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ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS

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ESTUDO DIRIGIDO – ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS (POST MORTEM) 
 
 
COMO VOCÊ DEFINIRIA “ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS OU POST MORTEM” E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA NO PONTO DE VISTA DO EXAME DE NECROPSIA. 
 
AS ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS PODEM SER CLASSIFICADAS EM: ABIÓTICAS E TRANSFORMATIVAS. 
 
DEFINA E CITE AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ABIÓTICAS. 
DEFINA E CITE AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES TRANSFORMATIVAS. 
 
AS ALTERAÇÕES ABIÓTICAS SÃO CLASSIFICADAS EM IMEDIATAS E MEDIATAS. 
 
DEFINA E DESCREVA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ABIÓTICAS IMEDIATAS. 
DEFINA E DESCREVA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ABIÓTICAS MEDIATAS. 
 
AS ALTERAÇÕES ABIÓTICAS SÃO CLASSIFICADAS EM IMEDIATAS E MEDIATAS. 
 
DEFINA E DESCREVA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ABIÓTICAS IMEDIATAS. 
DEFINA E DESCREVA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ABIÓTICAS MEDIATAS. 
 
DIFERENCIE AUTÓLISE DE PUTREFAÇÃO. 
 
DESCREVA AS FASES PELAS QUAIS PASSA O PROCESSO DE PUTREFAÇÃO. 
 
DESCREVA ALGUNS FATORES QUE INTERFEREM E INFLUENCIAM AS ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS. 
RESPOSTAS:
Alterações cadavéricas são alterações/mudanças observadas em um cadáver que não tenham ocorrido no animal vivo. Do ponto de vista do exame de necropsia, as alterações cadavéricas são importantes para diferenciar das lesões produzidas em vida, estimar a hora da morte do animal e para evitar um falso diagnóstico.
A) Alterações cadavéricas abióticas são aquelas que não modificam o cadáver no seu aspecto geral. Elas ocorrem logo após a morte do animal e antes da proliferação bacteriana, sem interferência de agentes etiológicos. Elas dividem-se em imediatas e mediatas/consecutivas. 
B) Alterações cadavéricas transformativas são aquelas que modificam o cadáver no seu aspecto geral, dificultam a análise dos achados macroscópicos, promovem multiplicação e invasão tecidual por bactérias saprófitas e determinam decomposição, putrefação e heterólise. 
A) Alterações cadavéricas abióticas imediatas significam morte somática ou clínica, ou seja, não ocorre morte instantânea de todos os tecidos e algumas células continuam vivas. São elas: 
- Insensibilidade 
- Imobilidade
- Parada das funções cárdio-respiratórias
- Inconsciência
- Arreflexia (ausência dos reflexos) 
B) Alterações cadavéricas abióticas mediatas ou consecutivas significam autólise, ou seja, autodigestão enzimática dos tecidos após a morte. Ocorre a destruição celular pelas enzimas da própria célula. Com a anóxia tecidual começam ocorrer alterações bioquímicas celulares que diminuem o pH, aumentando a acidez tecidual e causando lise celular. São elas:
- Livor mortis ou Hipostase cadavérica: por uma ação de gravidade o sangue se acumula no lado que o animal se encontra em decúbito. Ocorre uma parada na circulação e o sangue não coagulado vai para as partes mais baixas do cadáver causando manchas hipostáticas. Tempo de mais ou menos 2-4 horas, maior intensidade perto das 12 horas.
- Algor mortis ou Frialdade cadavérica: ocorre um resfriamento gradual do cadáver e à medida que não tem mais circulação nem atividade metabólica, a temperatura corporal abaixa e se iguala a do ambiente. Tempo de 3-4 horas.
- Rigor mortis ou Rigidez cadavérica: é o enrijecimento muscular do cadáver por um determinado tempo. Diminui o glicogênio muscular, o que diminui a produção de ATP e aumenta a produção de ácido lático (diminui o pH tecidual) e consequentemente ocorre a rigidez. Tempo de 2-4 horas, plenitude 12-15 horas. O estado nutricional do animal vai estar diretamente ligado a este tempo, quanto mais gordo o animal mais glicogênio vai ter. Inicia nos músculos voluntários até chegar aos voluntários. Normalmente começa no coração, segue para os músculos respiratórios, músculos mandibulares, músculos da nuca, músculos do tronco, músculos dos membros anteriores e dos membros posteriores.
- Coagulação sanguínea: é um processo que pode ocorrer tanto em vida (trombos) como no post mortem. Os trombos se formam na parede de vasos e não são brilhantes. Os fatores de coagulação predominam sobre os anticoagulantes e se originam a partir de células endoteliais, leucócitos e plaquetas em hipóxia que liberam tromboquinase, desencadeando a formação de coágulos. Tempo de 2-8 horas, dependendo da atividade enzimática. Após esse período os coágulos começam a se desfazer por hemólise. Existem dois tipos de coágulos, os cruóricos que são de coloração vermelha, são lisos, brilhantes, elásticos, não aderentes às paredes cardiovasculares e os coágulos lardáceos que são iguais aos cruóricos, porém apresentam coloração amarelada por perda de hemácias.
- Timpanismo pós-morte: é resultado da fermentação contínua das bactérias do tubo digestivo, principalmente do tubo intestinal. Ocorre distensão do estômago, intestino e abdômen. Quando o timpanismo é em vida há alterações circulatórias, onde o segmento rompido tem coloração diferente das normais. Tempo de 24 horas.
- Deslocamento, torção ou ruptura de vísceras: é um deslocamento sem alterações circulatórias como congestão, edema e hemorragia. O órgão fica com a mesma coloração. Ocorre por causa dos gases formados pelas bactérias.
- Prolapso retal cadavérico: é a exteriorização da ampola retal por consequência da grande liberação de gases. Quando o animal morre há um relaxamento do esfíncter e com isso pode ocorrer esse prolapso. Não ocorrem alterações circulatórias. Tempo de 24 horas.
- Embebição pela hemoglobina: Quando o animal morre, a hemácia se rompe e libera a hemoglobina (hemólise) de coloração avermelhada para o tecido em que se rompeu, formando uma mancha vermelha superficial principalmente em serosas (peritônio, pleura, omento e mesentério). Essa mancha não é visível em tecidos escuros. Tempo de 8 horas (após ocorrer o coágulo).
- Embebição biliar: Quando o animal morre, a bili autolisa a parede da vesícula através de ácidos que a corroem, causando microfuros e o extravasamento da bili. Com o extravasamento, todas as estruturas ao redor da vesícula (fígado e tecidos vizinhos) ficam manchadas com uma coloração amarelo-esverdeada. Tempo de 8 horas após a morte. 
Mesma resposta da questão nº 3.	
*Autólise é a destruição de um tecido por ação de enzimas proteolíticas produzidas pelo próprio tecido. É uma autodigestão enzimática dos tecidos após a morte. Com a anóxia tecidual começam ocorrer alterações bioquímicas celulares que diminuem o pH, aumentando a acidez tecidual e causando lise celular. A autólise causa alterações microscópicas como citoplasma hialino e granuloso, perda dos limites celulares, diminuição da atividade tintorial, ausência de reações inflamatórias e presença de hemólise.
*Putrefação/Decomposição/Heterólise é a destruição progressiva dos tecidos por bactérias saprófitas, geralmente de origem intestinal. É uma consequência da autólise. O seu mecanismo é a invasão e difusão tecidual de bactérias saprófitas e seus produtos (enzimas proteolíticas).
Fases da Putrefação:
Fase de coloração: após impregnação pela bile e hemoglobina (manchas esverdeadas na parede abdominal). Metahemoglobina (parte da hemoglobina oxidada após a morte) + gás sulfídrico = sulfametahemoglobina (pigmento que colore o tecido de verde). Coincide com o timpanismo pós morte e enfisema cadavérico. Tempo de 8-24 horas.
Fase gasosa: nessa fase se enche de bolhas. Gás sulfídrico (H2S) = odor característico. Tempo de 24 horas.
Fase coliquativa: começa a ocorrer a desintegração de tecidos moles. Tempo de 7 dias no ambiente.
Fase de esqueletização: só resta o esqueleto. Tempo de 3-4 semanas.
Temperatura ambiente: o calor acelera o aparecimento das alterações cadavéricas (acelera o crescimento bacteriano), e a diminuição da temperatura retarda o aparecimento das alterações cadavéricas.
Tamanho do animal: quanto maior o animal, mais difícil é o resfriamento e mais fácil a instalação das demais alterações (devido à dificuldade de equilibrar a temperatura com o ambiente, tornando o resfriamento mais difícil e acelerando as reações).
Estado de nutrição: o animal que se encontra em bom estadode nutrição tem um alto teor de glicogênio e isso atrasa o rigor e resfriamento e acelera as demais reações devido ao aumento da proliferação bacteriana.
Cobertura externa: penas, plumas, gordura e lã, por exemplo, vão dificultar o resfriamento do cadáver. Demora mais para resfriar e com isso mais rápido as bactérias vão se proliferar.
Causa da morte: aumento da atividade metabólica e aumento da temperatura antes da morte.
*Infecção por clostrídeos (tétano): O animal já está em rigidez, ocorre o amolecimento e entra em rigidez novamente, só que devido ao tétano, fica com pouca energia para se manter contraído.
*Septicemias (hipertermia): aumento da atividade metabólica.
*Intoxicação por estricnina: convulsão muito forte ocasiona perda de energia.
*Traumatismos cerebrais (tetania): aumenta o rigor, acelera a decomposição e altera todas as relações metabólicas.

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