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1 
 
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS 
LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO: ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
ESTAGIÁRIO: Juliana Corrêa Gil 
RA: 140043-1 
UNIDADE ESCOLAR: Instituto Piracicabano da 
Igreja Metodista 
SUPERVISORAS: 
Profa. Ms. Ligiane Cristina Segredo Castro 
Profa. Dra. Maria Inês Bacellar Monteiro 
Profa. Dra. Márcia Aparecida Vieira Lima 
Profa. Dra. Sônia Cristina Pavanelli Daros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIRACICABA 
2 
 
JUNHO DE 2017 
SUMÁRIO 
 
1. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO.........................................................................01 
2. APRESENTAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ONDE O ESTÁGIO FOI 
DESENVOLVIDO........................................................................................................01 
2.1.Caracterização da unidade escolar e da comunidade....................................................01 
2.2.Histórico da instituição e biografia do patrono.............................................................02 
2.3.Funcionários e Corpo Docente......................................................................................03 
2.4.Estrutura física do prédio e aspectos da inclusão dos alunos com necessidades 
educativas......................................................................................................................04 
2.5.Caracterização dos alunos e do professor de Língua Portuguesa.................................06 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS DISCIPLINAS DE ESTÁGIO.................07 
3.1.Elaboração do Plano de Aula: apresentação da metodologia de elaboração................07 
3.2.Plano de Aula: Produção de Textos e Oralidade com anexos.......................................08 
3.2.1. Plano de Ensino: (escrita).......................................................................................08 
3.2.2. Plano de Ensino: (oral)............................................................................................31 
3.2.3. Plano de Ensino: (inclusão).....................................................................................51 
3.3.Exposição Oral dos Planos de Aula..............................................................................62 
3.4.Regência: relato.............................................................................................................63 
3.5.Avaliação da regência...................................................................................................66 
3.6.Relato das Rodas de Conversa, Visitas e Oficinas........................................................66 
3.6.1. Roda de Conversa...................................................................................................66 
3.6.2. Roda de Conversa...................................................................................................67 
3.6.3. Roda de Conversa com o dirigente de ensino de Piracicaba...................................67 
3.6.4. Visita ao CEEJA Professor Antônio José Falcone..................................................67 
3.6.5. Visitas......................................................................................................................67 
4. UM ASPECTO DA REALIDADE DA UNIDADE ESCOLAR PARA 
APROFUNDAMENTO DA ANÁLISE SUBSIDIADA TEORICAMENTE..............67 
4.1.A Indisciplina na Escola Particular...............................................................................67 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................71 
ANEXOS – Diários de campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO 
Durante a vigência do estágio supervisionado os aluno foram orientados pelos 
professores supervisores para o desenvolvimento de dois planos de ensino: um plano de 
Oralidade e um plano de Escrita, que depois de pronto foram entregues ao professor regente da 
escola em que o estagiário realizaria a regência. 
O estágio na escola possibilitou aos alunos o conhecimento de uma unidade escolar e a 
sua estrutura pedagógica, visto que alguns alunos nunca haviam tido nenhuma experiência em 
sala de aula. Dessa forma, o contato com a sala e com o professor regente proporcionou ao 
estagiário uma nova visão da parte real do cotidiano do professor e do funcionamento da uma 
sala de aula. 
 
 
2. APRESENTAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ONDE O ESTÁGIO 
FOI DESENVOLVIDO 
Nome da escola: Instituto Piracicabano da Igreja Metodista 
Endereço: Rua Rangel Pestana, nº 762 – Centro – Piracicaba/ SP – CEP: 13400-901 
Fone: 3124-1881 
A escola está vincula à Rede: Particular Metodista de Educação 
Data da inauguração: 13 de setembro de 1881 
 
2.1. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR E DA 
COMUNIDADE 
O Colégio é uma associação civil, confessional, com objetivos educacionais, culturais, 
de assistência social e filantrópicos, sem fins lucrativos. O Colégio Piracicabano mantém a 
Educação Básica nos níveis: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. 
Os objetivos gerais e específicos, dos diferentes cursos oferecidos pelo Colégio 
Piracicabano, são trabalhados a partir de uma metodologia que considere a história pessoal e 
contextual do aluno, bem como as suas possibilidades, limitações e necessidades. 
O Colégio Piracicabano funciona em turnos parciais e integrais, nos períodos da manhã, 
tarde e noite, de acordo com as exigências e características específicas de cada curso ou 
atividades, que são previstas e detalhadas anualmente no Plano Escolar. O Colégio pode instalar 
4 
 
e fazer funcionar, em período oposto ao das aulas normais, cursos, oficinas, laboratórios ou 
grupos de vivência, de caráter optativo para enriquecimento do currículo. 
 
2.2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO E BIOGRAFIA DO PATRONO 
O Colégio Piracicabano possui uma antiga e bela história em Piracicaba, ele cresceu 
com a cidade. Quando o Colégio se instalou em Piracicaba, no ano de 1881, a cidade ainda era 
uma pequena vila, o Brasil era governado pelo Imperador D. Pedro II e a escravidão ainda não 
havia sido abolida. 
Contudo, um grupo de pessoas progressistas já trabalhavam na cidade, pela libertação 
dos escravos, pela implantação da Republica e pela criação de uma escola moderna para a 
juventude. Esse grupo era liderado pelos irmãos Manoel de Moraes Barros e Prudente de 
Moraes. 
Os irmãos Moraes estabeleceram contato com os imigrantes norte-americanos de Santa 
Barbara D’Oeste. Dentre eles estava o pastor metodista Ver. Newmann. Desta amizade surgiu 
a ideia de criar em Piracicaba uma escola moderna, aos moldes das escolas norte-americanas. 
Com o apoio dos irmãos Moraes, em 13 de setembro de 1881 a missionaria americana 
Martha Watts abriu as portas da nova escola, inicialmente chamado de o “Piracicabano”, foi a 
primeira instituição de ensino metodista fundada no Brasil. Ao receber tal nome, ficou evidente 
a intenção de fundar uma escola voltada não para a Igreja, mas para a comunidade piracicabana. 
A construção do prédio próprio – “Edifício Principal”- na esquina das ruas Boa Morte e D. 
Pedro II ficou pronta em 1884. 
Os projetos desenvolvidos no Brasil pelas missionárias norte-americanas, como em 
outros países, eram sustentados pelas sociedades femininas (Womam’s Missionary Society” da 
Igreja Metodista do Sul dos Estados Unidos, pois acreditavam que só as mulheres poderiam 
ajudar outras mulheres. 
Desse modo, nasceu o Colégio Piracicabano, destinado a ser uma escola para mulheres, 
com proposta pedagógica nos moldes da “escola nova”, comprometida com uma educação 
inovadora,humanizante, profundamente alicerçada nos princípios cristões, buscando o cultivo 
da solidariedade e da cidadania. 
Até a década de 1930 só havia internato para moças, a educação para meninos era em 
regime de externato, semente em 1934 criou-se o internato masculino. 
 
5 
 
2.3. FUNCIONÁRIOS E CORPO DOCENTE 
O colégio é composto por: 
 Pastoral: Revda. Marcia Célia Pereira 
 Direção: Profª Joselene Rodrigues Henriques 
 Coordenação: Profª Fernanda Mariano Rodrigues (Ed. Infantil) 
Profª Fátima Suzegan Rosa (Fund. I - 1º ao 5º ano) 
Profª Maisi M. Garcia Sathler Rosa (Fund. II - 6º ao 9º ano) 
Profª Bianca Furlan Danelon (Ens. Médio) 
 Orientação educacional: Profª Caroline Raimundo Araújo (Ed. Infantil) 
Profª Maria Carolina Nemec Barreto dos Santos (Fund. I - 1º 
ao 5º ano) 
Profª Lúcia Cristina P. G. da Silva (Fund. II - 6º ao 9º ano e 
Ens. Médio) 
 Assessoras de áreas: Linguagens e códigos – Profª Elcy Pereira Cason Pecorari 
Ciências da natureza e Matemática – Profª Estela Marisa S. Santos 
Vieira 
Ciências Humanas – Profª Thais Gonsales Soares 
Tecnologia – Prof. Luis Antonio Gimenes Albino 
Alunos internacionais – Profª Marcia Eliandra Godoi Bottene 
 Ensino Infantil: 09 professoras de sala 
 Ensino Fundamental I: 20 professoras de sala 
 Professores especialistas por área: Língua Portuguesa: 04 professores 
 História: 05 professores 
 Geografia: 03 professores 
 Ciências: 03 professores 
 Matemática: 04 professores 
 Ed. Física: 03 professores 
 Artes: 02 professores 
 Inglês: 10 professores 
 Ens. Religioso: 04 professores 
 Música: 02 professores 
 Teatro: 01 professor 
6 
 
 Desenho Geométrico: 01 professor 
 Espanhol: 01 professor 
 Experiências e vivencias: 02 professores 
 Física: 01 professor 
 Química: 01 professor 
 Biologia: 03 professores 
 Filosofia: 01 professor 
 Sociologia: 01 professor 
 Geopolítica: 01 professor 
 Mídias sociais: 01 professor 
O Colégio conta ainda com uma equipe de limpeza e de guardas, os quais são 
contratados pela Rede Metodista, atendendo não apenas ao Colégio, mas também a 
Universidade. Não tive informações sobre os outros funcionários do Colégio. 
 
2.4. ESTRUTURA FÍSICA DO PRÉDIO E ASPECTOS DA INCLUSÃO 
DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS 
O Colégio é constituído por três prédios, sendo que em cada um encontra-se: 
 Salas de aulas; 
 Laboratórios: O Colégio dispõe de Laboratório Multidisciplinar e de Informática, 
equipados com os mais modernos instrumentos; 
 Biblioteca: Totalmente informatizada, inclusive em rede com a biblioteca da Unimep, 
possui um acervo riquíssimo e constantemente atualizado. O espaço é contemplado com 
salas ambiente para estudo e pesquisa; 
 Ambulatório médico: auxilia no pronto-atendimento, fazendo o encaminhamento 
médico necessário; 
 Sala de Espelho. 
 Capela: Espaço para meditação e celebração. 
 
Em sua parte externa o Colégio conta com: 
 Cantina: Oferece almoço, lanches rápidos, além de vitaminas e frutas, e é 
constantemente supervisionada por Nutricionista. 
 Setor Poliesportivo: Composto por Ginásio Poliesportivo; 
7 
 
 Salão Nobre: Com capacidade para 528 pessoas, o espaço é utilizado para as atividades 
acadêmicas e culturais; 
 Centro Cultural Martha Watts: Espaço cultural que oferece salas para vernissages, 
exposições culturais (pinturas, fotografias, jornais etc.). Nele também funciona o museu 
da história do Colégio Piracicabano. 
Disposição das salas e quantidade de alunos por turma: 
Período Matutino: 
 Ensino Integral 
 G1: 8 alunos 
 G2: 18 alunos 
 G3: 16 alunos 
 G4: 24 alunos 
 G5: 23 alunos 
 G6: 28 alunos 
 Ensino Fundamental II 
 6º A: 28 alunos 
 6º B: 27 alunos 
 6º C: 28 alunos 
 7º A: 35 alunos 
 7º B: 36 alunos 
 8º A: 31 alunos 
 8º B: 34 alunos 
 9º A: 31 alunos 
 9º B: 30 alunos 
 Ensino Médio 
 1ª A: 25 alunos 
 1ª B: 26 alunos 
 2ª A: 26 alunos 
 2ª B: 25 alunos 
 3ª A: 44 alunos 
Período Vespertino: 
 Ensino Infantil (não tive acesso a disponibilidade as salas) 
8 
 
 Ensino Fundamental I 
 1º A: 24 alunos 
 1º B: 24 alunos 
 1º C: 23 alunos 
 1º D: 22 alunos 
 2º A: 21 alunos 
 2º B: 21 alunos 
 2º C: 23 alunos 
 2º D: 23 alunos 
 2º E: 22 alunos 
 3º A: 28 alunos 
 3º B: 30 alunos 
 3º C: 27 alunos 
 3º D: 28 alunos 
 4º A: 24 alunos 
 4º B: 24 alunos 
 4º C: 25 alunos 
 4º D: 23 alunos 
 5º A: 26 alunos 
 5º B: 27 alunos 
 5º C: 28 aluno 
O Colégio não disponibilizou a relação dos alunos com deficiência. 
 
2.5. CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS E DO PROFESSOR DE 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Os alunos tem o livre acesso às informações necessárias à sua educação, ao seu 
desenvolvimento como pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação 
para o mundo do trabalho. Dessa forma, o aluno deve ter um papel ativo e dinâmico no processo 
de aprendizagem. Isso só ocorre, se houver uma disposição para que ele expresse suas 
experiências, pensamentos e questões, já que o conhecimento do aluno é um elemento 
fundamental para o processo do ensino-aprendizagem. Deve-se proporcionar ao aluno uma 
9 
 
formação que desenvolva um olhar crítico, mas que ao elaborar uma crítica, o aluno disponha 
de argumentos. 
Para isso, o professor deve assumir uma postura dialógica e de intervenção nos 
processos formativos do aluno. Considerando o processo educativo como dinâmico e versátil, 
há que se compreender a ação docente na perspectiva de promover situações inusitadas e 
desafiadoras que provoquem a criatividade, em benefício de novas descobertas, e conhecimento 
individual e coletivo. 
 
 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS DISCIPLINAS DE ESTÁGIO 
Durante as aulas do estágio na universidade, realizamos atividades voltadas para as áreas 
especificas. Nas terças-feiras, tivemos orientações para a escrita e reescrita dos planos de 
Oralidade e de Escrita, os quais seriam entregues na escola que realizaríamos o estágio. 
Nas quintas-feiras, tivemos orientações voltadas para a parte de Educação Inclusiva e 
Gestão Escolar. No que diz respeito a Educação Inclusiva, realizamos estudos voltados aos 
alunos com deficiência, preparamos atividade e as adaptamos. Enquanto que nas aulas de 
Gestão Escolar tivemos atividade mais teóricas, estudando os documentos que norteiam o 
funcionamento da unidade escolar. 
 
3.1. ELABORAÇÃO DO PLANO DE AULA: APRESENTAÇÃO DA 
METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO 
Os planos de ensino foram desenvolvidos a partir do resgate de planos das disciplinas 
anteriores de Prática de Ensino, sendo adaptados conforme as orientações em sala de aula. Os 
planos foram reescritos e atualizados atendendo melhor os alunos e as necessidades da sala em 
que o estágio estava sendo realizado. 
 
 
 
 
 
3.2. PLANO DE AULA: PRODUÇÃO DE TEXTOS E ORALIDADE 
COM ANEXOS 
10 
 
3.2.1. PLANO DE ENSINO: (ESCRITA) RESENHA: APRENDENDO A 
ARGUMENTAR NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUAMANAS 
CURSO DE LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
JULIANA CORRÊA GIL 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: APRENDENDO A ARGUMENTAR NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Piracicaba 
 
2017 
JULIANA CORRÊA GIL 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: APRENDENDO A ARGUMENTAR NO AMBIENTEESCOLAR 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Letras Português da 
Universidade Metodista de Piracicaba como requisito 
parcial para a aprovação da disciplina de Estágio 
Supervisionado I. 
 
Responsável pela disciplina: Profa. Ligiane Cristina 
Segredo Castro 
 
 
 
 
 
 
 
Piracicaba 
2017 
Sumário 
12 
 
1. Identificação........................................................................................................01 
2. Proposta e assunto da sequência didática............................................................01 
3. Justificativa..........................................................................................................01 
4. Objetivos .............................................................................................................02 
4.1.Objetivos gerais...................................................................................................02 
4.2.Objetivos específicos...........................................................................................02 
5. Pressupostos teóricos..........................................................................................02 
5.1.Língua e linguagem.............................................................................................02 
5.2.Escrita..................................................................................................................03 
5.3.Gênero resenha....................................................................................................03 
5.4.Correção e reescrita do texto...............................................................................04 
6. Parâmetros Curriculares Nacionais....................................................................05 
7. Metodologia........................................................................................................06 
8. Recursos didáticos..............................................................................................07 
9. Avaliação............................................................................................................07 
10. Bibliografia.........................................................................................................07 
Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Identificação 
13 
 
Escola: Instituto Educacional Piracicabano 
Professor Regente: Thiago José Bot Bonfim 
Estagiária: Juliana Corrêa Gil 
Ano/Série: 8º ano do Ensino Fundamental II 
Quantidade de aulas: 6 aulas 
Quantidade de alunos: 31 alunos 
 
 
2. Proposta e assunto da sequência didática 
Este plano de aula apresenta uma proposta de ensino da escrita por meio do gênero 
resenha, visando ensinar ao aluno a importância desse gênero, o qual possui como função social 
a formação de opinião. 
 
 
3. Justificativa 
Escolheu-se trabalhar com o 8º ano do Ensino Fundamental II, pois são adolescentes 
que já possuem conhecimento de mundo e, decorrente disso, um repertório de argumentos 
sustentáveis para a realização de uma resenha, pois esse gênero possui função social para a vida 
do aluno, sendo de grande importância na sua formação de opinião. 
O gênero resenha foi escolhido com o intuito de mostrar ao aluno que é possível 
expressar sua opinião quanto a diferentes objetos culturais. Desta forma, será trabalhado o 
gênero resenha proporcionando ao aluno o trabalho com a argumentação. 
É importante mostrar aos alunos que a produção textual é muito mais do que apenas um 
instrumento escolar, é uma produção textual com função social. E a resenha tem a função de 
ajudar os alunos a construir e expor sua opinião, fazendo com que a produção não fique restrita 
apenas a sala de aula, mas que eles possam fazer com que ela tenha circulação e com isso 
possam ser ouvidos. A resenha é uma forma de produção textual que dá voz a quem escreve e 
por isso é de grande relevância o seu estudo, pois ensina ao aluno a se expressar e a sustentar 
sua argumentação. 
 
14 
 
 
4. Objetivos 
4.1. Objetivos gerais 
 Contribuir para a formação do aluno como leitor e produtor de textos; 
 Estimular a leitura de resenhas em diferentes meios de circulação no qual a resenha 
aparece; 
4.2. Objetivos específicos 
Ao término das aulas, os alunos deverão ser capazes de: 
 Refletir sobre as características do gênero resenha, bem como conteúdo temático, estilo 
e forma de composição; 
 Conhecer a função social do gênero resenha. 
 Reconhecer em quais veículos a resenha pode circular; 
 Compreender os recursos básicos de argumentação para a escrita de uma resenha; 
 Escrever, revisar e reescrever uma resenha. 
 
5. Pressupostos Teóricos 
5.1. Língua e linguagem 
Uma questão importante para o ensino da Língua Portuguesa é a concepção de 
linguagem e língua, uma vez que o modo como se concebe a natureza fundamental da língua 
altera em muito o como se estrutura o trabalho com a língua em termos de ensino. Com isso, a 
concepção de língua e linguagem é tão importante quanto a postura que se tem relativa à 
educação. 
O interesse pela linguagem é muito antigo, os primeiros estudos são do século IV a.C., 
por razões religiosas. No século XIX, com o conhecimento de um número maior de línguas, 
ocorre o interesse pelas línguas vivas e pelo estudo comparativo dos falares, evidenciando o 
fato de que as línguas se transformam com o tempo. É a partir do século XX, com Ferdinand 
15 
 
de Saussure, que a investigação sobre linguagem passa a ser reconhecida como estudo científico 
(PETTER, 2004). 
Desta forma, a língua pode ser concebida como uma corrente evolutiva contínua, isto é, 
não pode considera-la apenas um conjunto de normas inalteráveis, pelo contrário, o interlocutor 
faz uso dessas normas para execução da linguagem. Inclusive, a língua é voltada ao social, 
consequentemente, só ele pode modifica-la (BAKHTIN, 2009). 
Para Bakhtin (2009), a linguagem é um fenômeno profundamente social e histórico e, 
por isso, mesmo ideológico. Sendo a unidade básica de análise linguística, o enunciado, ou seja, 
os elementos linguísticos produzidos em contextos sociais reais e concretos como participantes 
de uma dinâmica comunicativa. A linguagem vista dessa forma, cada signo é mais do que um 
mero reflexo, ou substituto da realidade, é materialmente constituído no sentido de ser 
produzido dialogicamente no contexto de todos os outros signos sociais. Cada língua assim 
como cada indivíduo é formada por variantes conflitantes, todas sujeitas à questão do poder. 
 
5.2. Escrita 
Atualmente na sociedade, a escrita apresente grande valor, pois as pessoas interagem 
por meio dela, seja na produção de textos ou na leitura deles. Dessa forma, a escrita constitui 
uma atividade interativa complexa, sendo importante o conhecimento da língua, dos gêneros 
textuais e de mundo (GERALDI, 2006). 
 Para tanto, a escrita é um trabalho, pois envolve etapas: planejamento, escrita 
propriamente dita, revisão e reescrita. Ao pensar o ensino da escrita na sala de aula, Geraldi 
(2006) acredita ser fundamental fazer a distinção entre texto e redação, correção e avalição, 
evidenciando tratar-se de produções e processos distintos. 
 
5.3. Gênero resenha 
A resenha exerce uma importante função social, pois forma opiniões e, até mesmo, 
delineia valores estéticos sobre diferentes manifestações artísticas e campos do conhecimento. 
Segundo Goldstein, Louzada e Ivamoto (2009) a resenha é um gênero textual que faz parte da 
vida de todas as pessoas, afinal é um gênero de texto presente em jornais, revistas e publicações 
com temática voltada para objetos culturais comofilmes, shows, peças teatrais, etc. Esse tipo 
de resenha encontrada nos jornais e revestas, conhecida como resenha crítica, apresenta 
16 
 
informações selecionadas e sintetizadas sobre o objeto resenhado, ampliando-se, no entanto, 
com comentários e avaliações a respeito do mesmo tema, levando em consideração o contexto 
e o público a que se dirige. 
Medeiros (2009) acrescenta que a resenha é um relato minucioso das propriedades de 
um objeto, ou de suas partes constitutivas; é um tipo de redação técnica que inclui variadas 
modalidades de textos: descrição, narração e dissertação. Estruturalmente, descreve as 
propriedades da obra, relata as credenciais do autor, resume a obra, apresenta suas conclusões 
e metodologia empregada, assim como expõe um quadro de referências em que o autor se 
apoiou e, por fim, apresenta uma avaliação da obra e diz a quem a obra se destina. 
Na resenha, geralmente, utiliza-se a linguagem em terceira pessoa, implicando com isso 
certa neutralidade, que é, no entanto, limitada, uma vez que na seleção e organização do texto 
já ocorre intenção de quem escreve. Seu objetivo é oferecer informações para que o leitor possa 
decidir quanto à consulta ou não do original. Dessa forma, a resenha deve resumir as ideias da 
obra, avaliar as informações nela contidas, a forma como foram expostas e justificar a avaliação 
realizada (MEDEIROS, 2009). 
 
5.4. Correção e reescrita do texto 
Depois da produção de textos, algo de grande importância é a sua correção. Ao corrigir 
um texto, o professor pode utilizar três tipos de correções, segundo Serafini (1987). A primeira 
é a correção indicativa, a qual consiste em marcar junto a margem ou no próprio corpo do texto 
as palavras, frases e períodos inteiros que apresentam certos problemas. A segunda é a correção 
resolutiva, que consiste em resolver os problemas textuais, como o próprio nome já diz, 
reescrevendo palavras, frases e períodos inteiros. A terceira é a correção classificatória, a qual 
consiste na identificação não ambígua dos problemas encontrados no texto através de uma 
classificação. 
Para complementar, Ruiz (2001) propõe um outro tipo, a correção interativa, a qual 
consiste em interferir não somente sobre o texto, mas também sobre o sujeito que produz o 
texto, com o propósito de expor seus problemas textuais seja por meio de comentários mais 
longos, deixados no pós-texto, ou seja por meio de interação face a face. Esse tipo de correção 
visa a proporcionar ao aluno que se posicione como corretor de seu próprio texto e que 
compreenda a correção feita pelo professor. 
17 
 
Após a escrita e a correção do primeiro texto, o aluno será direcionado para o processo 
de reescrita, igualmente importante, pois permite que o aluno, tendo novo contato com seu 
texto, possa corrigi-lo, retirando suas repetições, incoerências, entre outros, além de acrescentar 
algo que julgue necessário e conveniente, diante de suas novas vivências, novas considerações 
feitas pelo professor, nossas percepções e novo olhar (GERALDI, 1993). Assim, o ponto de 
partida mais eficaz e eficiente para a aprendizagem da língua é a produção textual, já que é 
justamente no texto que ela se revela na sua totalidade. A escrita clara e a possibilidade de 
reescrita valorizam a posição do sujeito no âmbito social, fazendo com que ele aja sobre o 
mundo, e não o contrário. Todo esse processo de escrita e reescrita auxiliam o professor a 
ensinar o aluno a aprender a pensar, a aprender a organizar suas ideias, criando um futuro mais 
crítico e mais interessante de se viver. 
 
 
6. Parâmetros Curriculares Nacionais 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são diretrizes elaboradas pelo Governo 
Federal, tendo como intenção principal a de orientar os educadores por meio da normatização 
de alguns fatores relativos a cada disciplina, criando condições nas escolas que permitam aos 
jovens ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como 
necessários para o exercício da cidadania. 
O objetivo dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa é estabelecer 
referências para as discussões curriculares da área e contribuir com técnicos e professores no 
processo de revisão e elaboração de propostas didáticas. 
Mais especificamente sobre a área de Língua Portuguesa, com foco para a escrita, os 
Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) afirmam que, ao produzir um texto, o autor precisa 
coordenar uma série de aspectos: o que dizer, a quem dizer, como dizer. Quanto ao aluno, 
espera-se que coordene, sob a orientação do professor todos esses aspectos. Ao pensar em 
desenvolver atividades para ensinar a escrever é importante, identificar os múltiplos aspectos 
envolvidos na produção de textos, para propor atividades sequenciadas, que reduzam parte da 
complexidade da tarefa no que se refere tanto ao processo de redação quanto ao de refacção. 
Em atividades de produção que envolvem autoria ou criação, a tarefa do sujeito torna-
se mais complexa, pois é necessário articular ambos os planos: o do conteúdo e o da expressão. 
As categorias propostas para ensinar a produzir textos permitem que os alunos possam construir 
18 
 
os padrões da escrita, apropriando-se das estruturas composicionais, do universo temático e 
estilístico do autores. É por meio da escrita do outro que, durante as práticas de produção, que 
cada aluno vai desenvolver seu estilo (PCNS, 1998). 
Com base nessas premissas é que essa proposta de ensino do gênero resenha foi 
elaborada. 
 
7. Metodologia 
Nas aulas 01 e 02, a professora entregará aos alunos jornais e revistas e dará um tempo 
para que eles possam ver o material, através desse material eles terão um primeiro contato com 
a resenha. Após, será realizada pela professora uma sondagem, na qual ela irá perguntar aos 
alunos se eles costumam consultar jornais ou revistas para verem a programação cultural da 
cidade onde moram ou se pesquisam na internet sobre o filme que está em cartaz no cinema. A 
professora comentará que no jornal há uma seção reservada a programação cultural e nela vem 
publicada um comentário sobre uma peça que está em cartaz ou sobre o filme que irá estrear. 
Ela pegará o material que mostrou aos alunos e mostrará para eles onde fica a parte destinada 
para as resenhas. A professora então reproduzirá para os alunos, por meio do projetor, o 
primeiro episódio da série “The Flash”. Ao fim da reprodução, a professora mostrará para os 
alunos uma resenha sobre a série publicada no site do Ligado em série. A partir deste ponto eles 
começarão a ver melhor como é uma resenha. A professora então entregará uma folha com as 
principais características de uma resenha e começará a discuti-las com os alunos. 
Nas aulas 03 e 04, a professora levará uma coletânea de resenhas, com diferentes temas: 
uma resenha sobre o filme “Power Ranger,” publicado no site do jornal Folha de São Paulo, 
uma resenha sobre o filme “A Bela e a Fera”, publicado no site da revista Veja, uma resenha 
sobre o filme “Animais fantásticos e onde habitam”, publicado no site do jornal Estadão e uma 
resenha sobre o filme “Alice através do espelho”, publicado no site da revista Veja. Todas serão 
lidas e discutidas, com o intuito que os alunos percebam as características de cada uma delas. 
Ao final da discussão, ela passará mais um episódio da série “The Flash” para que os alunos 
desenvolvam a resenha. Ao final da aula, a professora pedirá que os alunos entreguem as 
resenhas. 
Nas aulas 05 e 06, a professora projetará algumas das resenhas dos alunos no telão e 
mostrará aos alunos as principais dificuldades encontradas por eles, para que através disso ela 
possa esclarecer dúvidas que ainda existamsobre o gênero resenha e, após isso, ela entregará 
19 
 
as resenhas corrigidas, por meio da correção interativa com pequenos bilhetes, ela pedirá que 
eles reescrevam a resenhas. Enquanto os alunos realizam a reescrita da resenha, a professora 
caminhará pela sala para atendê-los, quanto a suas dúvidas. Ela pedirá que, ao final, os alunos 
entreguem as duas versões das resenhas. 
 
 
8. Recursos didáticos 
A professora utilizará como recursos didáticos os seguintes materiais: multimídia (para 
a projeção das resenhas utilizadas como exemplo), folha impressa (explicando sobre o gênero 
resenha, folha para escrita), lousa e giz. 
 
 
9. Avaliação 
Os alunos serão avaliados continuamente, conforme sua participação nas aulas, mas, 
principalmente, a partir das produções das resenhas, escrita e reescrita, comparando as duas 
versões. 
 
 
10. Bibliografia 
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Editora Hucitec, 2009. 
BRASIL/CNE. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros 
Curriculares Nacionais: 3º e 4º ciclos: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. 
GERALDI, J.W. Escrita, uso da escrita e avaliação. In: ______. (Org). O texto na sala de aula. 
São Paulo: Ática, 2006. 
GERALDI, J.W. Da redação à produção de textos. In: GERALDI, J.W.; CITELLI, B. (Org.) 
Aprender e ensinar com textos de alunos. São Paulo: Cortez, 1993. 
GOLDSTEIN, N.; IVAMOTO, R.; LOUZADA, M.S. Resenha. In: ______. O texto sem 
mistério: leitura e escrita na universidade. São Paulo: Ática, 2009. 
MEDEIROS, J.B. Resenha. In: Redação cientifica: a pratica de fichamentos, resumos e 
resenhas. 11ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009. 
20 
 
PETTER, M. Linguagem, língua, linguística. In: FIORIN, J. L. (Org). Introdução à 
linguística. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2004. 
SERAFINI, M.T. A correção. In: ______. Como escrever textos. Rio de Janeiro: Globo, 1987. 
RUIZ, E. Como se corrige redação na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2001. 
Série “The Flash”, disponível em: 
<https://www.netflix.com/search?q=fla&jbv=80027042&jbp=0&jbr=0>. Acesso em 04 de 
maio de 2017. 
Resenha da série “The Flash”, disponível em: 
<http://www.ligadoemserie.com.br/2015/05/critica-a-excelente-primeira-temporada-de-the-
flash/#.WQ-qElXyvIV>. Acesso em 04 de maio de 2017. 
Resenha do filme “Power Ranger”, disponível em: 
<http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/03/1869879-maduros-power-rangers-perdem-
a-cafonice.shtml>. Acesso em: 9 abr. 2017. 
Resenha do filme “A Bela e Fera”, disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/isabela-
boscov/a-bela-e-a-fera-2/>. Acesso em: 9 abr. 2017. 
Resenha do filme “Animais fantásticos e onde habitam”, disponível em: 
<http://cultura.estadao.com.br/blogs/luiz-zanin/animais-fantasticos-e-onde-habitam/>. Acesso 
em: 9 abr. 2017. 
Resenha do filme “Alice através do espelho”, disponível em: 
<http://veja.abril.com.br/entretenimento/alice-atraves-do-espelho-e-psicodelica-viagem-no-
tempo/ >. Acesso em: 9 abr. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexo A 
21 
 
A excelente primeira temporada de The Flash 
Desde que a Marvel tomou as rédeas de boa parte de seus personagens no cinema, o 
“universo expandido” virou moda em todas as áreas do entretenimento, não importando se a 
obra foi baseada em quadrinhos ou não. A DC Comics, que nos últimos anos comeu poeira da 
Casa das Ideias no quesito adaptações bem-sucedidas, percebeu (finalmente) que não tinha que 
ficar parada. Nas telonas ainda engatinha, mas na tevê está conseguindo ótimos resultados. 
Primeiro com Arrow e agora com The Flash, que terminou muito bem sua primeira temporada 
e tornou-se a melhor série de super-heroi da atualidade (junto à Demolidor, da Marvel). 
Quando foi anunciado que Flash ia virar série em 2014, inicialmente apresentando o 
personagem em um episódio duplo da segunda temporada de Arrow, pouco podia se esperar, 
levando em consideração que a primeira tentativa de adaptar o herói para a telinha no início dos 
anos 1990 só durou uma temporada. Porém, após a estreia oficial, o receio diminuiu e com o 
passar das semanas, graças aos efeitos especiais e o roteiro bem amarrado, a produção provou 
que tinha qualidade para segurar a peteca. 
A primeira temporada mostrou o jovem Barry Allen (Grant Gustin) ganhar superpoderes 
após a explosão do acelerador de partículas em sua cidade, a fictícia Central City, o que o deixou 
em coma por nove meses. Após se recuperar, e com a ajuda de Dr. Harrison Wells (Tom 
Cavanagh), Caitlin Snow (Danielle Panabaker), Cisco Ramon (Carlos Valdes) e Joe West (Jesse 
L. Martin), Barry ajuda sua cidade contra os “vilões da semana” que também ganharam poderes 
sobrenaturais com o acidente (ideia semelhante usada em Smallvile, outra adaptação de 
quadrinhos). Mas seu foco principal é descobrir o culpado da morte de sua mãe, ocorrida há 25 
anos, e que fez seu pai (John Wesley Shipp, o Flash da série noventista) ser preso injustamente. 
Sua única pista é o assassino ter os mesmo poderes que ele. 
A série se destacou pela paciência em mostrar a evolução do personagem, que não se 
tornou o super-herói infalível da noite para o dia. Barry comete erros, questiona-se, tenta se 
superar, e a produção não apresenta informações importantes da trama de uma vez. Os 
roteiristas sabiam que tinham duas dezenas de horas para contar tudo, e souberam usar bem 
todo esse tempo. Tudo bem que houve “barrigas” no meio da temporada, mal de todas as séries 
que se prestam a ter esse número de capítulos, mas tiveram tempo de corrigir o que deu errado 
e exaltar o que foi bem feito. 
Destaque para o Dr. Harrison Wells, um homem que fazia você, assim como Barry, 
sentir afeição e aversão. Um vilão muito bem arquitetado, sem afetações, o que trazia muitas 
dúvidas nos primeiros episódios (tinha boas ou más intenções em ajudar o Flash? Por que fingia 
22 
 
precisar da cadeira de rodas? Que sala era aquela que mostrava um jornal do futuro e só ele 
tinha acesso?). Aos poucos foi mostrando sua porção maligna, mas gerando uma ambiguidade 
em não deixar de ser afetuoso em alguns momentos. Outra boa inclusão foi a da dupla Capitão 
Frio e Onda de Calor, e a ótima reunião dos atores Wentworth Miller e Dominic Purcell, 
de Prison Break. 
Os produtores da série também mostraram que efeitos que qualidade podem sair baratos, 
prova disso foi o episódio em que foi apresentado o vilão clássico Gorila Grodd, um macaco 
gigante feito em CGI, que mesmo com a limitada verba da tevê, souberam usar sombras e outros 
efeitos para disfarçar possíveis imperfeições. Óbvio que não vamos ver esse personagem 
sempre, devido a restrições orçamentárias, mas só de saber que ele pode aparecer pouco que 
seja, já é uma alegria. 
Com diversas pistas (incluindo o surgimento de um capacete bem familiar para quem 
acompanha os quadrinhos) e um final de temporada emocionante, The Flash parece estar em 
boas mãos para garantir uma segunda temporada ainda melhor e ajudar o “universo expandido”, 
que começou com Arrow e em 2016 vai aumentar com Legends of Tomorrow. Prova que a DC 
Comics aprendeu a usar seu poder de fogo na tevê. Só falta acordar para o cinema. 
Publicado no site do Ligado em série. Dia 25/05/2015, 13h20. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexo B 
Mais maduros, 'Power Rangers' perdem a cafonice 
23 
 
Chico Felitti 
É hora de morfar: como transformar uma série televisiva de super-heróis dos anos 1990 
numa aposta de blockbuster após duas décadas? 
Esse é o desafio de “Power Rangers”. Spoiler: o filme consegue, mas perde no processo 
de adaptação sua cafonice. 
A começar pelo visual dos guerreiros. Saia laicra colorida em que eles se espremiam e 
entram armaduras tecnológicas, como se o Homem de Ferro tivesse passado na manicure antes 
de defender o mundo. O salto estético, entretanto, é fichinha perto da mudança narrativa. 
Os heróis, antes uns mocorongos que pareciam mãos ter 12 anos do que 17, agora se 
digladiam com questões como doença mental, morte, desajuste sexual e consciência da própria 
podridão. 
O drama não é um monstrengo feito de espuma prestes a destruir uma maquete de 
papelão de Alameda dos Anjos. O maior dilema é ser jovem e aprender a estar confortável 
consigo mesmo. 
A diversidade étnica que já estava presenta 20 anos atrás é explicitada e vira motivos de 
(boas) piadas entre os moleques, que alinhados parecem um anuncio de Benetton – um é branco, 
outro é asiático, há uma latina, um negro e uma meio curinga, que poderia ser qualquer um 
desses grupos. 
Outro aspecto em que as duas décadas saltam aos olhos é o apuro técnico. Com uma 
fotografia caprichada, o filme dá uma surra nas cenas da série, que pareciam filmadas com uma 
câmera caseira. 
As sequências de ação falam a linguagem atual do gênero, com deslocamentos nervosos 
do ponto de vista e cenas em câmera lenta que parecem saídas de um clipe. 
A passagem do tempo também foi gênero com a vilã Rira repulsa. Se na versão original 
a malfeitora parecia uma Sabrina Sato vestindo roupas da bruxa Morgana, de “Castelo Rá-Tim-
Bum”, em 2017 ela virou um misto de menina Samara (a que sai do poço em “O Chamado”) 
com Gracyanne Barbosa. Mais maldade, mais pele à mostra, mais glúteos. Sinal dos tempos. 
Mas toda essa evolução é soterrada pela meia hora final da película. Nos minutos 
derradeiros, há um resgate delicioso da cafonice que faz da franquia uma marca mundial, com 
direito ao robozão Megazord trocando tapas com um criatura titânica feito de ouro e um final 
moralizante. 
Porque as roupas dessa trupe podem ter mudado com o tempo, mas seu recheio ainda é 
o mesmo: bom-mocinho americano para as massas. 
24 
 
Publicado no site do jornal Folha de São Paulo. Dia 26/03/2017, 03h13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexo C 
 A Bela e a Fera 
25 
 
Na Disney nada se perde, tudo se transforma – e, neste caso, continua um 
encanto e um deleite 
Isabela Boscov 
A estatística, claro, é na base do chutômetro, mas é possível que não esteja muito fora 
da realidade: na década de 90, o que nove entre dez meninas pequenas mais queriam da vida 
era ser Bela. E talvez não só elas: lançado em 1991, A Bela e a Fera arrancou a Disney de um 
longo marasmo criativo e devolveu a ela o posto de campeã da animação exatamente pela 
energia da sua encenação, o encanto quase sublime que criou na tela e a força com que arrebatou 
a plateia, qualquer que fosse a sua idade. Foi um desses momentos em que tudo parece dar certo 
como que por mágica – embora essa leveza resulte, na verdade, de um trabalho e um afinco 
monumentais. Como A Bela e a Fera era a rigor um musical mesmo, não demorou para que o 
adaptassem para a Broadway – e ele já vai em 23 anos de carreira nos palcos pelo mundo, com 
uma renda assombrosa de quase 1,5 bilhão de dólares. Como na Disney nada se perde e tudo se 
transforma, A Bela e a Fera agora retorna mais uma vez, servindo a dois propósitos: é ao mesmo 
tempo uma versão live-action do desenho, e uma versão em filme do musical. A questão é: ele 
faz jus às suas fontes? 
Para mim, a resposta é um categórico “sim”: é um encanto e um deleite este A Bela e a 
Fera estrelado por Emma Watson e Dan Stevens e dirigido por Bill Condon, de Deuses e 
Monstros e DreamGirls – meio conto-de-fadas gótico, como aqueles que eu imaginava quando 
era criança, e meio musical apoteótico da MGM, com todo o vigor e o entusiasmo que isso 
exige. Emma Watson é uma graça no papel principal: uma Bela estudiosa e aprumada, com 
uma delicadeza não só física, mas de espírito, que cai muito bem à personagem. Dan Stevens, 
de Downton Abbey, é uma fera mais melancólica do que o habitual – o que justifica a escolha 
de Stevens, que é quase suave demais para o papel (e é lindo o seu visual de Fera, inspirado no 
filme clássico de 1946 de Jean Cocteau). Luke Evans dá um baile como o vaidoso e estúpido 
Gaston, o bonitão da aldeia, que não se conforma por Bela não querer se casar com ele – e 
nunca gostei tanto de Josh Gad quanto agora, no papel de LeFou, o amigo rechonchudo que 
idolatra Gaston (e que ainda não se deu conta de que está sofrendo, na verdade, de paixonite). 
Outros pontos altos: a deliciosa dublagem de Ewan McGregor para Lumière, o candelabro que 
lidera os esforços para que Bela se apaixone por Fera, além da voz cristalina de Emma 
Thompson para Madame Samovar, o bule de chá (e Zip, seu filho-xícara, é uma fofura). E Ian 
26 
 
McKellen, já livre do feitiço que o transformou em relógio, tem dois breves mas grandes 
momentos perto do final. 
Mais: não sei dizer se é milagre do AutoTune ou se todo o elenco canta assim tão bem 
mesmo (bom, Audra McDonald, a estrela da Broadway que faz a Sra. Guarda-Roupa, essa eu 
sei que canta horrores), mas as canções são um primor de afinação e orquestração. À exceção 
da caleidoscópica Be My Guest, em que toda a louça e a decoração do castelo de Fera são 
convocadas a participar, as coreografias seguem muito acertadamente o estilo de musicais da 
Metro como A Roda da Fortuna, Sete Noivas para Sete Irmãos e Agora Seremos Felizes: 
grandes conjuntos coordenados de atores, que se orientam em cena pelo eixos de um palco 
imaginário. Funciona que é uma beleza. A direção de arte é impecável e o figurino, excelente 
– apesar de o amarelo do vestido de baile definitivamente não ser a cor que mais favorece Emma 
Watson. 
E, no entanto, percebi que a reação da plateia não foi unânime. Quem ama de paixão o 
desenho achou que falta ao A Bela e a Fera live-action uma coisinha qualquer – talvez aquela 
ligeireza, a um passinho do pastelão, que marcava a atuação dos coadjuvantes na animação. 
Quem é devotado ao A Bela e a Fera musical, por sua vez, achou que o que falta a esta versão 
é efervescência. Ou seja, a intensidade do seu contentamento com este A Bela e a 
Fera possivelmente vai depender do seu grau de fervor ao desenho e/ou ao musical originais. 
Mas eu, que entrei no cinema sem time para o qual torcer, saí dele feliz da vida, achando que 
todo mundo ganhou. 
Publicado no site da revista Veja. Dia 16/03/2017, 09h00 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexo D 
27 
 
Animais Fantásticos e Onde Habitam 
Luiz Fernando Zanin Oricchio 
Sempre que vou ver um desses produtos digo para mim mesmo: “relaxe e divirta-se; se 
puder”. Não são a minha praia. Mas quem disse que a gente só pode aproveitar as praias que 
conhece e gosta? Há muitas por aí. Há que se tentar. E, francamente, não vou ao cinema para 
me aborrecer. Sempre espero pelo melhor, mesmo contra todas evidências. 
Dessa forma, e nesse estado de espírito, entrei na nova franquia JK Rowling. Animais 
Fantásticos e Onde Habitam tem coisas divertidas com esse bestiário tirado da imaginação. 
Diverti-me, em especial, com o bichinho voraz, uma espécie de marsupial que não pode ver 
dinheiro e nem nada que brilhe e vai logo enfiando no seu saco que, como órgão de bicho 
imaginário, pode conter muito mais que seu tamanho físico. 
Aliás, em algumas outras partes do filme explora-se essa dimensão das relações 
imaginárias entre o grande e o pequeno. Tudo se relativiza. O espaço pequeno que pode conter 
coisas muito maiores e seres imensos que podem ser contidos num bule de chá. Como não 
lembrar do gênio na garrafa das Mil e Uma Noites? Ou do bestiário genial do Livro dosSeres 
Imaginários, de Borges? 
No entanto, esses exercícios de imaginação, tão facilitados pela computação digital, 
logo cedem à simplificação do conflito simplório entre o bem e o mal, colocado de maneira 
indigente na narrativa. Se algumas ideias pontuais são boas, a trama revela-se rala demais. E, 
por vezes, nota-se que a narrativa é desenvolvida em função dos efeitos especiais e não o 
contrário. A paisagem humana é rarefeita, apesar do carisma de Eddie Redmayne, como Newt 
Scamander. E a Nova York digital e retrô tem seu encanto. Mas… 
O que há de bom logo se esvai e o que havia de sólido desmancha-se no ar. Não deixa 
de ter bons momentos, isolados; no todo, é muito fraco. 
Publicado no site do jornal Estadão. Dia 17/02/2016, 16h53 
 
 
 
 
 
Anexo E 
28 
 
‘Alice através do Espelho’ é psicodélica viagem no tempo 
Filme revisita passado de personagens de ‘Alice no País das Maravilhas’ e se 
distancia ainda mais da obra original de Lewis Carroll 
Raquel Carneiro 
O elenco é o mesmo, os traços de Tim Burton também, mas Alice através do Espelho, 
sequência de Alice no País das Maravilhas (2010), se distancia ainda mais que o antecessor da 
obra original de Lewis Carroll – até porque o longa inicial bebeu sem pena da trama do segundo 
livro. Mas tudo bem. Como inspiração, Alice é uma personagem interessantíssima. Que para o 
espectador do século XXI é dona não só de belos figurinos e de um cabelo invejável, mas 
também encarna a atual onda de empoderamento feminino, em que mulheres não são obrigadas 
a se casar para pertencer ao mundo, nem precisam se contentar com trabalhos considerados 
apropriados para o gênero. 
No longa, com direção de James Bobin e Burton como produtor, Alice (Mia 
Wasikowska) é uma respeitada comandante do navio deixado por seu pai – fato impossível, 
como diz a própria, em 1870, quando a trama é ambientada. Ela retorna à terra firme para 
descobrir que sua família está em uma difícil situação financeira, que coloca em perigo os 
sonhos da moça e a posse da embarcação. 
No auge do estresse, ela vislumbra uma borboleta azul, Absolem (Alan Rickman, em 
seu último trabalho), seu amigo sábio, antes uma lagarta, do País das Maravilhas. Ele a conduz 
ao espelho do local, o qual ela atravessa e se vê pequena, em um mundo surrealista. 
A partir daí, a moça reencontra seus amigos do passado, liderados pela Rainha Branca 
(Anne Hathaway). Tudo está aparentemente bem, exceto pelo Chapeleiro (Johnny Depp), que 
sofre uma profunda depressão por acreditar sozinho que sua família pode voltar da morte. Para 
ajudar o amigo, Alice é instruída pela Rainha a procurar o Tempo (Sacha Baron Cohen) e pegar 
a cronosfera – aparato que mantém vivo não só a personificação do Tempo, como também a 
cronologia do mundo em si. A ideia é usar o objeto para viajar ao passado e salvar a família do 
Chapeleiro. 
O longa então se transforma em uma aventura dramática e psicodélica, com direito a 
revelações sobre o inicio da briga entre a Rainha Branca e sua irmã, a Rainha Vermelha (Helena 
Bonham Carter), enquanto Alice foge do Tempo, que tenta recuperar sua “bateria”. 
Assim como seu antecessor, o filme tem uma estética impecável, com ótimos efeitos 
especiais e uma fotografia pop deliciosa. Mas o legado da produção de 2010 também trouxe a 
29 
 
fórmula do didatismo exagerado, típico da Disney e seus roteiros para a família, além da 
mensagem quase de autoajuda que conduz ao final açucarado, que em nada reflete o âmago de 
Carroll. Se tiver sorte, com tantas similaridades, o estúdio agora deve torcer para também 
alcançar o mesmo resultado em bilheteria do anterior, que somou pomposos 1,025 bilhão de 
dólares no mundo. 
Publicado no site da revista Veja. Dia 26/05/2016, 08h51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexo F 
30 
 
Disciplina: Português Sala: _____ Professor:_____________________________________ 
Nome: ______________________________________________ Data: ______/_____/ 2017 
 
 
PRODUÇÃO DE TEXTO 
 Após as aulas sobre resenha agora é a sua vez de desenvolver uma! Lembre-se do que 
foi estudado durante as aulas. 
Bom trabalho! 
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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Anexo G 
FICHA DE ESCRITA 
Grade para correção 
 
Escrever a resenha, preocupando-se com: 
- Características do gênero estudado: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Utilização de pontuação: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Ortografia: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Coesão: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não at ingido - ________ 
- Coerência: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Organização e apresentação do texto: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
 
 
NOTA 
Assinatura do Aluno: 
31 
 
Disciplina: Português Sala: _____ Professor:_____________________________________ 
Nome: ______________________________________________ Data: ______/_____/ 2017 
 
REESCRITA DO TEXTO 
 Considerando as observações feitas pela professora em seu texto, reescreva sua resenha 
com atenção. 
Bom trabalho! 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
Anexo H 
FICHA DE REESCRITAGrade para correção 
 
Escrever a resenha, preocupando-se com: 
- Características do gênero estudado: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Utilização de pontuação: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Ortografia: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Coesão: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não at ingido - ________ 
- Coerência: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
- Organização e apresentação do texto: ( ) adequado ( ) em processo ( ) não atingido - ________ 
 
 
NOTA 
Assinatura do Aluno: 
32 
 
A resenha 
A resenha é um gênero textual que faz parte da vida de todas as pessoas, em que o autor 
faz uma breve descrição e uma avaliação a respeito de objetos culturais, podendo ser eles livros, 
filmes, séries, peças teatrais, etc. 
 A resenha deve oferecer uma noção global do texto original, passando por sua capa e 
título, indo até suas considerações finais. 
O conteúdo apresentado deve ser detalhado, pois os critérios de julgamento são de valor, 
de beleza da forma, estilo do objeto. A exploração dos detalhes ocorre devido à necessidade de 
que o autor da resenha fundamente suas críticas, sejam elas positivas ou negativas, utilizando, 
se possível outros autores que trabalharam o mesmo tema. 
Antes da produção da resenha duma série - por exemplo - devem ser seguidos os 
seguintes passos: 
 Leitura e reflexão sobre o texto a partir do qual será feito a resenha, sendo que muitas 
vezes são necessárias leituras complementares para um melhor entendimento do tema. 
 Resumo da obra, no qual deverão ficar clara as ideias principais do autor. Este resumo 
será a base para a resenha. 
 Selecionar, dentre as ideias principais, uma que será destacada, e até aprofundada. 
 Emitir um julgamento de verdade ou de valor, sendo necessária a fundamentação e 
sustentação da opinião. 
 Elaborar a resenha a partir dos passos anteriores, sendo que a organização do texto fica 
a critério do autor. A resenha deve conter, ainda, uma brevíssima identificação do autor 
da obra (vida e outras obras). 
 
 
 
 
33 
 
3.2.2. PLANO DE ENSINO: (ORAL) O ENSINO DA ORALIDADE 
ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE CONTOS DE HORROR 
 
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUAMANAS 
CURSO DE LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
 
JULIANA CORRÊA GIL 
 
 
 
 
 
 
 
O ENSINO DA ORALIDADE ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE CONTOS DE 
HORROR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Piracicaba 
2017 
34 
 
JULIANA CORRÊA GIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ENSINO DA ORALIDADE ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE CONTOS DE 
HORROR 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Letras – Língua 
Portuguesa da Universidade Metodista de Piracicaba como 
requisito parcial para a aprovação da disciplina de 
Regência I. 
 
Responsável pela disciplina: Profa. Sonia Cristina 
Pavanelli Daros 
 
 
 
 
 
 
Piracicaba 
2017 
35 
 
Sumário 
1. Identificação..................................................................................................................01 
2. Proposta e assunto da sequência didática......................................................................01 
3. Justificativa...................................................................................................................01 
4. Objetivos ......................................................................................................................02 
4.1.Objetivos gerais.............................................................................................................02 
4.2.Objetivos específicos....................................................................................................02 
5. Pressupostos teóricos....................................................................................................02 
6. Parâmetros Curriculares Nacionais...............................................................................05 
7. Metodologia..................................................................................................................07 
8. Recursos didáticos.........................................................................................................08 
9. Avaliação......................................................................................................................08 
10. Bibliografia...................................................................................................................08 
Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
1. Identificação 
Escola: Instituto Educacional Piracicabano 
Professor Regente: Thiago José Bot Bonfim 
Estagiária: Juliana Corrêa Gil 
Ano/Série: 7º ano do Ensino Fundamental II 
Quantidade de aulas: 4 aulas 
Quantidade de alunos: 36 alunos 
 
 
2. Proposta e assunto da sequência didática 
Este plano de aula apresenta uma proposta de ensino da Língua Portuguesa em duas 
modalidades: oral e escrita. Para tanto, será trabalhado o gênero conto de horror. 
 
 
3. Justificativa 
Escolheu-se trabalhar com o sétimo ano do Ensino Fundamental II, pois são 
adolescentes com faixa etária que varia dos 11 aos 14 anos e já possuem um maior 
conhecimento de mundo e, decorrente disso, um repertorio maior de conhecimento da língua 
materna. 
O gênero conto de horror foi escolhido a fim de desenvolver a oralidade através da 
contação de histórias. Para isso, será trabalhado a estimulação da leitura, aproveitando as 
emoções características que o gênero conto de horror produz ao leitor, incentivando a leitura de 
contos que não sejam tão conhecidos e a utilização dos recursos da narrativa para realização da 
contação de histórias. 
 
 
 
 
 
37 
 
4. Objetivos gerais e específicos 
4.1. Objetivos gerais 
 Contribuir para a formação do aluno como falante da língua portuguesa; 
 Estimular a oralização dentro da sala de aula; 
 Estimular o interesse da leitura de contos de horror. 
4.2. Objetivos específicos 
Ao término das aulas, os alunos deverão ser capazes de: 
 Refletir sobre as características do gênero conto de horror, tal como o conteúdo 
temático, o estilo e a forma de composição; 
 Compreender os recursos de dramatização para a contação de uma história; 
 Contar um conto de horror, sendo capaz de dramatizá-lo. 
 
5. Pressupostos teóricos 
Uma questão importante para o ensino da Língua Portuguesa é a concepção de 
linguagem e língua, uma vez que o modo como se concebe a natureza fundamental da língua 
altera o como se estrutura o trabalho com a língua em termos de ensino. Com isso, a concepção 
de língua e linguagem é tão importante quanto a postura que se tem frente à educação. 
Desta forma, a língua pode ser concebida como uma corrente evolutiva continua, isto é, 
não podendo considera-la apenas um conjunto de normas inalteráveis, pelo contrário, o 
interlocutor faz uso dessas normas para execução da linguagem. Inclusive a língua é voltada ao 
social, consequentemente, só ele pode modifica-la (BAKHTIN, 2009). 
Para Bakhtin (2009), a linguagem é um fenômeno profundamente social e histórico e 
por isso mesmo ideológico, sendo sua unidade básica de análise linguística, o enunciado,ou 
seja, os elementos linguísticos produzidos em contextos sociais reais e concretos como 
participantes de uma dinâmica comunicativa. 
38 
 
Atualmente, muitas pesquisas vêm sendo executadas sobre a língua falada, quer seja nas 
ciências sociais ou nas humanas, ainda que com esse número próspero de trabalhos que a 
comparam com a modalidade escrita, pouco se sabe sobre ela. 
A escrita veio sendo vista como uma estrutura complexa, formal e abstrata, enquanto 
que a fala, é vista como uma estrutura simples ou desestruturada, informal, concreta e 
dependente de contexto. Este fato ocorreu, pois historicamente a escrita, sobretudo a literária, 
sempre foi considerada a verdadeira forma de linguagem, e a fala, instável, não podendo 
constituir objeto de estudo (ANDRADE; AQUINO; FÁVERO, 2003). 
Deve ser unanime, segundo Andrade, Aquino e Fávero (2003), o fato de que a língua 
falada ocupe um lugar de destaque no ensino de língua. A motivação para que essa modalidade 
seja trabalhada com tal ênfase se dá, de um lado, pois o aluno já sabe falar quando chega à 
escola. Contudo, a fala influencia, demasiadamente, a escrita nos primeiros anos escolares, 
especialmente, no que se refere à representação gráfica dos sons. 
Entretanto, ao se tratar da fala e da escrita, é preciso lembrar que se está trabalhando 
com duas modalidades pertencentes ao mesmo sistema linguístico: o da Língua Portuguesa, 
com destaque diferenciado em determinados componentes desse sistema. Porém, aquilo que 
poderia ser considerado distinção corresponde, meramente, às diferenças estruturais 
(ANDRADE; AQUINO; FÁVERO, 2003). 
A língua escrita é uma transposição da oral conforme salientam Andrade, Aquino e 
Fávero (2003), e é indiscutível que a língua escrita tenha relações genéticas com a fala. Para se 
analisar, adequadamente, um texto, quer seja ele oral ou escrito, é preciso identificar os 
componentes que fazem parte da situação comunicativa, suas características pessoais de seu 
grupo social, pois eles favorecem a interpretação dos papéis dos interlocutores num evento 
particular, dados os componentes linguísticos do texto. 
Contudo, a respeito das distinções entre fala e escrita, verifica-se que ela revela aspectos 
específicos de um tipo de texto em comparação a outro e não propriamente diferenças entre as 
duas modalidades (fala e escrita). Desta forma, significa dizer que essas diferenças se acentuam 
dentro de um continuum topológico. De fato, tanto a fala como a escrita abarcam um continuum 
que vai do nível mais informal ao mais formal, passando por graus intermediários (ANDRADE; 
AQUINO; FÁVERO, 2003). Por fim, observa-se que fala e escrita não excluem, nem formam 
uma dicotomia. Escrita e oralidade são, portanto, práticas e usos da língua com características 
próprias. Desta forma, o ensino da oralidade não pode ser visto isoladamente, isto é, sem relação 
com a escrita, pois elas mantêm entre si relações mutuas. 
39 
 
O contar uma história, em princípio, oralmente, evoluiu para registrar as histórias, por 
escrito. Contudo o contar não é apenas um relatar de acontecimentos ou ações, uma vez que 
relatar implica que o acontecido seja trazido outra vez (GOTLIB, 1985). 
O conto, no entanto, não se refere só ao acontecido. Segundo Gotlib (1985, p. 12) “Não 
tem compromisso com o real. Nele, realidade e ficção não tem limites precisos”. Desta forma, 
copia-se um relato, inventa-se um conto, pois a esta altura não importa investigar se há verdade 
ou falsidade; o que existe já é a ficção, a arte de inventar um modo de se representar algo. 
Existindo graus de proximidade e afastamento do real. 
Consequentemente, a obra literária é um evento linguístico que projeta um mundo 
ficcional que inclui falante, atores, acontecimentos e um publico implícito. As obras literárias 
se referem a indivíduos imaginários e não históricos, mas a ficcionalidade não se limita a 
personagens e acontecimentos. Na ficção, a relação entre o que os falantes dizem e o que pensa 
o autor é sempre uma questão de interpretação. O mesmo ocorre com a relação entre os 
acontecimentos narrados e as situações no mundo (CULLER, 1999). 
O contexto da ficção, contudo, explicitamente deixa aberta a questão do que trata 
realmente a ficção, segundo Culler (1999, p. 38) “A referência do mundo não é tanto uma 
propriedade das obras literárias quanto uma função que lhes é conferida pela interpretação”. 
Deste modo, a ficcionalidade da literatura separa a linguagem de outros contextos que ela 
poderia ser usada e deixa a relação da obra com o mundo aberta à interpretação. 
Desta forma, ao estudar o conto, é de suma importância entender a sua narrativa, visto 
que há um impulso humano básico de ouvir e narrar histórias. Muito cedo, as crianças 
desenvolvem o que se pode chamar de competência narrativa básica. Se a teoria narrativa é uma 
explicação sobre a competência narrativa, ela deve enfocar também a capacidade dos leitores 
de identificar enredos. O enredo ou história é o material que é apresentado, ordenado a partir 
de um certo ponto de vista pelo discurso. Mas o próprio enredo já é uma configuração de 
acontecimentos. A distinção básica da teoria da narrativa, por conseguinte, é entre enredo e 
apresentação, história e discurso (CULLER, 1999). 
Ao narrar uma história, a marca constante do contador é sua intenção de prender a 
atenção dos ouvintes, a ponto de contagiá-los a uma participação apreciativa, durante a própria 
enunciação. O narrador utiliza inflexões de voz, modulações melódicas, expressões 
fisionômicas e gestuais, buscando manter desperto o interesse dos ouvintes, realçando os pontos 
altos das narrativas (GUIMARÃES, 2011). 
40 
 
Para Cascudo (1984 apud GUIMARÃES, 2011), há três itens necessários para 
caracterizar a técnica narrativa. A primeira é o ambiente propicio, capaz de oferecer atmosfera 
tranquila para a evocação do ouvinte. Em segundo, o uso das fórmulas, sobretudo as iniciais, 
como por exemplo “era uma vez”, que ajuda a criar uma expectativa. Em terceiro lugar, é citado 
a narrativa em si, ela deve ser viva e apaixonada, com a voz materializando as sucessivas fases 
da história. Muda-se o timbre conforme a personagem do elenco, de energético a doce, passando 
por rouco ou choroso e conforme a situação é evocada. 
Dentre as narrativas do conto, há o conto de horror. O horror tem suas raízes literárias 
no romance gótico. O efeito do romance gótico ou da narrativa gótica deve irromper de um 
determinado espaço em direção a uma degeneração dos envolvidos. O terror gótico emana da 
casa, que, como símbolo da psique humana, sugere a ideia do cotidiano assolado pela 
decadência e pela corrupção. Nesse espaço, a mente perde o controle e se aproxima da loucura 
(CAUSO, 2003). 
O horror como gênero se nutriu dos contos de fadas e de fantasmas, dos folclores e 
crenças como as do vampiro e do lobisomem. Esses fatores são análogos as fontes míticas da 
ficção cientifica e da fantasia. Assim como esses gêneros são irmãos, o horror se fortaleceu com 
as convenções do gótico. O horror se voltou para o cotidiano, disposto a assumir a função de 
um espaço metafórico para os horrores mais reais que caminhavam pelas ruas (CAUSO, 2003). 
Uma das formas mais modernas do horror é a dark fantasy. Segundo Causo (2003) são 
narrativas que partem de um cotidiano contemporâneo, onde a primeira vista nada ocorre fora 
do normal. Aos poucos, um elemento fantástico se interrompe e vai construindo uma atmosfera 
de horror. 
 
 
6. Parâmetros Curriculares Nacionais 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são diretrizes elaboradas pelo Governo 
Federal, tendo como a intenção principal de orientar os educadores por meio da normatização 
de algunsfatores relativos a cada disciplina, criando condições nas escolas, que permitam aos 
jovens ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como 
necessários para o exercício da cidadania. 
41 
 
O objetivo dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa é estabelecer 
referências para as discussões curriculares da área e contribuir com técnicos e professores no 
processo de revisão e elaboração de propostas didáticas. 
Mais especificamente na área da oralidade, os Parâmetros Curriculares Nacionais 
trazem uma reflexão sobre o ensino e a natureza da linguagem, uma vez que o domínio da 
linguagem, é trazido pelos PCNs como atividade discursiva e cognitiva e o domínio da língua, 
como sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística, ambas são condições de 
possibilidade de plena participação social. 
Contudo, os PCNs apontam que existem problemas em ensinar a oralidade na escola, 
pois ao ingressarem na escola, os alunos já dispõem de competência discursiva e linguística 
para comunicar-se em interações que envolvem relações sociais de seu dia-a-dia, inclusive as 
que se estabelecem em sua vida escolar. Acreditando que a aprendizagem da língua oral, por se 
dar no espaço doméstico, não é tarefa da escola, as situações de ensino vêm utilizando a 
modalidade oral da linguagem unicamente como instrumento para permitir o tratamento dos 
diversos conteúdos. 
Entretanto, apesar dessas desses problemas, é essencial o ensino da oralidade nas 
escolas, pois o aluno deve apender a argumentar nas diferentes situações de fala que vivencia. 
Dessa forma, os PCNs pontuam que, cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral 
no planejamento e na realização de apresentações publicas: realização de entrevistas, debates, 
seminários, apresentações teatrais, entre outras. Trata-se de propor situações didáticas nas quais 
essas atividades façam sentido de fato, pois é descabido treinar um nível formal de fala, 
tomando como mais apropriado para todas as situações. A aprendizagem de procedimentos 
apropriados de fala e de escuta, em contextos públicos, dificilmente ocorrerá se a escola não 
tomar para si a tarefa de promovê-la. 
É de extrema relevância atividades que criem situações em que os alunos possam operar 
sobre a própria linguagem, construindo pouco a pouco, no curso de vários anos de escolaridade, 
paradigmas próprios da fala de sua comunidade, colocando atenção sobre similaridades, 
regularidades e diferenças de formas e de usos linguísticos, levantando hipóteses sobre as 
condições contextuais e estruturais em que se dão. 
Por fim, ensinar a língua oral não significa trabalhar a capacidade de falar em geral, mas 
significa desenvolver o domínio dos gêneros que apoiam a aprendizagem escolar da Língua 
Portuguesa e das outras áreas (exposição, relatório de experiência, entrevista, debate, etc.) e, 
42 
 
também, os gêneros da vida pública no sentido mais amplo do termo (debate, teatro, palestra, 
entrevista, etc.). 
 
 
7. Metodologia 
A seguir, será descrito como as aulas referentes ao gênero conto de horror serão 
conduzidas, com o propósito de que os alunos reconheçam a importância da contação de 
histórias. 
Nas aula 01 e 02, a professora pedirá aos alunos que formem um círculo. Após a 
formação do círculo, a professora fará as seguintes perguntas: Quem já leu uma história de 
horror? Quem não leu, tem vontade de ler? O que eles acham das histórias de horror? Feito 
essas perguntas, a professora ouvirá o relato dos alunos. 
Espera-se que os alunos comentem sobre as principais características do conto de horror 
e após isso, a professora comentará sobre as experiências que foram contadas. Após a discussão, 
a professora lerá uma coletânea com três contos (Anexo A), utilizando-se da dramatização 
necessária para que os alunos se familiarizem com o gênero e entendam como é realizado uma 
contação de contos, sobretudo na utilização de recursos narrativos explicando ao aluno como 
isso é importante ao contar um conto, pois isso é o que irá prender ou não a atenção do ouvinte, 
fazendo com que ele reconheça o que que está sendo contado, as principais partes da história e 
saiba quem são os personagens e em que momento estão na história. 
Será explicado sobre o gênero conto de horror a partir dos conhecimentos que os alunos 
já possuem (Anexo B), a professora explicará que na literatura de horror há a presença de 
tópicos sobrenaturais, normalmente ligados a elementos próprios da ficção científica. É o que 
ocorre com clássicos como Frankenstein. Mas este gênero pode igualmente incorporar temas 
folclóricos e outros típicos da cultura popular, sendo o maior exemplo a obra Drácula. Criaturas 
muito presentes no gênero horror, integrantes de uma galeria ancestral presente na cultura oral, 
lobisomens, vampiros, bruxas e espíritos povoam o imaginário popular. Os ingredientes desta 
literatura podem ser encontrados também nas histórias dos Irmãos Grimm, equivocadamente 
consideradas contos infantis. O conto de horror é um misto de incerteza, de intensa expectativa 
perante a iminência de acontecimentos, notícias, decisões, desenlaces ou revelações 
consideradas de extrema importância. O suspense pode ser construído de várias formas: pela 
caracterização de personagem, pela ação e pelo ritmo com que se desenrola a narrativa. Para 
43 
 
produzir o suspense, é necessário retardar algumas revelações. Para isso, a narrativa detalha a 
descrição da cena, as reações das personagens, e omite algumas informações. 
Após a leitura, os alunos tirarão suas dúvidas sobre os conceitos apresentados. Em 
seguida, a professora orientará os alunos para que eles se separem em duplas e ela pedirá que 
cada dupla vá até sua mesa para escolherem qual conto de horror será trabalhado por eles para 
apresentarem para a sala na próxima aula. Ao fim da escolha dos contos, a professora lerá 
novamente um conto que já foi apresentado para a sala, para que eles prestem atenção na forma 
como ela lê, dramatizando novamente ao ler os contos e neste momento focará mais nessa 
perspectiva, explicando ao aluno como isso é importante ao contar um conto, pois isso é o que 
irá prender ou não a atenção do ouvinte, fazendo com que ele reconheça o que que está sendo 
contado, as principais partes da história e saiba quem são os personagens e em que momento 
estão na história. A professora explicará, com o auxílio do telão, essas técnicas de narrativa 
(Anexo C), como o narrador utiliza inflexões de voz, modulações melódicas, expressões 
fisionômicas e gestuais, buscando manter desperto o interesse dos ouvintes, realçando os pontos 
altos das narrativas. Ela explicará como muda-se o timbre conforme a personagem do elenco, 
de energético a doce, passando por rouco ou choroso e conforme a situação é evocada. As 
descrições de palácios, festas e danças variam as entonações e timbre de voz, além das 
gesticulações, movimentos de corpo, mudanças de ritmos. O narrador duplica o vocábulo, 
prolongando-o; há, por fim, uma voz típica de alguns personagens, identificável e não 
confundida com outra figura. 
Nas aulas 03 e 04 os alunos farão a contação de contos de horror, colocando em prática 
as técnicas de narrativa. Ao final da contação, a professora perguntará aos alunos o que eles 
acharam dessa experiência, como foi para eles escutarem os amigos contando histórias desse 
do gênero de horror. 
 
 
8. Recursos didáticos 
A professora utilizará como recursos didáticos os seguintes materiais: folha impressa 
(sobre o gênero conto de horror), multimídia, lousa e giz. 
 
 
 
44 
 
9. Avaliação 
O aluno será avaliado durante todas as aulas, mas, principalmente, durante

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