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Romantismo no Brasil: Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves

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Discente 
 Universidade Federal Rural de Pernambuco
 Unidade Acadêmica de Garanhuns
 Discente: Jessika Kétula Rodrigues Vilela
 Docente: Carlos Eduardo 5° Período/Letras
Romantismo no Brasil - Três principais poetas (Gonçalves Dias, Álvores de Azevedo e Castro Alves).
De acordo com os textos de Luiz Roncari, e as aulas ministradas em salas pelo professor, as principais características da poesia Romântica abraça a exaltação do Eu, os valores nacionais e populares uma imaginação criadora e evasão que é quando o poeta procura fugir para um mundo idealizado, a partir dos sonhos e das emoções pessoais, podendo evadir-se para a solidão, o desespero, o suicídio e por fim, a morte. A poesia Romântica há um cânone em três fases, a primeira sendo a Indianista com Gonçalves Dias; a ultra romântica com Álvares de Azevedo e a terceira condoreiro com Castro Alves. 
A obra de Gonçalves Dias, diz que não é resultado da dedicação e do estudo de determinada arte e sua habilitação nela, mas uma espécie de destino: “Ele é um dos raros, se não foi o único dos nossos (poetas) que, com os dons naturais para o ser, à vida o fez poeta”. Sua poesia é resultado da fatalidade, dos dramas que a vida lhe reservou: “o fizeram poeta senão a dor e o sofrimento.” Ele então se apresenta como um intermediário, alguém capaz de sentir o mundo, a natureza, a divindade e expressá-los de forma integral, reunindo pensamento e sentimento, coração e entendimento, paixão e ideia. Concentrando em si as duas capacidades, a de sentir o que está fora dele e a de expressar o que se passa internamente, ele cria a poesia, também um meio capaz de permitir ao leitor vislumbrar não o mundo, a natureza ou a divindade, mas os sentimentos interiores e subjetivos do poeta acerca do mundo, da natureza e da divindade. 
Para ele, o peso não está mais no produto; o que lhe importa é o artista e a sua auto expressão, não importando se é bem acabada, concluída, se constitui uma representação fiel e agradável de seu objeto. Contanto que o artista tenha conseguido exprimir-se, “confessar-se” por seu intermédio, ela está realizada. Ele diz que o que vale, portanto é a subjetividade do autor, ao lado de um eventual efeito de fascinação, um mágico encanto emocional que poderá prender em suas malhas a “alma” do receptor.
Na literatura brasileira, Gonçalves Dias foi um daqueles poucos que tanto realizaram no mais alto nível as expectativas literárias da sua época como as transcenderam em muito, de modo que a sua poesia se afirma como um dos pilares mais importantes do nosso pensar e fazer poético, como se ele tivesse sido o responsável pelas bases de uma poesia brasileira em franco convívio com a poesia universal. Gonçalves buscava a independência literária; com a poesia indianista, compreendendo que o indianismo não significa apenas tomar como tema e assunto da literatura o indígena e seus costumes. Tal realização implicava também e principalmente a construção de um novo ponto de vista e de uma nova visão do indígena, pois o trazia como um ser humano acima, já que não fora contaminado pelos males da civilização. 
Gonçalves Dias, dizia: “Muitas delas (das suas poesias) não têm uniformidade nas estrofes, porque menosprezo regras de mera convenção; adoptei todos os ritmos da metrificação portuguesa, e usei deles como me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir.” Ele procura outro ponto de vista para refletir sobre o mundo social que o cerca sem apoiar-se em preconceitos ou em idealizações puramente literárias.
O texto também diz que é dele, talvez, a primeira tentativa de representação global da sociedade brasileira, vista a partir do principal motivo de suas deformações e fonte de injustiças e iniquidades: a escravidão. Essa visão foi o ponto de partida, tendo sido constantemente retomada, das principais interpretações do Brasil formuladas nos séculos XIX e XX.
A poesia lírica de Gonçalves Dias há traços impactantes e comoventes do Romantismo. Na primeira geração do romantismo Gonçalves, no Conto do Piaga, mostra a partir das consequências para o indígena e de seu ponto de vista usando assim a riqueza da tradição poética portuguesa para construir uma nova representação dos “feitos” portugueses no Brasil. Assim esse poema descreve as impressões provocadas nos indígena com a chegada dos portugueses na América que nos faz remeter a carta de Caminha só que por uma perspectiva diferente. 
Este é Indianista trabalha a natureza, o “nacionalismo” voltado para as raízes culturais, representação em paisagens, natureza, lugares.
Já sobre Álvares de Azevedo que apesar da pouca idade do autor (morreu com pouco mais de vinte anos), esse texto, dá sinal da sua grande maturidade. Primeiro, ele consegue pensar na literatura, na dinâmica da sua vida, que não deve seguir mecanicamente a mesma da vida politica. No texto ainda diz que ele formula uma concepção mais compreensiva que exclusiva da poesia – sendo esta a que predominava entre os românticos. Para ele, era ela um resultado e um efeito “das relações de um povo” e do que ele chamava de “sentimentos cordiais” ou, para a língua, “acidentes de civilização”, que podiam ir dos traços mais universais aos mais particulares, o que firmaria, enquanto relações internas, a identidade de um povo. 
Esse debate foi iniciado no período romântico, quando foram formuladas posições e concepções literárias diferentes e como, através delas e do confronto entre elas, se iniciou no Brasil a constituição de uma consciência literária, pois agora já não bastava à habilidade e o engenho para fazer boa poesia. Era preciso muito mais, como consciência do que ela deveria ser qual seu papel e função, como posicionar-se em relação ao passado e ás modas do momento. Isto então determinou que outros critérios, elementos e valores passassem a pesar na avaliação da boa e da má poesia. 
Na Segunda geração, Álvares de Azevedo, considerado o Poeta ultra romântico. Na poesia, No mar, onde a imagem da mulher dormindo e o poeta contemplando-a, deixando que permaneça em sua tranquilidade são bastante explorados, esses dados conferem à mulher certa aura inacessível, o que conduz ao amor platônico. A ligação entre o sonho e o amor é constante no poeta. Há uma Idealização da mulher, traz pontos sobre anjo, morte que sempre aparece como uma salvação; traz amor e medo – melancolia e religiosidade (anjo), e também muitas vezes mostra uma critica social a relações amorosas burguesas. 
No texto aponta a morte de Castro Alves como um dos acontecimentos que marcaram o Romantismo no Brasil. O tom altissonante, declamatório e discursivo da sua poesia, sem dizer, muitas vezes, do abuso dos efeitos sentimentais, suscitou contra ele uma atitude de forte rejeição. De tal modo que justamente o que lhe granjeara popularidade passou a ser identificado como sinal de fragilidade e baixa qualidade poética. Essa inversão de valores teve por base também o preconceito e uma compreensão muito restrita da poesia. 
O preconceito, por considerar como índice de concessão e facilidade o fato de o poeta ampliar seu auditório, moldando sua poesia com elementos apreciados pelo publico de seu tempo, impregnando a poesia com traços retórica politica, atribuindo a ela uma função também argumentativa e exortativa que incentivava o auditório á ação. O mérito dele esta no fato notado e realçado por todos; a nova concepção do amor que encontramos na sua poesia. Dele também vem à lição de que o sexo não desonra e o Homem e natureza se confundem e convivem promiscuamente, gerando um no outro seus filhos, e gozam amorosamente a temporada da primavera. Mas como esta, que é filha do tempo e se vai, o amor também se vai e é passageiro. O amor transcende as condições sociais e as particularidades raciais da mulher que se ama, nos poemas dele o amor adquire essa universalidade sem cair numa visão naturalista de amor puramente biológico e carnal. 
Na Terceira geraçãocom Castro Alves, considerado o Poeta Condoreiro ou social. Na poesia Ahasverus e o Gênio, Castro Alves compara o poeta ao judeu errante Ahasverus, onde diz que Jesus teria caído com o peso da cruz em frente à loja onde o judeu trabalhava, e que este teria zombado do condenado, mandando-o caminhar. Jesus teria então respondido que quem caminharia era o judeu Ahasverus e que vagaria errante pelo mundo sem morrer até a sua volta.
Voltada mais para as questões sociais, a qual tinha como ideologia o desejo de “mudanças”, como, por exemplo, a abolição da escravatura referente ao período histórico vigente. 
Os três poetas citados acima é considerado talvez os mais importantes do Romantismo, expressando suas três vertentes dominantes, um é muito diferente do outro, mas, ao mesmo tempo, são todos típicos poetas românticos, ou seja, é antes de tudo um inconformista, alguém que lamenta não apenas os limites da natureza humana e a falta de contato com o Absoluto, mas também o mundo histórico em que vive.
De certo não existe um valor literário absoluto ou universal. Válido para todas ás épocas e culturas. Cada uma elege os valores com os quais mais se identifica e que correspondem melhor ao seu gosto e aspirações. Os valores que cada período destacou não foram sempre os mesmos; eles variam segundo as expectativas e valores de cada época. O lhes confere esse poder de sobrevivência é que realizam em alto grau as expectativas literárias de sua época e, ao mesmo tempo, não se esgotam nelas, mas a transcendem.

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