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Resumo Segunda Prova Prática Fisiologia Vegetal

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Prática
Nutrição Mineral
A massa seca de uma planta é composta pela soma de massa de carbono (70%), oxigênio (15%), hidrogênio (10%), nitrogênio (3%), fósforo, potássio (fósforo e potássio 1% juntos) entre outros em pequenas quantidades. O nitrogênio, o fósforo e o enxofre são absorvidos de forma iônica e são convertidos em matéria orgânica já o potássio, cálcio e magnésio são absorvidos de forma inorgânica e continuam com sua forma inorgânica dentro da planta.
Absorção é a passagem de um meio externo para o meio interno. Assimilação é a “digestão”, incorporação de moléculas inorgânicas que passam a ser orgânica.
A absorção de minerais pelas plantas é pelas raízes, mas em plantas aquáticas e epífitas pode ser pelas folhas também. Os minerais que estão no solo como o , , , estão ligados às partículas do solo assim a planta libera e e estes irão competir com os minerais nas ligações das partículas no solo assim liberando os minerais para serem absorvidos pelas plantas. A liberação de pela planta compete com ligações com o e o que são absorvidos pela planta, já a liberação do faz que ele reaja com a água formando com isso acidifica o meio e os ânions são absorvidos pela planta. A matéria orgânica possui cargas negativas assim como os solos brasileiros.
O transporte de minerais pela planta pode ser simplástico ou apoplástico. O transporte simplástico é quando o mineral é absorvido e transportado de célula em célula até chegar à parte aérea (xilema e floema). No transporte apoplástico o mineral e absorvido e fica nos espaços intercelulares e depois o mineral é barrado pelas células da endoderme, elas possuem as estrias de Caspary que são impermeáveis em certas zonas possuindo seletividade, assim ele tem que entrar numa célula para passar pela endoderme. Normalmente o transporte simplástico é feito pelo nitrogênio e pelo potássio, o transporte apoplástico pelo fósforo e enxofre.
Forma em que os elementos são absorvidos pelas plantas. A planta absorve-os de forma oxidada para reduzi-los.
Fósforo - e 
Enxofre - 
Carbono - 
Oxigênio - e 
Hidrogênio - , e 
Cálcio - e 
Potássio - e 
Magnésio – MgO
Ferro - 
Difusibilidade da membrana
A difusão simples é muito difícil acontecer que é quando o mineral passa pela membrana sem ajuda. Difusão facilitada é feita por proteínas canais que se abrem para o mineral atravessar sem gasto de energia e o transporte é a favor do gradiente de concentração. O transporte ativo é realizado por proteínas como a bomba de sódio que transporta o mineral para dentro da célula com gasto de energia. O transporte também pode ocorrer por co-transportadores em que a planta libera um íon e captura um íon do meio (antiporte) ou ela transporta duas moléculas diferentes num mesmo sentido
Reações hídricas na célula vegetal
Movimento de H2O
Quando o potencial hídrico da agua estiver baixo quer dizer que tem energia química livre. O potencial osmótico pode ser de zero a negativo, quando mais pura a água mais perto do zero. O potencial de pressão varia de positivo a negativo, é positivo quando exerce pressão e negativo quando exerce tensão. O potencial gravitacional varia de positivo a negativo, quando estiver a favor da gravidade é positivo. O potencial mátrico varia de negativo a zero, é a capacidade da água de ser absorvida.
Antes das 6 horas da manhã a célula da planta está com muita água então o potencial de pressão e osmótico está no máximo. Cerca de 12:36 PM a planta está com pouca água então seu potencial osmótico, de pressão e consequentemente o hídrico da água estão no mínimo.
O potencial hídrico da água é considerado apenas o potencial osmótico e o de pressão enquanto que o mátrico e o gravitacional são considerados zero. Já no potencial hídrico do solo o potencial de pressão é considerado zero em terrenos planos, em solos não salinos e distróficos (ácidos) é considerado o potencial osmótico já em solos salinos e eutróficos não se considera o potencial osmótico.
	Horário
	5:53
	12:36
	Potencial osmótico
	-1MPa
	-2MPa
	Potencial de pressão
	0,5MPa
	-1MPa
	Potencial hídrico da água
	-0,5MPa
	-3MPa
 O potencial hídrico da água tem que ser menor que no solo
Estimativa do balanço hídrico em plantas
Existem quatro formas de medir o balanço hídrico da água são eles o de potencial hídrico da planta, pressão de turgência da folha, métodos gravimétricos e transpiração. 
Estimativa do potencial hídrico - bomba de Scholander ou bomba de pressão;
É uma forma barata, fácil de levar á campo, mas precisa destruir a planta e também tem o risco de trabalhar em altas pressões e o tamanho da folha deve ser menor que o da câmara. 
Aplica N2 gasoso aumentando a pressão da câmara, enquanto o pecíolo ou parte do ramo fica pra fora e observa uma gotinha de água saindo pelo pecíolo. Assim que a água sair do pecíolo observa-se no nanômetro a pressão necessária para água sair. Quanto maior a pressão menor será o potencial hídrico da planta. Se a pressão for 10MPa o potencial hídrico será -10MPa. O N2 é usado porque ele é um gás inerte, ou seja, não faz interferência no resultado enquanto o CO2 irá fazer a planta fazer fotossíntese e o O2 respiração influenciando no resultado.
Estimativa pelo potencial de pressão foliar – sonda de pressão ou sonda Zimmezimann
Coloca–se um ímã na parte superior e inferior da folha e esses ímãs são conectados a um dispositivo que irá medir a força entre os ímãs. Quando a planta está turgida (maior pressão de turgência) os ímãs estarão mais afastados e com menor força entre eles. A vantagem desse método é que ele não é destrutivo, medi qualquer tipo de folha, tem medidas contínuas podendo fazer ao longo do dia. Mas o seu custo é alto por causa do sensor e tem que fazer uma amostragem grande para ter mais precisão porque o ímã estará analisando apenas uma parte da folha podendo variar em partes diferentes.
Estimativa gravimétrica
TA = teor de água Mf = massa fresca Ms = massa seca
TA = . 100 = . 100
TRA = teor relativo de água. Mt é a massa túrgida, o máximo que uma planta consegue ficar túrgida.
TRA = . 100 Esse método faz relação entre a quantidade de água na planta e sua quantidade máxima, por isso ela é mais precisa que a TA. Se o TRA for igual a 70% significa falta 30% para ela chegar ao seu máximo, e esse máximo varia de planta para planta. Quando for pegar a planta no campo ele levar para o laboratório terá que colocar embrulhada no papel alumínio e colocar numa caixa de isopor com gelo para a planta não perder água e terá que chegar ao laboratório o mais rápido possível.
Estimativas da transpiração
Pode fazer através das folhas ou pelo caule. Pelas folhas tem por irga e por porômetro. 
Por irga coloca-se a folha numa câmara e injeta gás, assim irá aumentar o vapor de água, depois puxa o ar contido na câmara e o diferencia do inicial. Jogando o gás infravermelho no ar o vapor de água irá absorver e a quantidade de infravermelho que chega do outro lado será menor que a que saiu, assim verifica a quantidade da transpiração.
Por porômetro é parecido com a irga só que ele mede a temperatura e umidade de ar.
Verificando as estimativas da transpiração pelo caule é por meio do fluxo de seiva. Furam-se dois buracos no tronco da árvore com distancias de 10 centímetros e coloca um termômetro com resistência elétrica num buraco e no outro coloca apenas o termômetro. A resistência irá aquecer a água do xilema então a temperatura desse termômetro será maior que o outro. Quanto menor for à variação de temperatura significa menor transpiração porque a água não está circulando e então leva calor para os arredores. É um método fácil e preciso, mas precisa de bateria o que dificulta a ida no campo.
Solução nutritiva
No solo a fração orgânica e inorgânica é decomposta e são dissolvidos no solo, essa solução absorve água e nutrientes que são capturados pelas raízes. Por hidroponia os sais inorgânicos dissolvidos em água são capturados pelas raízes. As vantagens da hidroponia é a ausência de estressehídrico, maior uniformidade da produção, maior produtividade, reduz o ciclo de cultivo, menor gasto de mão de obra, uso racional de água e fertilizantes, produtos limpos e de qualidade, nutrição controlada e redução de infestantes e doenças no solo. Deve-se tomar cuidado com a complementação do volume gasto sempre com água, ajuste do pH da solução diariamente, monitoramento do consumo de nutrientes através da condutividade elétrica da solução, aeração da solução, recipientes que não ultrapassem luz. A maior disponibilidade de nutrientes devido ao pH está por volta de 5,5.
Fatores que afetam a absorção – salinidade, oxigenação, temperatura da solução, temperatura e umidade do ar.
Condutividade elétrica baixa significa crescimento inicial, absorção de nutrientes e crescimento vegetativo. Alta condutividade elétrica significa produção de frutos. Devem-se ter cuidados em conhecer a qualidade da água como as quantidades de nutrientes e concentração salina, conhecer os microrganismos, coliformes fecais e patógenos. O nitrogênio na forma de amônia não deve passar 20%. Evitar a mistura de solução concentrada de nitrato de cálcio com sulfatos e fosfatos. Dar preferência ao uso de molibdato de amônio ou ácido molíbdico em vez do molibdato de sódio.
Fito Hormônios
Para ser fito hormônio deve possuir três características: ele deve ser sintetizado em um local e ser transportado e tem sua atividade em outro local. Em concentrações muito baixas causa grandes efeitos no organismo. Ele deve ser endógeno, é produzido pelo próprio organismo. 
Os hormônios (sinalizadores) são percebidos pelos receptores de planta, ocorre a amplificação e consequentemente uma resposta. Sua resposta depende da época e do estado fisiológico. Da época porque se o hormônio do etileno quiser que a planta floresça sem estar na época ela não vai florescer, estado fisiológico é porque se o hormônio citocinina induzir à divisão celular a célula precisa de reservas para se multiplicar caso contrário ela não vai multiplicar. Os reguladores de hormônio são aplicados no local em pequenas quantidades como os hormônios. Os principais hormônios são: auxinas, citocininas, giberelina, ácido abscisico e etileno.
Auxinas – sintetizada nos meristemas e rizomas (plantas que tem rizomas). Tem ação nas regiões de crescimento das plantas. É apolar e fotodegradável (a luz destrói a molécula), é transportada célula a célula por processo difusivo. Sua principal função é o elongamento das células (crescimento celular, em tamanho). Para isso acontecer a auxina estimula a célula a produzir celulase para deixar a parede frouxa, acúmulo de solutos no vacúolo abaixando o potencial osmótico assim absorvendo água e expandindo e depois ela é coberta por celulose reforçando sua parede. 
As auxinas tem como efeito secundário o fototropismo (crescimento a favor da luz). Isso ocorre porque as auxinas presentes no lado do ramo que está batendo sol irão ser degradadas, pois elas são fotodegradadas, assim apenas o outro lado do ramo irá crescer fazendo então uma curva no ramo em direção ao sol. 
Outro efeito é o herbicida, a planta com muita auxina afrouxa as paredes celulares e não recobrem com celulose levando a planta a morte.
As auxinas também induz a formação das raízes adventícias (raiz que surge de tecido que não é raiz).
Outro efeito é a dominância apical. As auxinas são produzidas nos meristemas apicais e ela desce certo espaço no ramo, esse espaço ocupado por ela possui gemas laterais e as auxinas inibem o crescimento dessas gemas. Assim quando cortar a gema apical as gemas laterais brotam.
Auxinas comerciais: 2,4D, AIB, AIA.
Citocinina – Sua principal função é promover divisões celulares, nos órgãos vegetativos mitose e nos reprodutivos meiose. É sintetizada em folhas novas e raízes novas. É apolar, transportada por difusão, é conhecida como hormônio da juvenilidade. Induz a síntese de clorofila em folhas. Cicatrização das plantas. Quebra da dormência de gemas laterais principalmente em lenhosas maduras.
Citocinina comercializada: BAP
Giberelina – era usada de forma exógena para reversão de nanismo em monocotiledôneas. Principal função é a quebra da dormência, faz folhas abrirem, frutos, sementes. Sintetizada pelas folhas e transportada pelo floema. Partenocarpia (gera frutos sem sementes).
Produtos comerciais – ácido giberélico. GA1, GA2, GA3 ...
Ácido Abscisico (ABA) – hormônio associado a senescência, sintetizado nas raízes e folhas e translocado no xilema. Polar. Ele também causa fechamento estomático, queda das folhas e frutos, degradação de macromoléculas e sua realocação. Pouco utilizado comercialmente. 
Etileno – único difundido no meio gasoso fica nos espaços intercelulares, molécula gasosa. Principal efeito é o amadurecimento dos frutos. Ele também paralisa o crescimento e abscisão foliar. Florescimento de algumas plantas como mangueira e abacaxi. Sincronização do crescimento (todos os indivíduos florescerem de uma vez)
Frutificação
Após a polinização há o desenvolvimento do fruto. O grão de pólen, a oosfera (gameta feminino) mais o núcleo polar origina o embrião. O óvulo origina a semente e o ovário origina o fruto.
O pericarpo é formado pelo epicarpo, mesocarpo e o endocarpo. O epicarpo é a parte mais externa do fruto, é a parede do ovário que desenvolve. O mesocarpo é a parte intermediária, geralmente comestível. O endocarpo é a parte interna, envolve a semente. 
A função do fruto é basicamente a proteção da semente e a dispersão. Os frutos podem ser secos (mesocarpo duro) ou carnosos (mesocarpo carnoso). 
Desenvolvimento do fruto
Fase 1 – fertilização/ início do desenvolvimento
Primeiro acontece o crescimento do tubo polínico pelas auxinas. Depois ocorre a fecundação da oosfera. As auxinas e a giberelina estão associadas ao estabelecimento do fruto. As auxinas vão estimular o aumento da concentração de etileno para promover a senescência floral (sépalas e pétalas). 
Fase 2 – divisão celular
Atuação da citocinina. Ocorre a formação do tegumento, formação do embrião e divisão das células do fruto. 
Fase 3 – expansão celular
As auxinas induz enzimas expansivas que modificam a estrutura da parede celular resultando no acúmulo de água e substâncias. O ABA impede a germinação do fruto (viviparidade). 
Maturação do Fruto
Atuação do etileno. Ocorre o acúmulo de açúcares, modifica a cor do fruto, amolecimento do fruto. No início o fruto utiliza os açúcares para seu metabolismo e no final o fruto armazena esses carboidratos para armazenagem.
O fruto ele pode ser climatérico e não climatérico. O fruto climatérico na fase de amadurecimento aumenta a concentração de etileno e também aumenta a respiração, como a maçã, tomate, banana, abacate. Nos frutos não climatéricos não há aumento da respiração nem da concentração de etileno, como a laranja, uva, abacaxi.
Aplicando-se etileno num fruto ele amadurece mais rápido. Para retardar o amadurecimento do fruto pode coloca-lo em temperaturas baixas, altas concentrações de CO2 e baixa de O2.

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