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relatório MiCrObiologia II BSTS

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CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA II
Prof. Dr. Cláudio Rafael Kuhn
CONTAGEM DE BOLORES TERMORRESISTENTES
OLIVEIRA, Patricia1 e ABELAIRA, Tiéser C.1; KUHN, Cláudio R.2
1Alunas (os) da turma 2V do curso Técnico em Química do IF-Sul ; 2Professor,Dr. IF-Sul.
IntroduçãoBolores são fungos filamentosos formados por hifas que em conjunto formam o micélio (Carvalho, 2010). Produzem ascoporos – estruturas de reprodução em estado dormente que são ativadas por altas temperatuas. Este MO são células com elevada resistência térmica e que provocam a deterioração de frutas e derivados (Pariz et al., 2011). E proliferam em locais como com umidade, vegetais, poeira (Carvalho, 2010). Também são saprófitas, heterotróficos parasitas e esporulados (Kuhn, 2016). Os bolores compõe um grande grupo de microrganismos, a maioria de origem do solo e ar (Pariz et al., 2011). Alguns dos principais bolores em alimentos são: Alternaria, Aereobasidium e Botrytis (Carvalho, 2010).
Bolores são também bastante resistentes a condições adversas, como ácido e atividade de água baixa. Com muitos crescendo em pH abaixo de 4,5 (Pariz et al., 2011). Alguns bolores produzem metabólitos tóxicos – micotoxinas – que podem contaminar os alimentos destinados ao consumo humano e animal e levar a morte, se ingeridos. Micotoxinas têm uma longa variedade de estruturas químicas de baixo peso molecular, agrupadas pelo grau e tipo de toxicidade às especies animais e vegetais, com Aspergillus e Penicillium como exemplo dos fungos mais associados (IAmanaka, Oliveira, Taniwaki, 2010). Rodrigues (2005), explica que altas contagens de bolores e leveduras indicam sanitização pobre no processamento do alimento ou uma seleção mal feita da matéria-prima introduzindo produtos contaminados (Pariz et al., 2011).
O objetivo da análise foi avaliar a presença de bolores termorresistentes em amostra de doce de polpa de fruta congelada. E identificar prováveis gêneros por comparação visual, baseando-se em características fenotípicas.
Materiais: placas de Petri, ponteiras (estéreis) para micropipetas, estufa incubadora de 25°C, autoclave, ágar OSA (em inglês “Orange Serum Agar” – tradução para “Ágar Soro de Laranja”) e diluente água esteril; amostra de polpa de goiaba Great Value.
Re
ferência
sMetodologia: Técnica de contagem em placas, com inoculação por homogeneização em meio ágar OSA (pH 3,5) seguido de incubação (30ºC, 7-10dias). Contagens expressas em número de esporos/100g (KUHN, 2016).
Nesta análise foi obtido o número total de MO:
Tabela de Contagem de BAL:
	Amostra
	Contagem em Placas 
	Resultado (esporos/100g)
	Polpa de Goiaba
Great Value
	1; 1; 3; 4; 8; 9; 10;
11; 12; 16; 
	7,5
Para esta análise foi usado amostra de polpa goiaba congelada, Great Value. Araújo et al., (2015) obteve 5x103 1,75x104 e 2x104 esporos/g de amostra de polpa congelada de goiaba o que entendeu-se dentro da legislação preconizado pela IN nº 1/7 jan. de 2000 do MAPA. Pariz et al., (2011) teve contagem total em placas menor que 10 esporos/g de amostra da polpa desta fruta. Porem, na mesma análise com diferentes amostras, obteve 60% de determinação deste MO acima dos padrões vigentes. Já Coelho, Carreiro e Santos et al. (2008) determinaram até 6,2 x 104 esporos/g em polpa de frutas congeladas. E atribuiram este fato ao elevado teor de carboidratos normalmente presentes nas polpas de frutas, além do caráter ácido das polpas.
Alguns autores acreditam que esses resultados indicam um forte indicio de contaminação da matéria-prima ou condições de armazenamento inadequadas. Bolores e leveduras podem além de deteriorar, contaminar os alimentos com a produção de micotoxinas, levando riscos à saúde (Araújo et al., 2015). De acordo com IAmanaka, Oliveira, Taniwaki et al., (2010) alguns dos principais grupos analisados que são produtores de micotoxinas, há Absidia corymbifera que está em ocorrências de infecções pulmonares, rino cerebrais, cutâneas e generalizadas; Penicillium, que é um responsável por alergias.
A contaminação pode ocorrer facilmente durante a etapa da colheita quando o trabalhador entra em contato direto com o produto (Carvalho, 2010). Araújo et al., (2015) afirma que para assegurar que os riscos de contaminação microbiológica sejam reduzidos é importante a adoção de Boas Práticas Agrícolas (BPA), e de Boas Práticas de Fabricação (BPF), além de seguir os limites padrões microbiológicos definidos pelas legislações, para gerarem produtos seguros e de boa qualidade e que não prejudiquem a saúde.
Foram anexadas algumas imagens de especies de bolores identificados visualmente na prática e suas micotoxinas.
Conclusão
Material e MétodosConcluiu-se então com a contagem de bolores totais (7,5 g esporos/g) que a amostra está dentro dos padrões legislativos de 5x103 gramas de esporos por grama (Brasil, 1999).
ARAÚJO, R.P.S. Avaliação da Qualidade Microbiológica de Polpas de Frutas Comercializadas no Munícipio de Currais Novos/Rn – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande Do Norte-IFRN. Currais Novos-RN. 2015.
Resultados e DiscussãoBRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO. Instrução Normativa nº 12/99, de 13/09/99. Padrões de Identidade e Qualidade para Polpas de Frutas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 de Setembro, 1999.
CARVALHO, I.T. Microbiologia dos Alimentos – Prograna Escola Técnica Aberta do Brasil-ETEC - Brasil. Referências. Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central – UFRPE-Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife:EDUFRE. Recife-PE. 2010.
COELHO, A.F.S.; CARREIRO, S.C.; SANTOS, C.A.A. Avaliação Microbiológica de Polpas de Frutas Congeladas, Microbiological Evaluation of Frozen Fruit Pulps – Laboratório de Microbiologia e Bioprocessos, Universidade Federal do Tocantins-UFT. Palmas-TO. Julho, 2008.
IAMANAKA, B.T.; OLIVEIRA, I.S.; TANIWAKI, M.H. Micotoxinas em Alimentos – Instituto de Tecnologia de Alimentos, Campinas; Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória-CAV. Campinas-SP.; Vitória de Santo Antão, PE. 2010.
KUHN, C.R. Contagem de Bolores Termorresistentes. Curso Técnico de Química Microbiologia II – IF-Sul, Campus Pelotas, RS. 2017.
KUHN, C.R. Manual de Análises Microbiológicas – Instituto Federal Sul-riograndense-IF-Sul, campus Pelotas. Coordenadoria de Química-Curso Técnico em Química, Disciplina Microbiologia II. Pelotas-RS. 2016.
PARIZ, K.L. Avaliação da Qualidade Microbiológica de Polpas de Frutas – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, campus Bento Gonçalves. Ministério da Educação-Secretaria da Educação Profissional e Tecnologia. Agosto, 2011.
CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA II
Prof. Dr. Cláudio Rafael Kuhn
CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA II
Prof. Dr. Cláudio Rafael Kuhn
CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA II
Prof. Dr. Cláudio Rafael Kuhnanexo
 
	Penicillium
Absidia corymbifera
Coccidioides immitis 
Penicillium chrysogenum

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