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Artes Visuais Brasileiras

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Unidade II
ARTES VISUAIS BRASILEIRAS
Profa. Selma Rofino
Arte imperial no Brasil vista pela fotografia
 O fotógrafo Militão Augusto de Azevedo.
 Nasceu no Rio de Janeiro, em 1837, veio para São Paulo com 
25 anos como ator de uma companhia de teatro.
 São Paulo tinha uma população bem acanhada com apenas 30 
mil habitantes e apenas cinquenta ruas. Não se tem notícia, se 
nessa época, Militão já tinha algum domínio da fotografia.
 O Rio de Janeiro era uma cidade muito mais promissora do 
que São Paulo, por ser sede da Corte e uma das referências 
culturais do país.
 Em 1850, São Paulo tinha apenas dois estúdios fotográficos 
daguerreotipistas.
 “Até 1860, data que nos aparece a providencial série de 
fotografias, aliás, ótimas, de Militão Augusto de Azevedo, os 
arrolamentos de peças de iconografia paulistana mantêm-se 
insignificantes.” Affonso d’E. Taunay
 As fotografias de Militão contrastam com as de outras cidades 
mais agitadas e dinâmicas do País. 
 Enquanto estas enfatizam a exótica paisagem e a população, 
Militão circunscreve em suas imagens, valorizando a cidade 
construída com um grande número de vistas das vias 
públicas. 
 A partir desta experiência, ele dá início à sua produção de 
retratos.
 Não se sabe se ele teve realmente uma aprendizagem anterior 
ou não na área.
 Realizou uma série de vistas urbanas com o intuito de 
aprendizado e domínio da técnica.
 Nesse período (1862), começou a trabalhar no estúdio 
Carneiro & Gaspar, cuja matriz era no Rio de Janeiro.
Veja o cartão do estúdio na imagem:
Fonte: Cartão do Estúdio fotográfico Carneiro & 
Gaspar. Livro-texto.
 Provavelmente, Militão que já se encontrava com mulher e 
filho nessa época, tenha escolhido a carreira de fotógrafo por 
ser mais promissora do que a de ator.
 Vamos conhecer fotos dessa série comentada das primeiras 
imagens da cidade de São Paulo.
Fonte: Igreja e Convento do 
Collegio, 1862. Livro-texto.
Fonte: Antiga Academia de Direito 
1862. Livro-texto.
Fonte: Academia de Direito (restaurada em 1884), 
1887. Livro-texto.
 A cidade de São Paulo nesse transcorrer sofre grandes 
mudanças, se tornando muito mais próspera.
 Foi fundado o Jornal Comércio Paulistano, a construção da 
Estrada de Ferro Santos – Jundiaí, inaugurada São Paulo 
Railway, surgiram grandes hotéis, teatros, o mercadão.
 Militão produziu também o Álbum
Comparativo da Cidade de São 
Paulo 1862-1887. 
Veja miniatura das páginas.
Fonte: Reprodução fotográfica do Álbum 
Comparativo. Livro-texto.
 Na sequência torna-se proprietário do antigo estúdio Carneiro 
& Gaspar e lhe dá o nome de Photographia Americana. 
 Confira um Carte de Visite frente e verso, realizado no estúdio 
Photographia Americana de Militão
Fonte: Carte de Visite frente 
e verso, com logotipo 
próprio. Livro-texto
 Com a experiência que tinha em 
teatro, oferecia possibilidades 
criativas, sendo esse seu maior 
diferencial.
 Realizou muitos retratos e 
conseguiu baratear os preços, 
pois importava os produtos e os 
equipamentos de Paris.
 Na sequência, vários retratos que 
ele montou: inventário ilustrado 
dos tipos da população paulista 
de sua época.
Fonte: Reproducao fotográfica do Álbum 
Comparativo 02. Fonte: Livro-texto.
 Após seu falecimento, em 1905, Militão tem sua obra veiculada 
sem registro de autoria e cai no esquecimento. 
 Apenas em 1946 começa a ser reconhecido, quando o 
fotógrafo Gilberto Ferrez destaca seu nome em ensaio 
pioneiro de balanço dos fotógrafos mais representativos 
do século XIX.
Marc Ferrez (carte de visite: escravos – nobres)
 Foi o mais importante fotógrafo brasileiro do século XIX. 
 Era filho de Zepherin Ferrez e sobrinho de Marc Ferrez, 
escultores franceses conhecidos por integrarem a Missão 
Artística Francesa.
 Trabalhou na Casa Leuzinger, oficina fotográfica criada por 
George Leuzinger, que também oferecia serviços de 
tipografia, ateliê de fotografia e ponto de revenda de gravuras 
e material fotográfico, papelaria, oficina de encadernação e 
douração.
 Em meados dos anos de 1870, percorreu diversas regiões do 
Brasil em trabalhos comissionados ou como principal 
fotógrafo das construções ferroviárias no Brasil.
 Em 1880, encomendou a confecção de uma máquina 
fotográfica ao francês M. Brandon. 
 Projetada pelo próprio Ferrez, tinha a capacidade de executar 
imagens panorâmicas. 
 Passou a ser conhecido por ser fotógrafo 
de paisagens, obras públicas, retratos.
Fonte: Veleiro no porto do 
Rio de Janeiro, 1880. Fonte: Livro-texto.
 No final do século XIX, focou seu trabalho na paisagem 
humana, em seus ofícios, registrando imagens de profissões.
 Essa foi uma época marcada por grandes mudanças, como o 
fim da escravidão. 
 Antes, o trabalho nas ruas era considerado indigno, por ser 
realizado apenas por escravos; o trabalho fotografado por 
Ferrez registra tal mudança.
 Fotografar pessoas fora do estúdio não era uma tarefa 
simples. 
 Encontrar as condições técnicas era um trabalho árduo, pois a 
iluminação era muito diferente e inferior. 
 Os retratos fora do estúdio eram realizados em jardins, 
ao ar livre.
 O interior das residências sempre era abarrotado de muitos 
objetos decorativos e repleto de texturas o que dificultava 
conseguir uma imagem fotográfica harmônica.
Fonte: Cartao de Visita 
– Pose 3, 1886. Livro-texto.
 Ele foi um dos pioneiros da fotografia 
no Brasil. 
 Conseguiu registrar um novo Brasil, 
independente.
 Era mais que um fotógrafo, era um 
contador de histórias a partir de negros, 
escravos ex-escravos, brancos, índios, 
homens e mulheres. 
 Suas obras são um dos principais documentos visuais 
do século XIX do Brasil, especialmente da cidade 
do Rio de Janeiro.
Fonte: Postcard in Brazil – Rio de 
Janeiro’s Avenida Central, 1900. 
Fonte: Livro-texto.
Interatividade
Assinale a alternativa que não indica uma característica da obra 
do fotógrafo Marc Ferrez:
a) ficou conhecido por ser fotógrafo de paisagens, obras 
públicas, retratos.
b) Percorreu diversas regiões do Brasil em trabalhos 
comissionados. 
c) No final do século XIX, focou seu trabalho na paisagem 
humana.
d) Mais que um fotógrafo, era um contador de histórias, retratou 
a cidade do Rio de Janeiro.
e) Possuia experiência em teatro e elaborou vários retratos em 
cenários impressionantes.
A Arte Moderna
 A rápida ascensão da modernidade decorrente da Revolução 
Industrial rompeu com o realismo, que ainda permeava as 
camadas da sociedade.
 O ritmo acelerado da crescente urbanização e o surgimento de 
novas camadas sociais refletiram no âmbito artístico, 
promovendo maior sensibilidade.
 Diante do Impressionismo, porta de entrada da Arte Moderna, 
e da ascensão da abstração, ocorreu um grande impacto 
estético ao longo do século XX.
 Os movimentos de vanguarda tiveram papel fundamental nas 
influências artísticas, subvertendo os impulsos realistas e 
acarretando liberdade estética na capacidade imaginativa do 
artista e do público.
 A abertura da abstração trouxe uma estratégia importante na 
compreensão da estrutura da mensagem, pois quanto mais 
representacional for a informação visual, mais específica será 
sua referência.
 Em termos visuais, a abstração é uma simplificação que 
busca um significado mais intenso e condensado (DONDIS, 
1997, p. 95).
 Como consequências dessa inquietação, várias tendências se 
juntaram à racionalidade da abstração sobre a emotividade do 
Impressionismo: o Cubismo, o Surrealismo, o Fauvismo, o 
Construtivismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Futurismo.
 O surgimento da Arte Modernavem romper com a tradição 
acadêmica pelas abstrações artísticas, tornando a discussão 
sobre o inconsciente mais frequente.
 A Arte Moderna vem resgatar a solidez que o Impressionismo 
dissolvera em luz, tornando-a expressiva e impactante,
propensa a experimentações.
 Características de vanguarda
podem ser observadas na obra,
bem como pinceladas diagonais
encurtadas que, assemelharem-se 
a cubos, alusão ao nome do 
movimento.
Fonte: Les Grandes Baigneuses, 
Cezanne, 1900-1906. Livro-texto.
 O jogo de associações, criado pelo 
artista através de simbologias e 
elementos do mundo reconhecido, 
aproxima o observador da linguagem 
do artista, facilitando, de alguma forma, 
a compreensão da obra.
 A arte moderna propiciou novas 
experiências estéticas e a ruptura do 
pensamento linear ao quais as artes se 
aprisionaram.
Fonte: Woman with a Guitar, Braque, 1912. Livro-texto.
 O estímulo causado pela revolução social e cultural que 
surgiu no fim do século XIX e começo do XX foi o estopim 
para a busca de novas linguagens estéticas. 
 A velocidade das transformações obriga sempre a sociedade 
não apenas a produzir mais rápido, mas também a 
compreender mais rápido.
 O Modernismo se estabeleceu e transformou a cultura.
A semana de Arte Moderna no Brasil
 No início do século XX, os efeitos da Revolução Industrial 
caminhavam a passos lentos em um Brasil ainda agrário e 
aristocrático.
 O País testemunhava as primeiras levas migratórias para as 
grandes cidades e explosivas discussões sobre a identidade 
nacional e os problemas sociais germinados pela 
industrialização.
 Jovens de famílias paulistas abastadas estavam eufóricos 
pelo nacionalismo emergido da Primeira Guerra Mundial e 
contagiados pelo centenário da Independência do Brasil.
 Oswald de Andrade e a pintora Anita Malfatti já tinham 
percorrido a Europa e mantido contato com os 
movimentos de vanguarda.
 Perceberam que a diversidade cultural e racial do Brasil 
poderia reconstruir uma identidade e renovar as artes e as 
letras pela pesquisa estética.
 Mário de Andrade e Oswald formaram as principais 
personalidades de liderança do plano teórico e a divulgação 
dos novos movimentos estéticos das artes.
 A Semana de 22 é quase unânime entre os estudiosos como 
um marco divisor no panorama literário e artístico brasileiro.
 Um evento isolado serviu de pré-estreia ao advento à 
exposição de Anita Malfatti, realizada em 1917.
Fonte: Uma Estudante, Anita 
Malfatti, 1915/17. Livro-texto.
Fonte: O Homem Amarelo, Anita Malfatti, 1915/16. 
Livro-texto.
 Influenciada pelo Expressionismo 
e pelo Cubismo, Anita Malfatti 
realizou uma mostra de suas 
obras ao retornar de seus 
estudos na Europa.
 O jornal O Diário de São Paulo 
publica a crítica do escritor 
Monteiro Lobato atribuindo um 
pesado julgamento às obras da 
artista e à Arte Moderna em geral.
 A crítica agita e choca a vida 
cultural provinciana paulistana.
 Esse histórico episódio é a passagem traumática que resulta 
no ponto de partida da Arte Moderna no Brasil, e Anita passa a 
ser conhecida pelos intelectuais paulistanos.
 O evento consistia em três noites de conferências, leitura de 
poemas e audições musicais, além da exposição de obras 
aberta ao público no Teatro Municipal de São Paulo.
 Com exceção da abertura, em que a plateia de gala desfilava 
no saguão entre obras e palestras, os dias 15 e 17 foram 
marcados por várias manifestações hostis de vaias e de 
inquietação.
 Vista como uma manifestação elitista, deixou sua mensagem 
de pré-consciência do espírito nacional como um momento 
histórico decisivo na formação de sua identidade.
 Foi o ponto de partida para o vanguardismo brasileiro 
questionar a estética vigente e para um projeto no qual a língua 
e a cultura foram objetos da nova estética que surgia.
 Esse foi e sempre será o papel da vanguarda artística: elucidar 
a liberdade estética à capacidade imaginativa do artista e do 
público em um certo momento de ruptura de valores.
O grupo dos cinco e os movimentos modernistas
 O movimento modernista brasileiro, comumente ligado aos 
temas políticos, começara a ganhar força.
 O foco desses artistas era denunciar as diferenças sociais, 
caracterizadas pelos grupos de imigrantes proletários e pelas 
oligarquias desenvolvidas nas zonas rurais.
 Dessa relação de pressupostos metodológicos de um 
modernismo em gestação formou a união dos chamados 
Grupo dos Cinco, grupo composto por: 
 Oswald de Andrade. 
 Mário de Andrade. 
 Menotti del Picchia. 
 Anita Malfatti. 
 Tarsila do Amaral.
 O Grupo dos cinco reunia-se no ateliê de Tarsila, na casa de 
Mário ou no apartamento de Oswald, apesar de um período 
curto, foi riquíssimo quanto à produção intelectual.
Fonte: Carnaval em Madureira, Tarsila do Amaral, 
1924. Livro-texto.
Fonte: Autorretrato, Tarsila do Amaral, 1924 
Figura 98. Livro-texto.
 A partir daí, ideias se 
fundiram a diversos 
manifestos nacionalistas, 
como o Movimento 
Antropofágico.
 Segundo o manifesto 
antropofágico, publicado 
em 1928, o movimento tinha 
como propósito a ruptura 
da estética importada e a 
representação de um novo 
modo de ser e estar no 
mundo pela expressividade 
intelectual nas artes Fonte: Abaporu, Tarsila do Amaral, 1928. Livro-texto.
 O Movimento Tropicalista emerge em 1968, como uma 
atualização do Movimento Antropofágico no âmbito musical, 
configurado como uma nova estética cultural e ideológica. 
 “(...) que se origina do aproveitamento de elementos 
estrangeiros fusionados à cultura brasileira, fazendo surgir 
um estilo original” (ESPERANDIO, 2007, p. 20). 
 Nas artes plásticas, destacam-se os trabalhos inovadores de 
dois grandes artistas brasileiros de formação concretista, 
Hélio Oiticica e Lygia Clark.
Fonte: Caranguejo (Bicho), Lygia 
Clark, 1960. Livro-texto.
Fonte: Cosmococa 5 – Hendrix War, Helio
Oiticica, 1974. Livro-texto.
 No cinema, o cineasta Glauber Rocha inova com uma feroz 
crítica social nos longas-metragens “Deus e o Diabo na Terra 
do Sol” e “Terra em Transe”.
 Na música, Caetano Veloso se apropria do título de um 
trabalho de Oiticica Tropicália, de 1967, e lança a primeira faixa 
de seu primeiro álbum solo.
 O tropicalismo representou, na cultura brasileira, um período 
profundamente criativo e relativamente fugaz. (...) ainda que 
breve, o tropicalismo aponta-nos algo de extrema relevância: 
“a incorporação com intenções de crítica cultural” (NAPOLITANO; 
VILLAÇA, 1998 apud ESPERANDIO, 2007, p. 23).
Interatividade
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi realizada no mesmo ano 
em que se comemorava o centenário da independência. 
Preocupados em criar uma arte genuinamente brasileira, os 
artistas da época desenvolveram uma arte de temática 
universal, mas de conotação social.
Assinale a alternativa que não indica um artista representante 
do Modernismo brasileiro:
a) Tarsila do Amaral.
b) Anita Malfati.
c) Helio Oiticica.
d) Marc Ferrez.
e) Lygia Clark.
Figuração X abstração
 Apresentaremos três artistas renomados que fizeram sucesso 
nas décadas pós Semana de Arte Moderna. 
 Os trabalhos deles são considerados figurativos na sua 
maioria, Gustavo Rosa um aficionado pelo desenho, Claudio 
Tozzi com obras dentro do abstracionismo.
 Alfredo Volpi
 Nasceu em Lucca, Itália, em 14 de abril de 1896. 
Um ano depois, seu pai veio para o Brasil e abriu 
uma loja de queijos e vinhos.
 Ainda criança, 
trabalhou como 
marceneiro-entalhador
e encadernador. 
Aos 15 anos torna-se 
pintor-decorador.
Fonte: Minha irmã costurando. 
Livro-texto. O artista teve algumas obras 
recusadas no 3º Salão Paulista de 
Belas Artes. 
 Ganha medalha de ouro em 1928 no 
Salão de Belas Artes Muse Italiche.
 Casou-se com Judith (Benedita da 
Conceição) em 1942. A esposa foi 
sua musa inspiradora e aparece 
em diversas obras.
Fonte: O artista com a esposa Judith em 
Itanhaem, 1940. Livro-texto.
Fonte: Judith, Volpi e o amigo 
Aldorigo Marchetti. Livro-texto.
 Em 1944, realiza sua primeira exposição individual na Galeria 
Itá, no centro de São Paulo. 
 Em 1952, é indicado na representação 
brasileira para a XXVI – Bienal de Veneza.
Fonte: Reunião a mesa. 
Livro-texto.
Fonte: Menina do laço de fita. Livro-texto.
 Em 1956, o MAM/SP realiza exposição intitulada “Volpi”, com 
30 obras. Seu trabalho foi considerado como arte concreta.
 Acreditava-se que impressionistas e pontilhistas eram aliados 
contra a pintura acadêmica.
 Utilizavam cores e pinceladas para a estruturação do quadro, 
usando essas linguagens mais modernas.
 “Volpi provinha de uma classe de pequenos comerciantes e 
operários especializados, na maioria recém-imigrados. 
Artistas oriundos dessa classe ficavam à margem dos círculos 
intelectuais de vanguarda. (...) O Liceu de Artes e Ofício 
oferecia tanto cursos elementares e técnicos como aulas de 
pintura acadêmica” (MAMMI, 2001, p. 8).
 O esquema estrutural dessa figura é 
complexo. A cabeça sugere um 
movimento para a direita, mediante a 
deformação do rosto: o lado esquerdo 
é visto de viés, o direito é quase 
frontal. A inclinação dos ombros –
o direito mais alto e próximo, o 
esquerdo mais baixo e recuado –
confirma e acentua a rotação do 
corpo. Um contraste se gera, porém, 
da relação entre o tronco e a bacia, 
que é virada para o outro lado, e cuja 
inclinação é confirmada pelo encosto 
da cadeira (MAMMI, 2001, p. 12).
Fonte: Mulata, 1927. Livro-texto.
 Volpi utilizava uma paleta de cores mais restrita, muitas vezes 
pintava com tons frios e em meados dos anos 1930, começa a 
mudar, tornando-a mais variadas. 
 Podemos notar a mudança das cores tanto no céu, que é de 
um azul hiante, em contraponto com o ocre da estrada, que é 
de terra e está atrelado ao verde da vegetação.
Fonte: Sem titulo, meados da 
década de 1930. Livro-texto.
 O estilo abstrato geométrico começa a predominar em sua 
pintura, bandeirinhas com muitas cores vão surgindo em sua 
obra. 
 A arte de Volpi evolui de forma gradual, sem grandes saltos, 
criando um modelo persuasivo de arte moderna brasileira.
Fonte: Cata-vento. Livro-texto.
Fonte: Festa de São João, 
década de 1950. Livro-texto.
Claudio Tozzi
 Começou sua carreira de uma maneira desigual. 
 A maioria dos artistas passam por uma grande trajetória, no 
entanto, até sua obra ser reconhecida no meio artístico, Tozzi
fez um caminho inverso, logo começou a ter destaque com os 
trabalhos em serigrafias.
 Apresentava um novo estilo, uma nova figuração e 
destacou-se já na década de 1960, como artista de vanguarda. 
 Nessa época, o desejo de transformações culturais e sonhos 
de liberdade ruminavam a mente de muitos artistas. 
 A arte, naqueles anos, parecia que só sobreviveria se 
estivesse engajada à transformação social e política do 
momento.
 Tozzi coloca que uma das características da arte brasileira de 
vanguarda é a relação e preocupação com o coletivo.
 As obras com temáticas políticas tinham a intenção de passar 
a estética contemplativa e de estimular o pensamento crítico 
do espectador.
Fonte: Guevara, vivo ou 
morto, de Claudio Tozzi,
1967. Livro-texto.
 Tozzi foi um pioneiro em vários sentidos, seja acoplando um 
painel no topo de um prédio no centro de São Paulo, ou 
fazendo o público interagir com sua obra, carimbando os 
desenhos escolhidos pelo espectador.
Fonte: Zebra – poliuretano sobre zinco, 
1972. Livro-texto.
Fonte: Third world, de Claudio Tozzi, 1973. 
Livro-texto.
Interatividade
Forma de arte não relacionada à figuração ou à imitação do 
mundo e que não representa objetos presentes na realidade
concreta. A produção da obra ocorre a partir da relação formal 
entre cores, linhas e superfícies. 
Assinale a alternativa que indica corretamente o nome do estilo
e do artista brasileiro representante deste na vertente
geométrica:
a) Abstracionismo – Alfredo Volpi.
b) Dadaísmo – Tarsila do Amaral.
c) Cubismo – Pablo Picasso.
d) Impressionismo – Mar Ferrez.
e) Geometrismo – Anita Malfatti.
Gustavo Rosa
 Gustavo Machado Rosa nasceu em 1946, em São Paulo. Aos 
três anos de idade já era apaixonado pelo desenho. Aluno 
indisciplinado e inquieto, desenhava durante as aulas.
 Fascinado pelas ilustrações das revistas, montou um atelier 
improvisado na sala de jantar da família.
Seus personagens mais conhecidos, inseridos em suas 
obras foram:
 a mulher com lata d’água na cabeça;
 os meninos empinando pipas;
 o sorveteiro;
 os palhaços;
 o padre e a freira;
 o vendedor de hot dog;
 gordinhos correndo na praia.
Fonte: Detalhe da obra 
Laranja madura, 2002. Livro-texto.
Fonte: Hot dog, 1980. Livro-texto.
 Inspirava-se pelo que via nas 
ruas, no cotidiano.
 O eixo principal do trabalho dele 
é o humor. 
 Diz ainda com relação à 
democratização da arte, que a 
obra não tem que ficar só presa 
a museus, mas que tem de ir às 
ruas, fazer parte de objetos, se 
misturar, levando cultura ao 
grande público.
Fonte: O sorvete, 1976. Livro-texto.
 A década de 1980 consagrou sua carreira, indicado pelos 
melhores e mais importantes críticos de arte do Brasil, foi 
selecionado e participou de grandes mostras.
 Fez grande sucesso nacional e internacionalmente, mas 
adoeceu no final dos anos 1990.
Fonte: O palhaço, 1975. Livro-texto. Fonte: Detalhe da obra A Carta, 2005. Livro-texto.
A fotografia contemporânea
 Novos meios.
 Escolhemos a artista e fotógrafa Rosângela Rennó para 
apresentarmos e discutirmos a fotografia contemporânea.
 Rennó desenvolve um trabalho riquíssimo e personalizado no 
segmento, há quase três décadas.
 A artista ocupa um papel importante no cenário da arte 
contemporânea internacional, pelo trabalho que faz da fusão 
entre fotografias jornalísticas e refugos fotográficos.
 A fotógrafa é conhecida pelas diversas maneiras de resgates 
das imagens que vêm a compor o seu trabalho.
 Cria seus primeiros trabalhos nos 
anos de 1980, que têm como base 
o universo familiar baseado nos 
álbuns de família de que se 
apropria.
 São de diferentes épocas e fontes, 
ela se apropria de fotografias que 
são descartadas, as manipula e as 
insere em um novo contexto 
perceptivo e simbólico, criando, 
assim, novas fotografias.
Fonte: As afinidades eletivas, 1990. Livro-texto.
 Suas primeiras obras são: Conto de Bruxas, em que subverte 
as ilustrações de histórias infantis, dando-lhes um estilo 
surrealista, e Pequena Ecologia da Imagem, que, pela primeira 
vez, se apropria de fotografias de autores anônimos.
Fonte: Falsas promessas da série 
Conto de Bruxas, 1988. Livro-texto.
 Anos mais tarde, em 1991 e 1993, 
começa a fazer parte do grupo de 
estudos de arte contemporânea 
Visorama. 
 Principia uma nova fase em seu 
trabalho, utilizando-se de objetos e 
vídeos, criando instalações.
 Essa etapa marca a possibilidade de 
se delinear um engenho de ruptura da 
fotografia tradicional na arte 
contemporânea.
 Realizou algumas obras fazendo uso de 
fotografias 3 x 4, que foram produzidas 
há anos em estúdios populares.
Fonte: Obituário transparente, 
1991, 84 negativos 4 x 5, resina de 
poliéster e parafusos – 112.00 x 
86.00 cm. Livro-texto.
 Emsua exposição individual, em 1989, expõe Anti-cinema: as 
imagens são compostas de objetos, no caso dos exemplos, o 
vinil e as imagens são feitas com manipulação de fotogramas 
de cinema recolhidos de arquivos.
Fonte: Photographic gun – Série anti-cinema, 1989. 
Livro-texto.
 Rosângela Rennó pertence a um 
grupo de artistas que toma a 
fotografia como processo a ser 
reaberto, eles rearticulam um estilo 
de fotografia experimental que 
iniciou nos anos de 1970 e ficou 
soterrada sob o fotojornalismo.
Fonte: A mulher que perdeu a memória, da série 
Pequena Ecologia da Imagem, 1988. Livro-texto.
 Ela compõe fotografia e objeto de uma maneira lúdica e 
mágica.
 “(...) se passássemos ou se voltássemos a viver de novo em 
um mundo sem fotografia, talvez nos parecesse estar vivendo 
uma cegueira do mundo. Rennó primeiro interrompe o fluxo 
de fotografias ao se recusar a fotografar.” (RENNÓ, adaptado 
1998, p. 125).
Fonte: Instalação – Humorais – 1993. Livro-texto.
 “Esse é seu ponto de partida econômica frente a um mundo 
marcado pelo excesso de imagens. 
A artista trabalha com negativos encontrados aos milhares... 
Depois substitui a imagem fotográfica pelo fato e por sua 
notícia. Substitui a própria escritura do texto noticioso 
impresso por uma projeção de luz, que se imprime na 
memória e se esvaece” (RENNÓ, adaptado 1998, p. 125).
Fonte: Instalação – Duas lições de realismo 
fantástico – Lanternas magicas, 1991-2012. 
Livro-texto.
 Posteriormente, Rennó se dedica à fotografia e sua relação 
com processos sociais, como a correspondência entre 
fotografia e memória e problemas de identidade.
 Reconhece-se como uma fotógrafa que não mais fotografa, e, 
sim, cria um novo contexto com fotografias descartadas.
Fonte: Olho de peixes –
Série anti-cinema, 1989. Livro-texto.
Interatividade
Rosângela Rennó desenvolve um trabalho riquíssimo e 
personalizado. A artista ocupa um papel importante no cenário 
da arte contemporânea internacional, pelo trabalho que faz. 
Em um mundo repleto de imagens, a artista recorre a formas 
opcionais de apropriação, criando uma nova iconicidade. Dentre
as características dos trabalhos da fotógrafa, podemos citar: 
a) A captura de explosões de raiva nas crianças. 
b) A fusão entre fotografias jornalísticas e refugos fotográficos.
c) O uso de técnicas especiais, como os raios do sol.
d) O uso de closes limpos e fortes.
e) Um trabalho centralizado nos relacionamentos.
ATÉ A PRÓXIMA!

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