtos atualmente produzidos e comercializados. Além disso, de acordo com esses autores, suas deliberações definem também quais projetos de produtos devem ser acelerados, abortados e “despriorizados”, e, recursos a serem alocados a cada um desses projetos.
É necessário atualizar o plano de projeto no início de cada fase do desenvolvimento para verificar se as atividades foram cumpridas, os resultados estão dentro dos previstos, e se ocorre mudanças no mercado (necessidade dos clientes, concorrência e condições econômicas) que inviabilizam o sucesso do produto e, portanto, a continuidade desse projeto.
O Portfólio de Produtos
É uma coleção de trabalhos já realizados de uma empresa ou de um profissional. Pode-se dizer que é a “carteira” de desenvolvimento de projetos de que a empresa oferece, ou seja, o catálogo de produtos tangíveis que o consumidor consegue adquirir por trocas (monetárias). 
A finalidade do alinhamento do portfólio de produtos consiste em traduzir a estratégia da empresa em um conjunto produtos, de forma a se considerar as linhas de produtos atuais ou futuras que serão responsáveis pela viabilização da estratégia, especialmente àquela vinculada à inovação (McNALLY et al., 2009). Sobre isso, Kavadias e Chao (2007) e Castro e Carvalho (2010) ressaltam que os projetos de produtos devem ser comparados entre si e priorizados de acordo com a sua importância e contribuição para o alcance dos objetivos do negócio.
Devido a este caráter estratégico, são diversos os métodos de gestão que podem auxiliar as empresas em suas atividades de gerenciamento de portfólio de produtos (COOPER et al., 1999; OLIVEIRA, 2009; KESTER et al. 2011). Dentre esses métodos, pode-se destacar o financeiro, de pontuação, de ranqueamento, os mapas de produtos e os gráficos e diagramas (KILLEN et al., 2008; CASTRO; CARVALHO, 2010).
Cooper et al. (2000) notaram ainda que as empresas tendem a conduzirem diversos projetos de produtos concomitantemente e gastam intensa energia gerencial para resolver problemas rotineiros e pressões de curto prazo, não conseguindo, dessa forma, prestar maior dedicação a questões referentes ao alinhamento entre desenvolvimento de novos produtos com suas respectivas estratégias.
Principais etapas na gestão de portfólio da empresa
Sistematicamente o departamento de finanças levanta dados e informações sobre custos e receitas mensais de cada um dos produtos da empresa.
Estes dados e informações são encaminhadas aos diretores que os analisam.
Com base nesses dados, a direção analisa desempenho do portfólio e sugere decisões acerca de atualizações, continuidade e descontinuidade de produtos. Tais decisões são referendadas ou não pelo Conselho de Administração.
São realizadas reuniões estratégicas, no qual são geradas minutas por linhas de produtos.
Novos projetos são aprovados após crivo criterioso de diretores, presidente da empresa e Conselho de Administração (informações e opiniões do pessoal de vendas são decisivas nesse momento) – que então passam a fazer parte do plano de trabalho dos seus diferentes departamentos.
As minutas (Plano do produto) encaminham os projetos de desenvolvimento de novos de produtos e tecnologias.
Start para a fase de desenvolvimento do produto. 
A MINUTA – Plano estratégico de produto
	É um documento que relata o resumo do planejamento estratégico e aborda as características do produto, sua viabilidade de produção e aceitação pelo mercado consumidor, ou seja, traz a primeira definição do produto a ser desenvolvida, a qual será continuamente detalhada e desenvolvida até o fim do processo de desenvolvimento. Este é o anuncio único que autoriza formalmente o início de um determinado projeto. 
	Este documento deve incluir uma descrição mínima do projeto do produto que será desenvolvido e da pessoa responsável pelo trabalho de preparação da declaração de escopo desse projeto. É importante que este documento seja emitido por uma pessoa com um nível adequado de decisão, isto é, que tenha poder para autorizar o projeto e não significa que deve ser complexo e ser enviado a todas as pessoas envolvidas em decisões importantes sobre os projetos desenvolvidos na empresa. 
Passos para a elaboração da Minuta de Projeto de Produto:
Título do Projeto e codificação (classe, linha e tipo de produto): No caso de aplicação deste padrão em uma empresa, sugere-se que além do título sejam incluídos na lista de verificação o apelido do projeto e código de identificação. O código é fundamental para se criar uma base de dados histórica de propostas de projeto. Assim, mesmo que a Minuta não seja aprovada, fica o registro que pode ser aproveitado em uma situação futura. Antecipar a definição de um “apelido” oficial evita a proliferação futura de abreviações e outros apelidos que podem gerar dificuldade na identificação e documentação do projeto.
Mercado-Alvo: É levantada as necessidades de negócio que deverão ser atendidas pelo produto. O item principal é a descrição do mercado potencial do produto, isto é, quais os consumidores, de preferência estratificando-ospor segmentos com características específicas. 
Ver no site da Nielsen pesquisas de preferência e perfil de consumidores em mais de 100 países. http://www.nielsen.com
Eventualmente, poderá incluir também resultados esperados por outros interessados, tais como áreas da empresa (Assistência Técnica), diretoria ou mesmo componentes que serão desenvolvidos junto com o projeto.
Descrição do Produto: Neste item deve-se descrever os produtos do projeto. Em projetos de produto físico deve incluir uma primeira lista de funções a serem atendidas pelo produto. Esta lista deve ser tão detalhada quanto possível. Na página 224 do livro (quadro 6.4) consta uma lista de verificação de parâmetros que pode ser utilizada como referência.
	Em alguns casos, produtos mais técnicos como, por exemplo, bens de capital, esta lista pode ser bastante detalhada, aproximando-se de uma lista de requisitos e inclui metas quantitativas. Isto acontece, pois, os parâmetros de funcionamento e desempenho são conhecidos e é possível defini-los com base em produtos concorrentes ou informações de mercado. 
	Obtém-se então uma lista precisa do que se deseja obter com o produto. Já em outros produtos, como bens de consumo, as informações nesta etapa são mais genéricas e qualitativas. 
Além da definição de metas para desempenho do produto, deve-se incluir na descrição outros resultados complementares: como serviços associados ao produto ou materiais de apoio para a sua entrega como manuais ou instalações.
Pesquisa de Mercado: Neste item deve-se fazer uma pesquisa dos principais produtos já existentes no mercado, considerar suas qualidades, pontos fortes, prever as fraquezas, além de uma prévia de suas características técnicas, usabilidade e custos. 
Similares são todos os produtos que tem função igual ou similar, pode ser da mesma linha de produtos, mesmo com estágios de aplicação de tecnologias diferentes. Exemplo: Bicicletas. 
Concorrentes são todos os produtos que concorrem na hora da compra. Seu estudo é importante para prever quais caminhos o mercado está tendencioso, quais tecnologias estão em uso e previsão de custos. Como exemplo. Patinetes são concorrentes de bicicletas. 
Pesquisar novos materiais e novas tecnologias também pode auxiliar a projetar um produto vanguardista. 
Restrições e premissas: Prever as restrições, pontos que podem ser favoráveis no sucesso do produto e premissas são os pontos fracos do projeto a ser desenvolvido, como matéria prima, aceitação do público, etc. 
Riscos Iniciais: Localizar o produto e estágio de inovação dentro da matriz Ansoff.
A Matriz Ansoff é uma ferramenta utilizada no Planejamento de Marketing que possibilita determinar as estratégias de produto e de crescimento de mercado. Na prática, auxilia na localização de oportunidades de crescimento em unidades de negócio. Também conhecida como Matriz de produto/mercado, a matriz de Ansoff foi criada por Igor Ansoff (1918 – 2002), um administrador de empresas e matemático russo, conhecido por ser o pai da Administração Estratégica de Empresas. Ansoff discordava dos “pais” da Administração, como Taylor e Fayol que miravam seus estudos para dentro das empresas. Ele afirmava que o ambiente externo era tão ou mais importante para uma organização que a sua estrutura interna. Dessa forma, a partir da segunda metade do Século XX, diversos pesquisadores aderiram aos conceitos de Ansoff, surgindo assim, o que chamamos, atualmente, de Planejamento Estratégico.
A Matriz de Ansoff inseria em seus quadrantes, além dos produtos, os mercados em que a unidade de negócios atuava ou iria atuar. Hoje em dia, a matriz é utilizada não apenas para unidades de negócios, mas, também, para organizações como um todo. Ela cruza os produtos (novos e existentes) com mercados (novos e existentes) gerando, assim, 4 quadrantes, cada um com a sua própria estratégia específica. Figura 18. 
Figura 18: Quadrantes da Matriz Ansoff.
Penetração De Mercado: Esta estratégia se refere ao crescimento de uma empresa atuando na venda de produtos existentes em mercados onde já atua. Visa manter o domínio dos mercados atuais, manter a participação de mercado, crescer mais que os seus concorrentes ou eliminá-los e aumentar a utilização dos produtos atuais pelos clientes já existentes.
Desenvolvimento De Mercado: É a estratégia onde a empresa visa atingir novos mercados, onde ainda não atua, com seus produtos atuais. Um exemplo é a exportação para uma empresa que só atuava no mercado interno de um país. Neste caso as mudanças do produto podem se resumir a embalagens ou manuais. A abertura de novos clientes, distribuidores ou revendedores na mesma região também são considerados por alguns autores como uma estratégia de Desenvolvimento de Mercado.
Desenvolvimento De Produtos: Se refere à estratégia de crescer lançando novos produtos ou novas linhas nos mercados existentes. Normalmente são utilizadas novas versões, novos produtos, em si, ou novas categorias de produtos. Inovação e desenvolvimento de linhas de produto são fundamentais nesta estratégia.
DIVERSIFICAÇÃO: A Diversificação prevê o lançamento de novos produtos ou linhas de produtos em novos mercados onde a organização ainda não atue. É, talvez, a mais complicada e arriscada estratégia prevista na Matriz já que há duas variáveis não controladas pelas empresas: o desconhecimento dos novos mercados e o desconhecimento dos novos produtos.
EXEMplo: MATRIZ ANSOFF APLICADA A EMPRESA FIAT
Opção A. Focando em Fiat Auto Division, pode ser uma opção para a Fiat para sobreviver e diminuir suas perdas. Outra opção poderia ser nova campanha de marketing, com um marketing melhor para que possa melhorar a situação atual da marca e melhorar a confiança. Para o consumidor a última opção poderia ser a retirada do mercado como um todo, no entanto esta opção pode ser irrealista como o governo italiano se questioná-lo.
Opção B. A primeira opção seria o desenvolvimento de produtos utilizando seus recursos. Pelo desenvolvimento de novos produtos, eles podem encontrar-se com as necessidades dos consumidores, mudanças de preferências podendo atingir diferentes segmentos do mercado. Extensão para outros setores da indústria de desenvolvimento de produto pode enfraquecer o foco no setor automobilístico, a produção.
Opção C. A terceira opção é o desenvolvimento do mercado. A Fiat poderia escolher o desenvolvimento do mercado em baixo custo, economias em crescimento, como China e Índia, oferecendo seus produtos existentes. Usando novas técnicas mais eficientes e avançadas de produção, a Fiat pode reduzir o excesso de capacidade nos países da UE e reduzir os custos de produção.
Opção D. A Fiat poderia se estender no mercado externo com os novos produtos não relacionados, e serviços, mas poderia ser um risco para a Fiat no futuro, se a situação financeira piorar. Outra coisa é que a Fiat poderia trabalhar na melhoria da qualidade. Se a Fiat mudar a reputação de seus automóveis, como qualidade fraca e pobre, a Fiat poderia diversificar por seus novos produtos de alta qualidade.
Necessidade de recursos físicos: Listar a matéria prima, tecnologias e recursos necessários para a construção do projeto. No caso da disciplina, pode ser o modelo em 3D ou protótipo. 
Estimativas de custos para os projetos: Prever custos baseando-se em tecnologias, em produtos similares, peças no mercado. Calcular o uso de maquinários, moldes e prototipagem. 
Principais envolvidos (stakeholders): Sinônimo de shareholder e stockholder, ou seja, acionista. Em inglês stake significa interesse, participação, risco. Holder significa aquele que possui. Stakeholders significa público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que tem interesse em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não ter feito um investimento neles.
“Stakeholder são públicos relevantes com interesses pertinentes à empresa ou, ainda, indivíduos ou entidades que assumam algum tipo de risco, direto ou indireto, em face da empresa, como: sócios, empregados, clientes, investidores financeiros,fornecedores, credores, organizações que representem o meio ambiente, legisladores e comunidades envolvidas, direta ou indiretamente, com as atividades da empresa. Estão incluídas as partes afetadas pela empresa que não estão organizadas e não são capazes de ser engajadas, como o meio ambiente, outros seres vivos, crianças, gerações futuras, etc” (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, 2017)
Os stakeholders nada mais são do que as pessoas e as organizações que podem ser afetadas por um projeto, de forma direta ou indireta, positiva ou negativamente. Eles também são conhecidos por serem as partes interessadas, que fazem parte da base da gestão de comunicação, e são muito importantes para o planejamento e execução de um projeto. 
O grupo de stakeholders de um projeto pode ser formado por: Gestores da empresa; Funcionários; Fornecedores; Concorrentes; Proprietários; Clientes; Estado; ONGs; Mídia; Sindicatos. Todos estes, além de várias outras empresas ou pessoas que estejam associadas a algum esquema ou ação. 
Depois de identificar os stakeholders, vale a pena classificá-los conforme a afetação que vão receber — se será direta ou indireta, por exemplo. 
As partes interessadas mais importantes de um projeto são chamadas de stakeholders-chave. Ou seja, aqueles que sofrem interferência direta do projeto ou que apresentam um alto grau de influência sobre o mesmo.
Por exemplo, uma comunidade situada às margens de um córrego que será canalizado (projeto de canalização), é o órgão regulador, responsável por conceder a licença ambiental para tal projeto, são bons exemplos de stakeholders-chave. Porém, tendo em vista que os stakeholders - chave podem ser internos ou externos, é essencial não deixar de considerar sócios, investidores, colaboradores influentes, empresas concorrentes e órgãos governamentais como parte interessadas decisivas.
Uma boa forma de listar as partes interessadas é por meio de uma sessão de brainstorming. Nessa fase, não importa o grau de interesse ou de impacto que cada stakeholder exerce, basta que correspondam a pessoas ou organizações afetadas pelo empreendimento. Além do brainstorming inicial, pesquisas de mercado, benchmarking com a concorrência e conversas com o cliente podem auxiliar a fazer um melhor levantamento do público envolvido. 
Não importa qual o método utilizado: nesta etapa, a ideia de identificar os stakeholders é classificá-los em ordem de importância e, posteriormente, desenvolver um plano de ação para cada um deles. Ou seja, quais serão as formas de interagir com os stakeholders, o tipo de comunicação empregado, a maneira de obter seu apoio, que tipo de riscos cada um pode trazer ao projeto e as respectivas estratégias para mitigá-los.
Note que o gestor precisará, sobretudo, de duas competências essenciais: comunicação e negociação. Mas a dica de ouro é cuidar para manter sempre atualizado o plano de gerenciamento das partes Interessadas, se colocar à frente da equipe e evitar conflitos desnecessários, mantendo um diálogo aberto com todos.
Finalmente, é preciso dizer que identificar os stakeholders-chave depende muito da complexidade de cada projeto. Ou seja, quanto mais complexo, mais stakeholders estarão envolvidos e maiores deverão ser os esforços para identificá-los e classificá-los, determinando que tipo de atuação deve ser desenvolvida junto a eles.
Leia mais em: http://www.bbc.co.uk/schools/gcsebitesize/business/environment/stakeholders1.shtml
Assista aos vídeos “How to Align and Inspire Your Stakeholders” e “How to Engage Your Stakeholders” 
Cronograma sumário com marcos do projeto. 
	Estrutura da equipe: No caso de aplicação deste modelo em uma disciplina de graduação, deve-se constar a equipe que está propondo o projeto. A melhor forma de fazê-lo é por meio de uma tabela tal qual apresentado abaixo. Na coluna papéis pode-se identificar responsabilidades específicas, tal qual visto na página 49 do livro Gestão do Desenvolvimento de Produtos. 
	Nome
	Papéis (responsabilidades)
ATIVIDADE 
Trabalho em grupo – Desenvolver um Projeto de Produto de pequena ou média complexidade. 
Montar um time de desenvolvimento com suas respectivas responsabilidades. 
Elaborar uma Minuta do projeto de acordo com o estudado. Vale até 9 pontos na média de N1. 
LOCALIZAÇÃO DA FASE DE PROJETO INFORMACIONAL
Melhoria do processo de desenvolvimento de produtos
Processos
de apoio
Desenvolvimento 
Projeto
Detalhado 
Projeto
Conceitual 
Projeto
Informacional 
Lançamento
do Produto
Preparação
Produção
Planejamento
Projeto
Pós
Pré
Planejamento
Estratégico dos Produtos
Descontinuar
Produto
Acompanhar
Produto/
Processo
Gates >>
Processo de Desenvolvimento de Produto
Gerenciamento de mudanças de engenharia
OBJETIVOS: 
Apresentar a importância do correto entendimento do problema de projeto do produto;
Definir os diferentes modelos do ciclo de vida e relacionar o ciclo de vida do produto com os clientes do produto; 
Mostrar como tratar as necessidades dos clientes e representá-las como requisitos dos clientes;
Mostrar como definir os requisitos dos produtos a partir dos requisitos dos clientes;
Entender o método QFD e como ele pode ser usado na fase de projeto informacional;
Definir e estruturar as especificações-meta do produto;
ATIVIDADES DA FASE:
Atualizar o Plano da fase de Projeto Informacional
Revisar e atualizar o Escopo do produto
Detalhar ciclo de vida do produto e definir seus clientes
Identificar os requisitos dos clientes do produto dentro do Ciclo de Vida.
Definir os requisitos do produto
Definir especificações meta do produto
Monitorar a viabilidade econômica do produto
Avaliar a fase 
Aprovar a fase
Documentar as decisões tomadas e lições aprendidas
INTRODUÇÃO
O projeto de um produto deveria se constituir em um processo sistematizado e, segundo Fonseca (2000, p. 51), Todo processo [de projeto] sistematizado se inicia com uma etapa obrigatória que consiste na familiarização com o problema que vai ser resolvido, procurando o maior volume de informação possível sobre o mesmo. 
Essa busca por informações é o que auxiliará as decisões mais importantes confiadas a engenharia. Essa etapa tem como objetivo gerar a ‘matéria-prima’ principal necessária para se obter, em etapas posteriores, as especificações do projeto e os atributos que o produto terá quando lançado no mercado. 
Contudo, o desenvolvimento de novos produtos é uma atividade complexa, envolvendo uma série de necessidades e interesses.
Muitas decisões ao longo do caminho devem ser tomadas, principalmente aqueles referentes à definição das especificações finais do produto, que repercutem nos interesses de todos os envolvidos no projeto. Consequentemente, recai sobre o projetista a responsabilidade de equilibrar todos esses critérios a fim de, obter o resultado mais compensatório. (BAXTER, 1995)
Recentemente têm-se desenvolvido estudos que visam formalizar e sistematizar o processo decisório, dos quais já emergiram metodologias direcionadas a trabalhar com problemas que envolvem múltiplos critérios de escolha. O modelo adotado para o estudo desta fase é o Modelo Unificado de Referência de Rozenfeld et al (2006), juntamente com a prática de desenvolvimento de Projeto de um produto comercial. São abordadas as metodologias multicritério e as atividades desenvolvidas são apresentadas com o objetivo de verificar a viabilidade teórica e prática da proposta de projeto. 
Ao final da disciplina o aluno deverá ser capaz de discutir os benefícios e/ou vantagens da abordagem multicritério e o foco no processo de tomadas de decisão oferecem para as primeiras etapas de projeto de produtos, especificamente na fase de Projeto Informacional. 
O PROJETO INFORMACIONAL
Observa-se na literatura uma linha de procedimentos sistemáticos que envolvem as principais decisões de projeto de produtos quando o assunto é o levantamento e tratamento dos requisitos dos clientes. Geralmente essas atividades estão organizadas em uma fase de

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