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NFLAMAÇÃO, REPARO TECIDUAL E IMUNOPATOLOGIA

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INFLAMAÇÃO, REPARO TECIDUAL 
E 
IMUNOPATOLOGIA 
A inflamação é uma resposta protetora que envolve células do hospedeiro, vasos sanguíneos, proteínas 
e outros mediadores e destinada a eliminar a causa inicial da lesão celular, bem como as células e 
tecidos necróticos que resultam da lesão original e iniciar o processo de reparo. 
Mesmo sendo necessária, pois elimina a infecção que poderia se alastrar por todo o 
organismo, a inflamação pode causar danos consideráveis. Por isso, a lesão pode coexistir com 
as reações inflamatórias benéficas e inteiramente normais, e o dano pode se tornar 
característica importante se a reação for muito forte (p. ex., quando a infecção é acentuada), 
prolongada (p. ex., quando o agente causador resiste à erradicação) ou inapropriada (p. ex., 
quando ela é direcionada contra antígenos próprios nas doenças autoimunes ou contra 
antígenos ambientais geralmente inofensivos nos distúrbios alérgicos). 
Normalmente, as moléculas e as células de defesa do hospedeiro, incluindo leucócitos e proteínas 
plasmáticas, circulam no sangue, e o objetivo da reação inflamatória é trazê-las para o local da infecção 
ou da lesão tecidual. 
A inflamação aguda é de início rápido e de 
curta duração, com duração de poucos 
minutos a poucos dias, e caracteriza-se 
pela exsudação de líquido e proteínas 
plasmáticas, e acúmulo de leucócitos, 
predominantemente neutrófilos. 
A inflamação crônica pode ser mais 
insidiosa, é de duração mais longa (dias a 
anos) e caracterizada pelo influxo de 
linfócitos e macrófagos com proliferação 
vascular associada e fibrose (cicatrização). 
As manifestações externas da inflamação, chamadas de sinais cardinais, são: calor (aquecimento), rubor 
(vermelhidão), tumor (inchaço), dor (dolor) e perda de função (functio laesa). 
O agente lesivo (estímulo) lesa o tecido, que é percebido pelas células residentes (principais 
são os macrófagos, mas também tem células dendríticas, mastócitos e outros tipos celulares). 
Essas células liberam os mediadores que induzem e regulam a resposta inflamatória. Alguns 
desses mediadores agem nos pequenos vasos sanguíneos nas vizinhanças e promovem a saída 
do plasma e o recrutamento dos leucócitos circulantes para o local onde o agente lesivo está 
localizado. Os leucócitos recrutados são ativados e tentam remover o agente lesivo, por 
fagocitose. Um efeito colateral lamentável da ativação dos leucócitos pode ser a lesão a 
tecidos normais do hospedeiro. As células e mediadores são ativados apenas quando há o 
estímulo, e são degradados após a eliminação do agente pois tem vida curta. A inflamação 
crônica ocorre quando essa resposta não é suficiente tornando-a patológica. 
As etapas da resposta inflamatória podem ser lembradas como os cinco erres: 
(1) reconhecimento do agente lesivo; 
(2) recrutamento dos leucócitos; 
(3) remoção do agente; 
(4) regulação (controle) da resposta; 
(5) resolução (re-paro). 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
 Resposta rápida que leva leucócitos e proteínas plasmáticas p/ os locais da lesão. Uma vez lá, 
os leucócitos removem os invasores e iniciam o processo de digerir e se livrar dos tecidos 
necróticos. 
 
ALTERAÇÕES VASCULARES: vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, células 
endoteliais ativadas (maior adesão de leucócitos e sua migração através das paredes dos 
vasos). Dominam a fase inicial da resposta se desenvolvendo em velocidades diferentes 
dependendo do nível da lesão. 
 
Alterações no Fluxo e Calibre Vasculares 
• Após vasoconstrição transitória (que dura apenas segundos), ocorre vasodilatação das 
arteríolas, resultando em aumento do fluxo sanguíneo e abertura dos leitos capilares. Essa 
expansão vascular é a causa da vermelhidão (eritema) e calor observados, caracteristicamente, 
na inflamação aguda; 
• Como a microcirculação torna-se mais permeável, o líquido rico em proteínas 
extravasa para dentro dos tecidos extravasculares. A perda de líquido faz com que as hemácias 
fiquem mais concentradas, aumentando, assim, a viscosidade do sangue e diminuindo a 
velocidade da circulação. Essas alterações são refletidas, microscopicamente, pela presença de 
numerosos pequenos vasos dilatados, repletos de hemácias, um processo chamado estase. 
• Quando a estase se desenvolve, os leucócitos (principalmente os neutrófilos) começam 
a se acumular ao longo da superfície endotelial vascular, um processo chamado marginação. 
Essa é a primeira etapa da jornada dos leucócitos através da parede vascular para dentro do 
tecido intersticial (descrita adiante). 
 
Aumento da Permeabilidade Vascular 
Leva à saída de líquido rico em proteínas e células sanguíneas para os tecidos extravasculares. 
Isso provoca aumento da pressão osmótica do líquido intersticial, levando a maior efluxo de 
água do sangue para os tecidos. O acúmulo de líquido rico em proteínas resultante é chamado 
exsudato. O acúmulo de líquido nos espaços extravasculares é chamado de edema; o líquido 
pode ser transudato ou exsudato. Os exsudatos são típicos da inflamação, ao passo que os 
transudatos se acumulam em várias condições não inflamatórias. 
 
Vários mecanismos podem contribuir para o aumento da permeabilidade vascular nas 
reações inflamatórias agudas: 
• Contração da célula endotelial, formando lacunas intercelulares nas vênulas pós-
capilares, é a causa mais comum do aumento da permeabilidade vascular. Essa reação pode se 
desenvolver em 4-6 horas após o estímulo inicial e perdurar por 24 horas ou mais. 
• Lesão endotelial resultando em extravasamento vascular, causando necrose e 
desprendimento da célula endotelial. A lesão direta às células endoteliais é vista geralmente 
após lesões graves (p. ex., queimaduras e algumas infecções). Na maioria dos casos, o 
extravasamento começa imediatamente após a lesão e persiste por várias horas (ou dias) até 
que os vasos danificados sejam trombosados ou reparados. Dependendo do local da lesão, 
todas as vênulas, capilares e arteríolas podem ser afetados. A lesão direta às células 
endoteliais pode induzir também o extravasamento prolongado tardio que começa após um 
retardo de 2-12 horas, que dura várias horas ou mesmo dias, e envolve vênulas e capilares. Os 
exemplos incluem lesão térmica leve a moderada, certas toxinas bacterianas e radiação X ou 
ultravioleta (isto é, queimadura solar que aparece ao anoitecer, após um dia no sol). As células 
endoteliais também podem ser lesadas como consequência do acúmulo de leucócitos ao longo 
da parede do vaso. Os leucócitos ativados liberam muitos mediadores tóxicos, discutidos 
adiante, que podem causar lesão ou desprendimento endotelial. 
• Aumento da transcitose de proteínas através de canais formados pela fusão de 
vesículas intracelulares aumenta a permeabilidade das vênulas, especialmente após a 
exposição a certos mediadores, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). 
• Extravasamento de novos vasos sanguíneos. Como descrito adiante, o reparo do tecido 
envolve a formação de novos vasos (angiogênese). Esses brotamentos vasculares permanecem 
permeáveis até que as células endoteliais em proliferação se diferenciem suficientemente para 
formar junções intercelulares. As novas células endoteliais expressam aumento de receptores 
para mediadores vasoativos, e alguns dos fatores que induzem a angiogênese diretamente (p. 
ex., VEGF) induzem diretamente o aumento da permeabilidade vascular. 
Embora esses mecanismos de permeabilidade vascular sejam separáveis, todos podem 
participar da resposta a um estímulo em particular. Por exemplo, em uma queimadura 
térmica, o extravasamento resulta da contração endotelial mediada quimicamente, bem como 
da lesão endotelial direta e mediada por leucócito. 
Respostas dos Vasos LinfáticosO fluxo da linfa é aumentado e auxilia a drenagem do fluido do edema, dos leucócitos e restos 
celulares do espaço extravascular. Nas reações inflamatórias mais severas, especialmente aos 
micróbios, os linfáticos podem transportar o agente lesivo, contribuindo para sua 
disseminação. Os vasos linfáticos podem tornar-se inflamados secundariamente (linfangite), 
bem como os linfonodos de drenagem (linfadenite). Os linfonodos inflamados estão 
frequentemente aumentados devido à hiperplasia dos folículos linfoides e ao aumento do 
número de linfócitos e células fagocíticas que revestem os seios dos linfonodos. Essa 
constelação de alterações patológicas é chamada de linfadenite reativa ou inflamatória. 
 
EVENTOS CELULARES: emigração dos leucócitos (neutrófilos) da microcirculação e seu acúmulo 
no foco da lesão, para eliminar o agente agressor. 
 
Recrutamento dos Leucócitos 
Normalmente, os leucócitos fluem rapidamente no sangue e, na inflamação, eles têm de ser parados e 
levados ao agente agressor ou ao local da lesão tecidual, sítios tipicamente extravasculares. 
1- Marginação: acúmulo de leucócitos na periferia dos vasos; rolamento: leucócitos 
aderidos que rolam na superfície endotelial 
2- Adesão: mediada pelas integrinas expressas nas superfícies celulares dos leucócitos e 
que interagem com seus ligantes nas células endoteliais. 
3- Transmigração: Após a aderência na superfície endotelial, os leucócitos migram pela 
parede do vaso, espremendo-se entre as células ao nível das junções intercelulares 
(embora a passagem pelo citoplasma da célula endotelial também tenha sido des-
crita). Esse movimento dos leucócitos, chamado de diapedese, ocorre principalmente 
nas vênulas da circulação sistêmica, observado também nos capilares da circulação 
pulmonar. A migração dos leucócitos é orientada pelas quimiocinas, produzidas nos 
tecidos extravasculares, as quais estimulam a movimentação dos leucócitos em 
direção a seus gradientes químicos. 
4- Quimiotaxia: Após o extravasamento, os leucócitos migram em direção ao local da 
lesão ou infecção, ao longo de um gradiente químico, processo chamado de 
quimiotaxia. 
 
Ativação dos Leucócitos 
Os estímulos para a ativação incluem os microrganismos, os produtos das células necróticas e 
vários mediadores, descritos adiante. Os leucócitos expressam em suas superfícies diferentes 
classes de receptores que percebem a presença de micróbios, células mortas e substâncias 
estranhas. O engajamento desses receptores induz uma série de respostas nos leucócitos que 
são parte das suas funções normais de defesa, genericamente chamadas de ativação 
leucocitária. 
• Os leucócitos podem eliminar micróbios e células mortas através de fagocitose seguida de 
destruição nos fagolisossomas. 
 • A destruição é causada por radicais livres (ERO, NO) gerados nos leucócitos ativados e nas 
enzimas lisossômicas. 
• As enzimas e as ERO podem ser liberadas para o meio extracelular. 
• Os mecanismos que funcionam para eliminar micróbios e células mortas (que é o papel 
fisiológico da inflamação) também são capazes de lesar tecidos normais (consequências patológicas da 
inflamação). 
 
RESULTADOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA: Modificadas pela natureza e intensidade da lesão, pelo 
local e tecido afetado e pela habilidade do hospedeiro de montar uma resposta, a inflamação 
aguda possui um dos três resultados: 
1- Resolução: Regeneração e Reparo. Quando a lesão é limitada ou breve, onde há pouca ou 
nenhuma destruição tecidual e quando o tecido é capaz de se regenerar, o resultado normal é 
a restauração a uma normalidade estrutural e funcional. Antes que o processo de resolução se 
inicie, a resposta inflamatória aguda tem de ser terminada. A resolução da inflamação aguda 
envolve neutralização, decomposição ou degradação enzimática dos vários mediadores quími-
cos, normalização da permeabilidade vascular, cessação da emigração de leucócitos, com 
subsequente morte (por apoptose) dos neutrófilos extravasados. Além disso, os leucócitos 
começam a produzir mediadores que inibem a inflamação, limitando, assim, a reação. 
Finalmente, os esforços combinados de drenagem linfática e ingestão dos restos necróticos 
pelos macrófagos resultam em remoção do líquido de edema, das células inflamatórias e dos 
detritos do local. Os leucócitos secretam citocinas que iniciam o processo subsequente de 
reparo, no qual novos vasos sanguíneos crescem dentro do tecido lesado para fornecer 
nutrientes, os fatores de crescimento estimulam a proliferação dos fibroblastos que secretam 
colágeno para preencher os defeitos, e as células teciduais residentes proliferam para restaurar 
a integridade estrutural. 
2- A inflamação crônica pode suceder a inflamação aguda se o agente nocivo não é removido. Em 
alguns exemplos, os sinais de inflamação crônica podem estar presentes desde o início da lesão 
(p. ex., em infecções virais ou respostas imunes a antígenos próprios). Dependendo da 
extensão da lesão inicial e da sua continuidade, bem como da capacidade de regeneração dos 
tecidos afetados, a inflamação crônica pode ser sucedida pela restauração da estrutura e 
função normal ou resultar em cicatrização. 
3- Cicatrização é o tipo de reparo que ocorre após destruição tecidual substancial (como na 
formação de abscesso) ou quando a inflamação atinge tecidos que não se regeneram e são 
substituídos por tecido conjuntivo. Em órgãos nos quais ocorrem depósitos extensos de tecido 
conjuntivo, na tentativa de curar a lesão ou como consequência de inflamação crônica, o 
resultado é a fibrose, que pode comprometer significativamente a função. 
MORFOLOGIA 
 
 A inflamação serosa é caracterizada pelo 
extravasamento de um fluido aquoso, 
relativamente pobre em proteína que, 
dependendo do local da lesão, se origina do 
soro sanguíneo ou das secreções de células 
mesoteliais que revestem as cavidades 
peritoneal, pleural e pericárdica. A bolha 
cutânea resultante de uma queimadura ou 
infecção viral é um bom exemplo do acúmulo 
de líquido seroso, dentro ou imediatamente 
embaixo da epiderme cutânea. O líquido em 
uma cavidade serosa é chamado de efusão. 
 
 A inflamação fibrinosa ocorre como 
consequência de lesões mais graves, 
resultando em maior permeabilidade vascular 
que permite a moléculas grandes (como o 
fibrinogênio) atravessarem a barreira 
endotelial. Histologicamente, a fibrina 
extravascular acumulada aparece como uma 
rede eosinofílica de filamentos ou, às vezes, 
como um coágulo amorfo. Um exsudato 
fibrinoso é característico de inflamação no 
revestimento de cavidades corporais, como 
meninges, pericárdio e pleura. Esses 
exsudatos podem ser degradados por 
fibrinólise, e os restos acumulados podem ser 
removidos pelos macrófagos, restaurando a 
estrutura normal do tecido (resolução). Se, 
no entanto, a fibrina não for completamente 
removida, isso resultará no crescimento de 
fibroblastos e vasos sanguíneos (or-
ganização) que leva finalmente à 
cicatrização, podendo haver consequências 
clínicas significativas. Por exemplo, a 
organização de um exsudato fibrinoso 
pericárdico forma um denso tecido cicatricial 
fibroso que transpõe ou oblitera o espaço 
pericárdico e restringe a função do miocárdio. 
 
 A inflamação supurativa (purulenta) e a 
formação de abscesso são caracterizadas 
pela presença de grande quantidade de 
exsudato purulento (ou pus) consistindo em 
neutrófilos, células necróticas e líquido de 
edema. Certos microrganismos (p. ex., 
estafilococos) induzem essa supuração 
localizada e, por isso, são chamados de 
piogênicos (formadores de pus). Os 
abscessos são coleções localizadas de pus 
que podem ser causadas por organismos 
piogênicos contidos dentro de um tecido ou 
porinfecções secundárias de focos 
necróticos. Os abscessos possuem uma 
região central de células necróticas, tendo em 
volta uma camada de neutrófilos preservados 
e circundada por vasos dilatados e 
fibroblastos em proliferação, indicando o 
início do reparo. Com o tempo, o abscesso 
pode tornar-se completamente encerrado e 
ser substituído por tecido conjuntivo. Devido 
à destruição do tecido subjacente, 
geralmente o resultado do abscesso é a 
formação de cicatriz. 
 
 Uma úlcera é um defeito local ou escavação 
da superfície de um órgão ou tecido que é 
produzida por necrose das células e 
desprendimento (esfacelamento) do tecido in-
flamatório necrótico. A ulceração pode 
ocorrer apenas quando existe tecido 
necrótico e inflamação na superfície ou 
próximo a ela. É encontrada mais comumente 
(1) na necrose inflamatória da mucosa da 
boca, estômago, intestinos ou trato 
geniturinário e (2) no tecido necrótico e 
inflamação subcutânea dos membros 
inferiores em pessoas idosas com distúrbios 
circulatórios que predispõem a necrose 
extensa. As ulcerações são mais bem 
exemplificadas pela úlcera péptica do 
estômago ou duodeno, onde coexistem 
inflamações aguda e crônica. Durante o 
estágio agudo, há infiltração polimorfonuclear 
intensa e dilatação vascular nas margens do 
defeito. Com a cronicidade, as margens e a 
base da úlcera desenvolvem cicatrização, 
com acúmulo de linfócitos, macrófagos e 
plasmócitos.
 
PRINCIPAIS MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO DERIVADOS DE CÉLULAS 
• Aminas vasoativas: histamina, serotonina: seus principais efeitos são a vasodilatação 
e o aumento da permeabilidade vascular. 
• Metabólitos do ácido araquidônico — prostaglandinas e leucotrienos: existem em 
várias formas e estão envolvidos nas reações vasculares, na quimiotaxia dos leucócitos e 
outras reações da inflamação; são antagonizados pelas lipoxinas. 
• Citocinas: proteínas produzidas por muitos tipos celulares, geralmente atuam em 
curto alcance; medeiam múltiplos efeitos, principalmente no recrutamento e migração dos 
leucócitos; as principais na inflamação aguda são TNF, IL-1, IL-6 e quimiocinas. 
• ERO, espécies reativas do oxigênio: papel na destruição microbiana e lesão tecidual. 
• Óxido nítrico: vasodilatação, destruição microbiana. 
• Enzimas lisossômicas: papel na destruição microbiana, lesão tecidual. 
MECANISMOS ANTI-INFLAMATÓRIOS 
As reações inflamatórias cedem porque muitos mediadores têm curta duração e são 
destruídos por enzimas que os degradam. Além disso, existem vários mecanismos que 
neutralizam os mediadores inflamatórios e limitam ou terminam a resposta inflamatória. 
Alguns deles, como as lipoxinas e as proteínas reguladoras do complemento, foram 
mencionados inicialmente. Macrófagos ativados e outras células secretam uma citocina, IL-10, 
cuja principal função é decrescer as respostas dos macrófagos ativados, promovendo assim 
uma alça negativa do feedback. Em uma rara doença hereditária na qual os receptores para IL-
10 sofreram mutação, os pacientes afetados desenvolvem grave colite na infância. Outras 
citocinas anti-inflamatórias incluem o TGF-b, que também é um mediador da fibrose no tecido 
de reparação após inflamação. As células também expressam várias proteínas intracelulares, 
como as tirosina fosfatases que inibem os sinais iniciados. 
Estímulos: 
- Infecção 
- Trauma 
- Necrose Tecidual 
- Corpos estranhos 
- Reações imunológicas (reações de 
hipersensibilidade)
Receptores do tipo Toll (TLRs) e Inflanossomos são os receptores que captam toda e qualquer 
estrutura de microorganismos ou células mortas que são “padrões” quando um agente lesivo 
infecta uma célula. 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semanas a meses ou anos) na 
qual inflamação ativa, destruição tecidual e reparação por fibrose ocorrem simultaneamente. 
Quando a resposta aguda não pode ser resolvida ou devido à persistência do agente lesivo ou 
por causa da interferência com o processo normal de cura. Ao contrário da inflamação aguda, 
que é caracterizada pelas alterações vasculares, edema e infiltrado predominantemente 
neutrofílico, a inflamação crônica caracteriza-se por um conjunto de alterações: 
- Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos, linfócitos e plasmócitos. 
- Destruição tecidual, francamente induzida pelos produtos das células inflamatórias. 
- Reparo, envolvendo proliferação de novos vasos (angiogênese) e fibrose. 
 
A inflamação crônica origina-se nos seguintes contextos: 
• Infecções persistentes por microrganismos difíceis de erradicar. Estes incluem 
micobactérias, Treponema pallidum (microrganismo causal da sífilis), certos vírus e fungos, 
todos tendendo ao estabelecimento de infecções persistentes e a suscitar resposta imune 
mediada por linfócito T, denominada hipersensibilidade tardia. 
• Doenças inflamatórias imunomediadas (distúrbios de hipersensibilidade). As doenças 
que são causadas por ativação excessiva e inapropriada do sistema imune são reconhecidas 
como importantes problemas de saúde. Sob certas condições, as reações imunes 
desenvolvem-se contra os próprios tecidos do indivíduo, resultando nas doenças autoimunes. 
Nessas doenças, os autoantígenos suscitam uma reação imune autoperpetuadora que resulta 
em lesão e inflamação tecidual crônica. A inflamação decorrente de autoimunidade tem papel 
importante em várias doenças comuns e debilitantes, como artrite reumatoide, doença in-
flamatória intestinal e psoríase. As respostas imunes contra as substâncias ambientais são a 
causa das doenças alérgicas, como a asma brônquica. As doenças imunomediadas podem 
mostrar padrões morfológicos mistos de inflamação aguda e crônica porque são caracterizadas 
por episódios repetidos de inflamação. Como os antígenos desencadeadores não podem ser 
eliminados, essas doenças tendem a ser crônicas e intratáveis. 
• Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos. Os exemplos incluem 
materiais exógenos não degradáveis, como a sílica particulada que, quando inalada, pode in-
duzir uma resposta inflamatória crônica nos pulmões (silicose) e agentes endógenos, como os 
cristais de colesterol, que podem contribuir para a aterosclerose. 
• Formas leves de inflamação crônica podem ser importantes na patogenia de muitas 
doenças que não são convencionalmente classificadas como distúrbios inflamatórios. Essas 
doenças incluem distúrbios neurodegenerativos como a doença de Alzheimer, a aterosclerose, 
a síndrome metabólica associada ao diabetes tipo 2 e algumas formas de câncer nas quais as 
reações inflamatórias promovem o desenvolvimento do tumor. Como mencionado 
inicialmente, muitas dessas condições de inflamação podem ser suscitadas pelo 
reconhecimento do estímulo inicial pelos inflamossomas. 
 
CÉLULAS E MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
Macrófagos 
 As células dominantes da inflamação crônica, são células teciduais derivadas dos monócitos 
do sangue circulante, após sua emigração da corrente sanguínea. Os macrófagos estão 
difusamente dispersos em muitos tecidos conjuntivos e são encontrados também em órgãos 
como o fígado (onde são chamados de células de Kupffer), baço e linfonodos (chamados 
histiócitos sinusais), sistema nervoso central (células microgliais) e pulmões (macrófagos 
alveolares). Atuam como filtros para materiais particulados, micróbios e células senescentes, 
bem como células efetoras que eliminam micróbios nas respostas imune humoral e celular 
Linfócitos 
Os linfócitos são mobilizados sob a manifestação de qualquer estímulo imune específico (p. 
ex., infecções), bem como na inflamação não mediada imunologicamente (p. ex., devido a 
necrose isquêmica ou trauma) e são os principais orientadores da inflamação em muitas 
doenças autoimunese inflamatórias crônicas. A ativação de linfócitos B e T é parte da resposta 
imune adaptativa em infecções e doenças imunológicas. Os linfócitos T e B migram para os 
locais inflamatórios usando alguns dos mesmos pares de moléculas de adesão e quimiocinas 
que recrutam outros leucócitos. Nos tecidos, os linfócitos B podem se desenvolver em 
plasmócitos, que secretam anticorpos, e os linfócitos T CD4+ são ativados para secretar 
citocinas. 
 
• Resposta prolongada do hospedeiro a estímulos persistentes. 
• Causada por microrganismos que resistem à eliminação, por respostas imunes a 
antígenos próprios ou ambientais e por algumas substâncias tóxicas (p. ex., sílica); fundamenta 
muitas doenças importantes do ponto de vista médico. 
• Caracterizadas por inflamação persistente, lesão tecidual, tentativas de reparo por 
cicatrização e resposta imune. 
 • Infiltrado celular constituído por macrófagos ativados, linfócitos e plasmócitos, 
frequentemente com fibrose proeminente. 
 • Mediada por citocinas produzidas pelos macrófagos e linfócitos (principalmente 
linfócitos T); as interações bidirecionais entre essas células tendem a amplificar e prolongar a 
reação inflamatória. 
 
EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO 
• Febre: citocinas (TNF, IL-1) estimulam a produção de prostaglandinas no hipotálamo. 
• Produção de proteínas de fase aguda: proteína C reativa, outras; síntese estimulada 
por citocinas (IL-6, outras) atuando nas células hepáticas. 
• Leucocitose: citocinas (CSFs) estimulam a produção de leucócitos a partir de 
precursores na medula óssea. 
• Em algumas infecções graves, choque séptico; queda da pressão sanguínea, 
coagulação intravascular disseminada, anormalidades metabólicas; induzidas por altos níveis 
de TNF. 
REPARO TECIDUAL 
Mesmo antes do término da reação inflamatória, o corpo inicia o processo de curar a lesão e restaurar a estrutura e 
a função normal. Esse processo é chamado de reparo, e envolve proliferação e diferenciação de vários tipos 
celulares e depósito de tecido conjuntivo. Os defeitos de reparo tecidual têm sérias consequências. De modo 
oposto, o depósito excessivo de tecido conjuntivo (fibrose) é também causa de anormalidades significativas. 
Portanto, os mecanismos e a regulação do processo de reparo são de grande importância fisiológica e patológica. 
 
A reparação do tecido no processo de inflamação é crítico para a sobrevivência de um 
organismo. Restaura a arquitetura e função do tecido. Pode haver dois tipos de reação (Ambos 
os processos envolvem a proliferação de várias células e interações estreitas entre células e matriz extracelular 
(MEC).): 
 • Regeneração. Alguns tecidos são capazes de 
substituir células lesadas e retornar ao estado 
normal; esse processo é chamado de 
regeneração. A regeneração ocorre por 
proliferação de células residuais (não lesadas) 
que retêm a capacidade de divisão e por 
substituição de células-tronco teciduais. 
Constitui a resposta típica a lesão em epitélios 
que se dividem rapidamente, como na pele e 
nos intestinos e em alguns órgãos, 
principalmente no fígado. 
 
 
 
 
 
 
 
• Formação de cicatriz. Se os tecidos lesados são 
incapazes de regeneração ou se as estruturas de 
suporte do tecido são gravemente lesadas, o 
reparo ocorre por deposição de tecido 
conjuntivo (fibrose), um processo que resulta em 
formação de cicatriz. Embora a cicatriz fibrosa 
não possa realizar a função das células perdidas 
do parênquima, ela fornece estabilidade 
estrutural suficiente para tornar o tecido lesado 
hábil nas suas funções. O termo fibrose é mais 
frequentemente usado para descrever a extensa 
deposição de colágeno que ocorre nos pulmões, 
fígado, rins e outros órgãos, resultante da 
inflamação crônica, ou no miocárdio após 
extensa necrose isquêmica (infarto). Se a fibrose 
se desenvolve em um espaço do tecido ocupado 
por exsudato inflamatório, ela é chamada de 
organização (como na pneumonia, no pulmão). 
REGENERAÇÃO 
Envolve a proliferação celular, que é orientada por fatores de crescimento e criticamente 
dependente da integridade da matriz extracelular. 
 
Proliferação Celular, Ciclo Celular e Células-tronco 
A regeneração de tecidos é orientada pela proliferação de células não lesadas (residuais) e 
substituição a partir de células-tronco. 
• A proliferação celular ocorre quando células quiescentes entram no ciclo celular. O 
ciclo celular é estreitamente regulado por ativadores e inibidores, e contém pontos de 
controle intrínsecos que evitam a replicação de células anormais. 
• Os tecidos são divididos em 
Lábeis - As células desses tecidos são continuamente perdidas e substituídas pela maturação 
de células-tronco e por proliferação das células maduras. Esses tecidos se regeneram 
rapidamente após a lesão, já que o pool de células-tronco é preservado. EX.: hematopoiéticas 
na medula óssea e a maioria dos epitélios de superfície, como o epitélio estratificado 
escamoso da pele, cavidade oral, vagina e colo uterino; o epitélio cúbico dos ductos das 
glândulas exócrinas. 
Estáveis - As células desses tecidos são quiescentes e, em seu estado normal, possuem baixa 
atividade replicativa. Entretanto, essas células são capazes de proliferar em resposta a lesão ou 
perda de massa tecidual. Com exceção do fígado, os tecidos estáveis possuem capacidade 
limitada de regeneração após a lesão. EX.: fígado, rim, pâncreas, células endoteliais, os 
fibroblastos e as células musculares lisas. 
Permanentes - As células desses tecidos são consideradas terminalmente diferenciadas e 
não proliferativas na vida pós-natal. Nos tecidos permanentes, o reparo é tipicamente 
dominado por formação de cicatriz. EX.: neurônios e as células musculares cardíacas 
• Os tecidos que se dividem continuamente (lábeis) contêm células maduras capazes de 
se dividir e células-tronco que se diferenciam para substituir as células perdidas. 
 • As células-tronco de embriões (células ES) são pluripotentes; os tecidos adultos, 
particularmente a medula óssea, contêm células-tronco adultas capazes de regenerar 
múltiplas linhagens celulares. 
• As células-tronco pluripotentes induzidas (células iPS) são obtidas através da 
introdução de genes característicos de células ES em células maduras. As células iPS adquirem 
muitas características de células-tronco. 
 
Fatores de Crescimento, Receptores e Sinal de Transdução 
• Os fatores de crescimento polipeptídicos atuam de maneira autócrina, parácrina e 
endócrina. 
• Os fatores de crescimento são produzidos transitoriamente em resposta ao estímulo 
externo e atuam por ligação a receptores celulares. As diferentes classes de receptores para 
fatores de crescimento incluem os receptores com atividade intrínseca de cinase, receptores 
acoplados à proteína G e receptores sem atividade intrínseca de cinase. 
• Fatores de crescimento, como o fator de crescimento epidérmico (EGF) e o fator de 
crescimento do hepatócito (HGF), se ligam a receptores com atividade intrínseca de cinase, 
desencadeando uma cascata de eventos através das MAP-cinases, culminando em ativação do 
fator de transcrição e replicação de DNA. 
• Os receptores acoplados à proteína G produzem múltiplos efeitos através das vias 
cAMP e do Ca
2+. 
As quimiocinas utilizam esses receptores. 
• As citocinas geralmente se ligam a receptores sem atividade cinase; tais receptores 
interagem com fatores de transcrição citoplasmáticos que se movem para o núcleo. 
• A maioria dos fatores de crescimento possui múltiplos efeitos, como migração e 
diferenciação celulares, estimulação da angiogênese e da fibrogênese, além da proliferação 
celular. 
 
Matriz Extracelular e Reparo Tecidual• A MEC consiste em matriz intersticial entre as células, formada por colágeno e várias 
glicoproteínas, e membranas basais abaixo dos epitélios e circundando os vasos, composta de 
colágeno não fibrilar e laminina. 
 • A MEC tem várias funções importantes: 
- Fornece suporte mecânico aos tecidos; esse é o papel dos colágenos e da elastina. 
- Funciona como substrato para o crescimento celular e a formação de microambientes 
teciduais. 
- Regula a proliferação e a diferenciação celulares; os pro-teoglicanos se ligam a fatores de 
crescimento e os exibem em altas concentrações; a fibronectina e a laminina es-timulam as 
células através dos receptores de integrinas. 
• A regeneração tecidual requer MEC intacta e, se houver lesão à MEC, o reparo é feito 
apenas por formação de cicatriz. 
 
Papel da Regeneração no Reparo Tecidual 
Varia nos diferentes tipos de tecidos e com a gravidade da lesão. 
• Em tecidos lábeis, como o ep. do trato gastrointestinal e da pele, as células lesadas são 
rapidamente substituídas por proliferação das células residuais e diferenciação das células-
tronco do tecido fornecida pela membrana basal intacta. Os fatores de crescimento envolvidos 
nesses processos não estão definidos. A perda de células sanguíneas é corrigida pela 
proliferação de progenitores hematopoiéticos presentes na medula óssea e em outros tecidos, 
orientada pelas CSFs, que são produzidas em resposta à redução do número de células 
sanguíneas. 
• A regeneração tecidual pode ocorrer em parênquimas de órgãos com populações 
celulares estáveis, mas, com exceção do fígado, normalmente é um processo limitado. O pân-
creas, a adrenal, a tireoide e os pulmões possuem alguma capacidade regenerativa. A remoção 
cirúrgica de um rim induz uma resposta compensatória do rim contralateral que consiste em 
hipertrofia e hiperplasia das células dos ductos proximais. Os mecanismos que geram essa 
resposta não estão compreendidos. 
• A resposta regenerativa do fígado que ocorre após remoção cirúrgica de tecido 
hepático é única e notável entre todos os órgãos. Cerca de 40-60% do fígado pode ser 
removido em um procedimento chamado transplante de doador vivo, no qual uma porção do 
fígado é retirada de uma pessoa saudável e transplantada para um paciente receptor com 
doença hepática em fase terminal ou após hepatectomia parcial realizada para remoção de 
tumor. Em ambas as situações, a remoção do tecido desencadeia uma resposta proliferativa 
dos hepatócitos restantes (normalmente quiescentes) e uma subsequente replicação de 
células hepáticas não parenquimatosas. Em sistemas experimentais, a replicação dos 
hepatócitos após hepatectomia parcial é iniciada por citocinas (p. ex., TNF, IL-6) que preparam 
as células para a replicação estimulando a transição no ciclo celular de G0 para G1. A 
progressão através do ciclo celular é dependente da atividade de fatores de crescimento, 
como o HGF (produzido por fibroblastos, células endoteliais e células hepáticas não 
parenquimatosas) e fatores da família EGF, que incluem o fator de crescimento transformador 
a (TGF-a), produzido por muitos tipos celulares. 
 
CICATRIZ 
Ocorre o reparo por substituição das células não regeneradas por tecido conjuntivo, levando à 
formação de uma cicatriz ou por combinação de regeneração de algumas células e formação 
de cicatriz. 
Etapas na Formação de Cicatriz 
• Formação de novos vasos (angiogênese) 
• Migração e proliferação de fibroblastos e deposição de tecido conjuntivo que, junto com a 
abundância de vasos e leucócitos dispersos, tem aparência granular e rósea, sendo chamado 
de tecido de granulação. 
• Maturação e reorganização do tecido fibroso (remodelamento) para produzir uma cicatriz 
fibrosa estável. 
24 horas inicia o reparo da lesão pela migração de fibroblastos; 
3-5 dias aparecimento do tecido de granulação (casquinha); 
Tecido de granulação acumula mais fibroblastos que depositam o colágeno resultando na 
cicatriz. 
 
Reparo por Formação de Cicatriz 
 • Os tecidos podem ser reparados por regeneração que envolve a restauração completa da 
forma e da função ou por substituição com tecido conjuntivo e formação de cicatriz. 
• O reparo pela deposição de tecido conjuntivo envolve angiogênese, migração e proliferação 
de fibroblastos, síntese de colágeno e remodelamento do tecido conjuntivo. 
• O reparo por tecido conjuntivo começa com a formação de tecido de granulação e termina 
com deposição de tecido fibroso. 
 • Múltiplos fatores de crescimento estimulam a proliferação dos tipos celulares envolvidos no 
reparo. 
 • O TGF-b é um potente agente fibrogênico; a deposição de MEC depende do equilíbrio entre 
os agentes fibrogênicos, as metaloproteinases (MMPs) que degradam a MEC e os TIMPs. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O REPARO TECIDUAL 
• A infecção é clinicamente a causa mais importante 
do retardo da cura; ela prolonga a inflamação e 
aumenta a lesão local. 
• A nutrição exerce profundos efeitos no reparo; por 
exemplo, a deficiência de proteína, e especialmente 
a deficiência de vitamina C, inibe a síntese de 
colágeno e retarda a cicatrização. 
• Os glicocorticoides (esteroides) possuem efeitos 
anti-inflamatórios bem documentados; sua 
administração pode resultar em cicatrização 
deficiente porque inibem a produção de TGF-b e 
diminuem a fibrose. Entretanto, algumas vezes, os 
efeitos anti-inflamatórios dos glicocorticoides são 
desejáveis. Por exemplo, em infecções da córnea, 
algumas vezes os glicocorticoides são prescritos 
(junto com antibióticos) para reduzir a probabilidade 
de opacidade que pode resultar da deposição de 
colágeno. 
• Fatores mecânicos, como aumento da pressão ou 
torção local, podem causar separação ou deiscência 
da ferida. 
• Perfusão deficiente, devido a aterosclerose e 
diabetes ou obstrução de drenagem venosa (p. ex., 
em veias varicosas), também impede a cura. 
• Corpos estranhos, como fragmentos de aço, vidro 
ou mesmo osso, impedem a cura. 
• O tipo e a extensão da lesão influenciam o reparo. 
A restauração completa pode ocorrer apenas em 
tecidos compostos por células lábeis e estáveis; a 
lesão a tecidos compostos por células permanentes 
inevitavelmente resulta em cicatriz, como no infarto 
do miocárdio. 
• A localização da lesão e a natureza do tecido onde 
ocorre a lesão também são importantes. Por 
exemplo, a inflamação que surge nos espaços 
teciduais (p. ex., nas cavidades pleural, peritoneal e 
sinovial) desenvolve extensos exsudatos. O reparo 
subsequente ocorre por digestão do exsudato, 
iniciado por enzimas proteolíticas dos leucócitos e 
reabsorção do exsudato liquefeito. Isso é chamado 
de resolução e, geralmente, na ausência de necrose, 
a arquitetura normal do tecido é restaurada. 
Contudo, em grandes acumulações, o exsudato sofre 
organização: o tecido de granulação cresce dentro 
do exsudato e uma cicatriz fibrosa é formada. 
• As aberrações do crescimento celular e da 
produção de MEC podem ocorrer mesmo nos 
processos de cura de feridas que se iniciam de modo 
normal. Por exemplo, o acúmulo de quantidade 
excessiva de colágeno pode gerar uma cicatriz 
proeminente e elevada conhecida como queloide. A 
formação de queloide parece ser uma predisposição 
hereditária, sendo mais comum em afro-americanos. 
A cura de feridas pode gerar também quantidade 
excessiva de tecido de granulação que se projeta 
acima do nível da pele circundante e impede a 
reepitelização. Esse tecido é chamado de “carne 
esponjosa” no velho linguajar médico, e a 
restauração da continuidade do epitélio requer 
cauterização ou excisão cirúrgica do tecido de 
granulação. 
 
Cura de Ferida Cutânea e Aspectos Patológicos do Reparo 
• As feridas cutâneas podem ser curadas por:- união primária (primeira intenção): é o reparo de uma incisão cirúrgica limpa não infectada, 
aproximada por suturas cirúrgicas. A regeneração epitelial é o principal mecanismo do reparo. 
Uma pequena cicatriz é formada, com contração mínima da ferida. 
 •Dentro de 24 horas, os neutrófilos aparecem na borda da incisão, migrando em direção ao coágulo de 
fibrina. As células basais da epiderme da borda do corte começam a exibir aumento da atividade 
mitótica. Dentro de 24-48 horas, as células epiteliais de ambas as margens começam a migrar e 
proliferar ao longo das margens da derme, depositando, à medida que se movem, componentes da 
membrana basal. Elas se fundem na linha média, abaixo da superfície da crosta, produzindo uma fina e 
contínua camada epitelial. 
• Por volta do terceiro dia, os neutrófilos são amplamente substituídos por macrófagos e o tecido de 
granulação invade, progressivamente, o espaço da incisão. As fibras colágenas agora são evidentes nas 
margens da incisão, mas estão verticalmente orientadas e não formam pontes na incisão. A proliferação 
das células epiteliais continua, produzindo uma camada epidérmica espessada. 
• Em torno do quinto dia, a neovascularização alcança seu ponto máximo e o tecido de granulação 
preenche o espaço da incisão. As fibrilas colágenas tornam-se mais abundantes e começam a formar 
pontes na incisão. A epiderme recupera sua espessura normal quando a diferenciação das células 
superficiais produz uma arquitetura epidérmica madura com queratinização superficial. 
• Durante a segunda semana, ocorre contínua proliferação de fibroblastos e acúmulo de colágeno. O 
infiltrado leucocitário, o edema e o aumento da vascularização diminuem substancialmente. Inicia-se o 
longo processo de “empalidecimento”, devido ao aumento da deposição de colágeno dentro da cicatriz 
e regressão dos canais vasculares. 
• No fim do primeiro mês, a cicatriz consiste em tecido conjuntivo celular, em grande parte devido às 
células inflamatórias, coberta por epiderme normal. Entretanto, os anexos dérmicos que foram 
destruídos na linha da incisão são perdidos permanentemente. Com o tempo, a força tênsil da ferida 
aumenta, como descrito adiante. 
- união secundária (segunda intenção): A cura por união secundária envolve cicatrização mais 
extensa e contração da ferida. 
Ocorre em grandes feridas, nos locais de formação de abscessos, nas ulcerações e na necrose isquêmica de órgãos. 
a reação inflamatória é mais intensa, com formação de abundante tecido de granulação, acumulação de MEC e 
formação de uma grande cicatriz, seguida por contração da ferida mediada pela ação dos miofibroblastos. 
• Um coágulo ou crosta maior rica em fibrina e fibronectina se forma na superfície da ferida. 
• A inflamação é mais intensa porque grandes perdas de tecido possuem volume maior de restos 
necróticos, exsudato e fibrina que devem ser removidos. Consequentemente, grandes defeitos têm 
potencial maior de lesão secundária mediada por inflamação. 
• Defeitos teciduais maiores requerem maior volume de tecido de granulação para preencher os espaços e 
fornecer suporte para a reepitelização. Geralmente, um volume maior de tecido de granulação resulta 
em maior massa de tecido cicatricial. 
• A cura por união secundária envolve a contração da ferida. Por exemplo, dentro de seis semanas, 
grandes defeitos cutâneos podem ser reduzidos de 5-10% do seu tamanho original, em grande parte 
pela contração. Esse processo tem sido atribuído à presença de miofibroblastos, que são fibroblastos 
modificados exibindo características funcionais e ultraestruturais de células musculares lisas. 
• A cura da ferida pode ser alterada por muitas condições, particularmente por infecção e 
diabetes; o tipo, o volume e a localização da lesão também são fatores importantes na cura. 
• A excessiva produção de MEC pode causar queloide na pele. 
• A estimulação persistente de síntese de colágeno nas doenças inflamatórias crônicas leva à 
fibrose do tecido. 
 
IMUNUPATOLOGIA 
Hipersensibilidade: resposta exagerado do sistema imunológico. Serão classificadas de acordo 
com o tipo de resposta desse sistema. 
 
Anticorpos e Sistema de complemento participam da resposta imunológica com o 
intuito de proteger o nosso organismo contra agentes estranhos, modificações extremas 
de temperaturas e tudo aquilo que poderia ocasionar lesão e morte celular. 
Na Imunologia estudamos dois tipos de respostas: Imune Inata (que já nasce conosco, 
composta de macrófagos, neutrófilos , barreiras epiteliais... ) e Imune Adquirida. A 
Imune Inata naturalmente será a mais rápida e será a responsável pela inflamação aguda 
pois, nela, a perda da barreira epitelial facilitará a entrada de patógenos. 
A resposta Imune Adaptativa pode ser Humoral ou Celular, dependendo do 
reconhecimento do antígeno e da sinalização. 
Dependendo do reconhecimento do antígeno teremos respostas imunológicas diferentes. 
Pois seria ineficiente para o nosso organismo produzir anticorpos contra uma bactéria 
intracelular. Para os microorganismos intracelulares o organismo lança mão da resposta 
celular, ativando células TCD8 ou NK. 
 
Sistema Imune Adquirido é específico e apresenta uma grande diversidade . Ou seja, para cada 
antígeno há um anticorpo produzido para reconhece- lo. Possui o mecanismo de 
Tolerância que impede que as células reajam contra aquilo que é do próprio 
organismo. As células vão sendo apresentadas ao sistema imunológico à medida que vai 
ocorrendo o desenvolvimento embrionário, as células reconhecem esse antígeno e 
aquelas que reagem são deletadas do sistema imune . Se os mecanismos de tolerância 
falham há o surgimento das Doenças Auto Imunes. Possui o mecanismo de Memória: se o 
corpo entra em contato com um antígeno que nunca entrou no organismo, há uma 
resposta inata e depois uma adaptativa para então produzir células específicas contra 
aquele determinado antígeno. Na próxima vez que ele entrar em contato o sistema 
imune terá uma resposta mais eficiente graças à produção das células de memória. Por 
isso que em casos de alergia cada vez que você entra em contato com determinada 
substância a resposta é mais efetiva/grave. 
 
Eventos das respostas imunológicas : 
- ANTICORPOS NEUTRALIZANDO MICROORGANISMOS; 
- ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T, RECRUTANDO CÉLULAS FAGOCÍTICAS; 
- ATIVAÇÃO DO LIFÓCITO CITOTÓXICOS; 
- ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T REGULADORES; 
- RESPOSTA DA CÉLULAS NATURAL KILLES, AGINDO CONTRA AS CÉLULAS NEOPLÁSICAS E 
CÉLULAS -INFECTADAS. SEMELHANTO AO TCD8. 
 
Na Imunopatologia acontecem reações cruzadas. No sistema “chave-fechadura” uma chave 
não deve abrir uma fechadura que não lhe pertence. Se isso acontece teremos uma patologia 
sendo desencadeada pelo sistema imunológico. 
A alergia é uma hipersensibilidade. 
 
IMUNOPATOLOGIA 
O sistema imunológico vai ter sua função alterada e essa resposta produzirá lesão nas células e 
nos tecidos. É essa resposta que começa a destruir as células do hospedeiro, ao invés de 
proteger. A hipersensibilidade, as doenças autoimunes e as imunodeficiências são 
consequências dessas alterações. 
 
  HIPERSENSIBILIDADE Quando há uma resposta tão grande do sistema imunológico 
que vai gerar uma lesão celular. 
 
Nas alergias a liberação de histamina e serotonina é muito grande, há o reconhecimento do 
antígeno tendo a resposta vascular; essa resposta vascular pode ser localizada ou 
sistêmica. Se há uma liberação sistêmica de histamina, tem -se uma vasodilatação em todo 
organismo, aumentando a permeabilidade vascular, ocorrendoum Edema generalizado e 
podendo evoluir para uma Asfixia. Diminui o volume de líquido nos vasos para o meio 
extravascular e , consequentemente, a pressão diminui bruscamente . O coração aumenta 
sua força nas contrações e o paciente evolui para um Choque Anafilático. Antes disso 
o paciente apresenta sintomas, como taquicardia, dor, taquipnéia, dispneia e cianose . Por 
isso a importância de exames clínicos antes da aplicação de qualquer substância. 
 
 A porta de entrada também é importante para o tipo de resposta imunológica. Substâncias 
que são injetadas, por exemplo, entrarão em todo o sistema circulatório do paciente. Logo, 
sua resposta imunológica também será sistêmica. Se há uma injeção local, a resposta também 
é local, a não ser que a sensibilidade contra aquele antígeno seja muito grande. Muitas vezes o 
paciente gera uma alergia ao inalar uma partícula, mas não reage ao ingeri-la. 
 
O grau de hipersensibilidade pode ser: 
 TIPO 1 ou IMEDIATA : característica das respostas alérgicas. Tem a ação do anticorpo 
específico que se liga na superfície dos mastócitos e basófilos e vai servir como receptor do 
antígeno, permitindo uma resposta mais rápida para um posterior ataque. Os mastócitos 
produzem histamina, que causa aumento da permeabilidade, vasodilatação e bronco-
constricção. Por isso deve-se administrar um anti-histamínico ao paciente para controlar a 
quantidade de histamina liberada. Se a resposta for muito intensa, necessita também da 
injeção de adrenalina. 
A histamina causa constricção da musculatura lisa visceral, provocando: 
1) Em casos de inalação: bronco-constricção, que vai limitar a expansão do pulmão e 
dificultar a respiração do paciente. 
2) Em casos de ingestão: constricção do estômago e do intestino, aumentando os 
movimentos peristálticos e , consequentemente, ocasionando diarreias. 
 
Normalmente a alergia é genética, logo , pais alérgicos terão filhos alérgicos. Entretanto, pode 
também acontecer de forma espontânea. Em sua grande maioria as alergias são desenvolvidas 
contra proteínas e sustâncias químicas. São, então, geradas reações no sistema vascular, na 
musculatura lisa e essas respostas podem se exacerbar de acordo com o número de vezes que 
o paciente entra em contato com o antígeno. Há também, a liberação de mediadores químicos 
que aumentam a produção de muco. 
Na primeira exposição temos a produção de IgE específico, na segunda a exposição essa IgE 
está pronta, por isso a resposta é mais rápida e efetiva. 
 
Alergias mais comuns: 
1- Alimentar 
2- Conjuntivite alérgica 
3- Brônquicas 
4- Dermatites 
 
Sintomatologia: 
1- Constricção de vias aérea 
2- Edema de glote 
3- Extravasamento de muco no 
intestino 
4- Rinite e asma 
 
Em tratamentos mais tardios a uma reação alérgica faz necessário o uso de 
corticosteroides para diminuir a sintomatologia, ao invés do anti-histamínico. 
 
Locais de respostas: 
1- Nas pálpebras e lábios (T. vascularizado) 
2- Para antígenos inalados: nas vias aéreas superiores ou uma resposta sistêmica. 
 
TIPO 2: Resposta mediada por anticorpos IgG ou IgM. O indivíduo por exemplo, produz 
anticorpos que se ligam às células epiteliais e induzem a resposta inflamatória para que aquela 
célula seja destruída. O anticorpo pode se ligar ao desmossomo e indicar às células 
inflamatórias (neutrófilos, linfócitos) que elas devem destruir aquela junção intracelular. 
Portanto as células epiteliais se soltam uma das outras, já que a junção das células epiteliais é 
formada e firmada pelos desmossomos. O paciente, então, desenvolve bolhas na superfície e 
normalmente sua primeira manifestação é na mucosa oral. Como o revestimento epitelial oral 
é muito fino, rapidamente é perdido e há o desenvolvimento de uma úlcera. 
 
 Hipertireodismo/ Doenças de Graves: Anticorpos se ligam À receptores da tireóide. A tireóide 
então, entende que seu receptor está se ligando ao hormônio específico e portanto, é 
estimulada. O anticorpo age como se fosse o hormônio estimulante da tireóide. 
DIABETES: insulino resistente – os receptores de insulina ficam ocupados por anticorpos 
 
TIPO 3: Associada à deposição de imunocompelxos (vários antígenos ou anticorpos juntos). 
Muito comum nos casos de artrite (deposição nas articulações), vasculite (deposição nos 
vasos), nefrite (deposição nos néfrons) e febre. O paciente faz uma resposta contra um 
determinado antígeno e o complexo antígeno-anticorpo se deposita. Seu sintoma clínico 
normalmente será inflamatória para tentar destruir o complexo. 
 
TIPO 4 OU TARDIA: Não é mediada por anticorpo. É mediada por células linfócitos TCD4 
(resposta inflamatória) e linfócitos TCD8 (resposta citotóxica). Em pacientes com Hepatite C os 
receptores de glicocálice indicam que aquela célula é uma célula infectada, então os linfócitos 
TCD8 destroem os hepatócitos infectados. A patogênese será muito mais pela destruição dos 
hepatócitos do que pela destruição do vírus. 
 
IMUNODEFICIÊNCIAS 
PRIMÁRIAS: Congênitas 
SECUNDÁRIA 
ADQUIRIDA: HIV é um vírus que tem um ciclo citolítico. Não temos como distinguir 
superficialmente pacientes infectados ou não, apenas com exames. O papel do TCD4 é definir 
se a resposta será humoral ou celular. O HIV destrói o linfócito TCD4 induzindo então, uma 
imunossupressão. O paciente HIV+ vai possuir o reconhecimento/a resposta, mas não existem 
células suficientes para secretar a citosina para a resposta ser efetiva. Por isso as lesões são 
mais graves. O paciente não morre de HIV, morre das complicações causadas durante a 
doença. Na candidíase também há uma grande concentração de vírus e pouquíssimo TCD4. Por 
isso que no exame a taxa de TCD4 é avaliada! 
A terapia evita que o vírus replique. Se o vírus não se replica, ele não destrói as células de 
defesa.

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