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História do Direito Penal - Direito Canônico e Inquisição

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História do Direito Penal
Direito Canônico e Inquisição
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Direito Canônico e Inquisição
No Império Romano, uma religião nova, pregada por Cristo e pelos seus discípulos no século I, impôs no século IV: o Império torna-se cristão. Um sistema jurídico próprio da comunidade dos cristãos, o direito canônico, desenvolve-se a margem do direito romano, sem o absorver. Instala-se, assim, um sistema dualista – direito laico e direito religioso – que se mantém no ocidente até o século XX (Gilissen, p. 127).
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Direito Canônico e Inquisição
O direito canônico é o direito da comunidade religiosa dos cristãos, mais especificamente o direito da Igreja Católica. O termo canon vem do grego kanoon, que significa modelo, regra. Por canônes foram designadas as decisões dos primeiros concílios da Igreja. A difusão do direito canônico deve-se, especialmente, as seguintes condições: Caráter universal da Igreja (entre os séculos VIII e XV, a religião cristã impôs por toda a parte (Europa Ocidental); durante a maior parte da Idade Média foi o único direito escrito; certos aspectos da vida privada foram regidos exclusivamente pelo direito canônico (casamento) e, por fim, a doutrina do direito canônico constituiu-se mais rapidamente que àquela do direito laico.
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Direito Canônico e Inquisição
Qual a diferença entre o direito canônico e outros direitos de origem religiosa, como o hindu, hebraico e o mulçumano?
1. Na doutrina cristã, a noção de direito é reconhecida, enquanto para mulçumanos, hindus e hebreus, o direito se confunde com as regras do comportamento religioso, ritual e moral; 
2. A Igreja sempre admitiu uma dualidade de sistemas jurídicos: direito religioso e direito laico. Assim, as matérias da vida cotidiana foram divididas entre jurisdições eclesiásticas e jurisdições laicas.
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Direito Canônico e Inquisição
Desta forma, o direito canônico continua vivo. Apesar da secularização das instituições públicas e privadas e da separação da Igreja e do Estado estabelecidas em numerosos países, o direito canônico continua a reger as relações entre os membros da comunidade cristã, uma vez que estes se lhe submetem voluntariamente. Em alguns países, certas matérias do direito privado, sobretudo o casamento e o divórcio, continuam submetidas ao direito canônico: ex. Irlanda.
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Direito Canônico e Inquisição
Tribunais Eclesiásticos
Desde as epístolas de São Paulo era aconselhado aos cristãos resolverem seus conflitos por intermédio da conciliação. Todavia, quando esta fracassasse, deveriam submeter a querela à arbitragem da comunidade cristã, aceitando a decisão tomada por esta. Para o membro que não se submetesse a decisão tomada pela comunidade cristã, aplicar-se-ia a sanção suprema, que era a excomunhão, exclusão do membro da comunidade.
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Direito Canônico e Inquisição
A partir de 313 d.c, o imperador Constantino favoreceu o desenvolvimento da jurisdição episcopal, permitindo, às partes, submeter-se a jurisdição do seu bispo e conferindo à decisão episcopal o mesmo valor da decisão de um julgamento. Ainda no século IV, os imperadores reconhecem a competência exclusiva da jurisdição episcopal para as infrações de ordem religiosa ou espiritual. Com relação aos clérigos (padres; freiras e bispos) aparece no século V o privilegium fori, possibilitando, em quaisquer matérias, serem julgados por tribunais eclesiásticos. A partir da noção de matérias a claribus (relativas as chaves da Igreja), esta amplia sua jurisdição acerca de matérias temporais que dizem respeito aos sacramentos cristãos (daí a jurisdição sobre casamento).
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Direito Canônico e Inquisição
Competência dos Tribunais Eclesiásticos
Ratione Personae (ainda que delicta saecularia)
1. Privilegium Fori (os eclesiásticos – clérigos regulares e seculares, suspeitos ou vítimas);
2. Privilegium Crucis (os cruzados – participantes da guerra santa);
3. Os membros das Universidades, uma vez que as instituições universitárias eram (até o século XVI) instituições eclesiásticas;
4. Miserabiles Personae (quando pediam proteção da Igreja – viúvos e órfãos)
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Direito Canônico e Inquisição
Competência dos Tribunais Eclesiásticos
Ratione Materiae Penal
1. Casos de Infração contra a religião (heresia, apostasia, simonia, sacrilégio, feitiçaria etc.) – delicta mere ecclesiastica; 
2. Infrações que atentassem contra as regras canônicas (adultério, usura e falsificação de documentos eclesiásticos, p, ex.)
OBS. A inquisição originária era tarefa dos bispos, que se serviam dos arquidiáconos e de membros das ordens religiosas, para o processamento dos feitos que lhe eram levados para decidir.
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Direito Canônico e Inquisição
Em 1234, é promulgada por Gregório IX, a compilação designada por Decretalium Gregorii Papae IX , também chamada Decretales Extra Decretum Gratiani Vagantes, ou simplesmente, Liber Extra, que atualizou a compilação canônica conhecida por Decretum Gratiani, compilando várias decretais pontífices (em especial, dos papas juristas Alexandre III e Inocêncio III), bem como os canônes do III e IV Concílio de Latrão, estabelecendo o fim dos ordálios nos processos eclesiásticos. O livro V das Decretais de Gregório IX concentram, embora não exclusivamente, toda a matéria penal.
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Direito Canônico e Inquisição
Desta feita, o trabalho dos papas juristas foi essencial para o desenvolvimento da matéria processual penal. A partir de 1234, deu-se uma expansão legislativa no direito canônico que importou na formulação última do Corpus Juris Canonici, composto pelos seguintes documentos:
1. Decretum Gratiani (1140);
2. Decretais de Gregório IX ou Liber Extra (1234);
3. Liber Sextus (primeira formulação do Corpus Juris Canonici – obra de doutrinadores da Universidade de Bolonha por ordem do Papa Bonifácio VIII (1298);
4. Constitutiones Clementinae (nova compilação, elaborada por Clemente V – Avignon França (1314)
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Direito Canônico e Inquisição
5. Finalmente, sob o título Extravagantes Communes, uma última coleção, não oficial, também submetida a tradicional divisão em cinco livros – ainda que o quarto livro nada contivesse – liber quartus vacat –engloba os decretais e constituições dos sucessores do Papa João XXII, que havia em 1317 encaminhado para as Universidades de Paris e de Bolonha, as Constituições Clementinas, até o pontificado de Xisto IV (1498), dando os últimos contornos do Corpus Juris Canonici. 
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Direito Canônico e Inquisição
O Corpus Juris Canonici, com várias alterações pontuais, vigorou até 1917 (século XX), quando Pio X edita o Codex Juris Canonici.
No multifário legislativo do corpus juris canonici, várias denominações exprimem a presença de uma infração penal canônica (crimen; delictum; flagitium; scelus; maleficium; excessus)
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Direito Canônico e Inquisição
Características do Direito Penal Canônico
Diferentemente, do direito penal germânico, adotado em diversos feudos medievais, o direito canônico privilegiava o subjetivismo, importando-se com as condições pessoais do autor da conduta (subjetivismo moral). Daí a influência marcante da doutrina de Tomás de Aquino, em especial, dos conceitos do Tratado sobre Atos Humanos, integrante da segunda parte da Summa Theologica, sobre as doutrinas finalistas e funcionalistas do direito penal.
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Direito Canônico e Inquisição
Características do Direito Penal Canônico
Esta subjetividade deveria ser comprovada pela presença do dolo (dolus), acompanhado do atributo de maldade (dolus malus), ou da culpa, nos raros momentos de imputação culposa, aliada ao casus, ou seja, ao fato concreto que exigia um maior cuidado na ação. 
Outrossim, a imputabilidade também vinha atrelada ao campo da vontade, de maneira que vícios de formação da vontade poderiam tornar o indivíduo inimputável (doença mental; embriaguez; erro)
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Direito Canônico e Inquisição
Características do Direito Penal Canônico
Não havia um limite etário definido para a inimputabilidade por imaturidade, sendo
utilizado o critério romano: irresponsabilidade absoluta para o infans (qualquer pessoa até os 07 anos de idade) e relativa até a maturidade sexual (fixada em 14 anos para os meninos e 12 anos para as mulheres).
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Direito Canônico e Inquisição
Características do Direito Penal Canônico
Uma outra característica do direito penal canônico é o fenômeno conhecido como ilicitude contínua, compreendendo que nenhum ato ou pensamento humano é indiferente a antinomia bem e mal existente no Universo. Assim, as condutas e pensamentos humanos ou se inscrevem claramente na ordem canônica ou em sua negação. Logo, a ilicitude trata-se de um estado pessoal pré-existente ao acontecimento objetivo que gera o juízo de imputação. 
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Direito Canônico e Inquisição
Processo Penal Canônico
Tribus modis possit procedi, per accusationem, denunciationem et inquisitionem.
Desde 1215 (IV Concílio de Latrão), admitia-se três formas de procedimentos: acusatório; denunciatório e inquisitório. 
No acusatório, o acusador reduziria a termo perante a autoridade eclesiástica sua acusação, bem como os meios de prova pelos quais demonstraria o que alegava. O acusado seria chamado a responder o termo de acusação e indicar as provas da defesa. Neste sistema, o acusador que não provasse suas alegações, sofreria a pena que demandava para o acusado.
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Direito Canônico e Inquisição
Processo Penal Canônico
No sistema denunciatório, o fato delituoso seria levado ao conhecimento do Juiz, que deveria, inicialmente, proceder uma espécie de advertência correcional (caritativa admonitio); conforme a gravidade do fato, ou a obstinação do denunciado, proceder-se-ia uma instrução criminal conforme o modelo inquisitorial. O delator não ficava obrigado a demonstrar os fatos denunciados e nem sujeitava-se ao ônus da acusação frustada.
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Direito Canônico e Inquisição
Processo Penal Canônico
“Na prática, o procedimento denunciatório serviu para esvaziar o procedimento acusatório e fortalecer o inquisitorial: diversos textos recomendavam que os inquisidores buscassem convencer os acusadores, recordando-lhes os perigos talionais, a se converterem em meros denunciantes, com o que eles próprios inquisidores assumiriam integralmente a condução do processo”. (BATISTA, Nilo, 2000, 233)
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Direito Canônico e Inquisição
Processo Penal Canônico
“O procedimento inquisitório tinha, como ponto de partida, a simples notícia do fato delituoso que, através do clamor público e da fama, chegasse aos ouvidos do juiz. Restrito inicialmente para alguns delitos graves (assassinato e heresia), gradualmente ampliou o seu campo de atuação. Distinguia-se em inquisitio generalis (ampla investigação feita em determinada circunscrição territorial, para apurar informações sobre rumores e suspeitas de crimes e inquisitio specialis, que apurava o concreto cometimento de determinado crime)” (BATISTA, 2000, p. 234)
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Direito Canônico e Inquisição
Processo Penal Canônico
No procedimento inquisitório existe uma fusão da figura do acusador e do juiz e foi regulamentado por Inocêncio III, com base nos canônes do IV Concílio de Latrão (1215). Em 1252, através da Bula Ad Extirpanda, Inocêncio IV autorizava a prática da tortura enquanto instrumento investigativo (para confissão e investigação de cúmplices – tormento in caput aliena – que era também factível para as testemunhas) e deixava claro a possibilidade dos inquisidores monitorarem esta prática. Em 1298, Bonifácio VIII, estabelece o Procedimento Sumário e Secreto da Inquisição, estabelecendo que o nome do suspeito e das testemunhas fossem mantidos em segredo junto ao bispo. Assim, o defensor do réu conheceria o teor dos depoimentos, mas não a identidade dos depoentes. 
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Direito Canônico e Inquisição
Processo Penal Canônico
Não seria necessário nomear defensor ao réu, caso houvesse suspeição grave, ou confissão da parte dele. Por sua vez, o defensor é escolhido pelo próprio inquisidor, mas, sempre visto como um obstáculo a celeridade processual e à proclamação da sentença. Se a confissão ocorresse no decorrer do processo, o defensor probo e insuspeito deveria renunciar a causa, do contrário, quem indevidamente defende pessoa suspeita de uma heresia, torna a si próprio defensor daquela heresia. Daí o sigilo das fontes de acusação, alcançarem também os defensores. 
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Direito Canônico e Inquisição
Processo Penal Canônico
Diante de tantas restrições a defesa, não causa estranheza que um jurista do século XIII, tenha passado a vida inteira pesquisando assuntos criminais e declarou nunca ter observado, pelo uso do procedimento inquisitório, ter sido algum réu absolvido. Mesmo quando liberado do Santo Ofício, esta decisão seria rebus sic stantibus, ou seja, o processo era suspenso, até que boatos novos viessem a permitir a continuidade da investigação.
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Direito Canônico e Inquisição
O principal objetivo da Inquisição foi o combate as heresias, que poderiam desconcertar o Mundo Católico e sua hegemonia na Europa Ocidental. Não é a toa, que o IV Concílio de Latrão define claramente o extermínio dos hereges, impõe a confissão anual obrigatória e determina que os judeus levem um distintivo na veste, bem como submete os cristãos novos, judeus convertidos, a uma série de restrições. Assim, o direito penal da inquisição é um direito penal de intervenção moral.
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Direito Canônico e Inquisição
A experiência da Inquisição nos permite compreender que o dogmatismo legal, com sua aversão ao pluralismo moral, é condição necessária para a criminalização do diferente e o controle social de fundamento ético. Os mecanismos que usam o delito de heresia aos projetos políticos do papado, ainda são observados hoje, quando, em conjunturas mais claramente politizadas, continuamos declarando guerra aos hereges (os judeus sob os nazistas; os socialistas sob os regimes militares do cone sul; os traficantes de drogas brasileiros e os terroristas segundo a perspectiva norte americana).
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Direito Canônico e Inquisição
A pena dos hereges deveria contemplar, além da excomunhão, a pena de morte. Como previu Tomás de Aquino, o mais respeitado teólogo católico, a excomunhão não é suficiente para o herético, devendo o mesmo ser exterminado. Para o doutor da Igreja, se o moedeiro falso, que apenas afeta a vida temporal, está sujeito a pena de morte, com muito mais razão o herege, que falsifica a fé, deve ser morto, tão logo condenado.
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Direito Canônico e Inquisição
Distinguia-se o heresiarca, aquele que publicamente inventa, formula ou predica uma heresia, dos hereges secretos, que não se pronunciam sobre suas heresias. Após a condenação, distinguem-se em hereges impenitentes ou pertinazes que, mesmo condenados, recusam abjurar seus erros, devendo ser executados; daqueles penitentes que, uma vez condenados, abjuram a heresia e se purgam pelas penitências impostas. Se o herege penitente volta a reincidir no erro, será considerado relapso. O papa Lúcio III estabeleceu em 1184 que o relapso deveria ser automaticamente executado, sem necessidade de novo processo; depois de Gregório IX, ao relapso seria aplicada pena de prisão perpétua. 
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Direito Canônico e Inquisição
Os hereges seriam, assim, submetidos aos autos de fé, e publicamente executados. Conta-se que, na península Ibérica, no início do século XIV (1302 – 1314), vários autos de fé foram realizados, onde, por volta de 20 mil hereges foram queimados vivos. 
Os judeus e os mouros não eram considerados hereges, porém sofreram uma política canônica de apartação, desde a exigência do uso de um distintivo na veste até a fixação da residência em espaço territorial separado, denominado judiaria ou mouraria. Logicamente, esta apartação era direcionada a uma política alternativa de conversão ou extermínio.
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Direito Canônico e Inquisição
Em 1376, Nicolau Eymerich, dominicano inquisidor e Catalunha, Aragão, Valência e Majorca, escreve o Directorium Inquisitorium (Manual do Inquisidor), que seria no século
XVI revisto e atualizado por recomendação romana, pelo canonista Francisco Peña. No tocante as práticas de feitiçaria, escrito em 1484, pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, existiu o Malleus Maleficarum (Martelo das Feiticeiras).
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Direito Canônico e Inquisição
A inquisição Moderna surge na Península Ibérica, para atender anseios políticos da monarquia absoluta que expandia seus territórios. Nesse sentido, fortalece-se o instituto da Inquisição Delegada, em detrimento da inquisição episcopal. O braço secular passa a auxiliar os inquisidores, oferecendo seus serviços de polícia para perseguir e prender os hereges, bem como, após o julgamento e condenação, executar o que foi determinado pelo Inquisidor.
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Direito Canônico e Inquisição
Em 1º de novembro de 1478, o papa Sisto IV assinou a bula Exigit Sincerae Devotionis Affectus, através do qual funda a Nova Inquisição Espanhola. O motivo desta bula era a petição dos reis de Castela e Aragão, no sentido de que a Igreja produzisse um combate às heresias praticadas por judeus convertidos ao cristianismo que difundiam ritos e crenças mosaicas. Outrossim, ambos os reis declaravam que os bispos católicos espanhóis viam sendo bastante tolerantes, o que implicou a difusão de tais heresias.
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Direito Canônico e Inquisição
De acordo com a bula de Sisto IV, os reis católicos poderiam nomear três inquisidores (entre prelados, religiosos e clérigos com mais de 40 anos, bacharéis ou mestres em teologia, licenciados ou doutores em direito canônico). Munidos desse documento papal, em 1480, o reis católicos e Castela e Aragão, nomearam dois inquisidores, o frei Juan de San Martín e Miguel de Morillo. Já em 1233, o papa Gregório IX, havia instituído a inquisição delegada, confiando aos dominicanos a tarefa de perseguição dos hereges.
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Direito Canônico e Inquisição
Origem Canônica do Termo Penitenciária
A igreja, em suas leis, admitia a pena privativa de liberdade, sendo consagrado, neste período, o termo penitenciária. O criminoso (pecador) aceitava e, por vezes, suplicava como graça, a penitência. 
Nesse sentido, a prisão eclesiástica era vista como uma forma de penitência. Obviamente, a prisão canônica era, para os moldes da época, mais humana do que a prisão secular. Entretanto, não podem ser comparadas ao Modelo Contemporâneo Iluminista de Prisão.
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Direito Canônico e Inquisição
A prisão dos mosteiros, segundo von Heting, irradiou fluxos arquitetônicos e psicológicos que ainda perduram. A cela monacal cumpria todas as funções exigidas pela clausura e penitência (...)
Foi por iniciativa Eclesiástica que, no século XII, surgiram as prisões subterrâneas, tornando célebre a expressão vad in pace, pois os réus eram despedidos com estas palavras uma vez que aquele que entrava numa dessas prisões não deveria sair dela com vida.
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Direito Canônico e Inquisição
No Monastério de Cluny, sul da França, ainda persiste os traços de uma dessas prisões-masmorras, onde o indivíduo era conduzido até a abertura de um poço e ali descia em razão do auxílio de cordas até o local de penitência, onde cumpriria a reclusão perpétua. As prisões eclesiásticas deveriam garantir o mínimo de iluminação, para que os penitentes lessem o breviário ou a Bíblia e, assim, esta pudesse cumprir melhor sua função sagrada.

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