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AULA 01 EQUI

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Cavalo
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"Cavalo" (do latim caballus), é um mamífero ungulado de grande porte. Portador de uma cauda vertebral muito curta, mas prolongada por longos pêlos, o cavalo é reconhecido também pelas orelhas curtas, eretas, e a crina pendente. 
A dentição apresenta longos incisivos, cujo grau de desgaste indica a idade do animal, e grandes molares. 
Um grande casco envolve totalmente a última falange do único dedo em que termina cada membro, esse casco chega a pesar até 500 g. 
O cavalo é herbívoro, granívero e corredor, e não tem outra arma além dos cascos, sua rapidez e fuga evita muitas vezes os confrontos.
A fêmea (égua) tem um filho (potro ou poldro) por gestação, e essa gestação dura 11 meses.
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A ATUAÇÃO DO AUXILIAR VETERINÁRIO COM OS CAVALOS
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EVOLUÇÃO
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A evolução do cavalo foi marcada pelo aumento de tamanho, a redução e, depois, o desaparecimento dos dedos laterais, ao mesmo tempo que ocorreu o crescimento do dedo médio, a molarização dos pré-molares e o desaparecimento dos caninos.
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Hyracotherium
O primeiro equídeo de que há registo foi classificado pelo nome de Hyracotherium. 
Era um pequeno animal de floresta nos primórdios do Eoceno, há cerca de 55 milhões de anos atrás – “apenas” 10 milhões de anos depois de se extinguirem os dinossauros.
Este pequeno ancestral do cavalo moderno, que não media mais de 30 centímetros ao garrote, era muito diferente em aparência dos cavalos que vemos hoje em dia. 
Era na verdade um pouco parecido com um cão: dorso arqueado, pescoço curto, pernas curtas e uma longa cauda.
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Mesohippus
A espécie Mesohippus celer surgiu “repentinamente” no ultimo período do Eoceno. Este animal era ligeiramente mais largo e mais alto que o Epihippus, medindo cerca de 50 centímetros ao garrote. Já não era tão semelhante a um cão. 
Tinha o dorso menos arqueado, os membros mais compridos, o pescoço mais longo e mais fino, o chanfro estava também mais largo e mais comprido.
O Mesohippus tinha três dedos nos seus posteriores e nos anteriores o que era o quarto dedo estava agora reduzido a uma unha vestigial que com o passar do tempo acabaria por desaparecer.
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Merychippus
Um Merychippus media aproximadamente cerca de 80 centímetros, o maior cavalo daquela altura. 
O chanfro alongou mais um pouco, o maxilar tornou-se mais profundo, os olhos do cavalo “moveram-se” um pouco mais para trás, para dar espaço ás grandes raízes dos dentes, o cérebro aumentou de tamanho, tendo um neocortex fissurado e um maior cerebelo, o que fazia do Merychippus um cavalo mais inteligente e mais ágil do que os restantes.
O Meryhippus possuía ainda três falanges, no entanto o peso de cada membro já assentava unicamente sobre um casco, que mantinha o seu movimento através de uma rede de ligamentos bastante elásticos e resistentes. 
O rádio e o cúbito do antebraço fundiram-se, eliminando assim a rotação do membro. Do mesmo modo a fíbula sofreu uma diminuição no seu tamanho.
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Pliohippus
Surgiu a meio do periodo Miocénico como um animal ainda com três unhas. A perda gradual das unhas é visto no Pliohippus através de três diferentes épocas do Mioceno.
O Pliohippus era bastante semelhante ao posterior Equus, o que fez com que até recentemente se pensasse que seria o seu antecessor directo. Duas diferenças significativas esclareceram este ponto. O Pliohippus tinha uma fossa nasal bastante funda, enquanto que a do Equus não era tão funda. Além disso, os dentes do Pliohippus eram bastante mais curvados do que os do Equus.
Apesar de o Pliohippus estar relacionado com o Equus não foi uma evolução directa de um para o outro.
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HISTÓRIA
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A domesticação dos cavalos foi muito importante para o desenvolvimento das civilizações asiáticas e européias. Isso ocorreu a 3 mil anos atrás.
Na Europa Ocidental, até a Idade Média, a posse e o uso do cavalo eram exclusivos da casta aristocrática dos cavaleiros, que o empregava na guerra, no jogo e na ostentação social. 
Além de seu emprego militar (cavalaria), o cavalo foi usado como animal de carga e de sela, como animal de atrelamento (carroça, charrete, barco, trenó, máquina agrícola), para bater cereais ou para a movimentação de mecanismos destinados a moer (moinho de farinha, extrator de óleo, amassador de frutas), bater os grãos ou elevar a água (nora).
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No séc. XIX, a modernização da agricultura, o desenvolvimento da mecanização e o melhoramento dos transportes provocaram uma procura crescente do cavalo. 
A criação se organizou para responder a essa procura. As grandes raças de prestígio começaram a individualizar-se sob a dupla tutela dos haras e das autoridades agrícolas.
Os cavalos aumentaram de peso e tamanho, mas conservaram em geral sua aptidão para o deslocamento rápido, pois muitos deviam puxar, em grande velocidade, cargas cada vez mais pesadas. 
O cavalo foi empregado em diversos trabalhos, nas mais diversas condições, às vezes, muito duras. Porém, com bom trato, o cavalo provou ter boa adaptabilidade ao trabalho.
No Brasil, o cavalo começou a substituir o boi na aração e nos transportes no séc. XVIII e vem sendo substituído pelos meios mecânicos.
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ANATOMIA
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RAÇAS BRASILEIRAS
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As raças de cavalos são muito semelhantes em sua forma física, possuindo corpos bem proporcionados, ancas possantes e musculosas e pescoços longos que sustentam as cabeças de acentuada forma triangular. 
As orelhas dos cavalos são pontudas e móveis, alertas ante qualquer som, e a audição é aguçada. 
Cavalos selvagens foram difundidos na Ásia e Europa em épocas pré-históricas, mas as vastas manadas foram se esgotando através das caçadas e capturas para domesticação.
No Brasil, as primeiras raças de cavalo foram introduzidas em três momentos distintos: 
A primeira leva veio em 1534, na Vila de São Vicente; 
A segunda, em Pernambuco, em 1535; 
A terceira, na Bahia, trazidos por Tomé de Sousa.
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ÁRABE
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Como o próprio nome da raça sugere, o cavalo Árabe originou-se no Oriente Médio. 
É considerada a raça de cavalo mais pura e antiga, entrando na formação de quase todas as raças modernas. 
De porte médio, o Árabe é um cavalo rústico, mas ao mesmo tempo delicado e dócil.
O cavalo Árabe é muito inteligente, fogoso, de vivacidade marcante, corajoso, leal e dócil.
 O cavalo Árabe é a mais harmoniosa das raças, possui uma silhueta inconfundível, e sua cauda embandeirada é uma das caraterísticas típicas da raça. 
O cavalo Árabe é forte, resistente e possui boa musculatura. 
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APPALOOSA
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A raça Appaloosa é muito antiga, aperfeiçoada na América do Norte durante a segunda metade do século XX através de rigorosos cruzamentos com cavalos Árabes, Quartos de Milha e Puros Sangue Ingleses. 
Considerada exótica, a raça de cavalo Appaloosa se distingue principalmente por sua característica coloração na pelagem do cavalo, que pode apresentar-se manchada ou pintada, principalmente nas ancas.
No Brasil, a raça de cavalo Appaloosa foi oficialmente introduzida nos anos 70, e é utilizada principalmente no campo, além de se apresentar em torneios hípicos.
 A raça de cavalo Appaloosa é rápida, possui temperamento vivo e boa índole. A cores oficiais para a pelagem da raça Appaloosa são: blanket (cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake (floco de neve) e frost (geada).
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ANDALUZ
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O Andaluz é uma das mais antigas raças de cavalo, descendente do cavalo Espanhol, e figura entre os mais influentes ao longo da história.
Deu origem a maioria das raças modernas, como o Puro Sangue Inglês, entre outras. Embora não esteja entre os cavalos mais velozes,o cavalo Andaluz é atlético, ágil, forte e resistente.
É uma raça de cavalo nobre e dócil, com temperamento vivo, originária da Penínsulo Ibérica, mais especificamente da região da Andaluzia, na Espanha, e do Alentejo, em Portugal.
Quando criado em Portugal, o o cavalo Andaluz é hoje denominado Puro Sangue Lusitano. Já os exemplares criados na Espanha são hoje conhecidos como Raça Pura Espanhola, ou Puro sangue Espanhol.
Os tipos de pelagem mais comuns para os cavalos da raça Andaluz são o tordilho, o castanho e o alasão.
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ANGLO-ÁRABE
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O Anglo-Árabe é uma raça resultante do cruzamento entre o cavalo Árabe e o Puro Sangue Inglês (PSI). 
Originalmente criada e aperfeiçoada na França, a raça é hoje utilizada no mundo todo, principalmente no plano esportivo.
A raça Anglo-Árabe herdou do cavalo Árabe o temperamento calmo, a incrível resistência, a agilidade e a inteligência. Já na aparência a raça se assemelha bastante ao PSI, tendo herdado o comportamento notavelmente corajoso, além do porte, velocidade e potencial competitivo.
Os cavalos Anglo-Árabes são versáteis cavalos de sela, utlizados para corridas, provas de salto e obstáculos, adestramento clássico e pólo. Os primeiros exemplares da raça Anglo-Árabe foram resgistrados no Brasil nos anos 70 e tem se destacado desde então no hipismo e no concurso completo de equitação.
 O tamanho médio do cavalo Anglo-Árabe fica entre 1,62 e 1,67m e as cores da pelagem são o tordilho, castanho, e alazão.
 
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BRETÃO
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Como o próprio nome sugere, o cavalo Bretão tem origem no noroeste da França, na região da Bretanha.
 A raça Bretão é uma raça de cavalo de tração, apresenta um porte de médio a grande, brevelínio, com temperamento dócil e de fácil manejo. 
Os primeiros exemplares da raça Bretão foram trazidos ao Brasil no início do século XX. A cabeça da raça Bretão é quadrada de tamanho médio, fronte larga, chanfro largo e reto. 
O cavalo Bretão possui membros fortes, bem aprumados, peito largo, musculoso, cernelha forte e pouco pronunciada.
 A altura da raça de cavalo Bretão varia de 1,47 e 1,70m. 
A pelagem é alazã , castanha, ou rosilha e suas variações.
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BERBERE
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De origem norte-africana, a raça de cavalo Berbere é provavelmente uma das mais antigas, assim como o Árabe. Na Europa, contribuiu para a criação das raças Andaluz e Puro Sangue Inglês (PSI).
Forte, vigoroso e muito resistente, o cavalo Berbere é um cavalo de sela ágil, capaz de cobrir curtas distâncias com grande velocidade.
O Berbere é um cavalo extremamente rústico, dócil e corajoso. 
A raça berbere apresenta a cabeça longa, mas requintada, com face reta. As espáduas são chatas. 
A garupa é inclinada com cauda de baixa inserção. As pernas são compridas e fortes.
A raça Berbere mede de 1,42 a 1,52m de altura, e as cores aceitas são o tordilho, o castanho, e o alazão.
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BRASILEIRO DE HIPISMO
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O Cavalo Brasileiro de Hipismo (BH) é uma raça nova, resultado de cruzamentos entre raças europeias. 
É um típico cavalo de sela, com aptidão para quaisquer modalidades de salto, adestramento ou concurso completo de equitação.
O Brasileiro de Hipismo é um cavalo de tamanho grande (de 1,65 a 1,75), de boa índole e temperamento ardente. 
É uma raça vivaz e energética. É um cavalo de trote muito cômodo, ágil, inteligente, muito dócil e fácil de lidar.
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CAMPOLINA
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A criação da raça Campolina iniciou-se ao final do século XIX no estado de Minas Gerais por Cassiano Campolina. Durante mais de 70 anos a raça foi aperfeiçoada com o cruzamento de cavalos PSI, anglo-normando e Mangalarga Marchador.
De acordo com o padrão oficial da raça, o campolina é um cavalo "de porte grande, cabeça seca, perfil sub-convexo para retilíneo, olhar vivo, orelhas médias tendendo para longas, pescoço musculoso e rodado, tendendo para comprido; crinas fartas e sedosas; garupa ampla e longa, suavemente inclinada; anca arredondada, cauda de inserção baixa".
O cavalo campolina é dócil, tem uma beleza característica incontestável e seus movimentos harmoniosos tornam sua montaria nobre e confortável.
A raça Campolina é um primor entre os eqüinos e uma grande paixão que adquire, a cada dia, mais admiradores.
O tamanho ideal do cavalo Campolina é de 1,58m para os machos, enquanto para as fêmeas a altura média fica em 1,52m.
A pelagem é predominantemente baia ou castanha.
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CRIOULO
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O Cavalo Crioulo originou-se de raças provenientes da península ibérica, como o Andaluz e o Berbere. Os primeiros ascendentes do Cavalo Crioulo foram trazidos para a América pelos colonizadores durante os primeiros anos após o descobrimento.
Atualmente o Cavalo Crioulo é criado principalmente no estado do Rio Grande do Sul, além de países sul americanos como Uruguai, Chile e Argentina.
O Cavalo Crioulo é um cavalo de sela com caráter tranquilo, inteligente, e dócil. É uma raça muito ágil, forte e resistente, sendo considerado especialmente apto na lida com o gado.
De estrutura óssea compacta e musculatura extremamente consistente, o tamanho do Cavalo Crioulo pode variar entre 1,38 e 1,50 m. 
O peso fica entre os 300 e 450 kg.
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FALABELLA
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Devido ao tamanho reduzido e as características de temperamento, o Falabella é considerado um cavalo miniatura, não um pônei. 
A raça de cavalo Falabella foi desenvolvida na Argentina e leva o nome da família que a desenvolveu. Assim como muitas outras raças de cavalo miniatura, o Falabella apresenta alguns defeitos de conformação. 
O Falabella é um cavalo inteligente e afetuoso e o tamanho médio de um exemplar adulto é de 60 cm, mas alturas ainda menores são frequentes.
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MANGALARGA MARCHADOR
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Assim como o cavalo Mangalarga, a raça de cavalo Mangalarga Marchador tem sua origem em animais trazidos da Península Ibérica ao Brasil por meio de nobres da corte portuguesa, na época da colonização.
De acordo com o padrão oficial da raça estipulado pela ABCCMM, o cavalo Mangalarga Marchador é um cavalo ágil, "de estrutura forte e bem proporcionada, expressão vigorosa e sadia, visualmente leve na aparência, pele fina e lisa, pelos finos, lisos e sedosos, temperamento ativo e dócil". 
O cavalo Mangalarga Marchador possui uma cernelha bem definida, "longa, proporcionando boa direção à borda dorsal do pescoço".
É um animal de porte médio, com altura ideal de 1,46 para as fêmeas e de 1,52m para os machos.
O andamento do cavalo Mangalarga Marchador é a marcha batida ou picada – "é o andamento natural, simétrico, a quatro tempos, com apoios alternados dos bípedes laterais e diagonais, intercalados por momentos de tríplice apoio".
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MANGALARGA PAULISTA
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Mangalarga é hoje uma das mais importantes raças brasileiras, desenvolvida a partir do cruzamento de cavalos das raças Alter e Andaluz, trazidos da Península Ibérica pelos colonizadores. Inicalmente a raça Mangalarga foi criada no sul do estado de Minas Gerais e posteriormente em São Paulo.
Contudo, devida a diferença topográfica e cultural da região que exigia do cavalo mais resistência e facilidade de galope, iniciou-se uma nova seleção em outra direção e, devido a isso, o Mangalarga é comumente denominado Mangalarga Paulista, para evitar que se confunda com o Mangalarga Marchador.
A raça Mangalarga foi, então, aperfeiçoada através de novos cruzamentos entre cavalos PSI, Árabe, Anglo-Árabe e American Saddle Horse.
O cavalo Mangalarga é um cavalo de sela, destinado principalmente aos esportes hípicos e ao trabalho. É um cavalo extremamente resistente, capaz de percorrer grandes ditâncias.
Umas das principais características da raça Mangalarga é a marcha trotada, que diferencia-se do trote por manter um tempo ínfimo de suspensão entre os apoios (quandoo animal fica totalmente desligado do solo).
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