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MECANISMOS DA EMOÇÃO

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MECANISMOS DA EMOÇÃO 
 
TEORIAS DAS EMOÇÕES E SEUS PRINCIPAIS TEÓRICOS 
 
JAMES (1842-1910) E LANGE (1834-1900) 
Na teoria, divulgada em 1894, eles propuseram que não existe emoção 
sem expressão e que a experiência subjetiva é causada por ela, ou seja, 
eles sugeriram que nós experimentamos a emoção em respostas as 
alterações fisiológicas que ocorrem em nosso organismo, assim, por 
exemplo, ficaríamos tristes porque estamos chorando e não o contrário. 
 
A princípio parece estranha essa colocação, mas se você analisar com 
calma verificará que caso retirássemos todas as alterações fisiológicas de 
nosso corpo ficaria complicado sentir qualquer emoção. 
 
Explicando, imagine um indivíduo muito irritado, agora retire suas 
alterações fisiológicas: acalme seus batimentos cardíacos, tranquilize a 
respiração, relaxe a sua musculatura. Ele ainda estaria irritado? Pois 
é... foi avaliando desta forma que eles desenharam essa teoria. Hoje sabemos 
que não é bem assim. 
 
Acreditavam que os elementos fisiológicos eram os mais importantes. 
 
CANNON (1871-1941) E BARD (1898-1977) 
Apresentada pela primeira vez em 1927, logo se tornou popular entre os 
cientistas e propunha que a experiência emocional pode ocorrer 
independente de uma expressão emocional fisiológica. 
 
Para embasar sua teoria eles apresentaram estudos em pessoas que 
possuíam lesões na medula que as impediam de perceber as sensações e 
que, no entanto, preservavam a capacidade de sentir emoções. 
 
Outra questão apresentada por essa nova teoria era de que as mesmas 
alter ações fisiológicas ocorria m em emoções bem diversas, como o palpitar 
rápido do coração de uma pessoa irritada e de um apaixonado. 
Para eles o tálamo seria o grande ativador das emoções. 
 
Acreditavam que os elementos cerebrais eram os mais importantes. 
 
CHARLES DARWIN (1809 -1882) 
Observou as semelhanças entre indivíduos de diversas espécies (cães, 
gatos, homens...) na expressão emocional da raiva e caracterizou que as 
expressõe s faciais e corporais mostravam um a determinação inata que 
persiste com a evolução das espécies, revelando deste modo grande 
importância para a manutenção/sobrevivência das espécies. 
 
Para Darwin, as emoções permitem: 
 
A sobrevivência do indivíduo: o predador tem que conseguir matar a 
presa e a presa tem que conseguir fugir do predador. Desta forma 
ocorre equilíbrio nas populações duas espécies. Como? Alguns 
predadores morrem de fome e algumas presas sobrevivem. 
 
A sobrevivência da espécie: os machos disputam as fêmeas para 
reprodução de modo que os mais fortes, atraente e possuidores de bons 
genes conseguem filhotes saudáveis. Desta forma eles estabelecem 
uma hierarquia e demarcam áreas seguras para as fêmeas e filhotes. 
 
Comunicação social: todos os animais do grupo não precisam apanhar 
do macho dominante para compreender que ele é o líder, somente 
aqueles que se julgarem mais fortes farão um desafio. Por quê? 
Porque os outros assistem às demonstrações de força e recebem sinais 
visuais que lhes sugerem sua posição hierárquica do grupo. Na nossa 
espécie a comunicação visual é muito utilizada. 
 
 
PAPEL DO SISTEMA LÍMBICO PARA O COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
 
Antes de iniciarmos nossos estudos específicos cabe ressaltar a origem 
do termo Lobo Límbico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ele foi descrito por Paul Broca, em artigo publicado em 1878 , que 
designou que o córtex cerebral localizado ao redor do corpo caloso 
formaria um lobo límbico (borda), principalmente o giro cingulado e o 
córtex na superfície medial do lobo temporal, incluindo o hipocampo. 
Naquela época suspeitava-se de forte envolvimento dessas estruturas com o 
olfato. 
 
Depois, em torno de 1930, descobriram o envolvimento com nossas emoções. 
 
As emoções em nosso organismo estão em um conjunto de estruturas 
localizadas na região do lobo límbico, em volta do hipocampo. Um 
conjunto de áreas cerebrais que trabalha junto, sinergicamente para que 
possamos expressar as emoções diante dos estímulos do meio ambiente. 
É uma luta constante por um ajuste do comportamento emocional frente 
às situações que enfrentamos envolvendo aspectos fisiológicos e cerebrais. 
 
Os ajustes fisiológicos (rubor na face, batimentos cardíacos, respiração) 
são semelhantes tanto na raiva quanto na paixão, por exemplo. Mas, 
quando é feito uma aferição detalhada, apesar dos sintomas serem os 
mesmos, a frequência é diferente. Então, a ativação simpática que ruboriza 
a face, acelera os batimentos cardíacos, eleva a respiração é um pouco 
diferente. A caracterização é parecida, mas não está funcionando 
exatamente da mesma forma. 
 
Hoje já se sabe também que pessoas que sofreram lesões na medula 
espinal têm certo embotamento emocional. Elas não são indiferentes aos 
estágios emocionais diante dos estímulos do meio, elas possuem 
expressões emocionais, mas quando comparadas a pessoas não 
lesionadas, a intensidade emocional é diferenciada. 
 
MEDO E ANSIEDADE 
 
As emoções são as funções mais complexas que o sistema nervoso 
humano processa. Elas possuem três componentes principais: 
1.Sentimentos: podem ser positivos e negativos. 
 
2. Comportamentos: atos motores específicos de cada emoção. 
3. Ajustes fisiológicos específicos: hormônios e neurotransmissores secretados. 
 
Atualmente áreas neurais da emoção estão agrupadas sob a denominação de 
Sistema Límbico. 
 
ANSIEDADE: Definida por uma sensação de aflição, receio ou agonia, 
sem causa aparente e costumeiramente está associada ao medo. 
 
As emoções negativas são mais conhecidas e estudadas do que as positivas. 
Dentre estas, destacamos, por ser o mais estudado, o: 
 
MEDO: É um estado subjetivo que ocorre diante de ameaças e 
determina reações das mais diversas: luta, fuga, ativação do SNA e etc. 
 
Hoje, sabemos que as amígdalas cerebrais são estruturas importantes no 
entendimento do comportamento emocional, ela dispara emoções a partir 
da interpretação de informações sensoriais ou internas desencadeando 
ajustes que serão realizados no tronco encefálico e Hipotálamo. 
Lesões nas amígdalas estão diretamente relacionadas com redução da 
reação emocional, incluindo o medo. 
 
O circuito neural utilizado para o medo aprendido foi mapeado através 
de experimentos realizados sob monitoramento de ressonância magnética. 
 
Veja a imagem que se relaciona a estímulos auditivos. 
 
 
 
 
 
 
RAIVA E AGRESSÃO 
 
Para compreender esses circuitos, vamos primeiramente definir o porquê 
destes comportamentos. Animais das mais variadas espécies atuam de 
forma agressiva por diverso s motivos: Conseguir alimento, repreender um 
adversário, defesa da prole, conquista reprodutiva. 
 
Sabemos hoje que a presença de andrógenos (hormônios sexuais 
masculinos) está diretamente relacionada a esse comportamento. Todos já 
devem ter conhecido u m caso de animal doméstico masculino que foi 
castrado e ficou dócil. Em humanos algumas pesquisas já comprovaram 
altos níveis de testosterona em homens que cometeram crimes muito 
violentos. 
 
A AGRESSÃO PODE SER DIVIDIDA EM 2 PADRÕES DE 
COMPORTAMENTO NOS ANIMAIS 
 
AGRESSÃO PREDATÓRIA (ou ataque silenciosocom mordida): caça (ataque 
contra membro de outra espécie para obter alimento). É um comportamento 
planejado que é realizado com pouca ativação simpática. O ataque é 
direcionado para pontos fatais na vítima, como cabeça e pescoço e 
geralmente silencioso. Está relacionada com o Hipotálamo Lateral. 
 
AGRESSÃO AFETIVA (ou ataque com ameaça): defesa de território 
(exibição, geralmente ruidosa, de seus atributos físicos). Neste 
comportamento há expressiva ativação da divisão simpática do sistema 
nervoso vegetativo. Está relacionada com o hipotálamo medial. Experimentos 
com remoção total do telencéfalo (hemisférios cerebrais), em que s e 
preservavam parcialmente o diencéfalo, revelaram a participação do 
Hipotálamo na regulação destes comportamentos. Os animais que sofriam 
essa remoção apresentaram o que os pesquisadores chamaram de raiva 
simulada, uma vez que respondiam de forma agressiva a estímulos não 
irritantes, como carinhos. Isso ocorria sempre que o Hipotálamo Posterior 
era preservado na cirurgi a. Quando ele era retirado o comportamento de 
raiva simulada não aparecia. 
 
 
Experimentos em macacos demonstram que a retirada das amígdalas 
reduz o comportamento agressivo, enquanto que sua estimulação simula a 
agressão efetiva. Outros estudos correlacionaram os níveis de serotonina 
com a agressividade, sendo a relação inversamente proporcional, ou seja, 
quanto mais serotonina, menor agressividade. 
 
REFORÇO E RECOMPENSA 
Os estudos que mapearam as áreas cerebrais relacionadas com reforço 
e recompensa datam da década de 50 e têm como pioneiros James Olds e 
Peter Milner. Eles implantavam cirurgicamente eletrodos no cérebro de 
ratos de modo a poder disparar descargas elétricas e estimular o 
funcionamento do cérebro para observar o que acontecia com os animais. 
Algumas áreas, quando estimuladas, provocavam um comportamento 
interessante: o animal parecia querer receber novamente o estímulo 
repetindo o comportamento que ha via levado os pesquisadores a disparar 
a descarga elétrica (eles iam para um lado da caixa de observação, por 
exemplo).

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