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Estágio Final Ensino Médio

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7
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
FRANCINE MÍRIAN SCHULZ GOMES
TATIANE ROBERTA VIEIRA CORREA
TRABALHANDO O TROVADORISMO NA ESCOLA
ITAJAÍ
2015
FRANCINE MÍRIAN SCHULZ GOMES
TATIANE ROBERTA VIEIRA CORREA
TRABALHANDO O TROVADORISMO NA ESCOLA
Relatório Final de Estágio apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura II do Curso de Licenciatura em Letras-Português, modalidade à distância, da Universidade Federal de Santa Catarina, sob a orientação das Professoras Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott, Maria Izabel de Bortoli Hentz e Nelita Bortolotto, dos tutores a distância Karoliny Correia, Suziane Mossmann e Tiago Hermano Breunig e dos tutores de estágio Josiane Fidelis e Regiane Stempiem Mendes.
ITAJAÍ
2015
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por nos dar força e saúde ao longo desta caminhada.
Ás nossas famílias, em especial aos nossos pais e filhos, que sempre estiveram ao nosso lado, apesar de todas as dificuldades, acreditando em nosso potencial. 
Aos nossos maridos, por estarem presentes nos momentos de que mais precisamos, apoiando-nos e encorajando a seguir em frente.
Aos colegas, que, no decorrer do curso, foram verdadeiros e amigos, onde juntos, aprendemos a trocar conhecimentos, em busca da formação superior e da realização pessoal.
A direção da Escola Estadual Nilton Kucker pela oportunidade e confiança para que demonstrássemos nosso trabalho. 
Aos nossos professores, que incansavelmente nos apoiaram e ajudaram a buscar novos conhecimentos.
Agradecemos a todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram para a realização desta pesquisa.
A todos, muitíssimo obrigado.
 Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
Ah, desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexao acrescentou: Que quer dizer “cativar”?
Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
Procuro homens disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?...
É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços. Criar laços?
Exatamente, disse a raposa... Mas, mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás único para mim. E eu serei para ti único do mundo...
... A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.
Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existe lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
É preciso ter paciencia, respondeu a raposa. Tu te sentaras primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
Antoine de Saint - Exupéry
RESUMO
Relatório de Estágio referente à docência no Ensino Médio em Escola de Educação Básica da rede pública estadual da cidade de Itajaí/SC. Os projetos de docência e de atividade extraclasse partem da noção do ensino de Língua Portuguesa mediante os gêneros do discurso e das práticas do uso da língua se utilizando do gênero Trovadorismo como suporte para o ensino da língua, pois o trovadorismo possui recursos que surpreendem, provoca e inquieta o aluno leitor fazendo com que este se sinta motivado e curioso a descobrir a expressividade e as múltiplas interpretações que este tipo de texto proporciona. Percebe-se que os gêneros textuais devem ser inseridos no cotidiano escolar, visto que é um meio de aprendizagem significativa, tanto no desenvolvimento da leitura e escrita como na oralidade dos educandos. A fundamentação teórica que fornece sustentação ao projeto tem base nas reflexões de Pelegrine e Pereira (1996), os quais percebem a importância dos gêneros textuais, também se baseiam nas observações apresentadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), os quais percebem e recomendam o uso da língua, leitura e escrita, como uma parte do processo de ensino e aprendizagem. Essa fundamentação teórica está de acordo com as postulações presentes no Projeto Político Pedagógico da escola.
Palavras-chave: Língua Portuguesa. Gêneros do discurso. Trovadorismo. Cantigas. Estágio. 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	08
2. A DOCÊNCIA E EXTRACLASSE NO ENSINO MÉDIO	10
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA DE ESTÁGIO	10
2.2 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO	13
3. PROJETO DE DOCÊNCIA 	16
3.1. PROBLEMA	16
3.2. ESCOLHA DO TEMA	16
3.3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	18
3.4. OBJETIVOS	21
3.5. CONHECIMENTOS TRABALHADOS.	21
3.6. METODOLOGIA	21
3.7. RECURSOS DIDÁTIVO	22
3.8. AVALIAÇÃO	22
3.9. REFERÊNCIAS	23
4. PLANOS DE AULA	24
4.1. PLANO DE AULA 1	24
4.2. PLANO DE AULA 2	26
4.3. PLANO DE AULA 3	27
4.4. PLANO DE AULA 4	29
4.5. PLANO DE AULA 5	30
4.6. PLANO DE AULA 6	33
4.7. PLANO DE AULA 7	35
4.8. PLANO DE AULA 8	38
4.9. PLANO DE AULA 9	42
4.10. PLANO DE AULA 10	44
4.11. PLANO DE AULA 11	45
5. PROJETO EXTRACLASSE 	47
5.1. JUSTIFICATIVA	47
5.2. OBJETIVOS	47
5.3. CONTEÚDOS	48
5.4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES	48
5.5. CULMINÂNCIA.	48
5.6. REFERÊNCIAS	49
6. REFLEXÃO E ANÁLISE SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA E ATIVIDADES EXTRACLASSES NO ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA NO ENSINO MÉDIO	50
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS	66
REFÊRENCIAS	68
1. INTRODUÇÃO
O Trabalho como professor e graduando tem como objetivo formar cidadãos voltados para a construção de uma cidadania consciente e ativa com bases culturais e cientifico - tecnológicas que o possibilitem identificar e posicionar-se frente às mudanças sociais, de forma a incorporar e intervir na vida produtiva e sociopolítica, respeitando a diversidade pessoal, social e cultural da contemporaneidade.
Desta mesma forma, o presente relatório surgiu a partir da necessidade da obtenção parcial para aprovação na Disciplina de Estágio Supervisionado II do Curso de Letras Língua Portuguesa e Literaturas Vernáculas, da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
O presente relatório tem como base os conhecimentos adquiridos durante o estágio no Ensino Médio, o qual tem como objetivo contextualizar as instituições de Ensino Médio observando sua organização, abordagem epistemológica e pedagógica, bem como a proposta político-pedagógica e o desenvolvimento dos alunos desta realidade escolar. Para a realização desta observação tivemos a oportunidade de conhecer a Escola Estadual de Educação Básica Nilton Kucker, de onde pudemos construir a parte referente à caracterização da Instituição de Ensino.
Posteriormente buscou-se realizar a prática pedagógica com objetivo de elaborar e desenvolver elementos teórico-práticos que contribuam para a construção de uma ação reflexiva na docência no Ensino Médio, sendo realizado com a turma do 1º e 2º Ano do Ensino Médio. 
Partindo dos pressupostos da importância da inserção do trabalho pedagógico voltado a realidade e interesse dos alunos, se justifica o uso dos gêneros do discurso como uma forma prazerosa e agradável de promoção do conhecimento, proposto pelo Projeto Político Pedagógico da Escola e dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. 
Desta forma, o presente trabalho, surge de uma pesquisa qualitativa, que busca aliar a construção teórica com a prática realizada durante os dias de estágio, onde é possível aliar a prática à teoria construída ao longo do curso. Assim, o presente relatório será organizado da seguinte forma:
Em um primeiro momento surge a discussão a respeito da docência no Ensino Médio, voltando à apresentação da Escola alvo deste estágio, onde são contempladas informações pertinentes à vida escolar, características físicas, quadro de profissionais, suportes teóricos referentes ao planejamento escolar, localização, bem como a realidade do educando e da comunidade da escola escolhida para a realização do trabalho de regência de classe.
Busca-se, neste momento apresentar um relato da observação realizado na turma deestágio, possuindo a caracterização da turma escolhida para a prática de ensino, relatando também a análise das observações realizadas com esta turma. 
Posteriormente apresentam-se os dados referentes ao projeto de docência, assim como os planos de aula elaborados tendo como base os conteúdos solicitados pela professora regente da turma, os quais vem de acordo com a necessidade e interesse da turma de estágio.
Por fim, o presente trabalho traz o relato de todas as atividades desenvolvidas com a turma escolhida para a prática de ensino, ressaltando todas as reflexões diárias em um período de 28 horas aula, cujo objetivo principalmente é a construção do conhecimento através de experiências propostas durante o período. Pontuam-se também algumas reflexões a luz das atividades desenvolvidas durante o Estágio, tendo relação com as atividades desenvolvidas do projeto de trabalho.
2. A DOCÊNCIA E O PROJETO EXTRACLASSE NO ENSINO MÉDIO
Para iniciar nossa apresentação sobre a docência e o projeto extraclasse vale apresentar a escola a qual aconteceu o campo para a realização do estágio.
2.1. Caracterização da Escola de Estágio
O Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura II aconteceu na Escola De Educação Básica Deputado Nilton Kucker que se situa na Vila Operária, Rua Alfredo Trompowski, 506, na cidade de Itajaí.
A Escola de Educação Básica Deputado Nilton Kucker, foi criada pela Lei nº 3.743, de 15/12/1965, e inaugurada em fevereiro de 1966, com o nome de Colégio Normal Nilton Kucker. De acordo com seu PPP, a mesma funcionou por alguns anos nas dependências do Grupo Escolar Victor Meirelles, no centro da cidade de Itajaí, com o objetivo de atender às necessidades de uma escola pública de II Grau, notadamente, para formar professores normalistas, e atender à demanda de formação de profissionais, devidamente habilitados para o ensino primário da época.
Foi em 1969, durante o Governo do Sr. Ivo Silveira, que o Colégio Normal Nilton Kucker recebe seu próprio prédio, no atual endereço. 
Atualmente, mantém o ensino fundamental, o ensino médio, e o Normal Médio/Magistério, com habilitação em Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sob a direção do Sr. José Augusto Garcia Vick, que pode contar com o apoio de sua equipe técnica pedagógica e administrativa.
Hoje, a escola atende a várias comunidades do município de Itajaí, contando com um corpo discente de aproximadamente, 1500 alunos, sendo a maioria oriunda dos bairros São Vicente e São João e quase que exclusivamente, moradores do próprio município. Porém, recebe também alguns alunos do município vizinho, de Navegantes.
Pode-se dizer que as famílias atendidas pela escola são de nível socioeconômico médio, havendo casos, porém de alunos que apresentam baixa renda familiar. Sendo que, grande parte dos alunos de Ensino Médio e Magistério são trabalhadores.
Durante as observações realizadas, pode-se perceber que a acessibilidade é um dos grandes problemas da escola, que por ser um prédio antigo de dois pisos, não apresenta rampas ou elevadores, dificultando a inclusão de pessoas com deficiência física.
As salas de aulas são, em sua maioria, climatizadas. Na escola possui também biblioteca, sala de direção, secretaria, sala de coordenação pedagógica, pátio coberto, refeitório, quadras esportivas, ginásio de esportes, laboratório de informática, sala de vídeo e auditório.
Pode-se perceber que algumas salas de aula apresentam um cenário estimulante, tendo materiais adequados e organizados a cada turma. Estes espaços contribuem para a independência e autonomia, fazendo com que as crianças criem, jogue, construam, fantasiem, descansem, trabalhem, observem-se, movimentem-se interagindo com os colegas, jogos e materiais diversos oferecidos pela escola. 
O espaço externo da instituição é amplo, cercado, possibilitando a tranquilidade, comodidade e segurança da sua comunidade escolar. A quadra de esporte também é um espaço reservado o lazer e aprendizagem. Estes espaços permitem o desenvolvimento de atividades diversificadas que possibilitam que o aluno explore o mundo, fantasie, seja usada e aproveite os sonhos e emoções que isto lhe proporciona.
O quadro de profissionais da escola é formado por professores graduados em sua área de atuação, sendo parte deles efetivos e os demais admitidos em Caráter Temporário (ACT).
A instituição possui uma estrutura organizacional formada por direção,
assessores de direção, apoio técnico administrativo e pedagógico, corpo docente e discente, Conselho Deliberativo, Associação de Pais e Professores e Grêmio Estudantil.
O trabalho educacional fundamenta-se na Proposta Curricular do
Estado de Santa Catarina, concepção sócio interacionista e da Teoria da Atividade preconizada pela Academia Soviética de Psicologia (Vigotsky). 
De acordo com seu PPP, a Escola procura oportunizar procedimentos que estimulem no aluno o prazer pela leitura, à capacidade de usar a escrita tanto para desenvolver-se cognitivamente quanto para comunicar-se com eficiência; despertar o senso da pesquisa, bem como levá-lo a conquistar processos e conceitos que, quando necessário, serão resgatados e utilizados com lógica e consciência, construindo, assim, sua autonomia e autoria de pensamento.
Na relação intrapessoal, visa proporcionar atitudes que privilegiem a liberdade de expressão, formando cidadãos críticos, íntegros, fraternos e responsáveis. Seu projeto político pedagógico está fundamentado no princípio de que o conhecimento se dá nas relações entre os sujeitos envolvidos no processo baseados nos quatro pilares da educação: aprender a conhecer; aprender a conviver com os outros; aprender a fazer; aprender a ser.
Na instituição pode-se perceber um bom relacionamento entre professores, direção, supervisão, funcionários, alunos e pais, fazendo com que exista um diálogo franco e aberto. 
É por meio do projeto pedagógico que cada unidade educativa tem a oportunidade de “lançar-se à frente”, projetando suas intenções, seus desejos, podendo assim, provocar rupturas com o presente, quebrando com uma situação estável para aventurar-se numa nova jornada possível, dadas às condições de cada escola e de suas mantenedoras. (GESSER, 2011, p. 2).
Nesta instituição o planejamento é construído partindo da necessidade das crianças, estabelecendo as bases da personalidade humana, da inteligência, da vida emocional e da socialização.
A metodologia é voltada para a construção do conhecimento e da cidadania através da reflexão e discussão fundamentada na Proposta Curricular de Santa Catarina, onde:
[...] o ser humano é entendido como social e histórico. No seu âmbito teórico, isto significa ser resultado de um processo histórico, conduzido pelo próprio homem. Essa compreensão não consegue se dar em raciocínios lineares. Somente com um esforço dialético é possível entender que os seres humanos fazem a história, ao mesmo tempo em que são determinados por ela. Somente a compreensão da história como elaboração humana é capaz de sustentar esse entendimento, sem cair em raciocínios lineares. (SANTA CATARINA, 1998, p. 9)
A avaliação é vista como um processo continuado, cumulativo (Lei nº
9394/96); prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação poderá ser realizada de forma mais coletiva e com o objetivo de acompanhamento do processo de construção do conhecimento dos (as) aluno (as) nas suas múltiplas dimensões humanas e não como instrumento punitivo ou como forma de “medir o desempenho escolar”. (GOMES, 2007, p. 40).
Desta forma, percebe-se que o aluno é um ser em constante desenvolvimento que desde sua concepção trás consigo capacidades que necessitam serem aprimoradas e estimuladas.
A proposta política pedagógica da escola apresenta em sua programação diversos objetivos, metas e estratégias a serem realizadas ao longo dos anos, uma delas é incluir a comunidade nos planejamentos escolares, procurando solucionar pequenas dificuldades enfrentada pelos alunos deste contexto social.
Para que esta proposta se concretize a escolaapresenta uma relação escola X família X comunidade, onde se fortalecerá um crescimento de todos os envolvidos.
O estágio aconteceu na turma do sétimo ano, onde o professor regente da turma é graduado em letras, porém tem pouca experiência na área, atua somente um ano nesta unidade escolar e tem um contrato temporário – ACT.
2.2. Relatório de observação
Considerando o objetivo geral o período de observação da prática docente, foram realizadas pesquisas de campo e observações, na Escola Estadual Nilton Kucker, totalizando uma carga horária de 10 h/a, com a turma 117, 1º ano do Ensino Médio, no período noturno. Assim, Passa-se agora a estabelecer uma relação entre os dados coletados, as evidências e o conhecimento teórico acumulado a respeito da temática da pesquisa.
Refletindo sobre as observações pode-se perceber que a professora de Língua Portuguesa, compreende o ensino e a turma de uma forma específica, considerando a turma como um grupo supostamente desprovido de conhecimentos. Percebe-se em sua prática a necessidade de uma transformação e a promoção de um estímulo para que os alunos, que em sua maioria são repetentes e trabalham o dia todo, para a noite estar na escola, se sintam motivados para buscar e construir seus conhecimentos. 
O professor é um dos principais agentes de mudança do ensino (ou agente privilegiado): 1. Por estar em contato direto com os alunos, no lócus privilegiado onde se manifestam os problemas; 2. Por ser o profissional de educação; 3. Por ser - potencialmente – um dos mais interessados em resolver estes problemas (em função do elevado desgaste que sofre). Sabemos que não tem superpoderes, mas, por outro lado, atuar onde lhe é possível tem sentido, em função do seguinte: - prepara pela acumulação de pequenas prática renovadas, um salto qualitativo; - ajuda a localizar onde está realmente o problema, quais os fatores determinantes; - é educativo: forma a fibra, a determinação, a garra de quem está se comprometendo com a luta. (VASCONCELLOS, 1995, 31)
A professora passou durante todas as aulas aplicadas e observadas trabalhando sobre o humanismo, vindo a desenvolver atividades de leitura e interpretação de textos do livro didático e de um trabalho de pesquisa, onde somente um aluno realizou.
No que se refere à formação profissional, a Professora possui a exigência mínima para o ensino de Língua Portuguesa, sendo graduada em Letras, o que condiz com a legislação vigente para a educação, pois de acordo com a Lei 9394/96, em seu 62º artigo.
Art. 62.  A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal. (BRASIL, 1996, art. 62)
Um aspecto que merece ser destacada é a maneira como a professora recebe seus alunos, onde apesar de ser percebido que a mesma constituiu conceitos a respeito de alguns alunos da sala, em nenhum momento a professora vem faltar com respeito com seus alunos, não sendo percebido ameaças ou alterações de voz. 
(...) as emoções, são a exteriorização da afetividade (...). Nelas que assentam os exercícios gregários, que são uma forma primitiva de comunhão e de comunidade. As relações que elas tornam possíveis afinam os seus meios de expressão, e fazem deles instrumentos de sociabilidade cada vez mais especializados. (WALLON, 1995, p. 143)
	Compreendendo que a escola possui papel fundamental na educação, podemos verificar que esta tarefa é compartilhada com a família, de forma que o regimento da instituição foi construído com a participação da comunidade escolar, o que foi percebido durante a reunião de pais e mestres, onde grande parte da comunidade escolar esteve presente. Para Vianna (1998, p.33), torna-se importante o planejamento em conjunto com metas estabelecidas, para que todo o processo ocorra com maior sucesso,
(...) sendo um processo de maioria decidindo, executando e avaliando, assume, por isso mesmo, uma imagem de credibilidade. (...) Na medida em que decide, escolhe, planeja e executa, o grupo se responsabiliza por seus atos e tende a realizá-lo com maior perfeição. (VIANNA, 1998, p. 33).
O último dia de estágio de observação foi realizada durante a reunião de pais, onde foram esclarecidas algumas informações e repassada à situação da greve que afetará o andamento do ano letivo.
O planejamento da professora segue a ordem do livro didático, apesar de que foram passadas algumas fases do conteúdo para serem retomadas anteriormente. 
Professores e os alunos devem perguntar-se sobre a necessidade, relevância, interesse ou oportunidade de trabalhar um ou outro determinado tema. Todos eles analisam de diferentes perspectivas, o processo de aprendizagem que será necessário levar adiante para construir conjuntamente o Projeto. (HERNANDEZ, 1998, p. 67).
 
Um fato relevante das observações vem requerer a quantidade de alunos presentes, onde em todas as aulas os alunos estavam em um pequeno número, cerca de 30% da turma. Vale destacar que os alunos entram e saem da sala no momento que quiserem. Desta forma, ressaltamos a importância da motivação, para que este número possa aumentar durante as aulas.
Conclui-se, que a prática observada está muito próxima a Proposta Política Pedagógica e com o Regimento da instituição, e que cada vez mais, torna-se necessário a compreensão das propostas vigentes para os Anos Iniciais, a fim de adequar-se a nossa prática pedagógica as necessidades dos educandos.
3. PROJETO DE DOCÊNCIA
3.1. Problematização
Partindo do pressuposto de que ler e escrever deve ser duas práticas priorizadas na escola, duas aprendizagens essenciais, principalmente nas aulas de Língua Portuguesa, nossa língua materna a qual devemos desenvolver e aperfeiçoar, é que pensamos nesse trabalho com o gênero trovadorismo.
A literatura pode ser instrumento para uma formação que possibilite indivíduos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante mudança, seria a prática de leituras variadas que façam uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas para constituí-lo como agente produtor do seu futuro.
O exercício da leitura e a formação do leitor é uma prioridade a ser seguida, a fim de encontrar nos livros, a fonte de sua sabedoria e inspiração, resgatando a história do conhecimento que é tão necessária nos dias atuais em que as mudanças são rápidas e atropelam o próprio “saber humano”.
Portanto, será refletido e proposto um trabalho sobre os Gêneros Textuais na formação dos educandos e crescimento profissional para os educadores, tendo como ênfase o trovadorismo. Este busca enfatizar a reflexão e a criticidade desse processo, visto que essa prática leva à construção de conhecimento que auxiliará na compreensão da realidade e sejam capazes de compreender os diferentes textos com os quais se deparam e também quais experimentarão na sociedade.
3.2. ESCOLHA DO TEMA
Tendo em vista a importância de se pensar sobre a aplicação de gêneros textuais na escola, surge o presente projeto, que busca aliar a necessidade de se realizar a prática de estágio e a contribuição da literatura para o ensino de Língua portuguesa.
Percebe-se que os gêneros textuais devem ser inseridos no cotidiano escolar, visto que é um meio de aprendizagem significativa, tanto no desenvolvimento da leitura e escrita como na oralidade dos educandos. O trabalho do docente deve priorizar a realidade do grupo de alunos, e, em seguida, planejar as etapas a serem aplicadas no decorrer das aulas para que alcancem as capacidades necessárias e os objetivos traçados pelo professor. 
Para que os alunos dominem diferentes gêneros, é necessário que o professor construa estratégias de ensino, com o objetivo de levar o aluno ao desenvolvimento das capacidades necessárias para aprender e fazer uso com maior mestria dos gêneros trabalhados, e issopode ser alcançado por meio de estratégias ou sequências didáticas criadas pelos professores. (SEGATE, 2010 p. 02)
O educador também precisa conhecer o gênero que irá apresentar aos alunos para que as atividades sejam organizadas, não sejam muito fáceis e sintam-se sem estímulo para desvendar os desafios e nem muito difíceis, desestimulando-as ao aprendizado. É notável que apesar das variações, está presente o gosto pelas histórias, no entanto, todos os estilos precisam ser trabalhados na sala de aula, desde o livro didático até o jornal, revista ou mesmo os contos de fada e gibis, de maneira que o educando participe e desenvolva o interesse pelo conhecimento vários gêneros de leitura, respeitadas suas limitações. 
O ser humano é composto por matéria e forma, dotado não apenas de capacidades que garantem sua sobrevivência e seu conhecimento sensível (como ocorre em plantas e animais), mas, além disso, possuidor de inteligência e vontade. Estas últimas proporcionam ao ser humano a possibilidade da aquisição do conhecimento (AQUINO, 2001.p.19, apud. OLIVEIRA, 2007.p.02).
Para adquirir conhecimento, o educando precisa além da inteligência e vontade, ser motivado à aprendizagem, visto que, no ambiente escolar a motivação é de suma importância, pois é o que impele os impele à busca de informações a fim de satisfazer suas curiosidades e formação do conhecimento.
Os gêneros textuais auxiliam a conhecer as informações sobre o mundo que nos rodeia e enriquece o aprendizado. Devem ser ensinados com o objetivo de sanar as dificuldades geralmente ocorrem principalmente as específicas em relação ao entendimento do contexto das leituras; é por isso que o educador é denominado mediador da aprendizagem, pois proporcionará ao educando um caminho para refletir sobre as possíveis soluções relacionadas às dificuldades encontradas.·.
3.3. Fundamentação Teórica
Quando falamos em Língua Portuguesa, nos vem a imagem de língua materna, devemos levar em conta todos os conhecimentos linguísticos, aprender a falar e agir sobre ela. Sendo assim, qualquer criança que entra na escola já aprendeu a falar sem precisar de treinamentos, e sim já foi exposta na vivencia com o mundo. Sendo assim, ensinar língua portuguesa ainda é o domínio da “regra”, exposta no domínio da gramática. 
O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso a informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-la, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. (BRASIL, 1997, P. 15)
Assim, o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso a informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo ou produz conhecimento.
A língua portuguesa envolve o aluno (sujeito), a língua (objeto) e o ensino (pratica), onde é necessário à mediação do professor para que isso aconteça, levando em conta o planejamento proposto e o contexto social onde a criança esta inserida.
(...) uma aproximação entre a teoria de linguagem e a teoria de conhecimento “para ser compreendida e transformada em instrumento de acesso à proficiência e ao prazer, a Língua precisa ser apropriada pelo sujeito.”. (KAERCHER, 1997, p. 37)
Estas possibilidades só serão possíveis através da formulação e reformulação de hipóteses a serem compreendidas, estimuladas e respeitadas. Desta forma, nos remetemos a importância do ato de leitura e escrita em todas as fases do ensino. Escrever acarreta o processamento de saída de informação organizada em nosso sistema cognitivo, o que só é possível se, anteriormente, tiver havido o processamento cognitivo de entrada da informação, que é organizada à luz de nosso conhecimento prévio, de nossos valores, de nossas experiências sócio históricas, culturais etc.
O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece matéria-prima para a escrita: o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever. (BRASIL, 1997, p. 53).
Em outras palavras, tem-se que da intensidade e da recorrência do processo de leitura em textos dos diferentes gêneros dependerá, de certo modo, a destreza na produção de textos em tais gêneros.
Quando falamos em gênero literário temos [...] que levar em conta a historicidade: eles evoluíram, transformaram-se, misturaram-se, uns surgiram, enquanto outros desapareceram, através dos séculos. O gênero pode ser considerado a maneira pela qual os conteúdos da literatura organizam-se numa forma. Isto é, cada gênero, através de uma técnica e uma estilística próprias (forma), representa um aspecto particular da experiência humana (conteúdo). (PELLEGRINI; FERREIRA, 1996, p. 56)
A leitura, em textos de diferentes gêneros textuais/discursivos, provoca, portanto, construção de sentidos, o que requer a participação ativa do sujeito leitor, que empresta o seu conhecimento prévio, agregando-o ao conteúdo difundido pelo autor de modo a compreender o que está lendo. Isto porque a forma com que o texto é lido tem a incidência da construção histórico-cultural e social de cada leitor que interatua com o autor por meio do texto, no gênero textual/discursivo de que tal texto faz parte.
Ele [o jovem] é um público implacável e excelente. Ele é, desde o começo, o bom leitor que continuará a ser se os adultos que o circundam alimentarem seu entusiasmo em lugar de pôr à prova sua competência; estimularem seu desejo de aprender, antes de lhe impor o dever de recitar; acompanharem seus esforços, sem se contentarem de pegá-lo na curva; consentirem em perder noites em lugar de ganhar tempo; fizerem vibrar o presente sem brandir a ameaça do futuro; se recusarem em transformar em obrigação aquilo que era prazer, entretanto esse prazer até que ele se transforme em dever, fundindo esse dever na gratuidade de todo aprendizado cultural, fazendo com que encontrem assim, eles próprios, o prazer nessa gratuidade. (PENNAC, 1993, p. 53)
Em que pese os textos serem lidos de modo particular pelos diferentes leitores nos diferentes momentos históricos, tais fatores não autorizam a cada leitor conferir ao texto uma interpretação tão particularizada a ponto de tangenciar ou deformar o que está escrito no texto, ou tergiversar sobre tal conteúdo.
Ademais, os textos trazem consigo, no plano do posto (conteúdo escrito ou falado), eixos de sentidos que precisam ser depreendidos sob pena de cada leitor entender o texto de um todo tão singular que não encontre convergência na leitura de outros sujeitos. Deste modo, o gênero textual/discursivo que circula em esferas da atividade humana técnicas ou científicas, terá menor espectro de possibilidades diferenciadas de compreensão. De outra banda, o gênero que circula na esfera literária terá, potencialmente, maior espectro.
Salienta-se, assim, que ser proficiente em leitura em textos nos diferentes gêneros textuais/discursivos sugere, também, ser capaz de perceber em que medida o texto lido possibilita maior ou menor liberdade de construção de sentidos por ocasião do ato de ler, o que depende, em boa medida, das formações ideológicas e discursivas predominantes em determinadas esferas da atividade humana em que o gênero circula.
[...] a circulação dos gêneros textuais na sociedade é um dos aspectos mais fascinantes pois mostra como a própria sociedade se organiza em todos os seus aspectos. E os gêneros são a manifestação mais visível desse funcionamento que eles ajudam a constituir, envolvendo crucialmente linguagem, atividades enunciativas, intençõese outros aspectos. (MARCUSCHI, 2005, p. 26)
O leitor, nos mais variados tipos de leitura (gêneros textuais/discursivos), deve ser hábil, a fim de não superestimar o horizonte apreciativo do autor, anulando-se frente a ele pela leitura acrítica, tampouco superestimar o próprio horizonte apreciativo, denegando a voz do autor e conferindo aos textos propriedades de sentido que, no mais das vezes, não correspondem a eles.
Ocorre que independentemente das finalidades que levaram o leitor a interagir com o autor por meio do gênero cujo texto tem em mãos, ninguém empreende um diálogo com o autor sem sair desse diálogo de algum modo “modificado”. É certo que o diálogo com o autor, por meio da leitura, em quaisquer das interações que são estabelecidas por intermédio dos diversos gêneros textuais/discursivos, incide de algum modo sobre o horizonte apreciativo do leitor.
Ser leitor é querer saber o que se passa na cabeça do outro, para compreender melhor o que se passa na nossa. Essa atitude, no entanto, implica a possibilidade de distanciar-se do fato, para ter dele uma visão de cima, evidenciando um aumento de poder sobre o mundo e sobre si, por meio desse esforço teórico. Ao mesmo tempo, implica no esforço de pertencer a uma comunidade de preocupações, que mais que um destinatário, nos faz interlocutor daquilo que o autor produziu. Isso vale para todos os tipos de textos, seja um manual de instruções, seja um romance, um texto teórico ou um poema. (PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA, 1998, p. 28)
É imprescindível que se faça o mapeamento das informações, traçando inferências, estabelecendo associações, gerando esquemas cognitivos e agenciando conhecimentos prévios quando frente à leitura de textos de quaisquer gêneros textuais/discursivos. Para desenvolver essas habilidades intrasubjetivas é necessário o exercício da leitura nas relações interpessoais, haja vista que desenvolver destreza nas diferentes leituras é condição para a vivência em sociedade.
3.4. Objetivos
- Analisar a época do Trovadorismo e sua contribuição hoje;
- Comparar épocas, produzir trovas, baseando-se em épocas remotas, comparar trovadores de hoje e sua semelhança com os trovadores da antiguidade;
- Compreender o uso de pronomes pessoais e possessivos dentro das cantigas;
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
- analisar os tipos de cantigas proporcionando momentos de distinção, classificando uma cantiga em satírica ou lírica.
3.5. Conhecimentos Trabalhados
- Literatura: Trovadorismo;
- Leitura e produção;
- Análise linguística;
3.6. Metodologia
- Levantamento de hipóteses sobre a palavra TROVADORISMO;
- Histórico sobre TROVADORISMO;
- vídeos sobre trova nordestina;
- análise de cantiga de escárnio;
- diálogo sobre trova gaúcha;
-construção da linha do tempo;
- vídeo de conceitualização da escola literária;
- leitura e análise de cantigas de amigo;
- leitura e análise de cantigas de amor;
- comparativos sobre as cantigas de escárnio, amigo e amor;
- contraposição;
- produção textual em grupo e individual;
- apresentação em forma de teatro;
- conceitualização de pronomes;
- entrevista a um trovador;
- audição de músicas e comparativos de épocas;
- Biblioteca; 
3.7. Recursos Didáticos
- Aparelho de som - poema falado;
- Livros;
- cantigas e trovas impressas;
- Dicionário da língua portuguesa;
- Datashow;
- Cartolina;
- Sulfite;
- Canetas hidro cor;
- Barbante;
- Pregador de roupa;
- jornais;
- vídeos;
3.8. Avaliação
· Qualitativa: Observação da participação, interesse, organização e colaboração no desenvolvimento das atividades propostas e na maneira de demonstrar o que aprendeu tanto na língua oral como na língua escrita;
· Quantitativa: Produção textual, trabalho em grupo e Avaliação escrita;
3.9. Referências
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília, 1997. V. 2. 
______. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília, 1998.
PELLEGRINI, T.; FERREIRA, M. Português: palavra e arte. São Paulo: Atual, 1996.
SEGATE, Aline. Gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa. Disponível em: www.revistas.usp.br/linhadagua/article/download/37333/40053. Acesso 07 Maio 2015.
4. PLANOS DE AULA
4.1. Plano de aula 1
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 2 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
Contextualização do Trovadorismo
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Promover momentos de interação e apresentação de alunos e professoras;
- Formular acordos de convivência em grupo;
- Proporcionar um momento de levantamento de hipóteses a respeito da palavra e conceito sobre Trovadorismo;
- Compreender e localizar o trovadorismo no tempo e espaço, reconhecendo suas principais características.
Procedimentos
Aula 1 – 2 aulas faixas em sala (2h-a): 
1º momento: Dinâmica de apresentação: Quebra-cabeça da amizade.
Os alunos receberão partes de um quebra-cabeça os quais formarão corações. Cada um irá procurar a parte que encaixa com seu, formando assim um coração. Posteriormente, um apresentará o outro dizendo características simples como: nome, idade, onde mora (se é próximo da escola ou não), o que mais gosta de fazer etc.
2º momento: Acordo didático:
Formular com os alunos algumas regrinhas para boa convivência em grupo durante o projeto;
3º momento: A professora irá escrever a palavra TROVADORISMO na lousa e instigará os alunos a levantarem hipóteses referente a este tema, lançando e escrevendo palavras que remetem ao conhecimento prévio dos alunos; Os alunos passarão para seus cadernos as ideias construídas para que no final do projeto possamos fazer um comparativos das ideias lançadas.
4º Momento: A professora irá falar resumidamente sobre o trovadorismo, instigando a curiosidade dos alunos referente ao assunto. 
5º Momento: Audição de algumas cantigas e músicas, onde os alunos tentarão classificar como sendo do trovadorismo ou de outra escola literária. Ditado auditivo.
Para finalizar a aula será apresentado o projeto para turma convidando-os a participar de forma ativa para que juntos consigamos um resultado significativo tanto para ele como para nós.
Recursos
- lousa e giz;
- material de uso diário;
- corações cortados ao meio;
- aparelho de som e CDs;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
4.2. Plano de Aula 2
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 1 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Trova gaúcha;
- Trova nordestina;
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Conhecer a trova gaúcha e nordestina, percebendo a influência desta escola literária em nosso país;
- Assistir atentamente a vídeos com trovas gaúchas e nordestinas;
- Levantar semelhanças, diferenças, culturas e localização regional das trovas apresentadas;
Procedimentos
Aula 1 – 1 em sala (1h-a): 
1º momento: Assistir a vídeos de trova gaúcha e nordestina, incentivando os alunos a diferencia-las, reconhecendo suas características peculiares e semelhanças apresentadas entre ambas;
2º Momento: Roda de conversa sobre os vídeos, levantando semelhanças, diferenças, apresentação de culturas, regionalismos, entre outras características;
Recursos
- material de uso diário;
- aparelho de som e CDs;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
TROVAS 1 Mulher contra 3 Homens. Disponívelem www.youtube.com/watch?v=tCb7jBAl8gM. Acessado em 25 mar. 2015.
JUCA CHAVES. Assim é o Rio. https://www.youtube.com/watch?v=_F_AbiQ5qv0. Acessado em 25 mar. 2015
Anexo 
4.3. Plano de Aula 3
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 2 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Trova gaúcha;
- Trova nordestina;
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Conhecer a trova gaúcha e nordestina, percebendo a influência desta escola literária em nosso país;
- Assistir atentamente a vídeos com trovas gaúchas e nordestinas;
- Levantar semelhanças, diferenças, culturas e localização regional das trovas apresentadas;
- Construir uma linha do tempo localizando a origem e características do trovadorismo;
Procedimentos
Aula 1 – 2 aulas faixa em sala (2h-a): 
1º momento: Retomar o que foi visto e falado na aula anterior, referente à trova gaúcha e nordestina;
2º Momento: Construir uma linha do tempo com os alunos para que compreendam que a origem desse tipo de manifestação que aconteceu na Idade Média;
3º Momento: Diálogo com o professor de história referente às características da Idade Média (Roda de conversa);
Recursos
- material de uso diário;
- lousa e giz;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
4.4. Plano de Aula 4.
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 1 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Trovadorismo
Objetivo Geral
- Compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Resgatar os conhecimentos construídos até o momento e comparar com as hipóteses levantadas na primeira aula;
- Compreender histórico e conceitualmente o trovadorismo;
- Construção de um painel com as ideias principais;
Procedimentos
Aula 1 – 1 em sala (1h-a): 
1º momento: Retomada e diálogo sobre conceito de trovadorismo, refazendo o quadro de ideias;
2º Momento: Construção de um mural com as ideias construídas até o momento, onde cada aluno irá escrever e representar através de uma imagem ou símbolo o que compreender sobre o trovadorismo;
Recursos
- material de uso diário;
- papel pardo;
- canetão;
- imagens;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
4.5. Plano de aula 5
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 2 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
Contextualização do Trovadorismo
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Conhecer e Identificar características de Cantiga de Amigo;
- Análise e leitura de texto;
- Compreender o processo histórico da língua;
Procedimentos
Aula 1 – 2 aulas faixas em sala (2h-a): 
1º momento: Leitura e Análise do texto “Fato Manuscrito de Martin Codax”. Neste momento o professor irá expor a presença do eu lírico, português arcaico presente neste tipo de cantiga;
2º momento: Construção e diálogo sobre a história da língua, onde será utilizado o mapa mundi como forma de localização do tempo e espaço, onde ocorreu o lançamento das cantigas de Amigos;
3º momento: Construção de um quadro comparativo, onde a cada construção realizada serão acrescentado fatos referente ao conteúdo abordado.
Recursos
- lousa e giz;
- material de uso diário;
- mapa mundi;
- papel Kraft;
- texto xerografado;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
Anexo 
Ai Flores do Verde Pino
__ Ai flores, ai flores do verde pino, 
se sabedes novas do meu amigo! 
    Ai Deus, e u é? 
__ Ai flores, ai flores do verde ramo, 
se sabedes novas do meu amado! 
    Ai Deus, e u é? 
Se sabedes novas do meu amigo, 
aquel que mentiu do que pôs comigo! 
    Ai Deus, e u é? 
Se sabedes novas do meu amado, 
aquel que mentiu do qui mi á jurado! 
    Ai Deus, e u é? 
__ Vós me perguntardes polo voss'amigo, 
e eu bem vos digo que é san'vivo. 
    Ai Deus, e u é? 
Vós me perguntardes polo voss'amado, 
e eu bem vos digo que é viv'e sano. 
    Ai Deus, e u é? 
E eu bem vos digo que é san'vivo 
e seera vosc'ant'o prazo saído. 
    Ai Deus, e u é? 
E eu bem vos digo que é viv' e sano 
e seera vosc'ant'o prazo passado 
    Ai Deus, e u é? 
D. Dinis, in 'Antologia Poética’.
4.6. Plano de aula 6
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 1 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Cantigas de amigos
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Identificar as cantigas de amigos, reconhecendo suas características;
Procedimentos
Aula 1 – 1 em sala (1h-a): 
1º momento: Construir com os alunos as características das cantigas dos amigos, representando suas estrutura, localização;
2º Momento: Os alunos receber uma cantiga de amigo, onde terão que grifar frases ou palavras que representem estas características;
Recursos
- material de uso diário;
- aparelho de som e CDs;
- folha xerografada.
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
Paráfrase
Ondas do mar de Vigo 
Se vires meu namorado! 
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Ondas do mar revolto, 
Se vires o meu namorado! 
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Se vires meu namorado, 
Aquele por quem eu suspiro! 
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Se vires meu namorado 
Por quem tenho grande temor! 
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Fonte: http://www.colegioweb.com.br/trovadorismo/as-cantigas-de-amigo.html#ixzz3g457Mj7a
4.7. Plano de aula 7
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 2 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Cantigas de Amor
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Compreender as características das cantigas de amor;
- Analisar e ler atentamente ao texto;
- Realizar comparativos entre as cantigas de amor e cantigas de amigo;
Procedimentos
Aula 1 – 2 aulas faixa em sala (2h-a): 
1º momento: Leitura e interpretação da Cantiga da Ribeirinha (1198), conhecida também como cantiga da Guarvaia, onde os alunos terão acesso a dois textos, um escrito por Paio Soares de Taveiro e outro traduzido por Stélio Furlan; Os alunos tentarão encontrar semelhanças e diferenças entre os textos apresentados;
2º Momento: Diálogo sobre as características das Cantigas de amor, sendo acrescentado às ideias no quadro comparativo;
Recursos
- material de uso diário;
- folha xerografada;
- lousa e giz;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
Texto 1:
Ribeirinha
No mundo non me sei pareiha,
Mentre me for como me vai,
Ca já moiro por vós – e ai!
Mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, dês aquel di’, ai!
Me foi a mim mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
D’haver eu por vós guarvaia,
Pois, eu, mia senhor, d’alfaia
Nunca de vós houve nen hei
Valia d’ua Correa.
No mundo não conheço quem se compare
A mim enquanto eu viver como vivo,Pois eu moro por vós – ai!
Pálida senhora de face rosada,
Quereis que eu vos retrate
Quando eu vos vi sem manto!
Infeliz o dia em que acordei,
Que então eu vos vi linda!
E, minha senhora, desde aquele dia, ai!
As coisas ficaram mal para mim,
E vós, filha de Dom Paio
Moniz, tendes a impressão de
Que eu possuo roupa luxuosa para vós,
Pois, eu, minha senhora, de presente
Nunca tive de vós nem terei
O mimo de uma correia.
 (Paio Soares de Taveirós) 
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/32033/cantiga-de-ribeirinha-literatura-portuguesa#ixzz3g46kIuS2
4.8. Plano de aula 8
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 1 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Cantiga de amigo e amor nas músicas contemporâneas
Objetivo Geral
- Compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Compreender a presença das características das cantigas de amor e das cantigas de amigo nas musicas contemporâneas;
- Ser capaz de comparar e identificar as semelhanças e diferenças nestas cantigas;
Procedimentos
Aula 1 – 1 em sala (1h-a): 
1º momento: Audição sonora de musicas contemporâneas
- Cantiga de amigo: Palpite de Vanessa Rangel;
- Cantiga de Amor: Meu Bem querer de Djavan;
2º Momento: Roda de conversa, onde serão levantadas hipóteses de características comparativas entre as cantigas antigas e as contemporâneas.
Recursos
- material de uso diário;
- folha xerografada;
- aparelho de som e Cds;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
Palpite
Vanessa Rangel
Tô com saudade de você
Debaixo do meu cobertor
E te arrancar suspiros
Fazer amor
Tô com saudade de você
Na varanda em noite quente
E o arrepio frio
Que dá na gente
Truque do desejo
Guardo na boca
O gosto do beijo
Eu sinto a falta de você
Me sinto só
E aí! Será que você volta?
Tudo à minha volta é triste
E aí! O amor pode acontecer
De novo pra você
Palpite!
Tô com saudade de você
Do nosso banho de chuva
Do calor na minha pele
Da língua tua
Tô com saudade de você
Censurando o meu vestido
As juras de amor
Ao pé do ouvido
Truque do desejo
Guardo na boca
O gosto do beijo
Eu sinto a falta de você
Me sinto só
E aí! Será que você volta?
Tudo à minha volta
É triste
E aí! O amor pode acontecer
De novo pra você
Palpite!
E aí! Será que você volta?
Tudo à minha volta
É triste
E aí! O amor pode acontecer
De novo pra você
Palpite!
Meu Bem Querer
Djavan
 
Meu bem querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coraçăo
Meu bem querer
Tem um quę de pecado
Acariciado
Pela emoçăo
Meu bem querer
Meu encanto
Estou sofrendo
Tanto
E o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer
De amor
4.9. Plano de aula 9
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 2 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Cantiga de Escarnio;
- Cantiga de Maldizer;
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Conhecer e identificar as cantigas de escarnio e de maldizer;
- Compreender as características destas cantigas;
Procedimentos
Aula 1 – 2 aulas faixas em sala (2h-a): 
1º momento: Apresentação oral sobre as cantigas de Escárnio e Maldizer, expondo suas principais características. Os alunos receberão uma folha com duas cantigas, onde terão que analisar e identificar qual se classifica a cantiga de escárnio e de maldizer;
2º momento: Audição da Musica atraso ou solução de Juca Chaves e de Sandro Becker, onde os alunos farão a distinção perante suas características.
3º momento: Continuação e conclusão do quadro comparativo acrescentando fatos referente ao conteúdo abordado.
Recursos
- lousa e giz;
- material de uso diário;
- mapa mundi;
- papel Kraft;
- texto xerografado;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
Atraso Ou Solução
Juca Chaves
Já meia hora atrasada
o que em ti é natural.
Até pareces, querida,
com os nossos trens da central
isto ainda acaba mal.
Não brinques assim comigo,
com este teu vem ou não vem,
não faças de estação meu coração,
nem faças o teu de trem, tá bem?
Ai, ai, amor, ai que dor
eu sinto o ar esperar
até a chuva já veio,
mas não vens, ai, por que?
quem me dera, minha amada
se tu fostes viatura
cá da nossa prefeitura
pois te dava uma pedrada
muito bem dada.
4.10. Plano de aula 10
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 3 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Cantigas de amor, amigo, escárnio e maldizer
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Representar através de teatro, cantiga, menestréis, as cantigas de amor, amigo, escárnio, maldizer;
- Participar com entusiasmo do trabalho em grupo;
- Realizar uma pesquisa sobre o trovadorismo;
- Elaborar coletivamente, uma forma de apresentação do trabalho realizado em grupo;
Procedimentos
Aula 1 – 1 aula em sala (1h-a): 
1º momento: Trabalho em grupo, onde os alunos serão divididos em grupos e cada grupo ficará responsável por um tipo de cantiga, tendo que pesquisar suas característica, localização de tempo e espaço, duas cantigas que representam esta, em dois tempos diferentes, passado e contemporâneo;
Aula 2 – 2 aula faixa em sala (2h-a): 
1º momento: Apresentação do trabalho em grupo;
2º momento: Autoavaliação do trabalho e sua importância para o processo educativo.
Recursos
- material de uso diário;
- aparelho de som e Cds;
- folha xerografada;
- cartazes;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
Anexo 
4.11. Plano de aula 11
Identificação: E.E.B. Nilton Kucker
Professor regente: Roseli 
Estagiárias: Francine Mirian Schulz Gomes Tatiane Roberta Vieira Corrêa
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano escolar: 1° ano
Tempo de aula: 1 h/a em sala
Tema
Introdução ao gênero: Trovadorismo
Conteúdo
- Trovadorismo
Objetivo Geral
- compreender as características estéticas que fazem parte do movimento literário do trovadorismo;
Objetivos específicos
- Aplicar os conhecimentos adquiridos através da realização de uma avaliação.
Procedimentos
Aula 1 – 1aula em sala (1h-a): 
1º momento: Avaliação contendo 9 questões de múltiplas escolha e uma dissertativa.
2º Momento: Encerramento e despedida, agradecendo a participação e envolvimento de todos.
Recursos
- material de uso diário;
- folha xerografada;
- lousa e giz;
Avaliação
- participação;
- desempenho nas atividades;
Referências
5. PROJETO EXTRACLASSE
5.1 Justificativa
Durante o estágio de observação foi possível observar que os alunos não sabem definir o que é leitura, pelo o que foi percebido, a leitura era feita somente para aprender sobre determinado conteúdo que a professora queria expor naquele momento da aula.
Com isso, sentimos a necessidade de práticas de leitura com outro significado, práticas onde se possibilite a esses alunos a oportunidade de encontrar um texto que prenda a atenção deles, ampliando suas experiências de tal forma que cada vez mais armazene conteúdos intelectuais e humanos que acabam sobretudo alimentando e facilitando o processo da leitura e consequentemente da escrita. 
Quando a escola exige a leitura de certo texto em vez de ensejar a formação de leitora pode produzir um efeito contrário: o afastamento desses alunos de qualquer tipo de livro, isto quer dizer que quando a escola faz uma exigência que não é do interessedos alunos a tendência desses alunos é de se afastarem de qualquer outra leitura.
Para que alguém se torne leitor parece necessário que haja uma experiência de prazer do texto que em algum momento da vida certo texto corresponda a uma necessidade ou carência, a uma busca ou desejos, que se produza o encontro entre a fome e o alimento, que o leitor traga o anseio (ou que o descubra, quando nem mesmo sabia existir) e que o texto contenha a resposta. (MARTINS,2002,p.53)
5.2. Objetivos
· Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura;
· Realizar momentos de leitura em locais variados do ambiente escolar;
· Promover momentos de interação com diferentes obras literárias bem como diferentes autores; 
· Propiciar autonomia aos alunos na escolha do texto a ser lido;
5.3. Conteúdo
· Leitura;
5.4 Cronograma de Atividades
Os encontros do extraclasse serão divididos em momentos, de acordo com as possibilidades da escola, da turma e de outros professores, que por ventura puderem ceder suas aulas para a execução deste projeto, já que não é possível contar com os alunos em contra turnos e nos finais de semana.
Sendo assim, esses encontros totalizarão 16 h/a como previsto.
O primeiro encontro acontecerá na biblioteca, a qual suporta um grande acervo de obras literárias, nesse momento os alunos poderão explorar a biblioteca observando seu acervo para posteriormente terem autonomia para realizarem suas próprias escolhas, de forma orientada sempre.
O segundo passo será escolher uma obra literária para leitura. Cada aluno terá a oportunidade de escolher o livro que irá ler.
Com as obras em mãos os alunos começarão “sua viagem” no mundo da leitura.
Essas leituras acontecerão em diferentes ambientes escolares: biblioteca, pátio, etc. De acordo com as possibilidades oferecidas que serão agendadas previamente com a direção.
5.5. Culminância
Socialização da leitura: no último encontro cada aluno terá a oportunidade de fazer um comentário sobre o livro que leu ou ainda está lendo. 
5.6. Referências
KLEIMAN, Ângela. B. Oficina de leitura: teoria e prática. 10. ed. Campinas: Pontes, 2004.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura? 19 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
6. REFLEXÕES E ANÁLISE SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA E ATIVIDADES EXTRACLASSE NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA NO ENSINO MÉDIO
6.1. Relato das Vivências – Projeto Extraclasse 16 h/a
Planejamos este projeto de docência levando em consideração a importância e a relevância social que tal projeto traria aos seus envolvidos já que esses eram sujeitos dos quais o “mundo da leitura” não fazia parte de seus cotidianos, isso nos deixou muito intrigadas, pois se tratavam de adolescentes, a maioria do sexo masculino e com idade avançada para a turma.
Pensamos assim, em envolver esses garotos em outro divertimento, “o mundo da leitura”. O nosso maior objetivo era planejar atividades em que os alunos tivessem a oportunidade de participar de momentos de leitura, mas de forma prazerosa para eles para que se desenvolvesse o gosto e principalmente o hábito pela leitura.
Contudo, tivemos que adequar nosso projeto extraclasse, o qual havíamos planejado e combinado com a professora regente da turma 117, para nossa angústia e tristeza, por conta da professora Roseli ter aderido ao movimento da greve.
Com isso, tivemos que nos adequar com a situação em que a escola se encontrava e, como sugestão do diretor e orientação dos tutores presenciais conseguimos adequar e aplicar nosso projeto extraclasse.
Não o fizemos com a turma 117 a qual era dispensada todos os dias, durante este período, pois todos os professores das outras disciplinas haviam aderido ao movimento assim como a professora de Língua Portuguesa. Todavia, o nosso objetivo continuou o mesmo, desenvolver o gosto e o hábito pela leitura, é claro que sabemos que isso não acontece do dia pra noite, porém é com uma pequena semente que nasce uma enorme árvore, e foi pensando assim que desenvolvemos o nosso projeto com diferentes turmas do ensino médio noturno.
Desenvolvemos o projeto extraclasse em quatro dias, ministrando quatro aulas por dia, com quatro turmas diferentes, totalizando assim as 16 h/a.
Nosso primeiro dia foi no dia 29/04/2015, numa quarta feira, aplicamos o projeto nas quatro primeiras aulas com a turma 301, havia 36 alunos presentes. O primeiro momento foi muito interessante, pois a turma se interessou em saber sobre a universidade, vestibular, projetos etc... Realizamos uma roda de conversa onde apresentamos nosso projeto, explicamos nosso plano inicial e nosso objetivo. 
No segundo momento encaminhamos os alunos até a biblioteca, eles se mostraram muito interessados em participar da atividade. Chegando lá percebemos que alguns alunos nunca haviam entrado na biblioteca. Os instruímos para que cada um escolhesse um livro. Assim estipulamos um tempo para que eles pudessem observar o acervo da biblioteca, comentar, perguntar enfim, após todos terem feito sua escolha, pedimos para que eles comentassem o porquê da escolha, cada um fez um comentário, estipulamos um tempo para leitura. Procuramos deixar bem claro que o objetivo daquela leitura era para o prazer e o deleite. Reservamos um tempo ainda para que eles tivessem a oportunidade de fazer uma ficha na biblioteca e terminar a leitura em casa se assim desejassem. Para assim incentivar a leitura e as visitas à biblioteca escolar.
E assim sucessivamente aconteceu com as outras turmas. A 302 no dia 30/04/2015, quinta-feira. Seguimos a mesma didática usada com a primeira turma. Essa vez deu mais certo ainda, pois já estávamos mais seguras com a experiência anterior e a turma era um pouco menor, havia 31 alunos presentes, então foi mais tranquilo, eles eram menos falante e menos participativos todavia conseguimos fazer com que todos pudessem expressar o porquê da escolha do livro. E as respostas foram inúmeras, como, gostei da capa, gostei das letras, gostei do nome do personagem etc.
Nosso terceiro dia aplicando o projeto extraclasse, foi no dia 06/05/2015, nesse dia aplicamos o projeto com a turma 201, seguindo a mesma didática, a turma do segundo ano se mostrou menos interessada, essa turma se mostrou bastante agitada, havia 33 alunos presentes, e tivemos dificuldade em acalmá-los para leitura, porém o resultado foi gratificante quando muitos se mostraram interessados em levar o livro escolhido para terminar a leitura em casa.
Finalizamos o projeto extraclasse com a turma 202, no dia 07/05/2015, seguindo a mesma sequência terminamos o projeto extraclasse nos sentindo realizadas, apesar de não ter saído exatamente como havíamos planejado inicialmente para a turma 117 – primeiro ano- , conseguimos com essas outras quatro turmas, do ensino médio, alcançar o objetivo de dissimular a semente do gosto pela leitura e inserir os jovens no mundo surpreendente e riquíssimo que é o mundo da leitura! 
6.2. Relato das Vivências - Projeto de Docência 28 h/a
Iniciamos nosso projeto de docência na turma 117, primeiro ano do Ensino Médio, noturno, no dia 01/04/2015, numa quarta-feira, em duas aulas faixas, a segunda e a terceira aula. Havia 21 alunos presentes, sendo 17 meninos e 3 meninas.
No primeiro momento, realizamos uma dinâmica de apresentação, todos participaram, a turma é composta basicamente por meninos, então eles acabaram se divertindo e brincando com essa questão da turma “ter só cueca” como eles falaram. Posteriormente, confeccionamos um crachá, utilizando folhas sulfite e canetões, para que pudéssemos estreitar os laços e demonstrar respeito, chamando-os pelo nome. Essa atividade foi bastante gratificante pois percebemos que aqueles alunos que se mostravam totalmente desmotivados e sem interesse participaram de forma ativa numa atividade que de início parecia ser simples mas motivou e incentivou eles a participarem durante o período que passamos juntos.
No segundo momento, apresentamos o projeto de docência e realizamos um levantamento de hipótese através da palavra TROVADORISMO. Escrevemos a palavra na lousa erealizamos um diálogo, ou melhor, um levantamento de hipóteses. Os alunos foram falando outras palavras e fomos juntos construindo algumas hipóteses. Falaram palavras como, trovão, trovoada, trova, trovador etc. Escrevemos numa cartolina e anexamos na parede.
Hoje ouvimos comentários sobre o movimento da greve entre os professores, alguns já aderiram ao movimento. 
No segundo dia, 02/04/2015, ministramos uma aula, a primeira, a qual iniciou com os alunos entrando na sala ouvindo trovas que tocavam em áudio. Foi muito engraçado porque os alunos se assustavam quando paravam para ouvir e perguntavam “Mas o que é isso professora”?”“ Vocês tão ficando doida é?”
Pedimos pra que eles ouvissem, explicamos que se tratava de trovas gaúchas. Posteriormente, entregamos as letras de algumas dessas trovas impressas e distribuímos aleatoriamente para que analisássemos a letra, o tipo de composição, o uso da rima etc.; Depois cada um se juntaria formando o grupo da trova que pegou para realizar a leitura para o grande grupo e fazer alguns comentários rápidos. Surgiram comparações com o rap, com a literatura de cordel, a trova nordestina enfim, alguns até improvisaram uma rima. Foi bastante proveitosa a aula.
A professora regente Roseli, nos informou que iria participar de uma reunião na próxima semana para decidirem sobre a greve. Isso nos deixou muito preocupadas e angustiadas.
No dia 08/04/2015, tivemos mais duas aulas faixas, quarta-feira. Hoje só havia 7 alunos presentes, devido a greve alguns alunos estão faltando. Iniciamos a aula utilizando o Datashow para passar um vídeo sobre o trovadorismo. Os alunos assistiram ao vídeo, posteriormente realizamos uma roda de conversa para discutirmos o contexto histórico e as questões apresentadas no vídeo. Conseguimos fazer com que os alunos chegassem à conclusão que o Trovadorismo foi a primeira escola literária portuguesa, que os poemas eram cantados e que a poesia estava em formação assim como a língua portuguesa estava também em processo de amadurecimento. Neste momento surgiu também a oportunidade de conversarmos com os alunos sobre a história da língua e, a questão da língua portuguesa ser uma língua, assim como qualquer outra, dinâmica e em constante mudança. Para finalizar registramos construindo um mural, para atualizar o cartaz inicial, que havíamos escrito no levantamento de hipóteses inicial, variamos um pouco mais os matérias, utilizamos papel pardo, canetão, revistas, tesoura e cola. Assim anexamos os dois cartazes e realizamos a comparação da situação inicial com a situação do conhecimento construído.
No dia 09/04/2015, quinta-feira, para uma aula, levamos um exemplo de cantiga de amigo da autoria do rei D.Dinis, 
	Ai flores, ai flores, do verde pino,
Se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores de verde ramo,
Se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
Aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus , e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
Aquel que mentiu do que mi há jurado!
Ai Deus, u e é?
Organizamos a sala em circulo para realizamos a leitura individualmente, haviam 11 alunos presentes, posteriormente um aluno leu em voz alta, o Felipe, primeiramente deixamos os alunos se expressarem espontaneamente sobre o texto, depois fomos questionando para que pudessem perceber a questão do amor não correspondido que causa sofrimento e lamento num eu lírico que assume a voz feminina (embora fosse escrita por homem) e também retomamos a questão da história da língua, abordada na aula anterior, que se tratava do português arcaico, denominado na época galego-português. Os alunos levantaram a questão das musicas que falam da “sofrência” da contemporaneidade realizando uma comparação também com as músicas sertanejas.
Levantamos também a questão dos lugares onde se desenvolviam tais canções (a coincidência entre sentimento e ambiente); 
No dia 15/04/2015, quarta-feira, tivemos mais duas aulas faixas. Modificamos um pouco nosso planejamento, pois ficamos muito preocupadas com a situação da greve, pensamos que talvez não tivéssemos tempo para aplicar tudo o que havíamos planejado, sendo assim, optamos por priorizar algumas atividades. 
No primeiro momento, realizamos, com o uso do Datashow, a leitura coletiva da Cantiga de Amor “Cantiga da Ribeirinha” de Paio Soares de Taveirós, bem como sua transcrição feita pelo professor Stélio Furlan. Comparamos com a primeira cantiga de Amigo analisada. Vimos às diferenças entre o eu lírico masculino/ feminino a o ambiente que agora é rico (palácios) se contrapondo com a natureza, louva-se as virtudes da dama enfim chegou-se a conclusão de um amor cortês. Construímos com os alunos as características das Cantigas de Amor.
No segundo momento, ainda com o uso do Datashow – Power point- visualizamos uma comparação entre as características das Cantigas de Amigo e das Cantigas de Amor, através de uma aula dialogada.
No dia 16/04/2015, quinta-feira, tivemos uma aula, onde estavam presentes 5 alunos. No primeiro momento levamos a música “O Meu país” de Zé Ramalho, ouvimos a música, nenhum dos cinco alunos conhecia a música. Depois de ouvir, lemos a letra impressa e discutimos sobre o que o autor quis expressar com o texto e ainda, questionamos se a aquela letra tinha algo a ver com as Cantigas de Amigo e de Amor que havíamos conhecido, lido, analisado, enfim... Bem depressa, chegaram à conclusão de que não, não tinha nada a ver! Então lemos a letra da Cantiga de Escárnio de João Garcia Ghilhade “Dona Fea”. Levamos eles a chegarem a conclusão de que esse tipo de Cantiga se diferenciava das outras duas pois se tratava de Cantiga de Escárnio as quais o objetivo era criticar alguém ridicularizando-a. 
22/04/2015 Comparecemos na escola, pois hoje teríamos duas aulas faixas, porém a professora Roseli aderiu a greve, os alunos da turma 117 foram dispensados, pois todos seus professores aderiram ao movimento. Fomos instruídas a esperar para retomar a docência. Sendo assim permanecemos no período em que deveríamos e registramos a grave.
23/04/2015 Comparecemos na escola novamente para termos uma posição sobre a greve, ficamos muito preocupadas e decidimos juntamente com a direção da escola bem como os tutores presenciais, autorizados pela UFSC, a aplicarmos nosso projeto extraclasse em outra turma já que se o movimento da greve se estendesse por muito tempo não conseguiríamos contemplar o calendário da disciplina deixando assim de cumprir as atividades programadas. 
01/06/2015 Infelizmente tivemos que modificar nosso planejamento, a professora regente da turma117, não tem previsão de voltar da greve, por conta disso decidimos, juntamente com os tutores, para que não saíssemos prejudicadas já que cumprimos 40% do estágio de docência e 100% o extraclasse , já com outras turmas, mudar de turma e de turno pois foi a única alternativa que encontramos para conseguir dar conta do estágio de docência.
6.2.1 RELATÓRIO DAS VIVÊNCIAS II
 
PLANO DE AULA REALISMO
Professora Mabilda 221 – 2º ano matutino.
Plano de aula 
E.E.B.Profº Nilton Kucker
Professora regente: Mabilda
Disciplina: Língua Portuguesa
Estagiarias: Francine Gomes e Tatiane Roberta Vieira
Ensino Médio - Turma: 221- matutino
*Período: 16 aulas – 01/06/2015 à 22/06/2015
*Conteúdo: Realismo
*Objetivo Geral: 
1. Estudar a escola literária do Realismo bem como conhecer a vida do autor Machado de Assis e ainda conhecer e analisar a obra Memórias póstumas de Brás de Cubas;
*Objetivos Específicos:
1. Apresentar o projeto de docência;
1. Ler um trecho da obra literária, Memórias póstumas de Brás Cubas, para introdução às características do Realismo;
1. Discutir sobre o texto lido;
1. Levantar hipóteses sobre a palavra REALISMO;
1. Debater sobre o contexto histórico da época a partir da leitura de tópicos;
1. Conhecer o autor precursor do Realismo no Brasil, Machado de Assis, bem como algumas de suas obras;
1. Realizar trabalho em grupo através da leitura, análise, interpretação e dramatização de um trecho da obra estudada bem como umapesquisa sobre a vida do autor Machado de Assis;
1. Apresentar uma dramatização do trecho estudado bem como um trabalho escrito sobre Machado de Assis, em grupo;
1. Assistir o filme Memórias Póstumas de Brás Cubas;
*Metodologia:
1. Crachás;
1. Dinâmica de apresentação;
1. Leitura, apreciação, análise e interpretação textual;
1. Aula dialogada;
1. Levantamento de hipóteses a partir de palavra;
1. Trabalho em grupo;
1. Pesquisa;
1. Dramatização;
1. Trabalho escrito;
1. Aula vídeo;
*Avaliação:
1. Participação/ Interesse;
1. Motivação;
1. Organização;
1. Desempenho nas atividades propostas;
1. Trabalho escrito;
1. Dramatização;
1. Prova individual escrita;
*Referências:
CASTELLI, Marco Antônio de Mello. Literatura brasileira II/ Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2008.
http://www.infoescola.com/livros/memorias-postumas-de-bras-cubas/- último acesso em: 28/05/2015
http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm05.pdf - último acesso em: 28/05/2015
http://www.brasilescola.com/literatura/realismo-no-brasil.htm- último acesso em: 28/05/2015
Iniciamos na turma 221, no turno matutino, no dia 01/06/2015 numa segunda-feira, após tantos momentos de angústia e preocupação, a professora regente desta turma, do segundo ano do ensino médio, a professora Mabilda, se mostrou muito gentil, nos acolheu com muito respeito, paciência e carinho. Conversamos com ela, uma semana antes, para podermos planejar de acordo com o conteúdo que ela trabalharia neste período, e também procurar saber um pouco sobre a turma já que não os conhecíamos. Ela nos falou sobre a turma, nos traçou um perfil, nos tranquilizou e assim traçamos um plano.
Iniciamos a aula nos apresentando, apresentado o objetivo de estarmos ali sem uma visita prévia, apresentando nosso planejamento etc., Posteriormente, agimos como fizemos com a turma 117, confeccionamos crachás, essa turma é bem diferente da outra. Pudemos através desta mudança, fazer uma comparação de professores e alunos, os quais se diferenciaram totalmente nas duas realidades as quais presenciamos isto nos possibilitou diferentes reflexões e experiências. Os alunos se apresentaram colocando seus crachás sobre a mesa. 
Para introduzir o Realismo sem falar nele de inicio decidimos fazer a leitura do trecho:
	
CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?
“...era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que ia lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque 
isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, — devoção, ou talvez medo; creio que medo...” 
Memórias Póstumas de Brás Cubas- Machado de Assis
Cada aluno recebeu o texto impresso e leu individualmente, posteriormente pedimos para um aluno ler. Para nossa surpresa mais de um aluno se manifestou então, dividimos nos três parágrafos. Após a leitura pedimos para que eles comentassem sobre o texto, o que eles acharam, se alguém conhecia a obra ou o autor, enfim abrimos um diálogo a principio livre, sobre o texto.
No segundo momento falamos que aquele texto se tratava de um trecho retirado de uma obra realista, ou seja, pertencente ao Realismo.
Escrevemos a palavra Realismo na lousa e pedimos para que os alunos nos levantassem hipóteses com essa palavra, falaram real e realidade. Combinamos que até o final da aula tínhamos que completar com mais palavras.
Entregamos um segundo texto impresso o qual trazia o contexto histórico em que o Realismo surgiu tanto na Europa como no Brasil, para isto se tornou necessário também retomarmos algumas questões do Romantismo que eles haviam visto com a professora Mabilda para poderem se situar melhor. Com isso realizamos uma aula dialogada e muito satisfatória. Ao final conseguimos com que surgissem novas palavras para completar o quadro com a palavra Realismo, surgiram as palavras, objetividade, democracia, critica, ciência, análise etc., registramos num cartaz e anexamos na parede. Estavam presentes 28 alunos.
Nosso segundo dia com a turma 221, foi na segunda-feira dia 08/06/2015, mais duas aulas faixas. 
No primeiro momento passamos as instruções do trabalho em grupo:
1. Trabalho escrito - ABNT: Pesquisa sobre a vida do autor Machado de Assis;
1. Trabalho apresentado: Dramatização: Trecho da obra Memórias póstumas de Brás Cubas (sorteio)
Antes de dividirmos os grupos realizamos uma aula dialogada sobre a obra Memória póstumas de Brás Cubas. 
Iniciamos lendo o trecho:
Óbito do autor
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de minha cova: - "Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado".    
 ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Abril Cultural, 1978. P. 15.
Posteriormente dividimos o grande grupo em grupos menores- 7 grupos de 4 e 5 alunos cada, utilizando uma dinâmica de números.
Depois sorteamos os trechos a serem dramatizados, porém o grupo teria a incumbência de ler todo o capitulo da obra em casa também. Os trechos eram os seguintes:
1. Delírios ante morte;
1. Um episódio de 1814;
1. Marcela;
1. Virgília;
1. Eugênia (Por que bela de coxa? Por que coxa se bela?);
1. Quincas Borba (Reencontro);
1. Nhá Ló-ló;
Disponibilizamos os livros que retiramos na biblioteca para que eles iniciassem a leitura de capítulo neste momento.
Percebemos que no inicio eles ficaram preocupados com a apresentação, não sabiam como fazer, o que fazer, estavam perdidos, depois que começamos a circular pelos grupos a dar sugestões eles começaram a se empolgar.
No dia 10/04/2015, quarta-feira, ministramos uma aula a qual demos instruções sobre o trabalho escrito referente a pesquisa sobre a vida do autor Machado de Assis, disponibilizamos alguns livros sobre o autor, os quais retiramos na biblioteca da escola, pudemos perceber, assim como com a turma 117 e as outras turmas as quais aplicamos o projeto extraclasse, que os alunos desta turma também não tem o hábito de visitar a biblioteca para realizar algum tipo de pesquisa e retirar livros para leitura. 
Disponibilizamos também as normas ABNT para que eles pudessem tirar as dúvidas com relação a estrutura do trabalho escolar.31alunos presentes
No 15/06/2015, segunda-feira, tivemos duas aulas faixas, onde como combinado com a turma, realizamos os ensaios

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