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Crime contra liberdade individual

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Direito Penal 
Crimes contra a liberdadeindividual 
Prof. Felipe Abelleira 
 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 
 
 CONSTRANGIMENTO ILEGAL – Art. 146 do CP 
Imposição ilegal a vitima de um comportamento, certo e determinado, comissivo ou 
omissivo. 
 - não admite a modalidade culposa 
 - Ação penal publica incondicionada 
 - trata-se de crime subsidiário, é utilizado como meio de execução em crime mais 
grave. 
Obs. Em caso: 
 Vitima idosa – aplica-se o art. 107 Estatuto do Idoso (10.741/03) 
 Vitima: Presidente da Rep. vice, do pres. do Senado, Camada federal ou do STF 
– aplica-se a lei 7170/83 (Lei de Segurança nacional) 
 Nas relações de consumo aplica-se o CDC (8078/90) 
 
 AMEAÇA – Art. 147 do CP 
O mal também deve ser serio (ou fundado), iminente e verossímil. A ameaça pode ser 
direta, indireta, explicita, implícita ou condicional. 
Não se reclama nenhuma finalidade especifica, e também não se admite a modalidade 
culposa. 
A tentativa é admissível nas hipóteses de ameaça escrita, simbólica ou por gestos, e 
incompatível nos casos de ameaça verbal. 
 - Ação penal publica condicionada a representação 
 
Obs1. Ameaça e promessa de mal futuro, duas correntes: 
1ª corrente – o mal necessariamente há de ser futuro – o mal atual é ato preparatório ou 
executório de outro crime. Posição adotada por Cleber Masson 
2ª corrente – O mal pode ser atual ou futuro – difere-se assim o “mal atual” e mal 
futuro” ambos hipóteses de ameaças. Posição adotada por Damasio. 
 
Direito Penal 
Crimes contra a liberdadeindividual 
Prof. Felipe Abelleira 
 
Obs2. Se funcionário publico for sujeito ativo e realizar no exercício de suas funções 
caracteriza-se crime de abuso de autoridade. 
 
 SEQUESTRO E CARCERE PRIVADO (art. 148 do CP) 
O consentimento da vitima, se valido, exclui o crime. 
Carcere privado, pressupõe confinamento, calusura. 
Sequestro, difere do cárcere pois possui limites mais ampolos, porem todos consistem 
na privação da liberdade da vitima. 
Não se admite a modalidade culposa. 
Tentativa possível. 
Se o propósito for obter para si ou para outrem qualquer vantagem caracteriza-se 
extorsão mediante seqüestro (art. 159) 
 
Obs1: Se vitima Presidente, vice, Senado, camara federal e STF, art. 28 lei 7170/83 
 
Obs2. Se a retenção tiver por objetivo o ressarcimento financeiro ou qualquer outro 
tipo, caracteriza-se exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP) 
 
Obs3. Se a retenção tiver por finalidade corretiva ou educacional, caracteriza crime de 
maus tratos (art. 136 do CP) 
 
Obs4. Quando for cometido para obter informação, declaração ou confissão da vitima 
ou de terceira pessoa, para provocar ação criminosa ou em razão de discriminação o 
crime tem a pena aumentada pela lei 9455/97 (art. 1º §4º, III) 
 
 REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANALOGA A DE ESCRAVO – Art. 149 do CP 
Não se exige escravidão, mas condição semelhante a essa. 
É imprescindível a supressão da vontade da vitima 
Admite tentativa 
Adoção do sistema de concurso material obrigatório entra redução análoga praticada 
com violência e o crime dele decorrente. 
Direito Penal 
Crimes contra a liberdadeindividual 
Prof. Felipe Abelleira 
 
Competencia: via de regra justiça comum estadual quando praticado contra uma ou 
poucas pessoas, se praticado contra grupo de trabalhadores, haverá crime contra a 
organização do trabalho e a competência é da justiça federal. 
Ação penal publica incondicionada. 
 
 VIOLAÇÃO DE DOMICILIO – Art. 150 do CP. 
Fundamento constitucional inviolabilidade de domicilio (art. 5ª, XI) 
Elementos normativos: clandestino(ocultamente) ou astuciosamente(mediante fraude) e 
contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito. 
O consentimento do morador, explicito ou implícito torna o fato atípico. 
O crime não é compatível com o dolo eventual 
Não se admite a modalidade culposa 
Consumação: no momento em que o sujeito ingressa completamente na casa da vitima, 
ou então quando ciente de que deve sair do local, não o faz por tempo relevante. 
A tentativa é possível com a conduta entrar. 
 
 VIOLAÇÃO DE CORRESPONDENCIA – art. 151 e 152 do CP 
Tipo domestica 
Dupla subjetividade passiva: remetente (o seu falecimento não exclui o delito) e 
destinatário (a impossibilidade de localização não afasta o crime) 
Competencia: justiça federal – enquanto a conduta ocorrer durante o transito da 
correspondência, justiça estadual quando a correspondência encontrava na posse do 
remetente ou do destinatário. 
 
Tipo comercial – art. 152 do CP 
Não se admite a modalidade culposa 
A consumação ocorre quando o agente desvia, sonega, sbtrai ou suprime a 
correspondência comercial ou então quando revela a terceiro seu conteúdo 
Admite tentativa 
 
Obs1. Violação entre cônjuges – fato atípico 
Direito Penal 
Crimes contra a liberdadeindividual 
Prof. Felipe Abelleira 
 
Obs2. Art. 10 lei 9296/96 – interceptar constitui outro crime. 
Obs3. Inciso IV do art. 151 fora revogado pelo art. 79 da lei 4117/62. 
 
 DIVULGAÇÃO DE SEGREDO – art. 153 do CP 
Fundamento – inviolabilidade da intimidade ou da vida privada 
O caráter confidencial (segredo) da correspondência pode ser expresso ou tácito. 
Elemento normativo – sem justa causa (sem motivo para faze-lo). É necessário que o 
agente conheça o carater confidencial da informação divulgada, a ilegitimidade da sua 
conduto e a possibilidade de produzir dano a outrem. 
Não admite a forma culposa. 
Admite a tentativa. 
Obs. Paragrafo 1º - A – trata-se de norma penal em branco. 
 
 VIOLAÇÃO DE SEGREDO PROFISSIONAL – art. 154 do CP 
Segredo é toda a informação secreta que não pode ser tornada publica ou conhecida de 
pessoas não autorizadas, pois sua revelação pode trazer dano a outrem. 
Consentimento do ofendido não pode ser aceito quando a há previsão legal de sigilo. 
Ex. advogados, médicos, contadores... 
Não admite a forma culposa 
A tentativa é possível por escrito. 
Vide leis: 
 7170/83 art. 13. 
 7492/86 art. 18.

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