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DESIGUALDADE SOCIAL

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Universidade Paulista 
 
 Classes Sociais, caracterização da camada desfavorecida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danielle Cristina Alves da Silva, RA – N199DD5 
Laiane De Sousa Silva, RA -- N159936 
Priscilla Thalia Braulio Gamboa, RA – N123753 
 
 
 
São Paulo 
2018 
 
Introdução
No Brasil, foi-se apontada uma “nova classe média”, evidenciando supostamente, de maneira equivocada que os brasileiros se enquadram em uma camada social que abrange uma renda intermediaria, com a intenção de enfatizar o sentido positivo quanto ao pertencer a essa classe.
A mídia, o governo e os setores acadêmicos, passaram a divulgar o brasil como um pais de classe média, pais que teve um salto em desenvolvimento, com o índice de pobreza diminuindo. Colocam ainda, uma variação existente entre o piso e o teto salarial necessário para pertencer a esse grupo, enfatizando que pessoas com a faixa salarial de R$ 1.200,00 a R$ 5.174,00 se encaixam nos parâmetros da nova classe média, onde a diferença é de 430 % entre o piso e o teto salarial. 
Concordando com Souza (2010), é importante destacar que o uso da terminologia "nova classe média" por formadores de opinião, economistas e pesquisadores é uma banalização do termo "classe", ligando-o diretamente ao nível de renda e consumo. Segundo o sociólogo o entusiasmo não reflete a realidade desse grupo, que se mostra dura, conflitante e recheada de contradições.
O trabalho terá como objetivo caracterizar as diversas classes sociais, mostrando a realidade dos menos favorecidos nesse enquadramento, e levando em consideração os diferentes tons da má distribuição de renda pertinentes no Brasil.
 
Desigualdade entre classes no Brasil
O Brasil é um dos países com maior desigualdade social entre as classes no mundo, mais do que a metade da população brasileira não tem recursos para a sobrevivência básica, milhões que vivem na pobreza absoluta que sobrevivem com apenas ¼ de salário mínimo, no máximo. A maior pobreza apresenta-se no norte, nordeste e centro-oeste, onde encontra-se pessoas em pleno ano 2018 que vivem sem saneamento básico, sem esgoto, sem ao menos um banheiro com privada. Nas grandes cidades população que vivem nas periferias em casas mal acabadas ou feitas de pau abique, madeiras e lonas, em beiras de rios, cheios de ratos, baratas e outros tipos de doenças, sem nenhuma proteção contra enchentes. O contraste social no Brasil é tão grande que existe uma classificação econômica definidas por A1, A2, B1, B2, C1, C2, D, E. Que também pode ser classificado como: classe alta, média-alta, media-intermediaria, media-baixa, e excluídos, onde a maior parte da população se encontra entre média-baixa e excluídos. O problema social no Brasil só aumentou com a crise que acontece desde 2014 que levou o número de desempregados a 12 milhões, que vivem em condições ainda piores que a desses assalariados. A condição de miséria no país também está ligada aos salários precários que são pagos as pessoas, e a desvalorização das profissões.
Porém, no Brasil 4% da população é muita rica, ou seja, existe uma concentração maciça da renda em uma pequena parte da população. Toda essa desigualdade é baseada de um governo mal instruído, mal organizado que utiliza toda reprodução capital, impostos, desenvolvimento de alguns setores a disposição as maiorias e não acontece a distribuição de renda para os mais pobres.
Acreditou-se que com a industrialização inverteria o cenário de pobreza no Brasil, sua meta era inserir a população no mercado de trabalho/ consumidor. Mas não foi isso que aconteceu, pois houve a predominância dos grandes grupos econômicos, com o baixo salário oferecido e as empresas enriquecendo com os lucros e a substituição do homem pelo maquinário. Com isso aumentou o setor informal: os camelôs, vendedores ambulantes, etc.
O crescente desemprego, a má distribuição de renda, os baixos salários, a fome, disparidades sociais, miséria, desnutrição, mortalidade infantil, violência, marginalidade, são frutos e reflexos da desigualdade social do Brasil. Tudo isso não é ocorrido acidentalmente e sim por vários fatores e conjuntos de acontecimentos e fatores, um deles é a própria aceitação da população que se encontra nesse nível de vivência, que não busca seus direitos, ou por falta de conhecê-los ou até mesmo por aceitar estar naquele lugar por falta de mérito ou capacitação. Outro caso seria a economia, em casos de exploração do trabalho, baixa valoração de salário e profissão, o número pequeno de vagas disponíveis de emprego para a quantidade de desempregados, a substituição do homem pela máquina, a dupla função nas empresas, a concentração de riqueza na mãos de poucos. E na política, pois a população que mais precisa do governo é excluída de suas decisões, são poucos os programas governamentais que priorizam ajudar a população de baixa renda, não há investimento na educação, na capacitação profissional, é pouco o investimento a moradias populares, saneamento básico, na saúde. O governo precisa dar a estrutura para que essa população saia da precariedade não só oferecendo bolsa-família, mas sim dar a capacidade de trabalho para que se possa gerar sua própria renda que automaticamente aumentará a renda per capita do país, porém infelizmente não se tem esse interesse pelo lado político, se tem o interesse em manter essa desigualdade, pois acredita-se que a desigualdade é preciso para o crescimento do país, mas o que adianta um país em desenvolvimento, com riquezas que não podem ser alcançadas pela maior parte de sua população, um país subdesenvolvido não tem desigualdade entre seu povo.
Conclusão
Concluímos que o estudo presente nos proporcionou uma ampla visão sobre os fatores de desigualdade social presentes no brasil, em que uma grande porcentagem da população sofre com a pobreza extrema, que se prolifera pela má distribuição de renda. Vimos também que em nosso país existem diferentes classes sociais, sendo elas classificadas de diferentes maneiras, portanto, o poder aquisitivo é absurdamente desproporcional, mostrando que de um lado há pessoas com muito e do outro, pessoas que vivem em pobreza extrema, e passam por necessidades desumanas. Esse desfavorecimento é dado pela falha do governo, por não oferecer recursos para que haja uma equiparação entre as classes sociais, com a intenção de que todos tenham uma vida digna e aceitável, pois, como se já não bastasse essa carência da população menos favorecida e a falta de conhecimento pelos seus direitos, o pobre ainda sofre um grande preconceito e discriminação pelas classes superiores. Uma forma de amenizar essa situação é buscando meios pelos quais o governantes passem a ter mais responsabilidade com a administração do país, investindo e tratando dessa carência social e do desenvolvimento como um todo. Uma outra alternativa é a população participar mais ativamente na busca pelos seus direitos. 
Referências bibliográficas
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832011000200009&lang=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462013000100010&lang=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782017000300159&lang=pt
https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0250-71612018000100101&lang=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802018000100096&lang=pt

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